sábado, 31 de março de 2018

Alckmin se iguala a Bolsonaro no fascismo

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, até tenta, mas não consegue esconder a sua origem política – quando participou de cultos da seita fascista Opus Dei no interior de São Paulo e até nos salões do Palácio dos Bandeirantes. Diante do grave atentado a balas contra a Caravana de Lula no Paraná, o “picolé de chuchu” deixou de lado a farsa da mídia de que seria o “candidato do centro” e escancarou seu ódio: “Estão colhendo o que plantaram”. Quase com as mesmas palavras, seu rival na disputa eleitoral, o fascistoide Jair Bolsonaro, rosnou: “Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos”.

Gilmar Mendes e a “bunda” da Folha

Por Altamiro Borges

O ministro Gilmar Mendes, líder da bancada tucana no Supremo Tribunal Federal (STF), foi tratado durante muitos anos como um ícone pela mídia falsamente moralista. Mesmo nos seus arroubos autoritários e nos seus sinistros negócios, ele era uma figura intocável, quase um Deus. Hoje, porém, ele já não é mais uma unanimidade. Ao defender os preceitos constitucionais, numa evidente tentativa de salvar os seus amigos, ele passou a ser alvo da imprensa que adora criminalizar a política e que é inimiga da democracia. Um atrito com a Folha golpista nesta quinta-feira (29) mostra como esta relação amigável se deteriorou:

MBL acusa Alckmin de fraude no Facebook

Publicação do MBL postada com o Voxer
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Em seu Facebook, Pablo Ortellado, professor da USP e gerente do Monitor do debate político no meio digital, chamou atenção para uma acusação que o MBL fez a Geraldo Alckmin:

Está todo mundo curtindo o feriado, mas o jogo está sendo jogado a todo vapor. O MBL foi acusado pelo Globo de violar as políticas do Facebook, ao utilizar um aplicativo por meio do qual fazia postagens automáticas nos perfis de usuários.

De luz para todos a luz para poucos

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

O golpe impôs uma dura pauta de retirada de direitos e dilapidação da soberania e do patrimônio nacional. O próximo ataque atende pelo nome de privatização da Eletrobras. Neste, temos pautado nosso discurso em duas frentes: a preocupação com o aumento das tarifas e com o fim do regime de cotas. A primeira de fácil diálogo com a sociedade. A segunda uma bandeira que ainda não está clara para todos.

Em setembro de 2012, a presidenta Dilma assinou uma Medida Provisória (MP 579, convertida na Lei nº 12.783/13) que alterou a forma de composição das tarifas de energia. Até então a fórmula incluía uma taxa de amortização, mesmo para as concessionárias que já haviam saudado suas dívidas e, portanto, sem saldo a amortizar. Havia também uma taxa de risco hídrico que todos os consumidores, residenciais ou industriais, pagavam como forma de compensar as concessionárias em caso de crise hídrica. A medida excluiu ambas as taxas.

Juros: o marketing e os fatos

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação estão em posição um tanto desconfortável. Receberam como missão prioritária a garimpagem refinada por notícias “menos ruins” no front econômico. A intenção explícita é estabelecer uma estratégia de convencimento da maioria da população de que as coisas “deixaram de piorar” ao longo dos últimos meses. Com isso, tenta-se cacifar as diversas pré-candidaturas à Presidência da República de figuras que se alinharam desde o início em prol do “golpeachment” de Dilma Roussef.

A guerra comercial de Trump

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Um economista inglês chamado David Ricardo escreveu no início do século 19 sobre o comércio internacional, defendendo que os países seriam mais eficientes na produção e comércio de bens para os quais possuem vantagens comparativas. Dessa forma, mesmo que fosse capaz de produzir tecidos, um país como Portugal deveria se concentrar na produção de vinho, pois a eficácia e o ganho seriam maiores devido a algumas de suas vantagens, como capacidade tecnológica, solo, clima, entre outras. Segundo o mesmo Ricardo, a Alemanha, os Estados Unidos e outros países com grandes extensões de solo fértil deveriam se dedicar à plantação e ao comércio de trigo, já a Inglaterra com suas fábricas consolidadas teria vantagem em relação a outros na produção e comércio de bens industriais.

A Batalha de Itararé de Bolsonaro

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Não se deixe enganar pela fotografia. Ao chegar ao aeroporto de Curitiba, o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro foi cercado pela claque habitual, os chamados “bolsominions”, e carregado pelos corredores com uma faixa presidencial no peito. O ambiente fechado amplia o efeito da aglomeração e serve apenas à propaganda ligeira. Os seguidores do parlamentar não passavam de 250 no saguão do Afonso Pena.

A escalada fascista não pode prevalecer

Editorial do site Vermelho:

A medida mais preocupante da escalada da violência reacionária de direita que o Brasil assiste nos últimos meses, acentuada pelas raivosas agressões contra a caravana de Lula, é dada pelo silêncio de segmentos conservadores, pela omissão de setores do judiciário e da polícia, e pela manifestação de políticos que chegaram a defender o uso do chicote contra os manifestantes.

A disputa pelo poder real no Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A investida policial que culminou na prisão de muitos amigos, empresários e políticos do círculo de convivência íntima do Temer foi fatal para o governo ilegítimo.

Só não foram presos ele próprio, Temer, e seus comparsas protegidos pelo foro privilegiado na esplanada dos ministérios.

É de se perguntar, a estas alturas, se a promoção do ex-subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil ao cargo de ministro de direitos humanos não foi, também, uma medida preventiva para assegurar a impunidade do afilhado do Eduardo Cunha.

O nazifascismo entre nós

Por Altair Freitas, no site da Fundação Maurício Grabois:

O fascismo não é um carimbo para ser colocado na testa de quem quer que seja mas é necessário entender suas características pois ele é atemporal, é cíclico e relacionado umbilicalmente às crises do capitalismo e ascensão das lutas populares nesses períodos de crises. Como todos sabem, o capitalismo vive uma crise prolongada, já chegando a uma década e sem soluções avançadas, progressistas, o caldo de cultura para a retomada do nazifascismo ganha muita força, especialmente na Europa. E no Brasil!

Globo ameaça suspender as eleições

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A nota de Noblat, principal colunista político do Globo, menciona um “ministro muito próximo do presidente Michel Temer”.

Quanto ao “agravamento da tensão política”, é interessante como a Globo fala do problema sem mencionar que ela mesmo é a principal incitadora da violência.

As tensões sociais aumentam porque se deu um golpe no Brasil destinado a esmagar e humilhar a população pobre e os representantes políticos nos quais essa população tem votado.

Desemprego aumenta e renda empaca

Da Rede Brasil Atual:

A taxa nacional de desemprego subiu no trimestre encerrado em fevereiro, para 12,6%, ante 12% em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. São 13,121 milhões de desempregados, 550 mil a mais em três meses. Nesse período, o mercado fechou 858 mil postos de trabalho, enquanto 307 mil pessoas deixaram de procurar uma vaga.

Na comparação com fevereiro do ano passado (13,2%), a taxa está menor e o país registra menos desempregados (426 mil), mas por causa do aumento da informalidade. Em 12 meses, o país criou 1,745 milhão de vagas, mas perdeu 611 mil empregados com carteira assinada no setor privado (-1,8%), no menor nível da série histórica, iniciada em 2012. E tem mais 511 mil trabalhadores sem carteira, além de 977 mil por conta própria.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Atentado contra Lula repercute no mundo

Por Altamiro Borges

Em sua coluna no Jornal do Brasil nesta sexta-feira (29), a destemida jornalista Hildegard Angel mostra que as hordas fascistas do Brasil não estão sendo poupadas pela mídia internacional – ao contrário da imprensa nativa, que ainda tenta acobertá-las. Segundo informa, “a repercussão do atentado sofrido por Lula, com três tiros disparados contra os ônibus de sua caravana, dá uma dimensão da importância do ex-presidente no cenário internacional e da gravidade que as nações sérias atribuem ao episódio. O fato foi notícia nos jornais franceses Le Monde (o correspondente segue a caravana), Le Figaro e Libération; no inglês The Guardian; e nos americanos New York Times e Wall Street Journal; e no site Ouest France”.

Fórmula 1 atropela a TV Globo

Por Altamiro Borges

Em matéria postada no UOL na quarta-feira (28), o colunista Ricardo Feltrin informa que “a Globo já tem um problemão para resolver este ano. Um de seus produtos mais caros e expostos, a Fórmula 1, começou mal em audiência. Pela primeira vez desde 1970 não há nenhum piloto brasileiro na pista. A primeira prova, vencida por Sebastian Vettel, registrou apenas 4,4 pontos de média na Grande São Paulo – principal mercado publicitário do país. Segundo levantamento da coluna, trata-se do menor índice de todos os tempos – desde que as corridas começaram a ser transmitidas aos domingos e medidas pelo Ibope... Para efeitos de comparação, em 2000 a primeira corrida da temporada deu 26,0 pontos à Globo”.

Demóstenes, o herói da Veja, será candidato

Por Altamiro Borges

Uma notinha na revista Época informa que “o ex-senador Demóstenes Torres disputará as eleições ao Senado por Goiás neste ano. Na terça-feira (27), o ministro do Supremo Dias Toffoli concedeu liminar garantindo a possibilidade de se candidatar. Torres teve seu mandato de senador cassado em 2012 após ser acusado de ter mentido sobre suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, então investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Monte Carlo. Ele ficaria inelegível até 2027. Torres está filiado ao PTB, cujo principal nome no estado é o deputado federal Jovair Arantes. Torres afirmou que, em função das alianças da legenda em Goiás, deverá estar no mesmo palanque do governador Marconi Perillo (PSDB), que também tentará uma vaga no Senado”.

Xadrez de Temer no xadrez

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ao deter uma das acionistas do grupo Libra, finalmente Ministério Público Federal e Polícia Federal bateram em um dos mais antigos sistemas de corrupção da República, umbilicalmente ligado a Michel Temer, Eduardo Cunha e seu grupo.

Capítulo 1 – a entrada da Libra do porto de Santos

Em 1998, o grupo Libra arrendou a área do Terminal 35 da Ponta da Praia. Apresentou uma proposta imbatível, a ponto da segunda colocada entrar na Justiça, argumentando que os valores apresentados eram inexequíveis.

Prisão dos amigos de Temer: A casa caiu

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A prisão de amigos de longa data, todos próximos e relacionados a suspeitas de corrupção na área portuária, deve liquidar com as pretensões do presidente Michel Temer de concorrer à reeleição, ou mesmo de tornar-se figura de peso na disputa. Ele volta às cordas, depois da ofensiva com a agenda de segurança. Tornou-se agora realmente provável a apresentação, pela Procuradoria Geral da República, de uma terceira denúncia contra ele, que tramitaria na Câmara em ambiente político bem diferente daquele que permitiu a rejeição de outras duas. A principal diferença tem um nome: Rodrigo Maia. Ele, que comandaria a tramitação da denúncia, e seria o sucessor legal de Temer caso fosse aprovada, agora é candidato a presidente e distanciou-se muito do governo. Ele e o DEM perderiam a chance de uma disputa presidencial no cargo? O Centrão ajudaria?

Temer encurralado: cadê os patos da Fiesp?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Com esta blitz desfechada por STF, PGR e PF, na véspera do feriadão, para prender os amigos do peito do presidente Michel Temer (os que ainda estavam soltos, claro), senti falta dos barulhentos personagens que foram às varandas e às ruas dos bairros chiques das cidades para derrubar a presidente Dilma Rousseff, em nome do “combate à corrupção”, apenas dois anos atrás.

Cadê as paneleiras que não podiam ver a cara de Dilma na TV que já entravam em transe e começavam a gritar palavrões ao lado os filhos nos idos de 2016, quando Romero Jucá já queria “estancar a sangria, com o Supremo, com tudo”, e colocar Temer em seu lugar?

O padre que é vítima do ódio no Paraná

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

A passagem da caravana do ex-presidente Lula por Foz do Iguaçu (PR), nesta segunda-feira (26), teve um sabor agridoce para os militantes paranaenses. Se, por um lado, o ato público foi bem-sucedido e o petista foi aclamado como pré-candidato à Presidência em 2018, também houve registros de violência e manifestações de intolerância.

Uma das vítimas mais graves foi o padre Idalino Alflen, de 64 anos, que levou uma pedrada na cabeça e foi atropelado por uma motocicleta quando chegava ao Sindicato dos Eletricitários (Sinefi), minutos antes do pronunciamento de Lula.

Temer x Barroso: o duelo continua

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A justificativa de que havia “ameaça de destruição de provas” para a prisão do ex-assessores de Temer – o advogado José Yunes e o coronel João Batista Lima – e do dono da Rodrimar, Antonio Grecco, mais de um ano depois das denúncias sobre corrupção nos negócios no Porto de Santos, é claro, não se sustenta.

É evidente que o que podia ou se desejaria ver destruído teve tempo de sobra para sê-lo e, ainda que houvesse algo, bastaria um mandado de busca e apreensão, não a prisão provisória dos supostos “malas” presidenciais.

O Supremo é um campo sangrento de batalha

A cadela no cio do fascismo agora pariu

Por Mauro Lopes, em seu blog:

O dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), um dos maiores da história e que combateu valentemente o nazismo, dizia que “a cadela do fascismo está sempre no cio”, pronta a dar filhotes. Pois ela acaba de parir no Brasil. Estamos presenciando uma escalada fascista sem precedentes na história. Os números, parciais, não revelam toda a dimensão da violência que se abate sobre o país, especialmente sobre os mais pobres. Em 15 dias, de 12 a 27 de março, foram pelo menos 25 ações de extrema violência com apoio a elas dos líderes políticos de direita: 26 execuções, várias detenções e prisões, dezenas de ataques, espancamentos e agressões com feridos sem conta, ameaças de morte e ações brutais das polícias. Três padres foram alvo da escalada: um ameaçado de morte, um preso e um espancado. A violência é protagonizada por milícias de adeptos de Bolsonaro, policiais e forças paramilitares.

Os homens de Temer: presos ou enrolados

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se Michel Temer é o chefe da mais perigosa organização criminosa do Brasil, na definição do criminoso confesso Joesley Batista, quem são os membros da quadrilha?

Aqui, a tropa do Michel, que governa o Brasil desde maio do ano passado. Quem não está em cana está enrolado na Lava Jato.

Eliseu Padilha – é secretário da Casa Civil e tem uma forte ligação com Michel Temer desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Logo depois que a Câmara dos Deputados, então presidida por Michel barrou a instalação da CPI que investigaria a denúncia de compra de votos para a emenda da reeleição, foi nomeado ministro dos Transportes. A nomeação foi o resultado da pressão exercida por Michel Temer sobre Fernando Henrique Cardoso, conforme este narra em seu Diários da Presidência.

STATUS: ENROLADO


Estado judicial avança com Barroso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A prisão do coronel Lima, do advogado José Yunes e outros personagens da cozinha de Michel Teme deve ser vista de duas formas.

A primeira, como um novo lance das investigações em torno de esquemas de corrupção em torno de Michel Temer, que levaram para a cadeia personagens como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves. Nada mais justo que essas denuncias sejam apuradas e investigadas.

A hipótese de que o passo seguinte será o julgamento, condenação e impeachment de Michel Temer, reapareceu em muitas mentes, ainda que, pelo calendário eleitoral, lhe reste uma vida útil de oito meses na Presidência - se tudo andar nos trilhos, em alta velocidade.

Facebook: adeus à ingenuidade

Por Rafael Zanatta, no site Outras Palavras:

O escândalo envolvendo a maior rede social do mundo e a mais polêmica consultoria política do ocidente virou a mesa do jogo sobre proteção de dados pessoais e regulação das grandes empresas de tecnologia.

Trata-se de caso tão impactante, e de repercussões midiáticas e políticas tão intensas, que não há alinda elementos para fazer uma avaliação completa sobre todos os desdobramentos possíveis. Como afirmou Giovanni Buttarelli, supervisor de proteção de dados pessoais da União Europeia, trata-se “do escândalo do século”, sendo que nós “só enxergamos a ponta do iceberg”.

O legado nefasto de Doria em São Paulo

Por Antônio Donato, na revista Teoria e Debate:

João Doria está deixando a Prefeitura de São Paulo, onde nunca esteve pra valer. No início de abril ele renuncia, oficialmente, ao cargo de prefeito para se candidatar a governador na eleição de outubro. Na prática, o tucano nunca assumiu de fato o mandato de prefeito que lhe foi conferido pelo povo de São Paulo. Nesses quinze meses em que ocupou o cargo de chefe do Executivo gastou a maior parte do tempo e de sua energia para garantir sua candidatura em vez de resolver os problemas da cidade.

A ligação de Temer com o Porto de Santos

Charge do Clayton (O Povo/CE)
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Henrique Meirelles decidiu deixar o cargo de ministro da Fazenda e filiar-se ao MDB para ser o candidato presidencial apoiado por Michel Temer, caso o próprio chefe da nação não tente a reeleição. Má ideia. Com a campanha logo ali, Temer tem tudo para ser tragado por uma devassa em suas ligações com o Porto de Santos e assim se tornar um cabo eleitoral ainda pior do que já é com seus 5% de popularidade .

A prisão de amigos e financiadores de Temer nesta quinta-feira, 29, mostra que o inquérito nascido de um decreto presidencial de 2017 resolveu mexer a fundo nos velhos vínculos do emedebista com o porto.

O nome do ódio é fascismo

Por Joan Edesson de Oliveira, no site Vermelho:

“E Nhô Augusto fechou os olhos, de gastura, porque ele sabia que capiau de testa peluda, com o cabelo quase nos olhos, é uma raça de homem capaz de guardar o passado em casa, em lugar fresco perto do pote, e ir buscar da rua outras raivas pequenas, tudo para ajuntar à massa-mãe do ódio grande, até chegar o dia de tirar vingança.” João Guimarães Rosa, em A hora e a vez de Augusto Matraga

Mestre João Guimarães sabia de coisas. O que vivemos hoje no Brasil combina perfeitamente com a sua descrição. Setores cada vez mais agressivos babam de ódio enquanto aguardam pelo dia de tirar vingança. Essa vingança só se consumará com a prisão de Lula ou com coisa pior, a julgar pelos ataques recentes contra a sua caravana. A massa-mãe do ódio grande é alimentada diariamente pelas outras raivas pequenas.

quinta-feira, 29 de março de 2018

O PSDB diante do atentado contra o Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O PSDB perdeu uma oportunidade histórica de se posicionar no campo democrático, na luta contra o fascismo e em defesa do Estado de Direito. O partido prova assumir uma trajetória não só hiper-conservadora, como também autoritária.

O partido tucano não condenou categoricamente o atentado contra Lula. Ao contrário: ou aplaudiu ou silenciou e se omitiu. O PSDB se mostrou dividido entre 2 facções.

Uma delas é integrada por dirigentes que aplaudiram o atentado terrorista. Neste agrupamento estão irmanados o presidente nacional e candidato presidencial pelo PSDB, Geraldo Alckmin, e o prefeito MBL João Dória.

Contra a escalada fascista, pela democracia

Foto: Mídia Ninja
Do Blog do Renato:

O Partido Comunista do Brasil repudia os atos de violência contra a caravana do ex-presidente Lula no sul do país ocorridos desde o seu início. Nesta terça-feira (27), no interior no Paraná, assumiu a feição de atentado político, “de emboscada”, quando dois ônibus que transportavam jornalistas e convidados foram atingidos por balas.

É inadmissível a leniência e a omissão dos governos estaduais e também do governo federal em garantir a segurança do ex-presidente e de sua comitiva, da qual também chegou a fazer parte a ex-presidenta Dilma Rousseff. As bárbaras agressões físicas e até ​com ​armas de fogo tentam impedir o direito constitucional de ir e vir de dois ex-presidentes da República.

Os cúmplices paulistas do atentado a Lula

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

O fato mais grave do dia não é o atentado a tiros à comitiva do presidente Lula, no Paraná.

O fato mais grave do dia é o aval que Geraldo Alckmin e João Doria deram à tentativa de homicídio do líder petista e seus companheiros.

Da disputa de narrativas sobre a morte – e a vida – de Marielle Franco, passamos, neste caso, à uma desfaçatez ainda maior. Agora a extrema-direita não está tentando fazer valer alguma calúnia de que Lula seria amigo de Marcinho VP ou se andava com bandidos.

Lula: 'O culpado desse ódio chama-se Globo'

Em Curitiba (PR), 28/3/18. Foto: Ricardo Stuckert
Da Rede Brasil Atual:

No ato que encerrou a quarta etapa da Caravana de Lula pelo Brasil em Curitiba, a defesa da democracia e a condenação aos atos de agressão sofridos pela comitiva do ex-presidente deram a tônica de vários dos discursos feitos na noite desta quarta-feira (28).

"Nós não podemos jamais nos dividir naquilo que é central. O Brasil vive há dois anos sob um comando golpista. Sofremos um golpe que, além de antidemocrático, tem um sentido antinacional, ressaltou a pré-candidata à presidência da República Manuela d'Ávila (PCdoB). "É o golpe da entrega do Brasil, do pré-sal, do congelamento dos investimentos sociais. Que pensa a partir da judicialização da política, para que Lula não possa concorrer às eleições."

Quem puxou gatilho contra Lula foi Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Ministério Público acolheu representação do Coletivo de Advogados pela Democracia (CAAD) contra dez suspeitos do atentado a bala contra o ex-presidente Lula. Foi fácil identificar os suspeitos através de grupos de whats app nos quais foi tramado o ataque ao ex-presidente. Todos os suspeitos são de grupos que apoiam Jair Bolsonaro.

Matéria da revista Brasil de Fato revelou uma coleção impressionante de prints de conversas dos criminosos em grupos de Whats App nos quais combinaram os ataques ao ex-presidente Lula e à sua comitiva.

“A culpa é do PT” até na hora de levar tiro

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Se alguém é assassinado neste país hoje ela será uma vítima ou a culpada de sua própria morte, a depender da raça, gênero, classe social, origem, orientação sexual e posição ideológica. Se for branco ou homem ou rico ou heterossexual ou de direita ou tudo isso junto será vítima. Se for negra ou pobre ou LGBT ou de esquerda ou tudo isso junto, “está colhendo o que plantou”.

Foi assim com Marielle e é assim com os ataques a bala contra a caravana do ex-presidente Lula. Felizmente, ninguém se feriu. Mas é preocupante que um governador de Estado do PSDB, adversário do petista, culpe a vítima pela violência sofrida, incitando a que haja mais violência ideológica. “Eles estão colhendo o que plantaram”, disse Geraldo Alckmin, ecoado pelo aliado João Doria. “O PT sempre utilizou da violência, agora sofreu da própria violência.”

Viver no Brasil está virando um calvário

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em qualquer país civilizado do mundo um atentado contra um ex-presidente da República seria motivo de comoção generalizada e objeto de repúdio por parte das forças políticas e da sociedade. Aqui não são poucos os que põem a culpa na vítima.

O bárbaro assassinato da vereadora Marielle Franco, trucidada por denunciar a violência praticada por agentes do Estado contra negros, pobres e favelados, e a chacina dos jovens de Maricá são retratos sem retoques do Brasil de hoje.
 

O novo codinome da privatização

Por Gilberto Bercovici e Felipe Coutinho, no site Carta Maior:

Pesquisa recente apontou que 70% dos brasileiros são contra a privatização da Petrobrás, enquanto 78% são contra o capital estrangeiro na companhia. (Folha de S.Paulo, 2018) Talvez por isso a atual direção da Petrobras evite usar a palavra “privatização”. Sob o eufemismo “parcerias e desinvestimentos”, o plano estratégico tem a meta de privatizar US$ 34,7 bilhões de ativos da estatal entre 2015 e 2018. (Petrobras, PNG 2017-2021, 2016) (Petrobras, PNG 2018-2022, 2018).

As privatizações têm sofrido questionamentos na Justiça e no Tribunal de Contas da União (TCU). Em março de 2017, a Petrobras divulgou que “adaptou o seu programa de desinvestimentos à sistemática aprovada pelo TCU”. A adaptação teve resultado sobre as vendas em andamento e não surtiu efeito sobre os projetos cujos contratos de compra e venda já haviam sido assinados.

Temer e a regulamentação da Lei da Grilagem

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

Em 15 de março de 2018 foram publicados os Decretos n. 9.309; 9.310; e 9.311, que regulamentam a Lei n. 13.465/2017, por sua vez derivada da Medida Provisória 759, de 22 de dez/2016, conhecida como a MP da Grilagem – sobre a qual já discutimos em artigo anterior. A lei derivada da MP expressa o projeto do atual governo em relação ao ordenamento territorial do país; enquanto os três decretos autorizam os órgãos públicos a por a mão na massa para executá-lo.

Deputados tentam calar o Sindifisco-MG

Do site do Sindifisco-MG:

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) está sendo processado por três deputados federais mineiros – Raquel Muniz, Mizael Varella e Diego Andrade – em razão da campanha publicitária contra a reforma da Previdência assinada pelo sindicato e veiculada em todo o Estado. Os deputados foram citados nas peças da campanha como parlamentares que apoiam a reforma, com base em levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

quarta-feira, 28 de março de 2018

Caravana de Lula: Tiros contra a democracia

Em Curitiba (PR), 28/3/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O atentado à caravana de Lula é o mais grave episódio do gênero desde o ainda inexplicado acidente automobilístico que levou à morte o presidente Kubitschek, na Via Dutra, em 1976. É bom lembrar que o relatório da Comissão da Verdade de Minas Gerais, recentemente divulgado, destacou o caso de JK como uma das investigações devidas à sociedade brasileira. A morte do ex-presidente não foi devidamente explicada.

O aperitivo de chumbo do fascismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ataque a tiros ao ônibus de Lula tem vários autores, além do criminoso que apertou o gatilho pelo menos três vezes, ao mesmo tempo em que “minavam” a estrada com “miguelitos”, para furarem os pneus dos veículos e facilitar os disparos.

São aqueles que açularam as bestas- feras.

São muito bem apessoados e distintos, usando paletós e togas, sentados nos tribunais e redações.

Jungmann não garante segurança a Lula

O STF diante da Globo e o atentado a Lula

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os ataques fascistas à caravana do ex-presidente Lula na região Sul do país subiram mais um degrau na escalada do terror.

Além de maníacos estarem utilizando-se de trincheiras típicas de guerra, dois ônibus da comitiva foram atingidos nesta terça (27) por pelo menos quatro tiros.

Por sorte, ninguém ficou ferido. Desta vez.

Já é dado como certo por 10 em cada 10 analistas da política brasileira que em 2018 não teremos uma campanha, mas uma verdadeira contenda com consequências imprevisíveis.

A melhor defesa de Lula contra tiros

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os tiros que atingiram a caravana de Lula, ontem, devem inspirar uma reflexão demorada sobre um novo patamar atingido pela violência política no país. A segurança de Lula deve ser reforçada em todos os pontos. Medidas preventivas imediatas devem ser tomadas.

No plano político, a responsabilidade do governo federal - que tem a guarda constitucional dos ex-presidentes da República - deve ser ressaltada e cobrada. Um governo capaz de montar uma bilionária intervenção federal no Rio de Janeiro não pode ficar de braços cruzados nem fazer ares de surpresa diante da caçada contra o mais popular político brasileiro. Não tem o direito de fingir que não sabe o que está acontecendo.

Senadora Ana Amélia foi pega na mentira

Do blog Viomundo:

O perfil do PT no Senado no twitter acusou ontem a senadora Ana Amélia (PP-RS) de mentir.

“Depois de incitar a violência contra a Caravana #LulaPeloSul, Ana Amélia negou o que disse, se faz de vítima e atacou, como de costume, o PT e suas lideranças. Já que a senadora esqueceu o que disse no fim de semana, a gente lembra”, diz a mensagem.

O golpe como elemento da Guerra Híbrida

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

Circula um vídeo na internet que reforça o que já se sabia há alguns anos: estruturas do governo dos Estados Unidos auxiliaram os responsáveis pela Lava Jato no fornecimento de informações que comprometeram políticos, funcionários públicos, e executivos de grandes empresas brasileiras. A troca de informações que possibilitou a montagem dos inquéritos foi realizada informalmente, sem a autorização do Ministério da Justiça, como prevê a Lei. Essas informações sobre a parceria entre os procuradores e os órgãos de justiça e informações dos EUA foram reveladas, no vídeo mencionado, por Kenneth Blanco, em julho de 2017, na ocasião vice procurador geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). O vice procurador ao fazer o comentário, exaltava as supostas vantagens do esquema, por processar os casos de maneira mais rápida e “efetiva”.

Onda neoliberal ameaça a democracia

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Desde o processo de impeachment, os poderes da República se colocaram a serviço do mercado, inicialmente dividindo tarefas para implementar a agenda neoliberal e, posteriormente, manobrando para impedir que os “avanços reformistas” alcançados possam ser revistos, num movimento de afronta ao debate, à deliberação e à democracia.

No primeiro momento, antes mesmo da efetivação de Michel Temer na Presidência da República, houve uma espécie de acordo entre os três poderes no sentido de pôr em prática a agenda do Consenso de Washington, com a distribuição de tarefas entre eles.

Globo e a cultura do ódio e da mentira

Por Jessé Souza, na revista CartaCapital:

Hoje em dia não resta nenhuma dúvida ao leitor atento que o Brasil está sendo vítima, desde 2013, de um ataque dirigido pelo capitalismo financeiro internacional na sua ânsia de saquear as riquezas nacionais e se apropriar do trabalho coletivo. Mas este ataque não tem as mesmas consequências em todos os lugares. Daí ser fundamental inquirir pela forma especificamente nacional que este ataque assume.

No Brasil a instituição que incorpora à perfeição o espírito do capital financeiro é a Rede Globo. A mentira tem que ser dita não só como se verdade fosse, mas tem de dar a impressão de ser luta moral e emancipadora. Essa é a sofisticação demoníaca do capital financeiro que a Globo materializa e interpreta tão bem. O ponto essencial é a criminalização da política e das demandas populares com o propósito de legitimar a rapina da população.

Despesas com juros e dívida pública

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação estão em posição um tanto desconfortável. Receberam como missão prioritária a garimpagem refinada por notícias “menos ruins” no front econômico.

A intenção explícita é estabelecer uma estratégia de convencimento da maioria da população de que as coisas “deixaram de piorar” ao longo dos últimos meses. Com isso, tenta-se cacifar as diversas pré-candidaturas à Presidência da República de figuras que se alinharam desde o início em prol do “golpeachment” de Dilma Rousseff.

Atentado contra Lula e a ameaça ao Fachin

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A caravana do ex-presidente Lula sofreu um atentado a tiros na “República do Paraná”, o território dos principais propagadores do ódio e da violência no Brasil, quando se deslocava entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.

Apesar de felizmente não ter produzido vítimas, o atentado é de extrema gravidade, não só por ser dirigido contra um ex-presidente da República, contra populares e parlamentares, mas por confirmar a escalada do terrorismo de setores da classe dominante.

Brasil não pode tolerar atentado contra Lula

Da Frente Brasil Popular

A Frente Brasil Popular repudia qualquer tentativa de intimidação e os atentados contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ocorreram no final da tarde do dia 27 de março.

A etapa Sul da Caravana foi a única que teve a omissão dos governos estaduais e também do governo federal na garantia de segurança do ex-presidente e no direito dele de ir e vir.

Calar um ex-presidente da República com agressões e tiros demonstra quão grave é o momento que o Brasil vive.

terça-feira, 27 de março de 2018

Os piores momentos de Moro no 'Roda Viva'

Do blog Nocaute:

O programa Roda-Viva desta segunda-feira (27) foi praticamente uma homenagem ao juiz Sergio Moro. Antes mesmo da entrevista começar, Augusto Nunes diz que convenceu Moro a participar do programa, gravado no mesmo dia em que o TRF-4 negou o recurso de Lula, para “aparar” a conversa de que ele seria um agente da CIA: “Bastaria ver o doutor Moro de perto”.

Nunes chegou a dizer que não poderia haver uma despedida “mais honrosa” para ele, que apresentava seu último programa. Complementou afirmando que Moro é um dos “protagonistas mais respeitáveis da nossa história recente”.

A melhor defesa é o ataque

Em Cruz Alta (RS), 22/03/2018. Foto: Ricardo Stuckert
Por João Paulo Rodrigues

Os ânimos estão acirrados em função da possível vitória do Lula no Supremo Tribunal Federal (STF). Obstruir o processo em curso por setores do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público, com apoio da mídia, para levar o representante das forças populares para a prisão e retirá-lo da disputa presidencial seria uma grande derrota para o golpismo.

Lula é a principal ameaça ao programa ultraneoliberal de diminuição do valor da força de trabalho, desmonte dos instrumentos de intervenção do Estado na economia, entrega dos recursos naturais para o capital internacional e alinhamento da política externa aos Estados Unidos.