segunda-feira, 18 de março de 2013

Passada a dor, Boechat abre o jogo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Conheci Boechat nas madrugadas da redação do Jornal Bom Dia Brasil, no Rio de Janeiro. Não sei nem se ele se lembraria disso. Apesar de ser editor-coordenador em São Paulo, vez ou outra Renato Machado, o então editor-chefe, promovia encontros da equipe. Boechat tinha o hábito de ligar ainda de madrugada para o Renato e dizer: "tenho uma boa". Chegava à redação por volta das cinco e meia da manhã (nós chegávamos às 4h!), escrevia rapidamente seus comentários, corria para a maquiagem e, quando entrava em cena era sempre um bate-papo bem humorado com os apresentadores.

No embalo para as eleições de 2014

Por Pedro Rafael, no jornal Brasil de Fato:

As últimas semanas foram marcadas por episódios que acenderam o clima de disputa pelo governo federal, a mais de um ano da campanha presidencial de 2014. Entre atos públicos e declarações diversas, ao menos quatro dos prováveis protagonistas do próximo pleito movimentaram peças que podem influir no cenário eleitoral que apenas começa a se desenhar.

Um espião indiscreto contra Chávez

Por Natalia Viana, no sítio Pública:

Eduardo Fernandez é um nome comum. Tão comum que é impossível encontrar informações sobre um determinado Eduardo dentre milhares deles em dezenas de países da América Latina. Mas o argentino-americano Eduardo Fernandez não é um homem nada comum. Entre 2004 e 2009, era ele quem dirigia o Development Alternatives (DAI) em Caracas, que recebia milhões de dólares da Usaid para seguir o plano estabelecido pelo Departamento de Estado dos EUA para a Venezuela: fortalecer grupos de oposição, dividir o chavismo e isolar Hugo Chávez internacionalmente. (Leia mais sobre a estratégia da USAID)

No PSDB, a crise só se aprofunda

Por José Dirceu, em seu blog:

Agora o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não concorda que a presidência nacional do seu partido seja entregue a partir da convenção deste ano ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) - candidato já lançado ao Palácio do Planalto em 2014 - e abre espaço para um tertius entre o parlamentar mineiro e José Serra.

domingo, 17 de março de 2013

Hugo Chávez foi assassinado?

Por Altamiro Borges

O governo da Venezuela decidiu abrir um inquérito para investigar as causas da morte de Hugo Chávez, ocorrida em 5 de março. O motivo é que crescem as suspeitas de que o líder bolivariano foi assassinado. Segundo o presidente interino Nicolás Maduro, o câncer do ex-governante poderia ter sido acelerado por envenenamento. Ele chegou a citar a suspeita morte do líder palestino Yasser Arafat. “Temos a intuição de que nosso comandante foi envenenado por forças obscuras que o queriam fora do caminho”, argumenta.

O futuro de Dilma, em 3 movimentos

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Muita gente se mostra (ou se finge?) surpresa com os movimentos recentes na política brasileira, que indicam um quadro muito mais complexo e multipolar do que nas eleições de 2002, 2006 e 2010.

Podemos listar três movimentos simultâneos:

Poder e resistência digital

Por Leonardo Vasconcelos Cavalier Darbilly

O campo da comunicação vem passando por significativas mudanças em decorrência do desenvolvimento tecnológico e que está relacionado especialmente ao surgimento das novas tecnologias digitais de informação e comunicação. Este fenômeno, que ocorre em diversos países do mundo e que também acontece no Brasil, tem sido objeto de debates diversos na mídia e na academia. Como resultado dessas mudanças, há não apenas uma importante alteração no próprio processo de produção, difusão e consumo das notícias, que antes era monopolizado pelos grandes veículos de comunicação, mas também à própria estrutura das organizações.

A política e o Poder Legislativo

Por Emiliano José, na revista CartaCapital:

O que se requer, sob uma democracia, são instituições sólidas e capazes de se renovar constantemente de acordo com as demandas da sociedade. Instituições permeáveis às influências e reivindicações do povo. Que não dependam apenas e tão-somente das virtudes individuais desse ou daquele. O que se reclama, também, é que se aperfeiçoem, nessa linha, os mecanismos de participação direta da população, alguns deles já previstos na Constituição, mas que precisam ser ampliados.

As ameaças à liberdade de expressão

Por Vilson Vieira Jr., no blog Mídia Aberta:

Não é tarefa das mais fáceis atuar em prol da liberdade de expressão e preservar o direito à informação da sociedade. E ela fica ainda mais árdua quando o seu agente é um jornalista. Mesmo em plena democracia, contexto em que as liberdades de expressão e de opinião e o direito à informação são considerados pilares de sustentação desse regime, o Brasil se destaca entre os países mais perigosos à atuação daquele profissional.

Chávez e os novos militares

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A morte, prematura, de Hugo Chávez, deixa uma certeza: a Venezuela não voltará a ser o país que foi antes de sua presença no Palácio de Miraflores. Como anotou o New York Times, o presidente não construiu auto-estradas nem grandes edifícios, mas legou a seu povo uma nova forma de ver e sentir o país. E esse povo não voltará a aceitar as regras antigas de submissão social. Chávez não era predestinado ao poder, como tantos outros líderes militares latino-americanos, que viam as forças armadas como “a última aristocracia”.A definição é do poeta argentino Leopoldo Lugones, ao discursar no centenário da Batalha de Ayacucho, travada em 1826 no Alto Peru, que expulsou os espanhóis de nosso continente.

A perseguição às rádios comunitárias


A organização Artigo 19 e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc Brasil), com apoio do Movimento Nacional das Rádios Comunitárias (MNRC), estiveram em Washington no dia 11 de março (segunda) para denunciar violações ao direito humano à comunicação no Brasil. A ação foi realizada em uma audiência temática da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que abordou questões relativas às rádios comunitárias.

Campos e o jantar com os empresários

Por Renato Rovai, em seu blog:

Só Dilma pode tornar Eduardo Campos um candidato forte. Já afirmei isso aqui. Elegê-lo então será um desafio hercúleo não só para Dilma, como para boa parte dos seus ministros e também para o PT.

Uma das formas de fortalecer o governador de Pernambuco é continuar fazendo o que boa parte dos assessores e ministros continuam fazendo, dialogando pouco. Campos já percebeu isso. E ontem em jantar com 60 empresários na casa do dono da Riachuelo, disse: “O governo, além de tudo, às vezes não dialoga. A solução é falar com o governo pela imprensa. Não quer me receber? Você pode tuitar.”

Chávez e os excluídos dos EUA

Por Deisy Francis Mexidor, no sítio Vermelho:

"Os Estados Unidos perderam um amigo que nunca souberam que tinham e os pobres do mundo um defensor", lamentou o ator Sean Penn quando recebeu a notícia da morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

E de suas palavras podem dar fé hoje os quase dois milhões de estadunidenses de baixos rendimentos que receberam calefação gratuita para se proteger do rigoroso inverno graças à solidariedade do mandatário.

"Salve Jorge" faz mal à saúde mental

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você assiste à novela das 9, Salve Jorge?

Eu também não. Mas eu tentei. Duas vezes. Na primeira, numa zapeada, fiquei 30 segundos. Parei num esgar de Claudia Raia. Na segunda, uma frase idiota de Giovanna Antonelli, que faz uma delegada, bastou.

Qual o sentido de seguir uma telenovela? Não são assunto de boas conversas, não interessam, ninguém se importa. Veja os números. Segundo o Ibope, Salve Jorge é a novela das 9 com pior índice de audiência em todos os tempos, com 31,9 pontos de média. A atração anterior, Avenida Brasil, cravou 39, o que já não era um estouro.

Jornal Nacional se ajoelha para o papa

Por Lino Bocchini, no blog Desculpe a nossa Falha:

A exemplo de quarta-feira, quando foi eleito o novo papa, o Jornal Nacional de ontem também foi quase todo dedicado ao assunto. Com a íntegra em mãos, planejava contar quantas vezes, em 33 minutos de noticiário, determinadas palavras apareceram. Desisti após o primeiro bloco, quando já se somavam 23 “papas”, sete “Jesus Cristo”, seis “missa” e uma pilha de “cardeais”, “igreja”, “basílica”, “deus”, “cúria”, “senhor” etc. Montei então o roteiro de frases abaixo, todas ditas pelos apresentadores William Bonner (nos estúdios da Globo no Rio) e Patrícia Poeta (no Vaticano) e pelos repórteres da emissora que fizeram a cobertura por lá, na Argentina e em Jerusalém. É bom sublinhar que esse texto nem de longe consegue retratar o que foi essa edição do JN de fato. Tudo o que é descrito a seguir vinha acompanhado da entonação certa, trilha “emocionante”, edição cuidadosa, sorrisos etc. As frases estão em ordem de aparição no programa:

Dom Bergoglio e dom Paulo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um número grande de leitores do blogue tem escrito para reclamar de meus textos sobre o novo Papa.

A queixa mais recente envolve uma citação. Em nota recente, defini o jornalista Horácio Verbitsky como uma das grandes autoridades sobre direitos humanos na Argentina. Os leitores escrevem para lembrar que Verbitsky participou do grupo armado Montoneros, que cometeu sequestros e até execuções de inimigos durante o regime militar.

O jornal que incomoda fardas e batinas

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Na manhã seguinte ao anúncio de um Papa argentino, o jornal ‘Página 12’ sacudiu Buenos Aires com a manchete: ‘!Dio, Mio!’

Na 6ª feira, dois dias depois, como relata o correspondente de Carta Maior, Eduardo Febbro, direto do Vaticano, o porta-voz da Santa Sé reclamou do que classificaria como ‘acusações caluniosas e difamatórias’ envolvendo o passado do Sumo Pontífice.

PSDB quer entregar o pré-sal

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nos anos 1990, o governo Fernando Henrique Cardoso vendeu por cerca de cem bilhões de dólares um portfólio de patrimônio público que, à época, valia, no mínimo, o triplo. Para que se possa mensurar o tamanho do roubo de patrimônio, a mineradora então chamada Vale do Rio Doce foi vendida a estrangeiros por cerca de um ano de faturamento.

sábado, 16 de março de 2013

Vale-Cultura não é da TV Globo

Por Altamiro Borges

A pressão social muitas vezes consegue reverter péssimas ideias dos governantes. Nesta terça-feira, a ministra Marta Suplicy anunciou que desistiu de incluir a TV por assinatura no programa Vale-Cultura. “Foram fundamentais os encontros que tive nos fóruns de cultura em Porto Alegre e Belo Horizonte, com mais de 500 pessoas. Sou uma pessoa que escuta. Coloquei argumentos a favor e ouvi também os contra. Fui pesando e decidi, então, que vamos focar no teatro, na música e no livro”, afirmou durante um evento em São Paulo.

Merval e a falta de pudor dos juízes

Por Altamiro Borges

Para quem duvida do pacto firmado entre os barões da mídia, a oposição tucana e setores do Judiciário, a foto do lançamento do livro “Mensalão”, do jornalista Merval Pereira, nesta semana em Brasília, é bem emblemática. O “imortal” da Academia Brasileira de Letras e fiel escudeiro da famiglia Marinho aparece ladeado pelo senador mineiro Aécio Neves, o cambaleante presidencial do PSDB, pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres de Britto, e pelo sinistro Gilmar Mendes.