Por Bepe Damasco, em seu blog:
Há alguns dias manchetes do Estadão e do Globo davam conta de que o PT negocia aliança com o PMDB em seis estados. Bastou para que uma onda de pânico por parte da militância petista invadisse as redes sociais. De minha parte, uma surpresa : não podia imaginar que esses jornalões, porta-vozes da burguesia mesquinha, golpista e escravocrata, merecessem tamanho crédito de petistas.
E pior: muitos na certa não se deram sequer ao trabalho de ler o conteúdo dessas notícias. Se o fizessem, teriam mais chances de escapar da armadilha dos veículos das famílias Marinho e Mesquita. Afora uma vaga alusão a uma entrevista do ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, as matérias se escudam numa velha picaretagem na mídia monopolista brasileira, o off.
Elas são incapazes de identificar uma miserável fonte que seja, usando e abusando dos sujeitos ocultos ou indeterminados, tais como "segundo fontes próximas à direção do PT...", "de acordo com um dirigente petista...", "petistas do círculo de Lula dizem que...", e por aí vai. Foge do meu entendimento o fenômeno psíquico que leva até militantes veteranos a tomar como verdades absolutas lixos jornalísticos do gênero.
Tomados por uma estranha amnésia, ativistas e até dirigentes do partido resolveram ignorar a que interesses servem Estadão e Globo, velhos e tarimbados inimigos do Brasil , do povo brasileiro e, claro, do Partido dos Trabalhadores. Teve até corrente interna do partido divulgando documento elaborado a partir das "preciosas' informações dos dois digníssimos representantes do PIG.
No mundo real, a história é outra. Pelo que se sabe, o partido ainda não deu início ao processo de discussões sobre a política de alianças para 2018. Se é verdade que informalmente existam quadros do PT defendendo alianças com dissidentes do golpismo, não faltam na militância os que preconizam a formação de uma frente puro sangue de esquerda, pelo menos no primeiro turno. Artigo interessante do jornalista Breno Altman que circula nas redes prega, por exemplo, frente de esquerda no primeiro turno e frente ampla no segundo.
Outra bobagem digna de nota é a comoção petista diante da fala de Lula, na caravana a Minas Gerais, na qual diz perdoar golpistas. Levar isso ao pé da letra é uma profunda injustiça com Lula. Quer dizer, então, que na visão dos que veem em tudo oportunidade para travar disputas internas falar em perdão significa que fará alianças ? Embora Lula seja uma gênio da comunicação de massas, é humanamente impossível evitar um ou outro escorregão retórico diante da maratona a que ele se submete nessas caravanas.
Em Minas, foram oito dias de périplo, com visitas a 12 municípios. Certamente, Lula não falou menos do que duas horas em cada um desses dias. São, então, 16 horas de discursos, e sempre de improviso como é sua característica marcante. É mais do que natural, portanto, uma ou outra frase fora do contexto, uma ou outra bola fora. Relembro que Lula é um senhor de 72 anos, que perdeu a companheira de uma vida inteira há poucos meses, sofre uma caçada judicial sórdida e ainda corre o riso de ser preso. Pinçar frases suas para fazer política só joga lenha no moinho da direita que está destruindo o Brasil.
Além de amplificar boatos e disseminar informações sem verificar a procedência, parte da militância virtual do campo da esquerda está se especializando em julgar e condenar de forma sumária. Quando a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, soltou uma nota defendendo que a prerrogativa constitucional de cassar mandatos parlamentares pertence a deputados e senadores, e não ao STF, o mundo desabou sobre a direção do PT, acusada levianamente de defender Aécio Neves. Logo veio a votação no Senado, na qual toda a bancada do PT votou pelo afastamento do senador mineiro, cuja imagem hoje se confunde com o gangsterismo, o golpismo e a corrupção. Gente, sem um mínimo de prudência e cabeça fria, aonde vamos parar?
Há alguns dias manchetes do Estadão e do Globo davam conta de que o PT negocia aliança com o PMDB em seis estados. Bastou para que uma onda de pânico por parte da militância petista invadisse as redes sociais. De minha parte, uma surpresa : não podia imaginar que esses jornalões, porta-vozes da burguesia mesquinha, golpista e escravocrata, merecessem tamanho crédito de petistas.
E pior: muitos na certa não se deram sequer ao trabalho de ler o conteúdo dessas notícias. Se o fizessem, teriam mais chances de escapar da armadilha dos veículos das famílias Marinho e Mesquita. Afora uma vaga alusão a uma entrevista do ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, as matérias se escudam numa velha picaretagem na mídia monopolista brasileira, o off.
Elas são incapazes de identificar uma miserável fonte que seja, usando e abusando dos sujeitos ocultos ou indeterminados, tais como "segundo fontes próximas à direção do PT...", "de acordo com um dirigente petista...", "petistas do círculo de Lula dizem que...", e por aí vai. Foge do meu entendimento o fenômeno psíquico que leva até militantes veteranos a tomar como verdades absolutas lixos jornalísticos do gênero.
Tomados por uma estranha amnésia, ativistas e até dirigentes do partido resolveram ignorar a que interesses servem Estadão e Globo, velhos e tarimbados inimigos do Brasil , do povo brasileiro e, claro, do Partido dos Trabalhadores. Teve até corrente interna do partido divulgando documento elaborado a partir das "preciosas' informações dos dois digníssimos representantes do PIG.
No mundo real, a história é outra. Pelo que se sabe, o partido ainda não deu início ao processo de discussões sobre a política de alianças para 2018. Se é verdade que informalmente existam quadros do PT defendendo alianças com dissidentes do golpismo, não faltam na militância os que preconizam a formação de uma frente puro sangue de esquerda, pelo menos no primeiro turno. Artigo interessante do jornalista Breno Altman que circula nas redes prega, por exemplo, frente de esquerda no primeiro turno e frente ampla no segundo.
Outra bobagem digna de nota é a comoção petista diante da fala de Lula, na caravana a Minas Gerais, na qual diz perdoar golpistas. Levar isso ao pé da letra é uma profunda injustiça com Lula. Quer dizer, então, que na visão dos que veem em tudo oportunidade para travar disputas internas falar em perdão significa que fará alianças ? Embora Lula seja uma gênio da comunicação de massas, é humanamente impossível evitar um ou outro escorregão retórico diante da maratona a que ele se submete nessas caravanas.
Em Minas, foram oito dias de périplo, com visitas a 12 municípios. Certamente, Lula não falou menos do que duas horas em cada um desses dias. São, então, 16 horas de discursos, e sempre de improviso como é sua característica marcante. É mais do que natural, portanto, uma ou outra frase fora do contexto, uma ou outra bola fora. Relembro que Lula é um senhor de 72 anos, que perdeu a companheira de uma vida inteira há poucos meses, sofre uma caçada judicial sórdida e ainda corre o riso de ser preso. Pinçar frases suas para fazer política só joga lenha no moinho da direita que está destruindo o Brasil.
Além de amplificar boatos e disseminar informações sem verificar a procedência, parte da militância virtual do campo da esquerda está se especializando em julgar e condenar de forma sumária. Quando a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, soltou uma nota defendendo que a prerrogativa constitucional de cassar mandatos parlamentares pertence a deputados e senadores, e não ao STF, o mundo desabou sobre a direção do PT, acusada levianamente de defender Aécio Neves. Logo veio a votação no Senado, na qual toda a bancada do PT votou pelo afastamento do senador mineiro, cuja imagem hoje se confunde com o gangsterismo, o golpismo e a corrupção. Gente, sem um mínimo de prudência e cabeça fria, aonde vamos parar?
1 comentários:
O PT deveria zelar por esse desvio de conduta por parte de seu eleitorado.Deveria ter soltado uma nota imediatamente desmentindo.Nao só nós, leitores, mas muitos blogueiros agiram da mesma maneira, qual seja, estarrecidos com uma possível composição com a bancada golpista.
Postar um comentário