quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A jornalista com “cara de fascista”

Por Altamiro Borges

“Essas médicas cubanas têm cara de empregadas domésticas. Será que são médicas mesmo? Que terrível”. Esta declaração preconceituosa e asquerosa foi postada na internet pela jornalista Micheline Borges, de Natal (RN). A elitista ainda acrescentou que “médico se impõe a partir da aparência”. De imediato, a sua asneira gerou protestos nas redes sociais. Acuada, a dondoca excluiu a sua conta no Facebook e pediu desculpas. O recuo, porém, não convenceu. O Sindicato das Empregadas Domésticas do Rio Grande do Norte já estuda processá-la por racismo e o Sindicato dos Jornalistas emitiu nota condenando a sua atitude.

Ricaços adoram produtos piratas

Por Altamiro Borges

Pelo jeito não é só a Rede Globo que faz alarde contra a pirataria, mas adora sonegar impostos. Pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada pela Folha na semana passada, revelou que “as mulheres da classe alta estão entre a parcela da população que mais compra produtos piratas”. Segundo a sondagem, que ouviu 1.501 pessoas de várias camadas sociais em 100 cidades e tem margem de erro de 2,6% para mais ou menos, “73% das consumidoras das faixas A e B declararam ter comprado produtos piratas, ante 50% nas classes C, D e E”.

Professores e precarização do trabalho

Do sítio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE):

Para fazer uma análise das condições que os trabalhadores (as) em educação encontram no dia a dia da escola e também debater a saúde destes profissionais, a CNTE realiza um seminário na sede da entidade nesta quinta e sexta-feira, com a presença de especialistas da área e sindicatos filiados à CNTE.

Saboia é um caso de polícia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O caso de Eduardo Sabóia não é diplomático.

É um caso de polícia.

Ao ajudar na fuga de um homem procurado pela polícia boliviana sob graves acusações, Sabóia ultrapassou todos os limites legais.

Samba pela democratização da mídia

Ato na Globo contra o monopólio


Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na sexta-feira (30), diversas capitais do país realizam o Segundo Grande Ato Contra o Monopólio da Mídia, cuja mote principal é a reivindicação por mais diversidade, pluralidade e democracia na comunicação. Em São Paulo, a atividade acontece em frente à sede da Rede Globo (Avenida Dr. Chucri Zaidan, 46), a partir das 17 horas. As sedes da emissora - que é símbolo da concentração e do poder exercido pelas grandes empresas do setor - e suas filiais também foram palco de manifestações no dia 11 de julho, quando milhares de cidadãos foram às ruas e entoaram o famoso "O povo não é bobo, fora Rede Globo".

Fuga de boliviano foi orquestrada

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

A fuga do senador boliviano que custou o cargo ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio.

As chagas das terceirizações

Por Jandira Feghali, no sítio do Jornal do Brasil:

Antes de o sol raiar, mais de oito milhões de brasileiros já ocupam suas funções em atividades terceirizadas. É a máquina do avanço econômico à todo vapor no Brasil. A terceirização é uma realidade que, a princípio, atingia serviços de limpeza e segurança, por exemplo, e hoje se alastra por vários setores. A necessidade de regulamentação se coloca como uma forma de proteger esses trabalhadores, mas não pode se dar às custas do aprofundamento da precarização das relações de trabalho.

A constrangedora vergonha alheia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Uma fotografia na primeira página da Folha de S.Paulo, na edição de terça-feira (27/8), resume em boa medida o mal-estar em que as entidades médicas enfiaram os profissionais de saúde do Brasil.

A imagem mostra um médico cubano, negro, sendo ameaçado e vaiado por colegas brasileiros quando saía da primeira aula do programa de treinamento para sua missão em território nacional. Os manifestantes xingavam os médicos estrangeiros de “escravos”, e chegaram a agredir representantes do Ministério da Saúde, o que descreve de maneira bastante clara o nível de irracionalidade provocada pelas declarações de dirigentes dos conselhos de medicina e outras associações de classe contra o programa Mais Médicos.

Insanidade sem limite contra cubanos

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Aos gritos de "escravos!" cerca de 50 médicos cearenses liderados pelo presidente do seu sindicato, José Maria Pontes, fizeram um "corredor polonês" para impedir a saída de 79 médicos cubanos ao final do primeiro dia do curso do Mais Médicos na Escola de Saúde Pública do Ceará, em Fortaleza, na noite desta segunda-feira. "Não aceitamos que eles apenas passem por uma avaliação de português e Sistema Único de Saúde", pontificou o presidente do sindicato. Quem lhe concedeu esta autoridade?

Depois de Molina, Julian Assange

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa prova de espírito democrático e grandeza política, seria bem oportuno sugerir às mesmas forças que aplaudem a fuga do senador boliviano que reforcem a pressão para que o fundador do Wikileaks possa deixar a Inglaterra

O conservadorismo de branco(s)

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

No começo senti raiva. Depois, tristeza. Ao fim, procurei explicações. O cerco aos médicos cubanos, com xingamentos e manifestações racistas, é chocante à primeira vista. Mas quem conhece nossa história de “elevador de serviço”, de “quarto de empregada”, de coronelismo e revoluções sempre inconclusas, quem conhece essa história nem deveria se espantar.

A grande rede e a explosão das ruas

Foto: Danilo Ramos/RBA
Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

As irrupções sociais não conhecem sismógrafos capazes de antecipá-las. Historiadores tentam recompor os fatos, mas não logram construir mais do que uma versão. Sociólogos e quejandos, profetas do pretérito, tentam explicar os fatos vencidos. Marx ensinava a dificuldade de compreender o contemporâneo.

As manobras do Clarín na Argentina

Da Rede Brasil Atual:

Na véspera da audiência pública que dá início à fase final de julgamento da Lei de Meios, o governo da Argentina acusou o Grupo Clarín de se valer durante décadas de manobras para garantir a concentração em suas mãos de concessões de rádio e televisão, além de jornais, páginas de internet, prestadoras de serviços de TV a cabo e provedores de internet.

Saboia: tiro na diplomacia brasileira

Por Marco Piva

A fuga espetacular de um senador boliviano da embaixada brasileira em La Paz nada fica a dever aos melhores thrillers de suspense. Arquitetada por quem gozava da confiança que o cargo confere e deveria, por isso mesmo, zelar pelo cumprimento das leis internacionais e pelo direito à vida, a ação virou “case” político mundial, com pitadas de anedota.

Médicos cubanos e visões da sociedade

terça-feira, 27 de agosto de 2013

São Mateus e a tragédia anunciada

Foto: Marcelo Camargo/ABr
Por Altamiro Borges

No início da noite desta terça-feira (27), o Corpo de Bombeiros confirmou a sétima morte no desabamento de um prédio que estava em construção na Avenida Mateo Bei, no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo. Já o número oficial de feridos subiu para 26. "Cinco vítimas foram retiradas em óbito, infelizmente, e já localizamos mais dois mortos que vão demorar pelo menos duas horas para que sejam retirados e ainda há grande indício de outras vítima", informou o capitão Marcos Palumbo à reportagem da Agência Brasil.

Como se desmonta uma farsa de jaleco

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

 


Está rodando na internet uma farsa apelativa.

O Dr. Rogério Augusto Perillo, que acha que as pessoas são burras, postou uma foto segurando um cartaz dizendo que “não faltam médicos” e denunciando ter sido demitido pelo prefeito da cidade de Trindade, próxima a Goiânia, “para dar lugar a um médico cubano”.

O jornalista e a agressão aos cubanos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Parte dos jornalistas passou dias dizendo o que quis sobre a vinda dos médicos cubanos, sem se preocupar em checar informações ou as consequências de suas ações.

São escravos, vêm em aviões negreiros, são incompetentes, indolentes e teve até quem disse que as médicas pareciam “empregadas domésticas” (o fantástico é que a tosca em questão achou que estava ofendendo as doutoras mas, no fundo, rasgava preconceito contra uma suposta aparência de trabalhadoras domésticas).

Médicos cubanos são hostilizados