terça-feira, 26 de julho de 2022
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Ativistas digitais se reúnem em Maricá
Ao longo do fim de semana, jornalistas, jornais independentes e do campo progressista, ativistas digitais e blogueiros, reunidos durante o 7º BlogProg em Maricá, no litoral do Estado do Rio, traçaram as estratégias para o combate ao fascismo disseminado pela mídia conservadora e as forças da ultradireita ao longo dos últimos quatro anos.
O fim do pesadelo está próximo
Charge: Alê |
Hoje, querido leitor, queria me dedicar a algumas breves considerações de caráter eminentemente profético. Posso? Devo? É uma temeridade, bem sei. Raramente temos base para tal. A única coisa líquida e certa é o presente, mera sucessão de momentos fugidios. Até mesmo o passado é uma certeza ilusória, pois vai se modificando de forma imprevisível com o passar do tempo, tempo que não respeita nem o que já aconteceu. Já o futuro está sempre envolto em espessa e impenetrável névoa. Alguns poucos conseguem enxergar para além dessa névoa. Não é o meu caso, infelizmente. O economista, aliás, é o último e mais precário dos profetas, mesmo quando se atém à sua área.
Lula e as exigências históricas
Foto: Ricardo Stuckert |
Estarrecida, mas sem qualquer surpresa, a opinião pública tomou conhecimento do espetáculo grotesco, de picadeiro de circo de aldeia em que foi transformado o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da república, no último dia 18/07. Dirigindo-se a cerca de 50 embaixadores, reunidos pela coorte militar e com a conivência do Itamaraty, que enxovalha sua história, o ainda presidente da república denunciou ao mundo que a democracia brasileira, que preside, se sustenta na mentira eleitoral, portanto, no crime e na falsidade ideológica. O processo eleitoral foi por ele reduzido a uma farsa, e a urna eletrônica, de que tanto se orgulha a justiça brasileira, caricaturada como uma engenhoca a serviço da fraude eleitoral, com a qual seria conivente o Tribunal Superior Eleitoral, que se recusa a submeter-se à fiscalização das forças armadas, e essa recusa pode levar a caserna, de quem o capitão se diz chefe supremo, a não reconhecer o resultado das eleições. Bastaria, insinua, um aceno seu, para ser obedecido por uma tropa que reagiria como o cãozinho de Pavlov.
A coesão do Alto Comando contra a eleição
Na matéria, Valdo anota que generais do Alto Comando supostamente “entraram em contato com ministros do STF para informar que não endossam as tentativas [do general Paulo Sérgio] de desacreditar as urnas eletrônicas”.
Na nota, o Exército “expressa o repúdio da Força ao contido na matéria, que parece buscar apenas a discórdia e a cisão entre os militares da ativa e [o] ministro da Defesa”. Afirma, também, que “disseminar desinformação somente contribui para instabilidade entre as instituições e, consequentemente, entre os brasileiros” [sic]. E conclui “que a coesão entre os militares é uma característica inalienável da Força Terrestre”.
Derrota de Bolsonaro e fim do bolsonarismo
Charge: Jônatas |
Se Bolsonaro fosse o bandido de uma série policial bem rasa, todos estariam em dúvida hoje, já ao final da primeira temporada, sobre a possibilidade de seu retorno mais adiante.
Haveria sentido em contar com essa figura repulsiva numa segunda temporada? Fazendo o quê?
Se Bolsonaro fosse uma lagartixa, poderíamos especular sobre a hora em que, para sobreviver, ele soltaria metade do rabo para tentar enganar os predadores?
Mas conseguiria recompor o rabo em pouco tempo a partir do toco que sobrasse?
O cientista político Marcos Nobre é um dos envolvidos nas tentativas de enxergar o Bolsonaro derrotado por Lula, mas mesmo assim sobrevivente, com um rabo menor mas ainda funcional.
O Rio de sangue de Cláudio Castro
Charge: Genildo |
Cláudio Castro (PL) já pode ostentar os títulos de rei das chacinas, campeão dos banhos de sangue e governador mais letal da história do Rio de Janeiro. Três dos maiores massacres cometidos por forças policiais no estado ocorreram sob seu comando.
O do Jacarezinho, em maio do ano passado, com 28 pessoas assassinadas; o da Vila Cruzeiro, em maio deste ano, com 25 mortos, e agora o do Complexo do Alemão, com 19 vítimas (até o momento em que escrevo). Castro transformou a carnificina em espetáculo midiático-eleitoral.
Com cinismo nauseabundo, o carniceiro do Palácio Guanabara tentou empurrar a responsabilidade pela matança para Marcelo Freixo (PSB), seu principal adversário na disputa ao governo do Rio, e para “seu partido e aliados que proibiram nossas polícias de enfrentar esses bandidos em determinadas áreas. (…) Mas comigo não tem essa.” Uma afronta explícita à decisão do STF, em vigor desde o auge da pandemia de Covid, de que a polícia só realize operações em favelas em situações excepcionais.
Jair Messias anunciando o anunciado
Charge: Miguel Paiva |
Pensando bem, até que ele não se portou tão mal. Quase, quase, mas não foi o que se poderia esperar de um desequilibrado sem remédio.
No lançamento da sua candidatura à reeleição, Jair Messias se ateve praticamente o tempo todo ao discurso escrito para ser lido por ele.
Fez quase tudo direitinho: leu devagar, pausado e enfático (creio que as partes enfáticas tenham sido grifadas ou marcadas em negrito), até que, no finalzinho, degringolou, mas ainda assim se conteve – à sua maneira.
Ainda bem que não citou nomes de integrantes tanto do Tribunal Superior Eleitoral como do Supremo Tribunal Eleitoral, leia-se Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin ou Luis Roberto Barroso.
Preferiu se limitar a denunciar os “surdos de capa”, leia-se togas, que não ouvem o povo.
É sete a conta do mentiroso?
Charge: Daniel Miguel |
Deixa uma pulga gigantesca atrás da orelha uma das frases com que, apocalíptico, Jair Bolsonaro promoveu-se hoje na convenção do PL em que foi oficializado candidato à reeleição, ao convocar seus adeptos para que “vão às ruas pela última vez” no dia 7 de setembro.
O que acontecerá depois do 7 de setembro, que as pessoas não poderão ir às ruas, ainda que seja pela infeliz motivação de apoiar Bolsonaro?
Não há nenhuma dúvida, nem mesmo para os mais ingênuos, que o atual presidente deseja o golpe de Estado e que, se houver ainda eleição, que esta se faça sob a sua tutela, controladas pela Forças Armadas, instituições armadas onde a lei é a obediência, não a escolha.
#7BlogProg aprova carta e elege comissão
Programação:
Coordenação: Conceição Oliveira e Altamiro Borges;
- Saudação das delegações latino-americanas. Coordenação: Cláudio Machado;
- Experiência do ComunicaSul na Colômbia – Felipe Bianchi;
- Apresentação do documentário “Não foi acidente, mataram meu pai” - diretora Jana Sá (1h10).
Lançamento dos livros Democratizar a comunicação - Theófilo Rodrigues e Larissa Ormay (org.); O outro lado – Amanda Rodrigues; Filme sobre Julian Assange
- Aprovação da Carta do 7º Blogprog – encaminhar previamente proposta de texto de Rodrigo Vianna (30 minutos); - Eleição da nova comissão nacional do Blogprog; um representante por estado – responsável Cido (30 minutos).
domingo, 24 de julho de 2022
Plataforma para democratizar a comunicação
Programação:
“Uma plataforma para democratizar a comunicação” – mesa: Tania Mandarino (PR) e Dimas Roque (BA); - Beth Costa – coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); - Renata Mielli – coordenação do Centro de Estudos Barão de Itararé; - Sergio Amadeu – professor da Universidade Federal da ABC (UFABC), criador e apresentador do podcast Tecnopolítica.
Como enfrentar a guerra suja na eleição
Programação:
“Como enfrentar a guerra suja da campanha eleitoral” – mesa: Larissa Gould (SP) e Oscar Barros (PI); - Maria José Braga – presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); - Octávio Costa – presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); - Letícia Sallorenzo – jornalista, linguista e autora do livro “Gramática da manipulação”; - Rita Von Hunty (Tempero Drag).
sábado, 23 de julho de 2022
Civilização ou barbárie: a disputa na eleição
Abertura: Cido Cidoli (SP) e Débora Cruz (DF)
- Apresentação dos objetivos e dinâmica do evento;
- Apresentação da cidade e das experiências de Maricá – prefeito Fabiano Horta;
- Homenagem a Paulo Henrique Amorim – Geórgia Pinheiro;
- Homenagem a Marielle Franco – Antônio Francisco da Silva Neto (pai de Marielle);
- Homenagem a Alexandre Teixeira – Henrique Pizzolato;
- Homenagem a Antonio Barbosa Filho – Kado Moura (filho)
às 19 horas
“Civilização ou barbárie: O que está em jogo na eleição” – mesa: Eliara Santana (MG) e Theo Rodrigues (RJ)
- Hildegard Angel – jornalista;
- Gilmar Mauro – coordenação do MST;
- Txai Suruí – ativista indígena do povo Paiter Surui.