terça-feira, 29 de abril de 2025

Marçal é condenado pela segunda vez. Dançou!

Por Altamiro Borges


Não é somente o patético Jair Bolsonaro – que se diz “imbrochável, incomível e imorrível” – que segue inelegível por oito anos. O seu filhote político, o ex-coach Pablo Marçal, acaba de ser condenado pela segunda vez na Justiça de São Paulo à inelegibilidade pelos crimes de “uso indevido dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos de recursos e abuso de poder econômico" na sua campanha para prefeito da capital paulista, em 2024.

A sentença proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, determina ainda que o ricaço deverá pagar uma multa de R$ 420 mil por descumprimento de decisão judicial. Como lembra Mônica Bergamo na Folha, “em fevereiro, Marçal já havia sido condenado pela primeira vez a ficar fora dos próximos pleitos por se oferecer para gravar vídeos de apoio a candidatos ‘de direita’ em troca de transferências via Pix de R$ 5.000”.

Tarcísio adota a motosserra de Milei

Charge: Ikenga/Pirralha
Por Altamiro Borges


Em um seminário para os abutres financeiros nesta segunda-feira (28), o governador Tarcísio de Freitas voltou a mostrar porque é o queridinho da mídia burguesa. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, que o trata carinhosamente de “bolsonarista moderado”, o fascistoide fez elogios à política destrutiva de Javier Milei, o presidente da motosserra da Argentina, atacou o “modelo mental” do governo Lula e criticou o reajuste real do salário mínimo no Brasil.

Minha decepção com a Globo

Reprodução da internet
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Foi uma overdose. Os 60 anos da TV Globo inundaram como um tsunami midiático a grade da maior emissora do Brasil. Todos os dias, todos os horários, todos os programas. Manhã, tarde e noite. Foi um tremendo esforço da produção para passar em revista as façanhas da Globo perante os principais eventos do país e do mundo. Mas, apesar do tour de force, fiquei decepcionado.

Ao percorrer suas seis décadas, ela omitiu muitos episódios cruciais, abdicando do seu protagonismo. Queira-se ou não, a TV Globo é figura de primeiro plano da história do Brasil, sobretudo a política, dos últimos 60 anos. Pode-se dizer que, sem a emissora de Roberto Marinho, o país seria outro.

Sem querer ser desagradável, mas já sendo, faltou contar da história as melhores partes. Por exemplo:

Golpismo bolsonarista sofre nova derrota

Charge: Geuvar
Editorial do site Vermelho:


A decisão do colégio de líderes da Câmara dos Deputados de adiar a análise do requerimento de urgência do projeto da anistia aos golpistas bolsonaristas representa, para eles, mais uma derrota. Os membros do colégio falaram por mais de 400 parlamentares. Somente o PL e Novo defenderam a urgência do projeto que, além de ser ilegal por afrontar a legislação do país – inclusive a Constituição –, se confronta com as provas robustas da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Amar aos pobres, mas odiar a pobreza

Tiras do Armandinho/Alexandre Beck
Por Jair de Souza

A partir da leitura de um artigo muito interessante publicado por Francisco Fernandes Ladeira, senti-me inspirado a esboçar algumas linhas que pudessem complementar o bom conteúdo presente no citado texto, que aborda a questão de um sentimento que vem sendo constatado em várias sociedades desde tempos muito remotos: o ódio aos mais pobres.

Talvez, por aqui, a única grande inovação que temos para apresentar a respeito deste tema seja a denominação com a qual passamos a nos referir a este fenômeno já bastante antigo: aporofobia.

Perigo no acordo para réus do ensaio golpista

CCJ nega recurso contra cassação de Glauber

Pesquisas mostram que Trump derreteu

Roubalheira no INSS começou com Bolsonaro

domingo, 27 de abril de 2025

Record escondeu a morte do Papa Francisco

Por Altamiro Borges


A coluna Outro Canal, da Folha, informa que “após críticas feitas nas redes sociais pelo pouco espaço que deu ao noticiário sobre a morte do Papa Francisco, a Record decidiu enviar um correspondente ao Vaticano para informar e detalhar o assunto. Trata-se de Mauro Júnior, ex-repórter da Globo e da Fox Sports, e que já teve passagem pela emissora de Edir Macedo. Ele já apareceu na edição de quarta-feira (23) do Jornal da Record. Mesmo com o enviado, o espaço dado ao papa na emissora ainda foi baixo: apenas 1 minuto e 40 segundos na edição”.

Bolsonarista pega 7 anos de cadeia nos EUA

Charge: Lalo Alcaraz/Pocho
Por Altamiro Borges


Os bolsonaristas devem estar tristes com a condenação a sete anos de prisão do ex-deputado George Santos nos EUA. Eles apostavam suas fichas no filho de brasileiros nascido no império para tentar reverter a punição aos golpistas no Brasil. Em meados de 2023, uma delegação esteve com o parlamentar republicano, que já era alvo de processos, para pedir seu empenho na campanha lesa-pátria contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a soberania brasileira.

Segundo relatos da imprensa na ocasião, a comitiva foi composta pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), e pelos deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Altineu Cortes (PL-RJ), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Gustavo Gayer (PL-GO), Julia Zanatta (PL-SC) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nas redes digitais, o filhote 03 do ex-presidente, vulgo Dudu Bananinha, até bajulou George Santos, que agora vai para a xilindró.

A covardia do deputado Gustavo Gayer

Por Altamiro Borges


Todo metido a valentão, destilando ódio no esgoto digital ou na tribuna da Câmara Federal, o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) é mesmo um covardão. Nesta semana, diante do Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar afirmou, por meio de seus advogados, que não quis “constranger” Gleisi Hoffman, ministra das Relações Institucionais do governo Lula, ao afirmar que ela formaria um “trisal” com Lindbergh Farias, líder da bancada de deputados do PT, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Pejotização no STF: o que está em jogo?

O legado de Francisco vai permanecer?

sexta-feira, 25 de abril de 2025

40 anos de reconstrução democrática

Charge: Quinho
Por Roberto Amaral

Para Glauber Braga, deputado federal fluminense de esquerda, ameaçado de cassação política pelo chorume da politica nacional, o consórcio fascismo/neoliberalismo/centrão.

A primeira leitura do quadro brasileiro de nossos dias leva analistas da vida política a reduzir o avanço da extrema-direita nativa a simples sintoma de uma tendência mundial, assim desapartado do processo histórico nacional. Ora, o fenômeno político não habita as nuvens. Se a história fosse apenas isso, ela estaria morta, pois nada mais haveria por fazer. A anomia política se alimenta nesse refrão, que, ademais, pacífica a consciência dos que resistem ao combate. É incontestável estarmos em face de fenômeno (avanço fascista) que se espalha em plano mundial, como foi a emergência do fascismo histórico nos anos 20 e 30 do século passado. Mas esta não é a história toda, pois, ademais de desconhecer as diferenças passadas e presentes das experiências fascistas (determinadas pela diversidade histórica de cada país), desconhece também a resistência antifascista diferenciada, levada a cabo de forma igualmente diferenciada, segundo condições especificas. Reduzir a emergência da onda fascista que nos aflige a simples manifestação de um fenômeno mundial, exilado da realidade brasileira, implica erro de método, e carrega consigo o risco de distorções estratégicas graves, como insinuar, para os que nada fazem, que não há mesmo o que fazer. E a história nos diz que a serpente de há muito escapou do ovo.

Uma metáfora sobre o sindicalismo

Charge: Gilmar
Por João Guilherme Vargas Netto


Tomando um rio como metáfora para o sindicalismo, a corrente de água é o movimento e as margens (e outros acidentes geográficos) são os determinantes institucionais.

A corrente, bem como a impetuosidade da ação sindical, pode variar e varia ao longo do tempo. Há situações e épocas em que o sindicalismo é agressivo e violento em resposta à violência estatal e empresarial, como acontecia no Estados Unidos da América nos fins do século XIX. Era, então, considerado até mesmo por Engels o mais violento do mundo, o sindicalismo da “banana de dinamite”.

Mas as formas definitivas e “canônicas” de avanço do movimento sindical são, em geral, repetitivas: sindicalização, greves, piquetes, boicotes, ocupações, assembleias e manifestações de rua. A ação sindical é muito parecida em qualquer de suas manifestações nacionais, regionais e locais.

Grana das emendas vai para paraíso fiscal

Collor preso, Bolsonaro em pânico

Alternativa à hegemonia das big techs

Extrema direita segue na ofensiva no Brasil?

MST, preço dos alimentos e reforma agrária

Papa Francisco e os bastidores do conclave

Fim do monopólio do Google?

Por que é preciso taxar as grandes fortunas

terça-feira, 22 de abril de 2025

O papa humanista e a horda bolsonarista

Milhares protestam contra Trump nos EUA

Nova York, 19/4/25. Foto: Caitlin Ochs/Reuters
Por Altamiro Borges


O neofascista Donald Trump começa a colher o que planta e a tendência é que a revolta popular e a divisão entre os seus próprios seguidores cresçam ainda mais no próximo período. Neste sábado (19), milhares de pessoas saíram novamente às ruas dos EUA em protesto contra a sua arrogância imperial e sua política interna destrutiva. Duas semanas antes, em 5 de abril, as manifestações já tinham surpreendido pela grande adesão. Outros protestos já estão agendados para maio.

Edir Macedo perde ação contra a Netflix

Por Altamiro Borges


A Folha noticiou neste domingo (20) que o chefão da Igreja Universal do Reino de Deus, o “bispo” Edir Macedo, perdeu o recurso que moveu na Justiça contra a Netflix no ano passado. Ele e o seu genro, o também bispo Renato Cardoso, entraram com a ação pedindo que as imagens dos cultos da Iurd fossem retiradas do documentário “O Diabo no Tribunal”, disponível na plataforma de streaming desde 2023. O Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, negou o pedido.

A manobra bolsonarista por impunidade

Charge: Aroeira
Editorial do site Vermelho:


A obtenção de assinaturas superior ao limite mínimo de adesão de 257 deputados federais, necessário ao requerimento de urgência ao Projeto de Lei da anistia, corretamente denominado de “projeto da impunidade”, representa um fato novo no processo de punição aos participantes de atos golpistas liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão de pautar ou não o requerimento de urgência na ordem do dia da Câmara dos Deputados agora depende da decisão do presidente da Casa, deputado Hugo Motta.

O fato em si revela que a extrema direita é capaz de aglutinar, em pautas dessa natureza, parcelas amplas do conservadorismo que, hoje, é hegemônico na Câmara dos Deputados.

O paradoxo da sucessão do Papa Francisco

Foto: AP
Por Haroldo Ceravolo Sereza, no site Opera Mundi:

Em 2013, a escolha do cardeal Jorge Mario Bergoglio como papa Francisco para o comando da Igreja Católica pegou parte da imprensa brasileira no contrapé.

Depois de dois papados conservadores, do papa João Paulo II e do papa Bento XVI, parecia difícil acreditar que um religioso que construíra parte de sua trajetória sob o regime militar argentino assumiria uma postura progressista.

A avaliação estava, como se mostrou rapidamente, errada. Parcialmente porque parte da imprensa conservadora descrevia uma guinada à direita de alguns dos que viriam a ser os principais “eleitores” de Francisco, como o brasileiro D. Claudio Hummes.

O que assistimos foi, na prática, a uma espécie de rearticulação do clero progressista com parte daqueles, mais ao centro e até à direita, que perceberam os danos causados pelos excessos políticos de João Paulo II e de Bento XVI.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Ação terrorista contra o fim da escala 6x1

Charge: Bira Dantas/Stimmmerg

Por Umberto Martins, no site Vida e Trabalho:

Já dizia Karl Marx, em sua época, que a redução da jornada de trabalho é o resultado de uma luta multissecular entre capital e trabalho. Muita água rolou sobre a ponte da história desde então, mas esta observação ainda se ajusta aos fatos que presenciamos hoje em meio ao movimento social que se levanta pelo fim da exaustiva e desumana escala 6x1 e redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

Enquanto a classe trabalhadora, sobretudo a juventude, anseia por mais tempo livre e tende a despertar para a luta que os movimentos sociais estão organizando pelo fim da escala 6x1, os donos do capital promovem uma campanha terrorista, com grande repercussão midiática, alardeando os supostos - e "aterrorizantes" - efeitos negativos da redução da jornada.

“Vamos retomar o nosso quintal”

Charge: Latuff
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Sempre digo que o Brasil não cabe no quintal de ninguém. Cheguei a publicar um livro com este título. Nem todo mundo concorda, porém.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegseth, declarou recentemente, referindo-se à América Central e à América do Sul, que a influência da China cresceu demais nessas regiões e que Trump “está retomando o nosso quintal” (“we are taking our back yard back”).

Um insulto. Hegseth, um ex-apresentador de televisão (!), é dos muitos trogloditas arrogantes e ignorantes que integram o governo Trump, feitos todos eles à imagem e semelhança do chefe. Nunca vi um governo tão confuso e incompetente nos Estados Unidos.

O chanceler da China, Wang Yi, respondeu bem, dizendo: “O que os povos latino-americanos querem é construir o seu próprio lar, não ser quintal de ninguém. O que buscam é independência, não doutrinas de dominação.”

Malafaia exige que PL expulse deputado

A disputa pelas mentes está em jogo

China não perde sono com tarifaço de Trump?

O que leva os jovens para a extrema direita?

domingo, 20 de abril de 2025

Malafaia exige que PL expulse deputado

Charge: Enio
Por Altamiro Borges


O “pastor” Silas Malafaia parece que decidiu virar o leão de chácara do bordel da extrema direita nativa. Toda semana ele fuzila alguma ovelha que “traiu” o rebanho neofascista. Nesta quarta-feira (16), o líder religioso bolsonarista amaldiçoou o deputado Antonio Carlos Rodrigues, o único parlamentar do PL que não assinou o pedido de urgência para a votação do projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Endemoniado, o “pastor” exigiu da sigla sua imediata expulsão.

Grana das emendas vai para paraíso fiscal

Imagem da internet
Por Altamiro Borges


A farra das emendas parlamentares segue produzindo graves distorções com os recursos públicos. Nessa sexta-feira (18), o jornal Estadão noticiou que “empresários criaram offshores em paraíso fiscal para lavar dinheiro desviado de emendas”. A denúncia tem como base uma investigação da Polícia Federal. Segundo o órgão, “os irmãos Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, empresários do ramo de construção civil investigados na Operação Overclean, montaram um ‘sofisticado e estruturado esquema de lavagem de capitais e ocultação patrimonial’”.

Mídia abafa melhora de renda dos mais pobres

O agente da Abin e as joias do Qatar

Jojo Todynho critica o SUS e passa vergonha

Dia de luta dos povos indígenas do Brasil

Milhões nas ruas dos EUA contra Trump

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Mídia abafa melhora de renda dos mais pobres

Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


Não foi manchete nos jornalões e nem destaque no Jornal Nacional da TV Globo. A Fundação Getúlio Vargas/Social divulgou nessa semana um estudo que comprova que a renda do trabalho dos 10% mais pobres do Brasil cresceu 10,7% no ano passado – ritmo 50% maior do que o verificado entre a ínfima parcela dos ricaços, que subiu 6,7%. Essa melhora marca a maior queda da desigualdade social dos últimos anos no país. No geral, a renda média do trabalho avançou 7,1% em 2024.

Para o economista Marcelo Neri, responsável pelo estudo, o avanço foi impulsionado pela geração de empregos formais e pela ampliação do Bolsa Família. Reativado em 2023 com um aumento de 44% no valor médio por beneficiário, o programa criou um “colchão de segurança” para famílias de baixa renda, garantindo que o crescimento econômico chegasse à base da pirâmide. “Tivemos uma redução muito forte da desigualdade social em 2024”, enfatiza o pesquisador.

Mídia abre espaços generosos para golpistas

Charge: Aroeira/247
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Não consigo deixar de me indignar com um certo tipo de cobertura jornalística sobre o projeto de anistia, que a escória da política quer aprovar sobre pau e pedra na Câmara dos Deputados, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ou seja, uma iniciativa parlamentar legítima como outra qualquer.

Quer dizer, então, que merece ser encarada de forma séria e republicana uma proposta que poupa de punição os protagonistas da tentativa de sabotar a democracia e ferir de morte a soberania popular?

Repare o latifúndio de espaço oferecido pelos telejornais, sites jornalísticos e veículos impressos da imprensa comercial às escaramuças, pressões e tratativas para assegurar a impunidade dos participantes da intentona de 8 de janeiro, principalmente dos mentores, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.

Se tivéssemos uma mídia realmente comprometida com premissas democráticas e republicanas, o projeto de anistia seria relegado ao rodapé das publicações. A idiotice da vez agora é culpar a vítima, no caso o governo, pelo avanço da tese da anistia no Legislativo mais reacionário de todos os tempos.

Zero Hora se livrou de JR Guzzo?

Por Moisés Mendes, em seu blog:

Fui conferir uma informação que recebi e descobri é isso mesmo: é de 28 de março a última coluna de JR Guzzo publicada em Zero Hora.

O maior jornal do sul do país pode ter deixado de publicar a coluna do comentarista político preferido do fascismo, distribuída pelo Estadão. Há outros nesse nicho, mas não no mesmo nível.

Já me provocaram com uma dúvida: mas o jornal não teve figuras semelhantes em outras épocas? Semelhantes, talvez. Iguais a JR Guzzo, nunca.

Durante 27 anos, convivi em Zero Hora com todo tipo de gente, que existe em qualquer lugar, em lojas, indústrias, padarias, escritórios, açougues, relojoarias, shoppings e inclusive jornais.

A vitória de Glauber Braga

Ação hacker do Brasil gera crise com Paraguai

Massacre de Eldorado do Carajás segue impune

Agricultura familiar e mulheres no sindicalismo

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Malafaia e deputado do PL brigam feio!

Hoje, tudo é busca por monetização

Como o Brasil deve reagir ao tarifaço de Trump?

Parece que Vargas Llosa não leu seus romances

Vargas Llosa. Foto: Prefeitura de Madri
Por Carlos Azevedo, no site da Fundação Maurício Grabois:

"Parece que Vargas Llosa não leu seus próprios romances.”

O comentário, feito pelo escritor argentino Ricardo Piglia, dá uma indicação da aguda contradição entre a obra libertária e as posições políticas direitistas do autor peruano, falecido no último domingo (13).

Nem sempre foi assim. Até os 35 anos, Llosa foi um marxista vigoroso, entusiasta da revolução cubana e de Fidel Castro. Começou a se decepcionar quando se deu a intervenção da União Soviética na Tchecoslováquia, em 1968, e com a prisão de um escritor pelo governo cubano, em 1971. Passou a valorizar a democracia, a defender ideias liberais, a iniciativa privada, o livre mercado e foi tendendo cada vez mais para a direita.

O caos de Trump e a montanha russa da Europa

Charge: Enrico Bertuccioli/Cartoon Movement
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, jogou a Europa numa montanha russa. Não se trata do fato dele se propor a negociar a situação da Ucrânia diretamente com Moscou. Mas sim ao sobe-desce e aos solavancos em que ele atirou o continente com seu "tarifaço" da semana passada, e seu recuo parcial na sequência.

Trata-se de um “recuo parcial” porque ele apenas suspendeu a sua aplicação aos países europeus por noventa dias, ao invés de revogar o tarifaço. Ao mesmo tempo, num primeiro momento manteve sua aplicação e elevou-o a 145% para a China.

Depois recuou de novo, isentando do "tarifaço" produtos eletrônicos chineses importados pelas big techs dos Estados Unidos. Fica a dúvida sobre o porquê deste último recuo: se foi a pressão das empresas norte-americanas, ou o contra-tarifaço chinês, taxando em 125% produtos dos Estados Unidos.

"Uma no cravo e uma na ferradura"

Glauber Braga e a degradação do parlamento

Charge: Latuff/247
Por Manuel Domingos Neto

A defesa do mandato de Glauber Braga é ponto inescapável da luta pela democracia.

Não se trata apenas de solidariedade a um valente parlamentar perseguido. Trata-se de manter a dignidade mínima do Legislativo.

Não sabemos exatamente como surgiram e evoluíram os Estados, mas sabemos que, em seu formato moderno, ocidental e burguês, legisladores autônomos são inerentes ao preceito de soberania popular.

A degradação dos Parlamentos, que não controlam aparelhos repressivos, antecede golpes de Estado.

A cassação de Glauber culminaria o descredenciamento contínuo da atividade parlamentar iniciado após a Constituinte de 1988.

Armínio Fraga no capitalismo de rapinagem

Charge: Amarildo
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A proposta do Armínio Fraga de congelar por seis anos o salário mínimo que hoje é de 1.518 reais é uma indecência.

O poder de compra do atual salário mínimo, que seria de menos de 900 reais não fosse a política de aumento real implantada pelos governos petistas e interrompida por Temer e Bolsonaro, é insuficiente para atender as necessidades essenciais dos trabalhadores e suas famílias.

Só para comprar os itens alimentícios da cesta básica o trabalhador brasileiro gasta, em média, mais de 40% do salário mínimo. Em São Paulo o custo da cesta básica é o maior do país – R$ 851,82, quase 60% do salário mínimo. Um detalhe: mais de 70% das famílias brasileiras sobrevivem com no máximo dois salários mínimos.

O Dieese calcula que em fevereiro de 2025 o salário mínimo deveria ser de R$ 7.156 para propiciar condições mínimas de sobrevivência de famílias de quatro pessoas.

Caos e burrice não gerarão empregos nos EUA

Divulgação
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

O que Trump está fazendo não tem precedente histórico equivalente.

Sua atuação brutal, improvisada, bisonha e errática, principalmente na área econômica, estende um manto obscuro de perplexidade e incerteza em todo o mundo.

Suas intermináveis “idas e vindas” em torno do “tarifaço” ou dos vários tarifaços e sua obsessão em torno de um protecionismo primário, exacerbado e sem uma estratégia racional mergulharam o planeta numa Era do Caos, segundo a sisuda e conservadora The Economist.

Ao contrário do que se possa acreditar, a recentemente anunciada pausa de 90 dias no tarifaço, está longe de resolver o caos instalado e não significa que Trump desistiu de sua desvairada e improvisada agenda protecionista.

Em primeiro lugar, porque ninguém sabe o que Trump fará daqui a 90 dias. Nem mesmo ele.

Em segundo, porque as tarifas de 10% continuam para todo mundo, além das outras tarifas específicas, como as do aço e as dos automóveis, por exemplo.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Câmara Federal tenta armar golpe da anistia

Direita de Noboa fraudou eleição no Equador?

O golpe contra Hugo Chávez em 2002

Trump, tarifaço e geopolítica

Os problemas intestinais de Bolsonaro

Uberização do trabalho e a CLT à deriva

Como a China reagiu às tarifas de Trump?

Tarifaço de Trump é sinal do declínio dos EUA

Advogado famoso de Pablo Marçal é preso

Glauber Braga incomoda os fascistas!

domingo, 13 de abril de 2025

76% apoiam taxação dos ricaços, que reagem

O boicote dos roqueiros bolsonaristas ao Ira

Nasi, vocalista da banda Ira/Divulgação
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Pelotas e Caxias do Sul estão entre as cidades que teriam shows do Ira e foram cancelados. Os ‘últimos acontecimentos’ são o motivo alegado pelos produtores.

Direita e extrema direita não gostaram da posição assumida pelo vocalista Nasi, em show em Minas, contra a anistia para manés e terroristas.

Nasi pediu que os bolsonaristas, que reagiram com vaias, fossem embora e nunca mais voltassem.

Vejam esse detalhe da nota da 3LM Entretenimento, produtora dos shows também em Jaraguá do Sul e Blumenau, ambos cancelados:

Efeito bumerangue faz Trump recuar

Charge: Marian Kamensky/Cagle Cartoons

Editorial do site Vermelho:


O verdadeiro tremor de terra no comércio internacional provocado pelo “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou um imediato efeito bumerangue, com reações em larga escala, obrigando o presidente dos Estados Unidos a rever sua atitude de taxar todos os países de acordo com critérios estabelecidos por ele próprio. O recuo é temporário, mas os efeitos das sobretaxas anunciadas tendem a se prolongar.

O passo atrás de Trump ocorre sob forte pressão da oligarquia financeira. Ele foi obrigado a rever suas posições ao sentir que a terra lhe fugia dos pés. Na verdade, ao usar a força Trump jogou luz sobre pontos vulneráveis da economia dos Estados Unidos. Ele fez um movimento para tentar reverter o declínio do seu país, que imediatamente causou instabilidade e incertezas diante da possibilidade de deterioração e desmanche da dinâmica do circuito de produção e das cadeias e de valor, uma ameaça severa de obstrução e desarranjo do comércio internacional, que rapidamente contagiou a esfera financeira.

A força bruta do imperialismo trumpista

Charge: Thiago/Cartoon Movement
Por Jair de Souza

Nos últimos dias, o mundo entrou em polvorosa em razão da guerra tarifária deflagrada pelo presidente de extrema direita dos Estados Unidos, Donald Trump, contra todas as demais nações do planeta, mas que, no final, acabou sendo mesmo uma agressão aberta e direta contra a China.

Se, num primeiro momento, parecia que o extremista de direita que está no comando da Casa Branca estava atirando a esmo, visando alvejar a todos os demais países, independentemente de que fizessem ou não parte do grupo subordinado às diretrizes estadunidenses, agora, o panorama vai se mostrando de modo mais cristalino. Já está mais do que evidente que o propósito prioritário do ataque era e é, especificamente, encurralar e inviabilizar o funcionamento normal da economia do país que demonstrou haver aprendido melhor do que quaisquer outros a nadar nas águas da globalização, pensada e gestada por representantes de Washington com o objetivo primordial de ajudar os Estados Unidos a manterem sua absoluta hegemonia internacional.

É preciso sair do imobilismo

Por Roberto Amaral

Estamos a 61 anos do golpe de 1º de abril de 1964, e a 40 anos do fim da ditadura. Mesmo após a reconstitucionalização, o regime castrense sobreviveu como bedel do país democratizado. Graças a um pacto transacionado nos salões de Brasília, imunes aos sons do povo nas ruas, elegemos Tancredo Neves para dar posse a José Sarney, o último grande líder civil do partido da ditadura. Assim, ingressamos na frustrada “Nova República” e chegamos à Constituinte de 1988, condicionada pela concordata com os militares - acordo que compreendia veto à Constituinte ordinária (que nos permitiria passar o país a limpo), veto à revisão da anistia capenga (que só beneficiava os criminosos), veto ao julgamento dos crimes da caserna e, cereja do bolo, o infame art. 142, ditado pelo general Pires Gonçalves, estafeta designado pela caserna para vigiar os trabalhos dos parlamentares. Foi assim que nasceu a “Constituição Cidadã” do dr. Ulysses, um belo projeto que vem sendo continuadamente desconstituído, dilapidado - seja pelo neoliberalismo voraz, seja pela direita em seu largo espectro.

O tarifaço de Trump e a maldade imperialista

Charge: Ramón Díaz Yanes/Cartoon Movement
Por Ivanildo di Deus Souto

Com a perda de fatias significativas do mercado internacional, bem como do seu supremacismo geopolítico-tecnológico no mundo, principalmente para a China, com a consequente perda da hegemonia da sua poderosa moeda – o dólar -, o Imperialismo Estadunidense reage e utiliza-se do seu histórico arsenal de malweres powers para tentar recuperar-se e manter-se geopoliticamente hegemônico.

O tarifaço de Trump aos mercados nacionais abalou as economias mundiais, fez desabar os índices das bolsas de valores, desestabilizou a ordem econômico-financeira e criou incertezas profundas no cenário internacional. É uma medida tresloucada e insana, eivada do viés escatológico, sórdido e sádico supremacista yankee, que nunca, historicamente, vislumbrou o desenvolvimento das nações parceiras e sempre revestiu-se de um espectro predatório e explorador para usurpar os recursos naturais estratégicos das nações do Sul Global.

A luta contra a cassação de Glauber Braga

sexta-feira, 11 de abril de 2025

76% apoiam taxação dos ricaços, que resistem

Charge: Cazo
Por Altamiro Borges


O governo Lula acertou em cheio ao propor a isenção de impostos para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos ricaços que ganham acima de R$ 50 mil por mês. Desta forma, o presidente honra o compromisso da campanha eleitoral e dá um passo, ainda que tímido, para garantir maior justiça tributária no país. Mas não será fácil emplacar a medida. A resistência dos bilionários, feita nos bastidores do Congresso Nacional, é violenta. Será necessária intensa pressão da sociedade – nas ruas e nas redes – para aprovar o projeto que conta com forte respaldo popular.

Glauber Braga e o cinismo dos bolsonaristas

Argentina: como a greve geral desafia Milei

Popularidade de Lula e chuva de pesquisas

EUA detona guerra comercial contra a China

Com medo, Gilvan da Federal pede desculpas

Glauber Braga faz greve de fome na Câmara

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Mamãe Falei do MBL sofre novo revés na Justiça

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


A Justiça de São Paulo rejeitou nessa semana o pedido do ex-deputado estadual Arthur do Val, vulgo Mamãe Falei, para anular a cassação do seu mandato. Um dos principais líderes do grupelho fascistoide Movimento Brasil Livre (MBL), ele foi cassado em maio de 2022 depois do vazamento de áudios com comentários misóginos feitos após viagem à Ucrânia realizada sob o falso pretexto de ajudar refugiados que estavam deixando o país em decorrência da guerra contra a Rússia.

52% dos brasileiros querem Bolsonaro na cadeia

A grande contradição e o dia a dia sindical

Por João Guilherme Vargas Netto


Durante as muitas décadas de sua existência o sindicalismo se equilibra entre o movimento e a instituição, os dois polos contraditórios que lhe dão vida.

Mas, em geral, os estudos, descrições e prognósticos sobre o fenômeno não consideram esta dialética, separando os termos de acordo com a especialidade. Assim, as ciências históricas e sociais privilegiam o movimento, enquanto as disciplinas jurídicas dão peso ao institucional.

Este descasamento compromete a compreensão mais aprofundada do sindicato e das outras entidades prejudicando a análise e as conclusões.

Não à independência do Banco Central!

Charge: Kayser
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Em meio às turbulências causadas pela iniciativa de Donal Trump e seu tarifaço global, algumas iniciativas na política local acabaram passado meio desapercebidas dos grandes meios de comunicação. Em especial, causou grande preocupação a manifestação pública do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado Federal, Rogério Carvalho, a favor da PEC 65/23. Trata-se de um documento que foi apresentado ao poder legislativo ainda em novembro de 2023 e que foi protocolado pelo Senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO) em conjunto com uma lista extensa de colegas seus, todos do campo conservador.

Gilvan da Federal: tão imundo quanto seu chefe

Por Bepe Damasco, em seu blog:


A verdade nua e crua: com exceção dos que seguem o ex-presidente Bolsonaro por ignorância, analfabetismo político, alienação ou enganados por falsos profetas da fé, a maioria da malta bolsonarista é formada pela escória da sociedade brasileira.

São pessoas que compartilham dos valores mais nefastos pregados publicamente pelo seu chefe e que compõem o ideário da extrema-direita brasileira e mundial, como o racismo, a misoginia, a homofobia, o repúdio às artes e à ciência, o ódio devotado aos pobres, o apego à violência e o desprezo pelos direitos humanos mais elementares.

Quando o deputado Gilvan da Federal diz que torce pela morte de Lula, ele está apenas ecoando as intenções de assassinar não só Lula, mas também Alckmin e Alexandre de Moraes, manifestadas por militares de alta patente da Operação Punhal Verde e Amarelo, desvendada pela Polícia Federal.

Tarcísio tenta tirar boné maldito de Trump

Por Moisés Mendes, em seu blog:


Tarcísio de Freitas, um dos primeiros a colocar o boné da América grande de novo, ao lado de Bolsonaro, dos filhos dele, da bancada da extrema direita, do agro pop e de parte da velha direita no Congresso, é líder dos 22% de brasileiros que aprovam os desatinos de Trump.

É gente que, mais do que aprovar, idolatra o americano que pisoteia no Brasil. Uma turma que parecia majoritária, mas em menos de um mês ficou em minoria.

Está na pesquisa da Quaest divulgada nessa terça-feira: 43% dos brasileiros têm uma imagem negativa do presidente dos Estados Unidos. Que é aprovado por esse grupo de 22%, menor até do que a base rígida bolsonarista. Outros 23% o consideram regular.

A guerra digital nas eleições brasileiras

Divulgação
Por Guilherme Imbassahy, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:


A desinformação não é mais um detalhe periférico das campanhas eleitorais – ela se tornou uma peça central da disputa política. O uso massivo de fake news, narrativas fabricadas e deepfakes criados por inteligência artificial já não se limita a grupos isolados, mas opera de maneira coordenada e estratégica, alimentada por algoritmos que amplificam conteúdos virais, independentemente de sua veracidade. O problema não está apenas na propagação das mentiras, mas na forma como elas são estrategicamente planejadas para confundir, desgastar adversários e desmobilizar eleitores.

Glauber Braga trava batalha pelo mandato

quarta-feira, 9 de abril de 2025

52% dos brasileiros querem Bolsonaro na cadeia

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


Até uma parte dos bolsonaristas já defende que Jair Bolsonaro seja preso por suas ações golpistas e terroristas. No segundo turno das eleições de 2022, em outubro, o ex-presidente teve 49,1% dos votos. Na pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (8), 52% dos entrevistados opinaram que o “capetão” – essa mistura de capitão com capeta – deve ir para o xilindró imediatamente. Ainda defendem o chefão da Orcrim (organização criminosa) 42% dos ouvidos – 7% não responderam.

Lucro da Globo cresce 138% no governo Lula

China impõe tarifa de 84% e enfrenta os EUA

Jair Bolsonaro é réu. O que vem por aí?

Furacão Trump: o que já mudou e o que não mudará?

As encenações de Jair e Mijoias Bolsonaro

terça-feira, 8 de abril de 2025

Marçal é condenado por fake news contra Boulos

Charge: Nando Motta/247
Por Altamiro Borges


Em decisão publicada no sábado passado (4), o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o fascistoide Pablo Marçal (PRTB) pague R$ 30 mil ao deputado Guilherme Boulos (Psol) por difusão de fake news contra o parlamentar durante a disputa eleitoral pela prefeitura da capital paulista, em 2024. O juiz da 9ª Vara Cível de Santo Amaro, Anderson Cortez Mendes, também exigiu que o ex-coach exclua todas postagens em que afirmava criminosamente que o candidato das esquerdas cobra “R$ 700 de famílias pobres para que pudessem morar em imóveis alheios, invadidos”.

Tensão no mundo e impasse no Brasil

Repórter do DCM é agredido por bolsonaristas

Big techs e Trump: um abraço de afogados?

Tarcísio corre risco de virar novo 'Bolsodória'?

A histeria de Malafaia contra Hugo Motta

As loucuras dos bolsonaristas na Paulista

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ato na Paulista reforça anistia para golpistas

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


O ato bolsonarista deste domingo (6) na Avenida Paulista ficou muito aquém das bravatas de seus idealizadores, que previram reunir mais de 600 mil seguidores em São Paulo. Segundo balanço do Monitor da USP, ele juntou 44,9 mil pessoas. Mais generosa, a Folha estimou em 55 mil presentes. Para efeito de comparação, o ato fascista de 25 de fevereiro de 2024, na mesma avenida, reuniu 185 mil pessoas. Mesmo assim, a manifestação aparentemente cumpriu seu intento de pressionar a Câmara Federal a aprovar o projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

Extrema direita definha nas ruas?

O vira-latismo diante da ‘traição’ de Trump

Charge: Adam Zyglis
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Uma reação clássica dos analistas de direita, que estão meio perdidos nos jornalões com as loucuras de Trump. Uma comentarista de economia, que se apresenta no Estadão como Duquesa de Tax, especialista em assuntos tributários, é a dona dessa chamada de capa do jornal:

“O Brasil está no meio de uma guerra comercial e é melhor ficar quietinho”

Uma ‘duquesa’ (que é na verdade a influencer Maria Carolina Gontijo) acha que o Brasil deve encolher o rabo e não latir.

Antigamente, mais muito antigamente, chamavam esse tipo de raciocínio de complexo de vira-lata, a partir da definição genial de Nelson Rodrigues tatuada testa de quem acha que devemos ficar quietinhos porque somos inferiores.

Tarifaço de Trump eleva tensões geopolíticas

Charge: Marian Kamensky/Cartoon Movement
Editorial do site Vermelho:

As manifestações de protesto e apreensão em escala mundial mostram a dimensão dos efeitos do chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o comércio internacional e agravam tensões e conflitos geopolíticos. O “Dia da Libertação”, conforme garganteou, “tornará a América rica novamente”.

Todavia, a ampla maioria das análises e avaliações de governos, organismos internacionais e economistas pelo mundo afora aponta, para o horizonte próximo, recessão e inflação nos Estados Unidos, desaceleração do crescimento da economia mundial, que já vinha raquítico. Em termos geopolíticos, embora o alvo central seja a China, a imagem que domina é a dos Estados Unidos se chocando e apunhalando a quase totalidade do mundo, inclusive antigos e leais aliados

domingo, 6 de abril de 2025

Lucro da Globo cresce 138% no governo Lula

Por Altamiro Borges


A Globo não tem do que reclamar do governo Lula, mas segue promovendo seu “jornalismo de guerra” contra o atual presidente, sempre na caça de uma “terceira via” para as eleições de 2026. Nesta quarta-feira (2), o império global apresentou seu balanço financeiro e operacional de 2024. Conforme registrou o especialista Samuel Possebon no site Tela Viva, “o lucro líquido da empresa foi de R$ 1,99 bilhão, contra R$ 839 milhões em 2023, um aumento de 138%”.

Trump não é um caso de loucura pessoal

Charge: David García Vivancos
Por Juan Torres López (traduzido por Jair de Souza)

A opinião que mais aparece quando ouço falar de Donald Trump, mesmo de acadêmicos ou pessoas bem informadas, é que ele é louco.

É verdade que o comportamento dele, tão diferente do daqueles a quem nos acostumamos a ver como líderes mundiais, nos leva a pensar assim. Ele é errático, bizarro, rude, sem instrução, um mentiroso compulsivo, sem vergonha e grosseiro, não tem a menor empatia com os fracos e se orgulha de governar o país mais poderoso do mundo como se fosse sua agência imobiliária. Ele admite que quer ser um ditador, ignora as decisões judiciais contra ele, insulta seus adversários sem compaixão ou restrição e os ameaça, e até despreza e humilha seus próprios parceiros. Suas ideias são extremistas, faz alarde de sua religiosidade e seus valores morais, quando seu relacionamento com prostitutas e prostíbulos de todos os tipos é conhecido. Sua vida e trajetória comercial é a de um personagem sem princípios ou limites, obcecado em conquistar quem está à sua frente. Inúmeras biografias e documentários já expuseram isso, e basta vê-lo em ação para ver seu jeito de ser, e como ele age e trata outras pessoas.

Donald Trump, o Caim da Terra

Charge do site Beyond News
Por Leonardo Boff, no jornal Brasil de Fato:

As Escrituras falam do primeiro assassinato, o de Caim, que por inveja matou a seu irmão Abel. O Senhor perguntou a Caim: “onde está o teu irmão Abel”, ao que lhe respondeu: “não sei, por acaso sou guarda de meu irmão?”. Deus disse: “ouço da terra a voz do sangue de teu irmão. Agora serás amaldiçoado pela própria terra, que engoliu o sangue do teu irmão derramado por ti” (Gênesis, 4, 9-12).

Há toda uma genealogia de Cains ao largo da história que assassinaram, degolaram e exterminaram inteiras nações. Hoje, a humanidade está assistindo à ação de um descendente de Caim, Donald Trump. Poucos definiram melhor o propósito do nosso Caim do que o jornalista nacional/internacional brasileiro Jamil Chade, cujas palavras repercutiram numa live na Alemanha. Afirma Jamil Chade: “Donald Trump já deixou claro: não irá fazer diplomacia. Atuará com a força, tanto bélica quanto econômica e comercial. Sua construção de uma nova ordem não passa pela paz, mas pela capitulação do adversário”.