quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Lula e a transição para superar o fascismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Altamiro Borges


Após a vitória épica nas eleições presidenciais de domingo passado, Lula começa a montar a transição para superar o fascismo e a barbárie no Brasil. Ainda há obstáculos no caminho até a posse, no início de janeiro. Não dá ainda para descartar outras maluquices do golpista que tem mais dois meses no Palácio do Planalto. Mas, aos poucos, o “capetão” Jair Bolsonaro é forçado a admitir a derrota.

Numa conversa com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ele teria dito que “acabou”. Mesmo sem citar o nome de Lula, após 48 horas de silêncio acovardado, ele reconheceu a derrota no seu primeiro pronunciamento como mal perdedor. Na sequência, temendo os efeitos dos bloqueios criminosos das estradas – patrocinados por empresas e ruralistas -, ele apelou para o recuo dos seus fanáticos seguidores.

Consolidada a vitória eleitoral e descartada a possibilidade de golpes, Lula trata de pensar no futuro – depois de um curto descanso no feriado. Já indicou seu vice, Geraldo Alckmin, como coordenador da equipe de transição – que deverá ter acesso a situação financeira caótica do governo, a quebradeira da economia, aos planos do governo. Equipes técnicas estão sendo montadas em várias áreas – como educação, saúde, cultura – para planejar as ações do novo governo a partir de janeiro.

Algumas medidas já são anunciadas. Como a prioridade no combate à miséria – já que o fascista cometeu o crime de fazer o Brasil voltar ao mapa da fome, com mais de 33 milhões de brasileiros que não tem o que comer. Outra medida já anunciada é do aumento real do salário mínimo – que ficou congelado por quatro anos no desgoverno de Bolsonaro.

Serão muitos desafios em um cenário preocupante, com um país dividido e radicalizado, com uma economia destruída e caótica, com um Congresso Nacional adverso, com uma extrema-direita ativa, fanatizada. O movimento social terá um papel decisivo nessa nossa realidade, sabendo combinar independência, pressão e inteligência política e apostando todas suas fichas na mobilização, conscientização e organização do povo brasileiro. É um novo tempo de esperança!

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela análise. Precisamos muito de rumos para unificar os movimentos sindicais e populares para derrotar o fascismo no Brasil.

Anônimo disse...

Análise imparcial e perfeita! 👏👏👏👏🤩