segunda-feira, 15 de julho de 2013

Aécio se despede de Serra

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Por Altamiro Borges

Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, parece que já desistiu do apoio de José Serra para as eleições de 2014. Na convenção do PSDB de Santa Catarina, neste domingo, ele jogou a toalha na difícil tarefa de unir a direita. “Desejo que Serra seja feliz”, choramingou em tom de despedida. Nos últimos dias, cresceram os boatos de que o ex-governador paulista trocará de legenda para disputar a próxima sucessão. Ele poderá ingressar no raquítico PPS, do amigo Roberto Freire, ou até no PSD, do antigo aliado Gilberto Kassab. O racha tucano parece inevitável, conforme notícia hoje (15) a própria Folha serrista:
“Duas vezes derrotado em eleições presidenciais e sem espaço no PSDB, Serra tem procurado alternativas para se candidatar novamente nas eleições do ano que vem. O ex-governador foi convidado pelo deputado federal Roberto Freire (SP), seu amigo, a trocar o PSDB pelo PPS para se candidatar, mas teme ficar isolado se não conseguir levar junto outros integrantes de seu grupo político... Ele também tem procurado uma reaproximação com o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), que juntou-se à coalizão que apoia a presidente Dilma Rousseff depois das eleições municipais do ano passado”, informa o repórter Jeferson Bertolini.

O eterno candidato ainda aguarda novas pesquisas eleitorais para avaliar o folego do cambaleante mineiro. Caso não decole, Serra não descarta, inclusive, a ideia de permanecer no PSDB para disputar a indicação interna, atazanando a vida de Aécio Neves. Ele que sempre foi contra a realização de prévias partidárias, agora apela para este expediente como chantagem para ficar no ninho conflagrado. Segundo a Folha serrista, “o novo cenário político criado pelos protestos de junho o animou a reavaliar a possibilidade de se candidatar novamente”. Os tucanos, que tentaram pegar carona nas recentes manifestações de rua, não terão vida fácil.

Diante deste cenário, o artigo de Aécio Neves na mesma Folha de hoje é risível. “Por incrível que pareça, o maior problema que a presidente Dilma Rousseff enfrenta não está nas manifestações de rua, na queda da popularidade ou nas vaias em eventos... A grande dificuldade vem do seu próprio partido, o PT. Nunca antes na trajetória de um chefe de nação foi tão oportuno invocar a máxima segundo a qual quem tem determinado tipo de amigos, não precisa de inimigos”. Ao final, encenando otimismo com o hipotético racha petista, ele conclui: “Não vamos nos enganar: não há nada que esteja muito ruim que não possa piorar”. De fato!

1 comentários:

Paula disse...

Pois é, Aécio cambalaeante até pode estar dizendo algumas verdades. Como é mesmo,in vinu veritas? (acho que é assim que se escreve). Quem sabe ele está se referindo a Paulo Bernardo, Helena Chagas, Mercadante, Suplicy e outros petistas do género, como grandes amigos da Dilma.