De repente, não mais que de repente, o noticiário sobre as manifestações que paralisam grandes cidades brasileiras há uma semana sofre uma reviravolta: agora os jornais começam a enxergar os excessos da polícia e mostrar que no meio da tropa há agentes provocadores e grupos predispostos à violência.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Protesto: uma virada na cobertura
Jornalistas criticam ação da PM
Do sítio do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:
Novas cenas de agressões aos jornalistas foram presenciadas no início da noite desta quinta-feira (13) durante manifestação ocorrida no centro de São Paulo. O jornalista Piero Locateli da revista Carta Capital e o repórter cinematográfico do portal Terra, Fernando Borges, foram vítimas de violência policial. O número de vítimas aumentou com os repórteres da TV Folha, Giuliana Vallone - que levou um tiro de bala de borracha no olho e Fábio Braga, da Folha Online.
Novas cenas de agressões aos jornalistas foram presenciadas no início da noite desta quinta-feira (13) durante manifestação ocorrida no centro de São Paulo. O jornalista Piero Locateli da revista Carta Capital e o repórter cinematográfico do portal Terra, Fernando Borges, foram vítimas de violência policial. O número de vítimas aumentou com os repórteres da TV Folha, Giuliana Vallone - que levou um tiro de bala de borracha no olho e Fábio Braga, da Folha Online.
Os protestos e a hipocrisia da Globo
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
“Imagina na Copa!” – foi a reação estupefata de uma âncora (?) do Mau Dia Brasil, ao fim de uma reportagem sobre as manifestações na cidade de São Paulo, na noite de quinta-feira.
Imagina na Copa!
Violência da PM é inaceitável
Por José Dirceu, em seu blog:
Não há como não condenar e denunciar a repressão às manifestações do Movimento Passe Livre. Isso não significa em hipótese alguma concordar ou apoiar a violência de determinados manifestantes ou grupos políticos que participam dos atos, ou mesmo com a proposta de tarifa zero, o chamado passe livre.
Mas o que aconteceu ontem em São Paulo não pode ser aceito. Não podemos nos silenciar ou, pior, apoiar. Temos que denunciar.
Mas o que aconteceu ontem em São Paulo não pode ser aceito. Não podemos nos silenciar ou, pior, apoiar. Temos que denunciar.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
UNE repudia violência da PM
Do sítio da UNE:
A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas condenam a agressão policial injustificável contra jovens ocorrida na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em mais um protesto pelas ruas da capital paulista contra o aumento das passagens do transporte público.
A União Nacional dos Estudantes e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas condenam a agressão policial injustificável contra jovens ocorrida na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em mais um protesto pelas ruas da capital paulista contra o aumento das passagens do transporte público.
O AI-5 contra a luta social
Por Renato Rovai, em seu blog:
Os momentos históricos são diferentes, mas o que está acontecendo em São Paulo precisa ser discutido do tamanho que merece. Manifestantes não podem ser presos sob acusação de formação de quadrilha, crime inafiançável. Se isso vier a prevalecer, estaremos entrando num cenário de ditadura contra a luta social. Será um novo AI-5, o instrumento que faltava para a tão sonhada criminalização dos movimentos sociais que vem sendo arquitetada há tanto tempo pelas forças conservadoras do país. E que ganhou hoje o apoio, em editorial, da Folha e do Estado de S. Paulo.
A baderna é da polícia!
Imagem TV Record |
Qual o nome para o que a Polícia Militar fez em São Paulo durante mais uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus e metrô? Proibiu carros de som e megafones nas ruas, agrediu jornalistas e fotógrafos, encurralou manifestantes, atirou bombas a esmo, pisoteou a Democracia.
Desacostumado com manifestações públicas, o brasileiro aceitou a versão da velha mídia, após os atos da semana passada, que classificou os manifestantes como simples “baderneiros”?
A solidão do governo Dilma
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Pelo que posso notar daqui de longe e conversando com amigos que trabalham no Palácio do Planalto, o maior problema do governo Dilma, fora todos os outros, é a solidão. Desde que tomou posse, faz dois anos e meio, a presidente segue rigorosamente o ritual do cargo, cumpre a agenda sem se sujeitar a imprevistos ou a arriscadas iniciativas, cercada por pouca gente, subordinados que a tratam como a chefe poderosa, com uma reverência que vai além das normas hierárquicas.
Governo precisa jogar mais duro
Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog O Cafezinho:
A Medida Provisória 617, editada em 31/5/13, reduziu a zero os tributos PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas das empresas de transporte coletivo de passageiros. Com este novo item, o Ministério da Fazenda estima que as desonerações aceleradas desde 2012 alcancem o total de R$ 72 bilhões no corrente ano. Reduções ou extinções tributárias podem contribuir para a queda da inflação, com repercussões na estabilidade da renda das famílias e do emprego, e servir de incentivo ao investimento privado. Ao fim e ao cabo, se tudo o mais permanece constante, produzem mesmo tais resultados. As interrogações imediatas dizem respeito ao final de quanto tempo e ao cabo de quantos outros eventos os favores tributários trarão as prendas esperadas. Nunca é tarde para boas notícias, mas a propagação de seus benefícios será tanto mais lenta quanto mais longa for a duração da expectativa antecedente.
A Medida Provisória 617, editada em 31/5/13, reduziu a zero os tributos PIS/PASEP e COFINS sobre as receitas das empresas de transporte coletivo de passageiros. Com este novo item, o Ministério da Fazenda estima que as desonerações aceleradas desde 2012 alcancem o total de R$ 72 bilhões no corrente ano. Reduções ou extinções tributárias podem contribuir para a queda da inflação, com repercussões na estabilidade da renda das famílias e do emprego, e servir de incentivo ao investimento privado. Ao fim e ao cabo, se tudo o mais permanece constante, produzem mesmo tais resultados. As interrogações imediatas dizem respeito ao final de quanto tempo e ao cabo de quantos outros eventos os favores tributários trarão as prendas esperadas. Nunca é tarde para boas notícias, mas a propagação de seus benefícios será tanto mais lenta quanto mais longa for a duração da expectativa antecedente.
Metamorfose de um protesto de jovens
Imagem TV Record |
O ato contra o aumento da passagem reuniu em torno de 10 mil jovens na terça-feira (11/6), sob uma chuva forte na marcha que partiu do ponto de encontro na Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista (próximo à esquina com a Consolação), para terminar no Parque Dom Pedro, na entrada da Zona Leste da cidade.
Havia jovens desorganizados e organizados em agremiações políticas. O clima era tenso na concentração. Os pingos fortes davam ensaios de que viria um temporal. A Polícia Militar acompanhava de forma truculenta e parte dos manifestantes estava arredia.
'Bolsa Estupro': vítima vira criminosa
Por Marsílea Gombata, na revista CartaCapital:
Apoiada pelas bancadas religiosas do Congresso Nacional, a chamada ‘Bolsa Estupro’ cria o risco de transformar a vítima em criminosa. Segundo especialistas ouvidas por CartaCapital, o texto do Estatuto do Nascituro (aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na quarta-feira 5) viola direitos das mulheres e as incentiva a considerar crime o aborto em casos de estupro.
Espionagem e cinismo de Obama
Josetxo Ezcurra/Rebelión |
O mundo não conseguiu ainda sair do espanto causado pelas revelações do soldado Bradley Manning - cujo julgamento por traição começou há dias - e uma denúncia ainda mais grave foi encaminhada ao Guardian pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. O denunciante era, até o dia 20 de maio, um dos maiores especialistas em segurança de informações da Booz Allen, contratada pelo governo norte-americano para assessorar a NSA (Agência Nacional de Segurança).
Protesto é “caso de polícia”?
Por Altamiro Borges
O transporte público em São Paulo é um horror. Os ônibus andam superlotados e em péssimas condições. Há poucas linhas ferroviárias e os trens vivem dando pane. O Metrô foi sabotado pelos tucanos, que não ampliaram suas linhas e degradaram sua manutenção. Diante deste cenário tenebroso, qualquer fagulha – como o reajuste de 0,20 centavos nas passagens – pode ter efeitos explosivos. Os três protestos realizados na capital paulista nestes dias confirmam esta dura realidade. Um administrador com sensibilidade entenderia o problema e abriria o diálogo. Não é o caso do Geraldo Alckmin, que tratou os protestos como “atos de vandalismo” e “caso de polícia”. Já o prefeito Fernando Haddad, que num primeiro momento disse que “São Paulo é a cidade das manifestações”, teve uma recaída, talvez influenciado pela fúria midiática.
O transporte público em São Paulo é um horror. Os ônibus andam superlotados e em péssimas condições. Há poucas linhas ferroviárias e os trens vivem dando pane. O Metrô foi sabotado pelos tucanos, que não ampliaram suas linhas e degradaram sua manutenção. Diante deste cenário tenebroso, qualquer fagulha – como o reajuste de 0,20 centavos nas passagens – pode ter efeitos explosivos. Os três protestos realizados na capital paulista nestes dias confirmam esta dura realidade. Um administrador com sensibilidade entenderia o problema e abriria o diálogo. Não é o caso do Geraldo Alckmin, que tratou os protestos como “atos de vandalismo” e “caso de polícia”. Já o prefeito Fernando Haddad, que num primeiro momento disse que “São Paulo é a cidade das manifestações”, teve uma recaída, talvez influenciado pela fúria midiática.
A luta dos povos indígenas
Editorial do jornal Brasil de Fato:
O confronto entre os índios terenas, os latifundiários que ocupam suas terras e as forças policiais, no Mato Grosso do Sul, era previsto e foi alertado ao governo estadual e federal. Mesmo assim, nada foi feito para impedir esse conflito e a perda de vidas humanas. Morto por forças policiais, o índio Oziel Gabriel foi vítima do descaso e da ineficiência das autoridades.
O confronto entre os índios terenas, os latifundiários que ocupam suas terras e as forças policiais, no Mato Grosso do Sul, era previsto e foi alertado ao governo estadual e federal. Mesmo assim, nada foi feito para impedir esse conflito e a perda de vidas humanas. Morto por forças policiais, o índio Oziel Gabriel foi vítima do descaso e da ineficiência das autoridades.
Escritores debatem regulação da mídia
Do jornal Hora do Povo:
O Sindicato dos Escritores do Estado de São Paulo realiza na próxima quinta-feira (13) um debate sobre a democratização dos meios de comunicação com a participação do jornalista Rodrigo Vianna, do blog “O Escrivinhador”, Carlos Lopes, redator-chefe da Hora do Povo, e Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
O Sindicato dos Escritores do Estado de São Paulo realiza na próxima quinta-feira (13) um debate sobre a democratização dos meios de comunicação com a participação do jornalista Rodrigo Vianna, do blog “O Escrivinhador”, Carlos Lopes, redator-chefe da Hora do Povo, e Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Grécia fecha rádio e TV estatais
Por Roberto Almeida, no sítio Opera Mundi:
O premiê grego Antonis Samaras, do partido de centro-direita Nova Democracia, decidiu no começo da semana, sem aprovação parlamentar, pelo encerramento da rede estatal de rádio e televisão ERTe demitiu cerca de 2,7 mil funcionários. A polícia foi enviada para derrubar a transmissão da rede durante a madrugada, mas jornalistas ocuparam o edifício e mantiveram a programação na internet.
O premiê grego Antonis Samaras, do partido de centro-direita Nova Democracia, decidiu no começo da semana, sem aprovação parlamentar, pelo encerramento da rede estatal de rádio e televisão ERTe demitiu cerca de 2,7 mil funcionários. A polícia foi enviada para derrubar a transmissão da rede durante a madrugada, mas jornalistas ocuparam o edifício e mantiveram a programação na internet.
Maioridade penal: ilusão e oportunismo
Por Glauco Faria, na revista Fórum:
“O senhor sabe o que vai acontecer com esse bandido, esse assassino, esse monstro? Nada. (…) Ele deveria ser linchado (…) Queria ver esse cara torrando na cadeira elétrica.” Esses trechos foram extraídos do livro Justiça (Nova Fronteira), do sociólogo Luiz Eduardo Soares, no qual ele relata o encontro com um taxista, no Recife. A fala é do condutor, que contava um episódio ocorrido com um amigo seu, motorista de ônibus, morto por um adolescente, menor de 18 anos, em um assalto.
“O senhor sabe o que vai acontecer com esse bandido, esse assassino, esse monstro? Nada. (…) Ele deveria ser linchado (…) Queria ver esse cara torrando na cadeira elétrica.” Esses trechos foram extraídos do livro Justiça (Nova Fronteira), do sociólogo Luiz Eduardo Soares, no qual ele relata o encontro com um taxista, no Recife. A fala é do condutor, que contava um episódio ocorrido com um amigo seu, motorista de ônibus, morto por um adolescente, menor de 18 anos, em um assalto.
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