domingo, 16 de junho de 2013

Muito além dos 20 centavos

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

Os dois principais jornais paulistas amanheceram na quinta-feira (13/6) com editoriais que conclamavam a polícia à ação: “Retomar a Paulista”, pedia a Folha de S.Paulo; “Chegou a hora do basta”, enfatizava o Estadão, apelando ao “maior rigor” na repressão aos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus.

Ao fim daquele dia, tiveram o que pediram: a polícia esmerou-se no que melhor sabe fazer e distribuiu seus coices indiscriminadamente, atingindo inclusive jornalistas, alguns dos quais feridos com gravidade por balas de borracha no rosto. Um deles, um fotógrafo, corre o risco de perder a visão.

Jovens voltam às ruas em SP

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

Está marcado para esta segunda (17), às 17 horas, novo manifesto dos jovens contra o aumento de tarifas do transporte coletivo da região metropolitana de São Paulo. O ato ocorrerá no Largo da Batata, em Pinheiros, por onde circulam muitos ônibus.

Os jovens mostram disposição em continuar as manifestações pacíficas com a palavra de ordem que mais se ouviu no ato de quinta-feira (13): “Sem violência”.

sábado, 15 de junho de 2013

Um retrato dos jovens agitadores

Do sítio: http://www.advivo.com.br/luisnassif
Por Luis Nassif, em seu blog:

O artigo “Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar”, do nosso comentarista André Borges Lopes, entrará para a história do ativismo online brasileiro como um marco. Hoje de manhã bateu em 202 mil leituras. A divulgação se deu exclusivamente através das redes sociais e liberou o grito engasgado na garganta de milhares de jovens por todo o país.

Dei-me conta do fenômeno alertado por minha filha de 15 anos, que soube por colegas de várias partes do país, através de sua página do Facebook.

Lula e Dilma acertam o tom

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Um vez, ouvi de Luiz Carlos Prestes, comentando alguns episódios na China, a frase: “Governo que não se defende merece cair”.

Embora não se esteja tratando de queda de Governo - afinal, apesar da polícia de Alckmin, estamos numa democracia - é inegável que o governo brasileiro andou apanhando feio na luta que, querendo ou não, tem de travar com a mídia que pratica o “terrorismo informativo” ao qual se referiu a Presidenta Dilma Rousseff, ontem, na Rocinha.

Uma homenagem a Dynéas Aguiar

Arnaldo Jabor não vale 20 centavos!



Por Altamiro Borges

Arnaldo Jabor, o serviçal da famiglia Marinho, detesta os movimentos sociais brasileiros. Em seus textos nos jornais e nos seus comentários nos telejornais das Organizações Globo, ele ataca com rancor o sindicalismo, o MST, as lutas da juventude. Saudoso do reinado neoliberal de FHC, ele defende os interesses das elites. Frequentador assíduo dos convescotes do Instituto Millenium, que reúne os barões da mídia golpista, ele tem um ódio doentio das forças de esquerda. Seu último "teatrinho" contra os protestos de jovens em São Paulo confirma que Arnaldo Jabor "não vale nem 20 centavos"!


Como evitar bandidos precoces

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Já que o assunto é redução da maioridade penal, tenho uma sugestão que, com certeza, facilitará, e muito, a prevenção à criminalidade.

Supondo que reduzir de 18 para 16 anos é mero paliativo juridicês, tendo em vista que há assassinos com menos de 16 anos, deve-se encontrar uma solução para que, em breve, não haja nova campanha para criminalizar pivetes de 14, 12 ou 10 anos de idade. Sei inclusive de casos em que o criminoso tinha 6 e 5 anos. O que fazer?

O vinagre e a ação ridícula da PM

Por José Nabuco Filho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A detenção de manifestantes que portavam vinagre e a prisão em flagrante de outros por crime de quadrilha são atos ilegais e uma clara tentativa de criminalizar os movimentos sociais.

É difícil um autoritário praticar um ato de opressão e não resvalar no ridículo. Na ditadura militar, por exemplo, a par da violência, agentes da repressão, não raro, expunham-se ao ridículo com sua ação estúpida. Basta lembrar a proibição pela censura da música “Torturas de amor”, de Waldick Soriano. Talvez esse seja o ponto em comum dos reacionários: eles perdem o senso do ridículo.

Folha e Estadão exigiram repressão

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

“Folha” e “Estadão” são velhos defensores da ordem. Em 64, defenderam uma “ordem” curiosa: em nome da Democracia, era preciso atentar contra a Democracia. A gloriosa imprensa nacional implorou pelo golpe. E foi atendida. Nos anos seguintes, jornalistas foram presos, torturados. Na época, a maioria dos jornalistas tinha noção exata de que o interesse do patrão não era o interesse do jornalista. Os dois não se confundiam.

Policiais se infiltraram nos protestos

http://desmotivaciones.es
Por Dermi Azevedo, no sítio Carta Maior:

As organizações sociais que participam do Movimento Passe Livre, que luta em favor dos direitos civis e contra os aumentos dos passes de transportes públicos, denunciam a presença nas manifestações de policiais infiltrados que estimulam os manifestantes a destruírem bens públicos e particulares.

Segundo apurou Carta Maior, os policiais civis e militares provêm das segundas sessões, como são oficialmente denominados os serviços reservados das forças repressivas.

A rede de espionagem dos EUA

http://www.cartoonmovement.com
Editorial do sítio Vermelho:

As acusações do governo dos EUA à China, segundo as quais partem do país asiático ciberataques contra redes de computadores norte-americanas, são meras cortinas de fumaça para ocultar ações cometidas contra o governo e o povo chineses. É o que se pode concluir das revelações feitas pelo ex-agente da CIA, Edward Snowden sobre o vasto esquema de espionagem eletrônica, com sede nos EUA – e acobertado pelo governo de Washington – para bisbilhotar usuários de computadores e redes sociais em todo o mundo. E visando em especial, alvos localizados na China.

Protestos de rua: Ode à baderna!

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Um dos discursos mais comuns à direita brasileira é esse: peçam o que quiserem, digam o que quiserem, mas não façam baderna. E, sobretudo, não atrapalhem o trânsito. Não por outra razão, qualquer cobertura da mídia nacional sobre passeatas, manifestações e grandes movimentações de massa acabam, sempre, em manchetes de trânsito. Os camponeses foram a Brasília pedir reforma agrária? Atrapalharam o trânsito. As mulheres da Marcha das Margaridas invadiram as Esplanada dos Ministérios para pedir saúde e educação no campo? Provocaram engarrafamentos. A moçada parou São Paulo para reclamar do aumento da tarifa do transporte público? O promotor mentecapto, parado no trânsito, pede a PM para espancar e matar os manifestantes. Afinal, o filhinho dele está na escola. Mas como chegar para pegá-lo a tempo, se os bárbaros impedem o trânsito?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Haddad abre diálogo; Alckmin rosna!

Por Altamiro Borges

Antes tarde do que nunca! A prefeitura de São Paulo divulgou nota oficial nesta sexta-feira (14) propondo a imediata abertura de diálogo com o Movimento Passe Livre (MPL), que lidera os seguidos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público na capital paulista. Desta forma, o prefeito petista Fernando Haddad retoma a sua trajetória democrática, de respeito aos movimentos sociais. Bem diferente é a conduta do governador tucano Geraldo Alckmin, que em várias entrevistas elogiou a postura truculenta da PM contra os manifestantes e garantiu que não abrirá negociações sobre o tema.

Liberdade de expressão de Alckmin dói!

Por Altamiro Borges

Para quem acredita nas bravatas dos tucanos em defesa da liberdade de expressão, os últimos dias foram bem instrutivos – e doídos. Na sua fúria para reprimir os protestos de jovens contra o aumento das tarifas do transporte, o governador Geraldo Alckmin não vacilou em atacar os próprios profissionais da imprensa. Segundo balanço da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), somente na manifestação desta quinta-feira (13) pelo menos 15 jornalistas foram feridos pela PM. A repressão não poupou nem os funcionários da mídia aliada, que sentiram no lombo o “modo tucano de governar”. Haja democracia!

Datena engole a enquete

Por Altamiro Borges

O apresentador José Luiz Datena, atualmente na Band, ganha fortunas com seu "jornalismo" sensacionalista, que explora a violência e a barbárie. Ele é um entusiasta das ações truculentas da polícia. Ontem, porém, ele se deu mal. No programa "Brasil Urgente", após mostrar cenas dramáticas de confrontos em São Paulo, ele exibiu uma enquete: "Você é a favor deste tipo de protesto?". O "sim" disparou na frente. De imediato, ele pediu a sua equipe para alterar a pergunta: "Você é a favor de protesto com baderna?". Para seu desespero, o "sim" continuou na frente (2.179 votos a favor, 915 contra) em apoio à manifestação dos jovens.

Manifesto contra a violência da PM

Para assinar a petição: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N41381
Por Altamiro Borges

Crescem as críticas na sociedade à brutal violência da PM de São Paulo, sob comando tucano, contra jovens em luta pela redução das tarifas do transporte público. Pesquisas já indicam que a população paulista apóia os legítimos protestos da juventude - mas rejeita atos tresloucados. Uma ampla unidade vai se forjando em defesa da plena liberdade de manifestação e contra a postura fascista do governador Geraldo Alckmin. O manifesto abaixo é mais uma iniciativa importante neste rumo. Assine! Ajude a divulgar!

Equador aprova Ley de Medios

Rafael Correa com a imprensa de Guayaquil/Foto: Mauricio Muñoz
Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Assembleia Nacional do Equador aprovou, nesta sexta-feira (14), o projeto de lei que regulamenta e democratiza a comunicação no país. Com 108 votos a favor, 26 contra e apenas uma abstenção, a Ley Orgánica de Comunicación promoverá a redistribuição do espaço radioelétrico e a universalização do acesso aos meios e às tecnologias da informação, além de financiar os sistemas públicos e comunitários do setor.

Bombas com validade vencida

Por Altamiro Borges

Passada a crônica fúria midiática contra qualquer manifestação popular, começam a surgir dados gritantes sobre a brutalidade da PM tucana nos protestos dos últimos dias. A jornalista Fabiana Maranhão, do UOL, revela hoje que as bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia nesta quinta-feira (13) estavam com a validade vencida. "A fotografia de um dos artefatos divulgada nas redes sociais mostra que o prazo para uso do material terminou em dezembro de 2010. Na embalagem do produto, uma mensagem alerta: 'Atenção: oferece perigo se utilizado após o prazo de validade'".

O modo tucano de governar. Porrada!

Por Altamiro Borges

De Paris, onde se encontrava em missão institucional, o governador tucano Geraldo Alckmin deu a ordem: protesto "é caso de polícia". No final da tarde de ontem (13), a PM seguiu à risca a determinação e baixou a porrada nos manifestantes que ocuparam as ruas centrais de São Paulo para exigir a redução da tarifa do transporte público. Antes mesmo do início do protesto, cerca de 40 pessoas foram detidas arbitrariamente e levadas ao 78º Distrito Policial. Quatro horas depois, enquanto os ativistas gritavam "sem violência", a tropa de choque disparava balas de borracha, lançava centenas de bombas de gás e prendia outras 180 pessoas.

Chegou a hora do basta

Foto do sítio CartaCapital
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

No quarto dia de protesto contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos, o Estado policialesco que o reprime ultrapassou, ontem, todos os limites e, daqui para a frente, ou as autoridades determinam que a polícia não aja feito um animal que baba, ao contrário do que vem fazendo, ou a capital paulista ficará entregue à desordem, o que é inaceitável. Durante sete horas, numa movimentação que começou na Praça Ramos de Azevedo, passou pelo Centro – em especial pela Praça da República e a Rua da Consolação – chegando à avenida Paulista, os policiais provocaram conflitos com os manifestantes, agrediram jornalistas e aterrorizaram a população.