quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O contrato de vassalagem dos militares

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:


Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.

Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil

Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.

Combater a agenda de Guedes e Damares

Por Esther Solano, na revista CartaCapital:
  

Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.

Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.

Sempre respondo a mesma coisa.

Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.

O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.

O pavor da taxação das grandes fortunas

Por Jair de Souza

Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.

As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.

Eleições e esquerdas: Esperando Godot

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.

O jornalismo e o racismo estrutural

Maia e Guedes: uma relação de amor e ódio

Deltan interferiu na sucessão de Moro

Justiça libera reportagens do jornal GGN

Aula online aumenta desgaste do professor

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A tragédia do fim do auxílio de R$ 600,00

Escândalo mundial: O PT aparelhou o FMI

Por Marcelo Zero

O marxismo cultural, essa ideologia nefasta idealizada por Gramsci, Marcuse, Adorno e outras mentes perversas, dá, cada vez mais, mostras de sua solerte capacidade de dominar outrora respeitáveis instituições multilaterais.

Com efeito, o atual plano diabólico dos comunistas de dominar o mundo pela conquista da superestrutura, plasmado no globalismo que enfraquece o Estado-Nação e destrói os valores cristãos, únicos valores legítimos da Humanidade, avança cruel e triunfantemente, tal qual um Átila Vermelho, um Gengis Khan leninista.

Prova cabal disso é o último relatório do FMI sobre as perspectivas da economia mundial, o World Economic Outlook de 2020, recentemente divulgado.

Eleição e a estratégia das esquerdas

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O início da campanha municipal aponta algumas tendências claras - que podem ter consequências em 2022.

1. A direita bolsonarista "pura" minguou. Isso em parte é resultado do giro feito pelo presidente da República - que, depois de ensaiar um golpe em maio, abandonou youtubers, extremistas de internet, astrólogos e terraplanistas; e fez a opção pelo Centrão.

A única capital em que há um bolsonarista raiz com chances reais é Fortaleza.

De resto, Bolsonaro tenta se alinhar a políticos da direita tradicional (Russomano em São Paulo, Mendonça Filho no Recife, Crivella no Rio).

Esforço redobrado pelos 600 reais

Por João Guilherme Vargas Netto

Há, persistente, uma contradição: todos exaltam o papel positivo do auxílio emergencial de 600 reais mas quase ninguém luta por seu pagamento até dezembro.

Com a exceção reconhecida das centrais sindicais que levantaram esta bandeira ainda no auge da pandemia e a mantém até hoje e de alguns deputados que a defenderam em suas redes sociais e em suas ações parlamentares, ninguém mais se empenhou com presteza e urgência para sua manutenção.

Caiu sobre o tema um espesso silêncio, às vezes disfarçado pela algaravia sobre um auxílio emergencial futuro. Mesmo o presidente da República (prestigiado pelo benefício) foi induzido a cortar pela metade seu valor desde já, o que lhe deve causar arrependimento – se é que pretende, como parece, buscar o caminho do eleitorado pobre e paupérrimo.

Bolsonaro cometeu 299 ataques ao jornalismo

Do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):

Apesar de ter aparentado uma “trégua” nos ataques sistemáticos à imprensa e a jornalistas nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao número de 299 declarações ofensivas ao jornalismo, de janeiro a setembro deste ano. O monitoramento é feito pela Fenaj e inclui todas as falas do presidente que vêm a público, incluindo postagens em redes sociais, lives, entrevistas e declarações oficiais.

Uberização e impacto da pandemia no trabalho

A pandemia e o "efeito Bolsonaro"

O pandemônio ambiental do ministro Salles

Caso BTG: vitória da liberdade de imprensa

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Pandemia, crise e a reforma tributária



Entrevista com Charles Alcantara, auditor fiscal do Pará e presidente da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), que trata da injusta estrutura tributária do Brasil entre as piores do mundo e da proposta da reforma tributária solidária

Liberdade de expressão e discurso de ódio