terça-feira, 14 de março de 2017

Padilha simboliza apodrecimento do sistema

Por Jeferson Miola

O ministro Eliseu Padilha, batizado com o codinome de “Primo” nas planilhas de propinas da Odebrecht, é um cadáver putrefato; mas esse é, incrivelmente, o fator curricular que lhe confere função de proa no governo golpista.

A cada dia surgem detalhes esclarecedores da sua participação nos esquemas de corrupção que têm protagonistas como Eduardo Cunha, Michel Temer, Lucio Funaro, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco, José Yunes etc.

Os fantasmas de Temer no Alvorada

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quando um sujeito é ridículo, não tem jeito, vira chacota.

Até da Dilma, cujo senso de humor, sabe-se, é mais escasso que chuva no Nordeste.

Hoje, na Folha, ela não perdeu a chance de dar uma “zoada” em mais uma bobagem temerista:

Após Michel Temer dizer em entrevista à revista “Veja” que desistiu de morar no Palácio da Alvorada porque “sentiu uma coisa estranha” e falar até em fantasmas na residência oficial, a ex-presidente Dilma Rousseff ironizou a preocupação do peemedebista.

Maia ignora dupla jornada das mulheres

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ignorou séculos de dupla jornada para a mulher como trabalhadora, mãe e dona de casa e afirmou que, se querem direitos iguais, elas devem aceitar se aposentar com a mesma idade que o homem. “As mulheres têm um pleito histórico no equilíbrio na relação de gênero em todos os temas da sociedade, e também na idade mínima. Acho que quando você quer caminhar para esse equilíbrio, como uma maior participação no mercado de trabalho, e na política, acho que tem que ser um equilíbrio para tudo”, disse.

A lista dos fracassos do governo Doria

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A possibilidade de João Doria ser o candidato do PSDB à presidência em 2018 se torna mais real a cada dia.

O apoio irrestrito ao padrinho Geraldo Alckmin já deu lugar a frases como “nada é irreversível, irrevogável, imutável, exceto a morte”, proferida em entrevista a Kennedy Alencar quando questionado se era irrevogável a sua decisão de não concorrer em 2018.

A mídia chapa branca, comprada com gordas verbas de publicidade, espalha o mito do bom gestor, o que, somado ao domínio da linguagem da televisão que Doria possui e ao fato de ser um outsider da política, pode torná-lo o grande nome da direita para as próximas eleições presidenciais.

Reforma trabalhista: volta à República Velha

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                
Enquanto cresce a resistência na sociedade, e no Congresso Nacional, à destruição da Previdência, surgem no horizonte sinais de que uma reforma trabalhista ainda mais nefasta para a classe trabalhadora do que a enviada por Temer ao Congresso pode ser aprovada por deputados e senadores.

A estratégia do governo golpista de mandar as duas emendas (previdenciária e trabalhista) praticamente de forma simultânea atende justamente ao objetivo de impedir que as centrais sindicais, movimentos sociais e demais entidades tenham pernas para enfrentar duas frentes de batalha ao mesmo tempo.

E se Lula não for candidato em 2018?

Por Renato Rovai, em seu blog:

O plano A da disputa de todos os petistas e mesmo da maioria dos movimentos sociais e do campo popular para 2018 é Lula. Há uma clara percepção de que se a sua candidatura for possível, ele tem imensas chances de vitória.

Nas contas de alguns petistas, Lula pode chegar nas pesquisas de abril batendo nos 40% de intenção de votos no primeiro turno.

E isso levará parte do empresariado a reabrir pontes com o petista.

segunda-feira, 13 de março de 2017

MBL expulsará Fernando Holiday?

Por Altamiro Borges

O sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), que até hoje não prestou contas de suas fontes de recurso, mobilizou muitos "coxinhas" com o discurso do combate à corrupção. Este falso moralismo serviu para golpear a democracia, retirando do governo uma presidenta eleita democraticamente pelo povo brasileiro e alçando ao poder a quadrilha de corruptos chefiada por Michel Temer. Ele também ajudou a eleger sete vereadores e um prefeito ligados à seita nas eleições do ano passado. Um dos principais líderes das marchas pelo "Fora Dilma", o exótico Fernando Holiday, obteve expressiva votação para a Câmara Municipal de São Paulo. Como vereador, ele segue atraindo os holofotes da mídia com suas propostas racistas e retrógradas. Mas a farsa não dura para sempre. Nesta segunda-feira (13), o portal BuzzFeed postou uma longa reportagem sobre o uso da caixa-2 na campanha do jovem líder do velho DEM. Diante da grave denúncia, fica a pergunta: o "ético" MBL vai expulsar Fernando Holiday?

'Veja' degola Aécio na lista de Janot

Por Altamiro Borges

A coluna Radar Online, a mais corrosiva da panfletária revista 'Veja', postou nesta segunda-feira (13) uma nota inflamável intitulada "Aécio foi para as cabeças da lista de enrolados". Segundo a matéria, assinada por Gabriel Mascarenhas, o presidente do PSDB "é alvo de torpedos lançados pela delação da Odebrecht. A análise é de uma figura que teve acesso irrestrito aos depoimentos prestados por Marcelo Odebrecht & Cia: de 0 a 10, Aécio Neves ocupa a escala 9 de enrolados na delação da Odebrecht. Aliás, um personagem ligadíssimo ao senador mineiro, Dimas Toledo, indicou uma conta no exterior para que a companhia fizesse depósitos, de acordo com um delator".

Temer e a 'mexicanização' do Brasil

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Vendedor de ilusões, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, viu a realidade confrontar a pós-verdade na divulgação do PIB de 2016, com estrondosa queda de 3,6%. O que mais constrangeu a equipe econômica de Michel Temer foi, porém, a revelação dos balanços trimestrais da atividade medida pelo IBGE. Enquanto no primeiro semestre a recessão perdia fôlego, em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, ela voltou a recrudescer com a efetivação do peemedebista no poder. Nos seis últimos meses do ano passado, a retração acumulada foi de 1,6%.

“É espelho retrovisor”, minimizou Meirelles, a apostar em um crescimento de 1% da economia até o fim de 2017, enquanto o mercado projeta 0,49%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central. Para analistas mais sóbrios, a retomada do crescimento não passa de miragem. Infatigável na missão de semear vento, o titular da Fazenda diz vislumbrar um crescimento robusto com o avanço das reformas prometidas.

Quanto ganham o Moro e o Janot?

Temer e o supermercado dos machistas

Por Jandira Feghali, no site Vermelho:

Até as janelas do Palácio do Planalto tremeram com tamanho atraso. Lá estava, no salão do palácio, o ilegítimo presidente da República tentando acenar virtudes no Dia 8 de Março. Em vão.
Ao limitar as mulheres ao papel doméstico e na economia, Michel Temer nos deu a única competência de analisar os preços do supermercado, vomitando todo o seu machismo e desconhecimento da realidade numa golfada só. Não foi um deslize. Temer mostrou o que todos sabíamos: ele representa o que há de mais conservador e reproduz o modelo hierarquico machista e patriarcal que precisamos superar.

Saque do FGTS afeta política de habitação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

Nesta sexta-feira (10), quem foi às agências da Caixa Econômica Federal (CEF) encontrou filas incomuns no primeiro dia de saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Só até às 11h desta sexta-feira, 300 mil pessoas haviam feito 700 mil saques, e o valor total retirado até o momento era de R$ 300 milhões dos R$ 43,6 bilhões disponíveis, segundo a CEF.

Esses recursos fazem parte do Orçamento Anual de Aplicação do FGTS, que é direcionado às áreas de habitação, saneamento básico e infraestrutura, financiando programas como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e o Saneamento para Todos. Por isso, essa medida, aliada à aprovação da PEC do Teto no ano passado, tem feito com que organizações como Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) temam que haja retirada de recursos para o MCMV.

O desastre econômico de Michel Temer

A mídia e o Estado de Exceção no Brasil

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A mídia e o Estado de exceção no Brasil são temas de debate na sexta-feira (17), em São Paulo. Com entrada franca, a atividade tem início às 19 horas e ocorre na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83 - próximo ao metrô República). Confira os participantes:

Caso Karnal-Moro e as tentações midiáticas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não há veneno maior para o caráter, suborno maior de pessoas do que a perspectiva de se tornar celebridade, a pessoa que, levada por Mefistófeles, chega ao Olimpo da mídia de massa e imagina que se torna um semideus.

Ministros vetustos do Supremo ou juízes provincianos, intelectuais sólidos ou enganadores, jornalistas jovens ou veteranos, empresários, socialites, poucos escapam à sedução da mass-mídia. E com as redes sociais e a facilidade extrema de difundir mensagens, a busca da fama instantânea se tornou doença universal.

Como esquecer o rosto do decano Celso de Mello, deslumbrado como uma jovem debutante ao ser filmado em um shopping por um fã sedenta de justiça? Ou o Procurador Geral da República posando para uma foto com um cartaz na mão e um sorriso bobo na boca? Ou o jovem procurador montando um power point com a mesma intenção da atriz de festival de cinema mostrando pernas e busto: atrás do fato inusitado capaz de disputar manchetes?

A descoberta do óbvio na questão dos juros

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Quem lê e relê sempre os mesmos autores acaba por sofrer um retardamento mental em perceber ideias novas. Quando isso ocorre, crê ter feito uma descoberta. Mas é a descoberta do óbvio, ou seja, é uma redescoberta de fenômenos que os heterodoxos conheciam há muito tempo e se pasmavam de que os ortodoxos não soubessem deles.

Estes cometem o viés heurístico da auto validação: a tendência do observador de procurar ou interpretar informações de forma que estas apenas confirmem preconcepções próprias. Eles preferem informações que confirmem suas crenças ou hipóteses, independentemente de serem ou não verdadeiras. Praticam o contrário do método científico de buscar falsear hipóteses.

A revolução francesa no Brasil

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Limada pelo bisturi conservador, a espantosa violência econômica imposta à população brasileira nesse momento é confinada no calendário dos eventos pré-golpe.

Algo que ‘passou’, martelam autoridades e seus autofalantes de aluguel e fé.

‘Culpa da Dilma’, sintetiza o decano da indignação seletiva da Folha, cuja argúcia econômica foi apurada em Davos.

É assim que o colunismo isento esclarece uma nação afogada em desemprego recorde, cuja indústria retrocedeu ao tamanho de 2009, o investimento foi empurrado ao nível mais baixo em vinte e dois anos e a renda per capital diminuiu 9% em relação a 2014, amarrotando o consumo no patamar de 2011.

Padilha será um bode no palácio de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O apego ao poder costuma turvar os sentidos. Se estivesse compreendendo bem a gravidade de sua situação política, e quisesse poupar seu chefe Michel Temer, Eliseu Padilha não reassumiria, nesta segunda-feira, 13, o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, como anunciado pelo próprio Temer. Padilha volta no olho do furacão, depois que o ex-executivo da Odebrecht, José de Carvalho Filho, revelou ao TSE, na sexta-feira, que Padilha acertou pessoalmente com Claudio Mello Filho, ex-vice presidente de relações institucionais da empreiteira, a entrega de parte dos R$ 10 milhões solicitados no jantar do Jaburu, com a participação de Temer. Que teriam combinado inclusive as senhas que deveriam ser usadas por entregador e receptor: foguete, angorá, árvore, morango e pinguim. Voltando agora, Padilha pode criar para seu chefe um constrangimento semelhante ao gerado por Geddel Vieira Lima quando se agarrou ao cargo, obrigando Temer a defenestrá-lo.

Neoliberalismo corrompe de vez a política

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A política nunca foi um território infenso ao poder do dinheiro. Não por acaso os Congressos sempre foram conservadores. No Brasil, um partido sem mensagem, sem ideologia, que se soma a quem é mais forte, sem lideranças nacionais, tornou-se o partido mais forte, o que tem as maiores bancadas, juntando lobbies de todo tipo e até gente progressista.

Os presidentes tinham de contar com um grande apoio dos partidos tradicionais, da mídia, do grande empresariado, para poderem fazer grandes campanhas e se elegerem. O caso do Fernando Collor, no início dos anos 1990, foi típico. Um político desconhecido, que vinha da ditadura, conseguiu, contando com tudo isso e, também pelo dinheiro, com um bom marketing, projetar a imagem de salvador do país.

Karnal mostra o tamanho da rejeição a Moro

Meme que viralizou nas redes
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O caso Karnal comprovou uma coisa que muita gente contesta: o tamanho da rejeição de Sérgio Moro.

Se alguém ainda tinha dúvida, ficou claro que Moro está longe de ser uma unanimidade.

Karnal foi simplesmente massacrado nas redes sociais por aparecer ao lado de Moro. A reação do público atingiu tal proporção que Karnal retirou do Facebook a foto infame.