Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
O Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão (GTAG) do Sistema Cantareira emitiu comunicado (nº 10) na última segunda-feira (30) rejeitando o Plano de Contingência II da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), que propunha o gerenciamento do sistema Cantareira pelos próximos cinco meses. É o segundo plano deste tipo, elaborado pela Sabesp, descartado pelo GTAG.
O grupo também reduziu a vazão permitida para retirada de água das represas que formam o sistema Cantareira para 19,7 mil litros por segundo, ante os 19,9 mil litros por segundo que foram retirados, em média, no mês de junho. Até fevereiro, eram retirados 30 mil litros por segundo do sistema.
O grupo é formado por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA, federal), Departamento de Água, Esgoto e Energia (Daee, estadual), do Comitê de Bacia Hidrográfica da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ) e da Sabesp.
Contrariamente ao esperado, a Sabesp pleiteava aumentos de vazão no Plano de Contingência II, entre os meses de julho e novembro deste ano. A companhia queria retirar 20,9 mil litros em julho, ampliando a captação até 21,2 mil litros no fim de novembro.
No entanto, o grupo rechaçou a proposta argumentando que se verificou no mês de junho uma entrada de água no sistema – afluência – de apenas 46% da mínima histórica registrada para o mês na série histórica.
Os estudos têm utilizado cenários de afluência de pelo menos 50% da mínima histórica. “O GTAG concluiu não ser possível, com o atual volume disponível de 197,5 milhões de m³, o atendimento das vazões pretendidas até o horizonte de planejamento considerado de 30 de novembro de 2014”, diz um trecho do comunicado.
O Sistema Cantareira abastecia cerca de 8 milhões de pessoas nas zonas leste, oeste e norte da capital paulista, além de municípios da região metropolitana, como Guarulhos e Osasco. Com a crise, 2,1 milhões de pessoas passaram a ser supridas pelos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê.
Restam apenas 197,5 milhões de metros cúbicos (m³) de água dos 1.459,5milhões de m³ que compõe o sistema Cantareira – considerando os volumes útil e morto. O sistema tem agora 20% da capacidade total, sendo que o volume útil está em 1,5%.
Considerando a afluência informada (46%), o volume de água do sistema Cantareira pode não chegar ao fim de outubro, já que a pior projeção considera vazão afluente de pelo menos 50% da mínima histórica, para chegar a 27 de outubro, conforme comunicado nº8 do GTAG.
O GTAG pede, novamente, que seja considerada a medida de racionamento de água, recomendando “que a ANA e o DAEE, conforme já solicitado nos Comunicados anteriores, estudem e viabilizem medidas de restrição de uso para os usuários localizados nas bacias PCJ e Alto Tietê”.
A bacia do Alto Tietê também está sofrendo grave redução no volume de água, conforme já relatado em reportagem de RBA. Hoje (3), o sistema Alto Tietê está com apenas 25,3% da capacidade.
Única orientação em contrário até aqui, foi tomada em 20 de junho, quando o GTAG mandou ampliar a vazão direcionada às cidades da bacia PCJ, de 3m³/s para 4m³/s.
A Sabesp também solicitou aos órgãos reguladores a retirada de mais 100 bilhões de litros do volume morto, que contém 400 bilhões de litros de água no total, mas ainda não teve retorno.
A RBA procurou os representantes da ANA, do DAEE e da Sabesp para comentar o caso. A ANA informou que o representante não se pronuncia sobre os comunicados, mas prestou esclarecimentos por e-mail. O DAEE informou que não se pronunciaria sobre o caso. E a Sabesp não respondeu o pedido da reportagem.
O Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão (GTAG) do Sistema Cantareira emitiu comunicado (nº 10) na última segunda-feira (30) rejeitando o Plano de Contingência II da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), que propunha o gerenciamento do sistema Cantareira pelos próximos cinco meses. É o segundo plano deste tipo, elaborado pela Sabesp, descartado pelo GTAG.
O grupo também reduziu a vazão permitida para retirada de água das represas que formam o sistema Cantareira para 19,7 mil litros por segundo, ante os 19,9 mil litros por segundo que foram retirados, em média, no mês de junho. Até fevereiro, eram retirados 30 mil litros por segundo do sistema.
O grupo é formado por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA, federal), Departamento de Água, Esgoto e Energia (Daee, estadual), do Comitê de Bacia Hidrográfica da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ) e da Sabesp.
Contrariamente ao esperado, a Sabesp pleiteava aumentos de vazão no Plano de Contingência II, entre os meses de julho e novembro deste ano. A companhia queria retirar 20,9 mil litros em julho, ampliando a captação até 21,2 mil litros no fim de novembro.
No entanto, o grupo rechaçou a proposta argumentando que se verificou no mês de junho uma entrada de água no sistema – afluência – de apenas 46% da mínima histórica registrada para o mês na série histórica.
Os estudos têm utilizado cenários de afluência de pelo menos 50% da mínima histórica. “O GTAG concluiu não ser possível, com o atual volume disponível de 197,5 milhões de m³, o atendimento das vazões pretendidas até o horizonte de planejamento considerado de 30 de novembro de 2014”, diz um trecho do comunicado.
O Sistema Cantareira abastecia cerca de 8 milhões de pessoas nas zonas leste, oeste e norte da capital paulista, além de municípios da região metropolitana, como Guarulhos e Osasco. Com a crise, 2,1 milhões de pessoas passaram a ser supridas pelos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê.
Restam apenas 197,5 milhões de metros cúbicos (m³) de água dos 1.459,5milhões de m³ que compõe o sistema Cantareira – considerando os volumes útil e morto. O sistema tem agora 20% da capacidade total, sendo que o volume útil está em 1,5%.
Considerando a afluência informada (46%), o volume de água do sistema Cantareira pode não chegar ao fim de outubro, já que a pior projeção considera vazão afluente de pelo menos 50% da mínima histórica, para chegar a 27 de outubro, conforme comunicado nº8 do GTAG.
O GTAG pede, novamente, que seja considerada a medida de racionamento de água, recomendando “que a ANA e o DAEE, conforme já solicitado nos Comunicados anteriores, estudem e viabilizem medidas de restrição de uso para os usuários localizados nas bacias PCJ e Alto Tietê”.
A bacia do Alto Tietê também está sofrendo grave redução no volume de água, conforme já relatado em reportagem de RBA. Hoje (3), o sistema Alto Tietê está com apenas 25,3% da capacidade.
Única orientação em contrário até aqui, foi tomada em 20 de junho, quando o GTAG mandou ampliar a vazão direcionada às cidades da bacia PCJ, de 3m³/s para 4m³/s.
A Sabesp também solicitou aos órgãos reguladores a retirada de mais 100 bilhões de litros do volume morto, que contém 400 bilhões de litros de água no total, mas ainda não teve retorno.
A RBA procurou os representantes da ANA, do DAEE e da Sabesp para comentar o caso. A ANA informou que o representante não se pronuncia sobre os comunicados, mas prestou esclarecimentos por e-mail. O DAEE informou que não se pronunciaria sobre o caso. E a Sabesp não respondeu o pedido da reportagem.
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