Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Em política, não existe vazio, já ensinavam os sábios mais antigos. Assim, nestas duas primeiras semanas de 2015, junto com as chuvas de verão, um calor dos infernos e as excelências maiores descansando em berço esplêndido, quem tomou conta da cena foi uma figura do segundo time, a ex-prefeita, ex-ministra e quase ex-petista Marta Suplicy. É a nova estrela da estação.
Só se fala dela nas rodas do poder que não saíram de férias, o que dá bem uma ideia da pobreza de ideias e da orfandade de lideranças no cenário político-midiático-partidário nacional. O que quer Marta, afinal, ao atirar para todo lado, depois de ser defenestrada do Ministério da Cultura?
Muito simples: sem espaço no PT, a ex-prefeita de São Paulo quer ser expulsa do partido para se abrigar em outra legenda e poder disputar novamente o cargo. O seu objetivo inicial era o PMDB, mas o prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, foi mais rápido e fechou uma aliança com a ala de Michel Temer, entregando o cargo de secretário da Educação para Gabriel Chalita, que deve ser seu companheiro de chapa.
Sem aliados de peso na sua empreitada de francoatiradora, além do marido Márcio Botelho, que pode entender de negócios, mas não de política, Marta resolveu ir à guerra montando seu showzinho particular, em que se limita a detonar o PT e seus principais líderes, de Dilma a Lula, passando por Mercadante e Rui Falcão, ao jogar um contra o outro, sem apresentar qualquer nova proposta política para a cidade ou para o país. Magoada e irada, Marta apenas quer porque quer voltar a ser prefeita e se vingar do seu antigo partido.
Restam-lhe opções menores, como o Solidariedade, do sempre oferecido Paulinho da Força, mas, no momento, ela está sozinha na estrada, aproveitando-se da entressafra do noticiário político para ocupar espaço, enquanto fevereiro não vem.
A direção do PT está numa sinuca de bico. Com Dilma e Lula guardando obsequioso silêncio desde o início do novo governo, o partido não pode responder aos ataques na mesma moeda, pois faria o jogo de Marta. Ao mesmo tempo, também não pode fingir que não está acontecendo nada.
Com o coração na mão, o mundo político só está à espera das bombas-relógio da Operação Lava Jato, que devem começar a explodir junto com a reabertura do Congresso Nacional. Aí ninguém mais vai falar de Marta, mas ela já terá feito seu estrago na desgastada imagem do partido que enfrenta hoje sua maior crise, após 12 anos de hegemonia no poder central.
Só se fala dela nas rodas do poder que não saíram de férias, o que dá bem uma ideia da pobreza de ideias e da orfandade de lideranças no cenário político-midiático-partidário nacional. O que quer Marta, afinal, ao atirar para todo lado, depois de ser defenestrada do Ministério da Cultura?
Muito simples: sem espaço no PT, a ex-prefeita de São Paulo quer ser expulsa do partido para se abrigar em outra legenda e poder disputar novamente o cargo. O seu objetivo inicial era o PMDB, mas o prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, foi mais rápido e fechou uma aliança com a ala de Michel Temer, entregando o cargo de secretário da Educação para Gabriel Chalita, que deve ser seu companheiro de chapa.
Sem aliados de peso na sua empreitada de francoatiradora, além do marido Márcio Botelho, que pode entender de negócios, mas não de política, Marta resolveu ir à guerra montando seu showzinho particular, em que se limita a detonar o PT e seus principais líderes, de Dilma a Lula, passando por Mercadante e Rui Falcão, ao jogar um contra o outro, sem apresentar qualquer nova proposta política para a cidade ou para o país. Magoada e irada, Marta apenas quer porque quer voltar a ser prefeita e se vingar do seu antigo partido.
Restam-lhe opções menores, como o Solidariedade, do sempre oferecido Paulinho da Força, mas, no momento, ela está sozinha na estrada, aproveitando-se da entressafra do noticiário político para ocupar espaço, enquanto fevereiro não vem.
A direção do PT está numa sinuca de bico. Com Dilma e Lula guardando obsequioso silêncio desde o início do novo governo, o partido não pode responder aos ataques na mesma moeda, pois faria o jogo de Marta. Ao mesmo tempo, também não pode fingir que não está acontecendo nada.
Com o coração na mão, o mundo político só está à espera das bombas-relógio da Operação Lava Jato, que devem começar a explodir junto com a reabertura do Congresso Nacional. Aí ninguém mais vai falar de Marta, mas ela já terá feito seu estrago na desgastada imagem do partido que enfrenta hoje sua maior crise, após 12 anos de hegemonia no poder central.
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