terça-feira, 15 de setembro de 2015

Europa entre o oportunismo e a xenofobia

Por Gianni Carta, na revista CartaCapital:

Na maior crise de refugiados a assolar o Velho Continente desde a Segunda Guerra Mundial, sobressaem-se dois líderes e adversários caricaturais, ambos onipresentes em filmes norte-americanos.

A chanceler alemã Angela Merkel faz o papel da samaritana. Aparente farol da solidariedade, Merkel ofereceu 13 bilhões de euros em um programa federal para acolher 80 mil exilados políticos na Alemanha até 2016.

A crise brasileira e as ruas

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

A situação econômica do país pode desaguar em uma crise social de efeitos imprevisíveis, com implicações significativas em termos de agitação política e mobilizações de rua. Em 2016 – ou até antes disso – a crise pode levar às ruas outro perfil de manifestantes. A classe média tradicional, predominante nas manifestações desse ano, pode dar lugar aos desempregados, subempregados, jovens de periferias e movimentos sociais tradicionais. Se isso ocorrer, teremos uma mudança profunda do atual cenário político.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O melhor é alterar o ajuste fiscal

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

A política de ajuste monetário e fiscal completou oito meses de duração sem ainda produzir resultados positivos, conforme inicialmente anunciados. Não apenas a inflação encontra-se acima da verificada no final de 2014, como a situação das contas públicas agravou-se.

A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando­ que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais - sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.

Dilma erra, mas impeachment é incerto

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Passada a eleição de 2014, estava claro que o cenário seria de confronto permanente. A vitória apertada e o clima de “libertar o Brasil do PT” (era a frase usada por Aécio na campanha) indicavam que não importava muito qual caminho o governo tomasse: de toda forma, Dilma enfrentaria o ódio e a intolerância – além de estar em minoria no Congresso.

Diante desse quadro, se quisesse cumprir o que disse na campanha, a presidenta teria que contar com o campo político que se mobilizou nas ruas no segundo turno.

Dilma e o "Velhinho de Taubaté"

Do blog de Irani Lima:

Carta à presidenta Dilma

Senhora Dilma Rousseff,

Dirijo-me à Vossa Excelência por meio desta carta aberta por acreditar que, com a força da internet, alguém de seu governo poderá levar à senhora minhas reflexões e preocupação com o momento político que atravessamos.

O mar está revolto não por causas naturais, mas por inércia de vossos principais colaboradores na área política, entre os quais suas excelências no Ministério da Justiça (José Eduardo Cardozo) e na Casa Civil (Aloísio Mercadante).

'Folha' lembra ameaças da mídia a Goulart

Por Kátia Gerab Baggio, no blog Viomundo:

O editorial intitulado “Última chance”, publicado na capa da Folha de S. Paulo, com inusual destaque, no dia 13 de setembro de 2015, é um “dileto produto” da mesma família Frias que já denominou, em outro editorial, a ditadura militar inaugurada em 1964 como “ditabranda”.

São os Frias golpistas, como já vimos em outros momentos da história do Brasil.

O editorial defende a necessidade de revisar “desembolsos para parte dos programas sociais”, além da “desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro”.

Os três desafios de Dilma Rousseff

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Semanas atrás dizíamos aqui que havia duas saídas possíveis da crise: Dilma com Michel Temer; ou Michel Temer sem Dilma.

De lá para cá reduziu-se imensamente a alternativa Dilma com Temer, devido à insuperável incapacidade de Dilma de analisar a conjuntura política, assim como a conjuntura jurídica, assim como a conjuntura econômica.

Para qualquer observador minimamente antenado, as alternativas políticas seriam simples de entender:

'Folha' devia lembrar-se do golpe de 1964


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Em 1964, dois editoriais do Correio da Manhã - “Fora!” e “Basta!” - foram as clarinadas da mídia para o golpe militar que depôs João Goulart.

Como agora, o massacre dos jornais era incessante e generalizado - embora houvesse, então, a Última Hora dissonante deste coro.

Líder da oposição alerta os impichadores

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Leiam o artigo abaixo, com o alerta de um dos líderes mais radicais da oposição, Raul Jungmann, do PPS.

Ele mostra o perigo que corremos. A única força realmente organizada que apoiaria o impeachment em bloco, sem constestação e, mais que isso, sustentaria um novo governo sem legitimidade democrática, seria a mídia.

Esse é o lado bom. A mídia vai se desmoralizar de vez. Talvez seja essa a armadilha que a história esteja criando para mudar de vez um sistema de comunicação herdado da ditadura e que não se adapta à realidade do nosso país.

Mídia esconde Aécio, Serra e Aloysio

Do site Vermelho:

Enquanto a grande mídia e outros setores da direita tentam blindar os tucanos, dois executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das integrantes do cartel de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, apontam o envolvimento direto das principais lideranças do PSDB.

A informação foi divulgada pela coluna de Cláudio Humberto, no Diário do Poder. Segundo ele, dois executivos da construtora Andrade Gutierrez, ouvidos no processo da Lava Jato, afirmaram em acordo de delação premiada que os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) estariam envolvidos no esquema de corrupção.

As razões da crise presente

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Na crise atual se cruzam razões de fundo, herdadas dos governos neoliberais, e questões que os governos do PT não souberam superar e que agora os afetam de maneira profunda.

Entre as razões estruturais estão a desindustrialização promovida pela abertura escancarada do mercado interno feita pelos governos Collor e FHC, que além de enfraquecer o poderio industrial do pais, gerou a dependência da exportação de produtos primários. Por outro lado, paralelamente, não se alterou o papel hegemônico do capital financeiro, que reproduz a especulação como fenômeno central no processo de acumulação de capital.

Ultimato a Dilma é golpismo oficializado

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O presidencialismo é o sistema de governo afirmado e reafirmado na história recente do Brasil em dois plebiscitos. Mas a trajetória desse processo representativo na nossa história republicana é vincada muitas vezes pela incerteza e pelo abortamento do estabelecido constitucionalmente.

Na redemocratização pós-regime ditatorial de 1964, a origem e sentido dessa disputa política e classista para alcance da presidência da República não muda.

Basta cobrar impostos de quem sonega

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Existe uma fórmula bem simples e barata, que não é mágica nem utópica, para aumentar a arrecadação do governo sem precisar criar novos nem aumentar velhos impostos: basta cobrar os sonegadores. Por que não é adotada como prioridade absoluta pela equipe econômica nesta situação de emergência permanente para acertar as contas públicas?

Bancada da bala tem extensa ficha suja

Por Danielle Cambraia, na Agência PT de Notícias:

A bancada da bala, conhecida por defender projetos conservadores e polêmicos na Câmara dos Deputados, como o fim do Estatuto do desarmamento, a redução da maioridade penal e o Estatuto da Família, vai além da ligação de seu integrantes com as Forças Armadas e policiais ou com a indústria de armas, muitos respondem algum inquérito na justiça.

Direita dá ultimato a Dilma. E agora?

Por Igor Fuser, na Rede Brasil Atual:

Tenho defendido o governo até agora, mas parece que finalmente chegamos ao momento decisivo em que se esgotou a margem para qualquer tipo de manobra tática.

Leiam o editorial da Folha de S. Paulo de hoje, domingo 13 de setembro. Leiam a nota conjunta da Fiesp e da Firjan, ou as declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria.

A burguesia está dando um ultimato à Dilma. Ou ela se rende completamente, assumindo o programa de arrocho mais brutal de nossa história, ou a ofensiva política para a sua derrubada terá início imediato.

Professores processarão agressor fascista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O casal Walkiria Domingues Leão Rego e Rubem Leão Rego foi objeto de matérias recentes na blogosfera política devido a agressão violenta de que foi alvo no último dia 11 de agosto. O agressor foi o vizinho do apartamento de baixo do deles no condomínio localizado no bairro paulistano de perdizes no qual o casal reside há 29 anos.

Walkiria e Rubem são professores aposentados da Unicamp. Ela é autora do livro Vozes do Bolsa Família – Autonomia, dinheiro e cidadania (editora Unesp). A obra versa sobre os impactos do programa Bolsa Família na vida de seus beneficiários, principalmente das mulheres, titulares do benefício.



A rebelião no Partido Trabalhista inglês

Jeremy Corbyn
Por Vicenç Navarro, no site Outras Palavras:

Este artigo descreve a rebelião das bases do Partido Trabalhista frente às políticas públicas socioliberais desenvolvidas pela direção do partido, iniciadas por Tony Blair, que estabeleceram a Terceira Via e se estenderam amplamente por muitos partidos social-democratas na Europa Ocidental, inclusive na Espanha.

Ainda que você, leitor, não tenha lido na imprensa ou visto nas maiores cadeias de televisão ou ouvido nas rádios de maior audiência, o fato é que estamos assistindo a mudanças muito substanciais nas esquerdas de vários países. São resultado de um protesto generalizado, diante das políticas que caracterizaram grande parte destes partidos de esquerda, ao chegarem ao poder nesses países. Tais políticas, no essencial, não foram diferentes das que as direitas aplicavam em seus governos, apresentando-as como as únicas possíveis.

O que querem os defensores do impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você vê Lobão, Gentili, Fábio Júnior e pensa em perder a fé na capacidade de reflexão da classe artística.

Mas aí você vê Gregório Duvivier e volta a acreditar nos artistas.

A entrevista que Duvivier concedeu a uma emissora portuguesa em Lisboa é uma das mais luminosas análises da cena política contemporânea nacional.

A frase chave é esta: os caras querem tirar Dilma para poderem continuar a roubar.

domingo, 13 de setembro de 2015

Sem luz e sem água. Cadê o Alckmin?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A vida dos paulistanos na semana passada foi um inferno - com todo o respeito ao governador tucano Geraldo Alckmin, que já foi um fiel seguidor da seita Opus Dei. Vários bairros da cidade ficaram sem luz; na periferia, milhões de famílias seguem sem água, num racionamento que o governo do PSDB insiste em ocultar; a violência policial prosseguiu matando jovens negros; e os trens do Metrô e da CPTM continuaram lotados e com panes. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca, que ganha fortunas em anúncios publicitários, mantém o silêncio, o que evita que os paulistanos se deem conta da tragédia do "choque de indigestão" tucano - que já dura mais de 20 anos.   

Globo convoca reunião de emergência

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A jornalista Keila Jimenez, do portal R7, informou neste sábado (12) que a direção da TV Globo tem feito várias reuniões de emergência. Não, não é para discutir a crise do império global, que teve a sua nota rebaixada pela endeusada agência de risco Standard & Poor's. Também não é para dar os últimos retoques para a ofensiva golpista pelo impeachment da presidenta Dilma, que os seus capachos no parlamento pretendem deflagrar na próxima semana.