sexta-feira, 19 de julho de 2024

Apagão da Microsoft coloca mundo de joelhos

Reprodução da internet
Por Lucas Toth, no site Vermelho:


A concentração tecnológica nas mãos de poucas empresas colocou o mundo inteiro nessa sexta, 19, de joelhos, sem nada a fazer, a não ser esperar que a empresa responsável ache uma solução para que voltem a funcionar bancos, empresas de telecomunicação, aplicativos.

O apagão cibernético de larga escala após a atualização no sistema de uma fornecedora de serviços de segurança digital dar errado. A falha estaria relacionado a sistemas que utilizam Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital.

Diversos países registraram erros técnicos que afetaram operações de companhias aéreas internacionais, sistemas bancários, empresas ferroviárias e do setor de telecomunicações, entre outros. Os incidentes deixam o mundo em alerta uma vez que uma empresa terceirizada, a CrowdStrike, tenha capacidade para afetar tantos setores ao redor do mundo.

Trump e o agravamento da crise mundial

Charge: Wilfred Hildonen/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Na crise de 1929, o presidente estadunidense Hoover insistiu numa política conservadora de austeridade no plano interno, ao mesmo tempo em que, no plano externo, implantou as famigeradas tarifas Smoot-Hawley, as quais quadruplicaram, da noite para o dia, as taxas de importação de 3.200 produtos.

Os demais países avançados da época, também imersos na impotência do paradigma conservador, retaliaram da mesma maneira, o que fez com que o comércio mundial caísse de US$ 18 bilhões, em 1929, para cerca de US$ 6 bilhões, em 1933.

Tivemos, como consequência, a grande Depressão e uma crise mundial que só foi realmente superada com o esforço econômico da Segunda Guerra Mundial.

Hoje, as circunstâncias são diferentes. Há muitos mais atores econômicos relevantes e o comércio mundial é bem mais diversificado.

Trump está escapando. Bolsonaro pode escapar?

Charge: Latuff
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Dois dias depois da performance desastrada de Biden no debate com Trump, no final de junho, a Suprema Corte americana anunciou que o republicano tinha imunidades quando ocupou a Casa Branca. Inclusive para cometer o que se configura não só como desmandos, mas como crimes graves.

Na sequência, dois dias depois do atentado na Pensilvânia, uma juíza da Flórida engavetou o processo em que Trump era acusado de ter furtado do governo e levado para a sua casa em Miami, depois de derrotado, documentos secretos da Casa Branca.

Podem ser casualidades que apontam na mesma direção. O tempo para que a Justiça cercasse Trump pode ter se esvaído. Os juízes conservadores, dos quais dependem as decisões que envolvem Trump, passam a se sentir mais à vontade para favorecer o fascista e reverter expectativas.

EUA e Venezuela: Quem dá aula de democracia?

Nicolás Maduro em Paraguaipoa/Zulia.
Foto do site Correo del Orinoco
Por Jair de Souza

Tanto a Venezuela como os Estados Unidos estão envolvidos em processos eleitorais para a escolha do dirigente máximo de suas nações. Na Venezuela, as eleições estão programadas para o próximo dia 28 de julho, enquanto que, nos Estados Unidos, o pleito está previsto para 5 de novembro. 

Temos aqui dois casos interessantes para análise por se referirem a dois países emblemáticos em termos de disputas político-ideológicas, não apenas em nosso continente, mas no mundo como um todo.

Desde a chegada de Hugo Chávez ao governo em 1999, a Venezuela vem sendo vítima de um intenso bloqueio em todos os níveis por parte dos Estados Unidos e seus aliados. As interferências estadunidenses visando desestruturar os governos venezuelanos têm sido uma constante. As costumeiras alegações esgrimidas para justificar todas essas intromissões em questões internas da Venezuela se amparam principalmente na argumentação de que os governantes desse país não têm legitimidade para exercer o cargo que ocupam.

Lula detona big techs por difundirem fake news

Reprodução
Por Altamiro Borges


Na entrevista concedida à TV Record nesta semana, o presidente Lula fez duras críticas às poderosas big techs (gigantes de tecnologia) por difundirem fake news e afirmou que vai retomar o debate sobre a regulação das plataformas digitais. “Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação urgente, porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro”, argumentou.

Adnet derrota o bolsonarista Mario Frias

Marcelo Adnet. Reprodução
Por Altamiro Borges


Em sentença publicada nesta terça-feira (16), a 18ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou o recurso do deputado federal Mario Frias (PL-RJ) contra o processo movido pelo humorista Marcelo Adnet. O medíocre ex-ator global e fanático bolsonarista terá de pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais, confirmando decisão judicial que havia sido proferida em outubro passado.

Em setembro de 2020, Mario Frias, então secretário especial de Cultura do covil fascista de Jair Bolsonaro, estrebuchou nas redes sociais contra uma sátira de Marcelo Adnet no programa “Sinta-se Em Casa”, do Globoplay, que o imitava. Histérico, ele postou que o humorista “era um Judas, que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”. Ele ainda xingou Marcelo Adnet de “criatura imunda”, “garoto frouxo”, “palhaço decadente” e “crápula”.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Uma crise fabricada contra Lula

Charge: Aroeira/247
Por Paulo Nogueira Batista Jr.


O que provocou a turbulência no mercado financeiro e na mídia nas semanas recentes? Criou-se uma sensação de “crise”. Os desavisados devem ter pensado que estávamos ou estamos à beira de um abismo. A onda especulativa já arrefeceu, mas vale a pena discutir o que a desencadeou.

Afinal, houve motivos para tal nervosismo nos mercados cambial e financeiro, em especial para a alta do dólar? Creio que sim. Não foram, porém, primordialmente econômicos – e sim políticos. Os resultados econômicos e sociais do governo Lula estão entre bons e razoáveis. Veja-se, por exemplo, o crescimento do PIB, a inflação, o mercado de trabalho, os indicadores de pobreza, o balanço de pagamentos. Quanto ao propalado “risco fiscal”, as informações disponíveis não sugerem de forma alguma que o Brasil venha caminhando para um colapso das contas governamentais. Aliás, as expectativas de mercado em relação ao déficit público (primário e total), assim como em relação aos demais indicadores macroeconômicos, praticamente não se mexeram no passado recente.

Trump, como Bolsonaro, cavalga o vitimismo

O candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA,
Donald Trump, cercado por agentes do Serviço Secreto,
em 13 de julho de 2024. Foto: 
Evan Vucci/AP
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Donald Trump sempre explorou o papel de vítima do “sistema”, como aliás todos os seus pares da extrema direita. “Estão atrás de mim para chegarem depois a vocês”, dizia ele recentemente num comício.

Agora, como vítima real do ainda nebuloso atentado na Pensilvânia, Trump fará o resto da campanha explorando a imagem que inundou imediatamente as redes sociais: ele com o rosto ensanguentado, punho erguido, bandeira americana no alto. O herói americano que, após ser ferido, promete aos apoiadores: “eu nunca me renderei”.

Os gestos de Joe Biden serão todos inúteis. A direita trumpista começou imediatamente a apontá-lo como algoz e bradará isso na convenção republicana desta segunda-feira.

Globo nos braços da extrema direita moderada

Por Moisés Mendes, em seu blog:


Um ano e meio depois do golpe dos manés abandonados por Bolsonaro e pelos generais, há cenários e personagens com papéis definidos. O cenário principal é este: Bolsonaro está morto e cercado de carpideiras.

Quem está ao redor pode chorar, pode fingir que chora ou pode, por um empurrão de quem está atrás, cair dentro do caixão em cima do morto. É preciso abrir espaço para o que vem a seguir.

E Folha, Globo, Estadão, Faria Lima, grileiros, garimpeiros, militares e milicianos sabem o que vem aí. É o fascismo moderado. Vem o herdeiro do morto, que fica em volta da cova, não tão longe para que pareça desprezo, nem tão perto que corra o risco de cair no buraco.