A extrema direita tem hoje no Brasil o destemor que parte das esquerdas já teve durante a ditadura. Mas há uma vantagem nas afrontas do bolsonarismo sem medo.
Eles têm a certeza de que as instituições não contam com braços nem forças suficientes para alcançar todos eles.
As esquerdas foram perseguidas, e o Brasil teve cassações, expurgos, torturas, mortes e desaparecimentos. Em todos os casos, com julgamentos sumários. As estruturas repressivas e punitivas funcionavam.
A extrema direita já testou a capacidade de reação do Ministério Público e do Judiciário (nem vamos falar das polícias), e o sentimento é de que não dá nada.
Não dá nada pedir golpe, fazer discursos em churrascarias de beira de estrada com caminhoneiros, aglomerar diante de quarteis e encomendar a cabeça de ministros do Supremo e de Lula.
Não dá nada participar de grupos de golpistas de tios e tias do zap, porque se reorganizam e driblam controles das próprias redes e das autoridades.








