Lula e Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa. Foto: Ricardo Stuckert |
Agora que a viagem do ex-presidente Lula pela Europa terminou, o conjunto de encontros que ele teve e de homenagens que recebeu permite uma síntese clara: colocando Lula nas alturas, a Europa reiterou seu rechaço a Bolsonaro e externou simpatia, para não dizer apoio, o que seria impróprio, pelo retorno eventual de Lula à Presidência do Brasil.
As elites nacionais, onde alguns consideram Lula indesejável, embora reconhecendo os méritos de seus dois governos, entenderam ou recado.
Agora é saber como irão processá-lo.
Embora não tenha sido programado com objetivos eleitorais, uma viagem assim, com Lula sendo recebido com honras reservadas a chefes de Estado, e a reverência devida aos grandes líderes políticos, tem algum efeito sobre os eleitores - apesar da folga com que ele lidera as pesquisas para a eleição de 2022.