domingo, 4 de julho de 2021

Nas ruas cheias, a volta dos provocadores

Por Fernando Brito, em seu blog:


É preciso leniência zero com os grupos de arruaceiros que, depois de uma longa hibernação, voltaram a aparecer no final da manifestação de ontem, em São Paulo.

Um ato concorrido, pacífico e intenso – como outras três centenas deles por todos o país – não pode e não será maculado por grupos que, desde muitos anos, sabemos ao que servem.

Não é – como acontece na história, por vezes – a fúria de massas contra a injustiça.

São 20 ou trinta sujeitos – certamente parte deles de “otários” cooptados – que planejam isso e espreita, sorrateiramente, os momentos finais, de dispersão para fazer seus ataques, quando os manifestantes, já espalhados e ralos, não podem agir para detê-los.

Celso Amorim: “CIA quando aparece não age”

Por Dri Delorenzo, na revista Fórum:

A visita de William J. Burns, diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, ao Brasil causou estranheza.

Fora da agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Burns foi recebido no Palácio do Planalto e teve encontros com membros do governo.

O “número um” da agência participou de uma audiência com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto. Também jantou com Heleno e com o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Para Celso Amorim, ex-chanceler, ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, a visita “realmente chama a atenção”.

Quem tem medo do impeachment?

São Paulo, 03/7/21. Foto: @midianinja 
Por Roberto Amaral

Setores próximos à esquerda brasileira levantam dúvidas quanto ao acerto tático das mobilizações populares e partidárias que visam ao impeachment do ainda presidente. Há os que veem no movimento o dedo sujo da direita brasileira e, associadamente ou não, de generais cansados de administrar os assanhamentos da marioneta rebelde. Muitos temem que a desejada decapitação de Bolsonaro e sua consequente inabilitação eleitoral para 2022 converta-se numa pá de cal nas esperanças, de todos nós, de voltar a viver em um país republicano, com a possível eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo essa linha de raciocínio, se a direita (com seus múltiplos aparelhos, como o controle dos meios de comunicação de massa) está contra Bolsonaro, ou seja, a favor do impeachment, é porque o impeachment é do seu interesse, da casa-grande, e é do seu interesse justamente porque visa a impedir a eleição de Lula. Portanto, o impeachment deve ser evitado, e de seu pleito deve afastar-se a esquerda. É o que se diz. Assim, temos a premissa e sua conclusão.

Desorientação diante de Bolsonaro

Foto: Drone/Jean Maciel
Por João Guilherme Vargas Netto


A oposição política ao governo Bolsonaro está desorientada porque acredita em sua remoção imediata sem ter meios para fazê-lo.

De uma maneira voluntarista aposta nas ruas ou em uma conspirata das elites sem que ambas (as ruas e as elites) se encontrem ou, pelo menos, não trombem entre si.

Ao se desorientar a oposição política ao governo Bolsonaro deixa de fazer aquilo que seria o essencial, aproximar-se da massa de milhões de brasileiros amedrontados pela doença, desempregados e desalentados, sem condições de sobrevivência e com fome, apresentando-se à população como seu porta voz e criando uma verdadeira barreira oposicionista do povo contra o desgoverno e o golpismo do capitão.

sábado, 3 de julho de 2021

Um cavalo de troia na CPI da Covid?

Haiti: história de resistência, ontem e hoje

Tributação das fortunas e justiça fiscal

"Reforma administrativa" assalta os pobres

Lázaro Barbosa entre a ficção e a realidade

Pedido de impeachment: o maior da história!

A corrupção de Bolsonaro e a promessa vazia

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Empurra que ele cai...

Capitalismo digital, dependência e vigilância

Por dentro do superpedido de impeachment

Bolsonaro mandou "pangaré de Troia" à CPI

Rosa Weber deflagra o cerco a Bolsonaro

OAB decide sobre impeachment de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Em breve, a Ordem dos Advogados do Brasil deverá reforçar a pressão para derrubar o genocida que desgoverna o Brasil. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, convocou os 81 conselheiros do órgão para uma sessão extraordinária em 20 de julho. Na pauta, o pedido de abertura do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

“Os fatos recentes, desvendados pela CPI no Senado, colocam ainda mais luz sobre a responsabilidade clara do governo federal com relação à tragédia que vivemos. Nosso direito constitucional básico – o direito à vida – está sob séria ameaça. Portanto, não é mais possível adiar o debate sobre a possível apresentação, por parte de nossa entidade, do pedido de impeachment do presidente”.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Abertura de inquérito debilita Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O cerco ao genocida vai se fechando. Pressionada por todos os cantos, finalmente a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (2) a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro por "prevaricação". O “capetão” deverá ser investigado sobre o escandaloso caso de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.

O pedido ocorre após a ministra Rosa Weber cobrar Augusto Aras, chefão da PGR, sobre a notícia-crime apresentada por três senadores ao STF solicitando apuração das denúncias já feitas na CPI do Genocídio. “No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”, ironizou a magistrada.

Imprensa mundial repercute propina na vacina

Charge: Joe Cummings/Financial Times
Por Altamiro Borges


A imprensa internacional segue repercutindo o escândalo de corrupção no enfrentamento da Covid-19 no Brasil. O jornal britânico The Guardian destaca nesta sexta-feira (2) que cresce a pressão "para exigir a remoção de Bolsonaro do cargo após relatórios incendiários sobre acordos supostamente corruptos para adquirir vacinas".

O correspondente do diário, Tom Phillips, escreve que "Jair Bolsonaro está mergulhado no momento mais traiçoeiro de sua presidência, já que o líder brasileiro enfrenta um escândalo de bola de neve sobre supostos acordos corruptos de vacinas da Covid e o aumento da fúria pública por sua gestão de uma epidemia que matou mais de meio milhão de pessoas".