domingo, 8 de maio de 2016

Líder do MBL ludibriou os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na sua cavalgada golpista, a Folha tucana garantiu um emprego bem remunerado ao fascista mirim Kim Kataguiri – já apelidado de “Kimta Katiguria” –, líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Aos poucos, porém, os próprios jornalistas da famiglia Frias têm revelado os podres do sinistro grupelho e de seus suspeitos integrantes. Neste domingo (8), o portal UOL – que pertence ao mesmo grupo midiático – postou longa reportagem que deve ter ruborizado os “midiotas” que confiaram nestes “jovens rebeldes e idealistas” – como a Folha e outros veículos apresentaram estes bravateiros ultraliberais e fascistoides. “Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 milhões”, estampa o título da matéria demolidora.

Petroleiros marcam greve contra o golpe

Por Altamiro Borges

Na semana em que o Senado vota o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff, os movimentos sociais brasileiros prometem “incendiar” o Brasil. Estão previstas várias paralisações parciais, bloqueios de estradas, ocupações de escolas e protestos nas principais capitais e cidades do interior. Reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centenas de entidades sindicais, comunitárias, estudantis e de defesa dos direitos humanos estão engajadas na luta contra o golpe e já anunciaram que não darão paz ao governo ilegítimo do Judas Michel Temer. Os protestos desta semana servirão para criar as condições para deflagração de uma poderosa greve geral em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Congresso comprado e STF acovardado

A onda conservadora de Trump e de Moro

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Não há dúvida de que há uma nova onda conservadora no mundo. A profunda e prolongada crise econômica europeia, produto do fracasso das políticas neoliberais de austeridade, não tem tido como regra respostas por parte da esquerda – dos seus partidos, dos sindicatos –, mas tem fortalecido a extrema-direita. Um fenômeno que afeta a França há décadas e que agora chega com força também à Alemanha, depois de percorrer já grande parte dos países da Europa.

As desinformações do jornalista Sardenberg

Por Cláudio da Costa Oliveira, no site Brasil Debate:

O jornalista Carlos Alberto Sardenberg publicou artigo no último dia 28/04 no qual mostra total inconsequência e falta de conhecimento para falar sobre a Petrobras. Na sua tentativa de buscar justificativas, por interesses sombrios, para o atual plano de venda de ativos por que passa a empresa, busca denegrir o nome da companhia com informações descabidas e inverídicas.

Não sabemos quais são as fontes de informação do sr. Sardenberg, mas certamente não vem dos balanços publicados e nem dos fatos relatados no site da empresa.

FHC, o 'pomposo' presidente-exportação

O golpe e o funil da imbecilidade

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Ser imbecil é uma característica que a turba mobilizada pela mídia contra a presidenta Dilma Rousseff nunca fez questão de esconder. Nem tem como. Seria a famosa contradição em si, como diria o líder revolucionário chinês Mao Tse-tung - não é possível ser uma coisa sem ser outra. São pessoas que abraçaram delinquentes como Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro simplesmente por estarem inoculadas com o vírus da raiva “anti-petista”, com a desfaçatez de dizer que estavam lutando contra a “corrupção”. Essa limitação cognitiva é perfeitamente compreensiva para quem engoliu a tese do “mensalão”, outra contradição em si, e do “petrolão”, uma gigantesca operação para ocultar a verdadeira corrupção do “caso Petrobras” no covil de farsantes comandado pelo juiz Sérgio Moro com sua “Operação Lava Jato”.

Para grande maioria, Temer não é a solução

Por Vilma Bokany, na revista Teoria e Debate:

A Fundação Perseu Abramo realizou pesquisas nas manifestações a favor e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Avenida Paulista, em São Paulo, respectivamente nos dias 13 e 18 de março de 2016, com o objetivo de mapear o perfil e as opiniões dos participantes, assim como fizera em março do ano anterior (no dia 13 o ato foi em defesa do governo e no dia 15, contra), o que possibilita uma análise comparativa.

O tardio e revelador veredito do STF

Por Adalberto Monteiro, no Blog do Renato:

Em 2 de dezembro de 2015, o PT anunciou o voto de seus parlamentares contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Nesse dia, mesmo a grande mídia estampou manchetes, segundo as quais, “por vingança”, Cunha havia aceitado o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma. Em seguida, no dia 16, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação cautelar requerendo que o presidente da Câmara fosse afastado da presidência da Câmara e também do mandato.

Mais estudantes, menos Cunha

Por Clóvis Gruner, na revista Fórum:

Na mesma semana, dois eventos aparentemente distintos permitem perceber o alcance de uma crise que já não é mais apenas de um governo ou partido, o PT, mas do pacto democrático que nas últimas três décadas fez o parto e sustentou a chamada “Nova República”. Na quinta (5), liminar do ministro do STF Teori Zavascki, suspendeu o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB), agora ex-presidente da Câmara. Um dia antes, na quarta (4), estudantes paulistas ocuparam a Assembleia Legislativa de São Paulo, de onde dizem só sair depois de instalada a “CPI da merenda”.

Brasil acorda para as ameaças reais

Por Ladislau Dowbor, no site Opera Mundi:

O que apareceu no início como positivo, o combate à corrupção, se transformou gradualmente num pesadelo que ameaça a democracia e a legalidade institucional. Não é a primeira vez que uma boa bandeira se transforma em cavalo de Tróia, abrigando o que há de mais podre, e gerando mais problemas que soluções. Não foi muito diferente com a tão legítima operação “Mãos Limpas” na Itália que gerou 20 anos de retrocessos e populismo conservador com Berlusconi.

Cresce a rejeição a Temer e ao golpe

Do site Vermelho:

Nova pesquisa Vox Populi divulgada no último sábado (30) avaliou o sentimento dos brasileiros depois que a Câmara dos Deputados aprovou, no dia 17 de abril, a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa foi encomendada pela CUT.

O processo foi encaminhado para análise do Senado. Para 32%, o Brasil vai piorar se o vice-presidente Michel Temer assumir no lugar de Dilma; 29% acreditam que o desemprego vai aumentar; 34% preveem piora em relação aos programas sociais; e 32% acreditam que perderão direitos trabalhistas.

sábado, 7 de maio de 2016

Temer e as brigas no bloco do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Michel Temer ainda nem tomou posse e já enfrenta brigas entre os aliados por espaços em seu virtual futuro governo. O tão criticado loteamento é fundamental para a formação de uma base, especialmente na Câmara, que aprove suas propostas. Mas frustrará a parte da opinião pública que apoiou o impeachment acreditando em mudança e as forças de mercado que cobram redução do Estado. Além disso, Temer enfrenta o problema da sucessão na presidência da Câmara. Para ganhar tempo e contornar a dor do parto, ele agora mudou o discurso. Já não fala como presidente de fato e definitivo mas lembra aos aliados que é interino e que o governo a ser montado agora será provisório.

Herdeira da Globo pagou à Mossack

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Publicação do blog de Fernando Rodrigues confirma o que o Viomundo denunciou com exclusividade em 22 de março último: a neta favorita de Roberto Marinho, Paula, filha de João Roberto Marinho, fez pagamentos à Mossack & Fonseca relativos à manutenção de três empresas offshore ligadas aos negócios do marido dela, Alexandre Chiappeta de Azevedo.

Além disso, em outubro de 2009 a filha de João Roberto Marinho participou da regularização da offshore Vaincre LLC em Las Vegas, Nevada, de acordo com e-mail publicado por Fernando Rodrigues.

Quem produz opinião na grande imprensa?

Por Marcia Rangel Candido e João Feres Júnior, no blog O Cafezinho:

A ausência de diversidade no jornalismo brasileiro tradicional não é novidade. Tampouco se refere apenas à existência dos oligopólios midiáticos. Produção de conteúdo e quem o produz são duas faces dos meios de comunicação que têm sido paulatinamente contestadas pelos movimentos sociais e pelos intelectuais acadêmicos. Desde 2014 o Manchetômetro, iniciativa do Laboratório de Mídia e Esfera Pública do Iesp-Uerj, desenvolve o acompanhamento dos principais jornais impressos e do Jornal Nacional deixando em evidência o viés desigual da cobertura concedida pelos grandes meios aos distintos segmentos da política brasileira.

O governo Temer e o fator militar

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o contexto civil

Tem-se de um lado a completa desarticulação das instituições civis, uma irresponsabilidade ampla e generalizada em relação ao cargo de presidente. Enfraquecida, a presidência passa a ser atacada por enxames de aves predadoras até estar prestes a ser apeada do poder, em favor de um vice-presidente de escassa legitimidade, com a falência dos sistemas de mediação, a começar do STF (Supremo Tribunal Federal).

Esse vácuo de poder cria uma corrida das corporações públicas para ampliar seu espaço no Estado. Ministério Público e Tribunais de Conta ampliam em cima da missão do combate à corrupção. O Poder Judiciário amplia porque é poder.

O golpe nazista e o golpe no Brasil

Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

“Nem sempre o que é, parece. Mas o que parece, seguramente é”. Ditado brasileiro.

Muito se tem escrito, contra e a favor, sobre semelhanças e diferenças entre o golpe nazista de 1933 e o que hoje está em curso no Brasil.

Bom, vamos começar por alguns personagens principais. Ninguém de bom senso vai comparar o tacanho e tragicômico Michel Temer com o trágico e sinistro Adolf Hitler. Nem um nem outro merecem tanto. Aquele, “do lar”, este, bem, também era “do lar”, abstêmio, vegetariano, fiel pelo que se sabe, mas, de qualquer modo e por exemplo, os penteados eram completamente diferentes.

O Supremo suspenderá o impeachment?

Por Marcelo Auler, em seu blog:

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de quinta-feira (05/05) suspendendo o exercício do mandato parlamentar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, consequentemente, afastando-o da presidência da Câmara, ainda que atendendo uma vontade quase unanime da sociedade brasileira, guarda mistérios e contradições, que só o tempo mostrará a que serviram e porque foram adotado.

Aparentemente, a primeira e, provavelmente a maior das possíveis contradições estaria no fato de o ministro Teori Zavascki esperar cinco meses para conceder uma liminar. Para a demora, há muitas explicações sendo uma delas a de que ele temia levar ao plenário o afastamento de Cunha, antes de a admissibilidade do processo do impeachment passar pela Câmara, sob o risco de ver seus colegas do STF não o apoiarem na decisão. Já a opção por uma liminar, pode esconder um jogo de bastidores.

Lula, o “xis” da questão

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Impossível imaginar que a presidenta escape da decisão premeditada da maioria oposicionista no Senado para impedi-la e, por ora, afastá-la da Presidência por até 180 dias.

É um engano pensar, porém, nessa ausência como o princípio do fim de toda a manobra golpista. Para o ingresso de alterações do percurso, há portas além daquelas do Congresso.

Outras se abrem para recursos legais ou, quem sabe, para a reação da voz das ruas. De todo modo, Dilma Rousseff promete continuar. Tem dito e repetido: “Vou lutar para voltar ao governo”.

Globo tenta tirar Cunha do álbum de família


Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo está lidando com Eduardo Cunha como se nunca o tivesse conhecido biblicamente. É o mesmo tratamento dispensado a ex-sócios caídos em desgraça, como Ricardo Teixeira, da CBF, poupado pela emissora até a situação ficar insustentável.

No começo de 2015, sua eleição para a presidência da Câmara foi festejada. “Aborto e regulação da mídia, só pode cima do meu cadáver”, declarou ele, deixando claro que estava ali pelos amigos.