Por Roberto Amaral, em seu blog:
Como explicar, em uma democracia representativa – ainda que autoritária desde o nascimento, como a nossa – a sustentabilidade de um presidente da República rejeitado por 97% da população, ineditismo que se agrava sabendo-se que esse ‘chefe da nação’, sem um só voto popular, assumiu o Executivo a bordo de um golpe de Estado, urdido entre o Poder Legislativo e o STF, e do qual foi um dos pilotos?
Um golpe que, fundado na felonia, teve como principal executante o pluridelinquente Eduardo Cunha, hoje hóspede do sistema penitenciário de Curitiba. Um golpe, sabe-se agora, regado a muito dinheiro posto nas mãos do então presidente da Câmara dos Deputados para o milagre da multiplicação dos votos a favor do impeachment da presidente da República.