Por Lúcio Castro Flávio Dias, no site Vermelho:Sei que a opinião que expresso aqui pode ser controversa e por isso fiz questão de colocá-la já no título, para que quem a leia tenha de antemão uma noção da ideia central que vou defender aqui. E estes são os meus argumentos:
1) Acho que na vida não há certezas absolutas, mas probabilidades. Todas as nossas análises dependem de uma previsão do custo/benefício ou do risco/benefício que nossas ações podem trazer, e do timing dessas.
2) Estou convencido de que as “trapalhadas” logísticas do governo federal em relação às vacinas são, na realidade, um PROJETO, uma estratégia, pois Bolsonaro crê e teme (com razão, em minha opinião) que, com a vacinação em massa, comecem manifestações e protestos populares gigantescos contra o seu (des)governo. Essa postura do governo federal criou um problema de saúde pública descomunal, com o surgimento de cepas mais agressivas no território nacional, com a possibilidade de empurrar o Brasil para uma situação de pária sanitário internacional e até a possibilidade, levantada por alguns especialistas, de, no limite, tornar-se ineficaz a vacinação, pela seleção natural de vírus a ela resistentes, embora isso ainda não tenha acontecido e as vacinas ainda se mostrem eficazes contra as variantes.