sábado, 16 de dezembro de 2017

"PL da Morte" de Alckmin é aprovado

Da Rede Brasil Atual:

O projeto do governador Geraldo Alckmin que trata da renegociação de dívidas do Estado com a União e congela salários dos servidores e investimentos na área social por dois anos (PL 920), foi aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (14), com 46 votos favoráveis e oito contrários. As bancadas do PT, PCdoB e Psol tentaram impedir a aprovação ao se colocar em obstrução, mas oito deputados da base aliada que consignaram votos contra acabaram por favorecer a aprovação do projeto, garantindo quórum (48 votos) para validar o processo.

Marin, Del Nero e as rapinas do Fifagate

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Denunciado por fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o ex-presidente da CBF José Maria Marin reluta em aceitar o fato de não estar mais no Brasil, protegido por uma legislação omissa e por autoridades lenientes com as negociatas da cartolagem. Antes da seleção dos jurados que vão selar o seu destino na Suprema Corte do Brooklyn, em Nova York, o brasileiro tentou algumas cartadas derradeiras.

Argumentou que a corrupção privada não é crime nos países dos réus, e isso deveria ser considerado. Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, e Manuel Burga, da Federação Peruana de Futebol, também são acusados no mesmo processo. Os três são os únicos dos 42 acusados no escândalo de corrupção na Fifa que estão nos Estados Unidos e se declaram inocentes.

Fim da neutralidade de rede vai lhe afetar

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Federal Communication Commission (FCC, uma espécie de Anatel norte-americana) decidiu pelo fim da “neutralidade de rede”. Isso vai mudar radicalmente a sua relação com a internet. quase duas centenas de milhões de brasileiros serão afetados e a produção de conteúdo independente pode simplesmente desaparecer.

Em janeiro, as empresas de telefonia baterão à porta do Ministério das Comunicações de Michel Temer – que está cedendo a tudo e a mais um pouco que o dito “mercado” quer. E quando se fala em “mercado”, fala-se em grandes conglomerados econômicos que querem tirar mais dinheiro do consumidor, entre outros ataques ao interesse coletivo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Temer reduz reajuste do salário mínimo

Do site Vermelho:

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (13) a proposta orçamentária de 2018 (PLN 20/17), a primeira sob a Emenda Constitucional 95, conhecida como teto de gastos. Além da redução dos investimentos públicos para a saúde e educação, por exemplo, o governo reduziu o aumento do salário mínimo para o ano que vem.

O governo Michel Temer já havia reduzido a proposta de aumento do mínimo de R$ 979 para R$ 969 no mês de agosto. Em outubro, revisou o valor para baixo mais uma vez, caindo para R$ 965, valor que foi mantido na votação do Congresso Nacional.

Grande bacanal do pós-impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Esta semana dei uma palestra no encontro da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior). No encontro, a mesma dúvida: qual o prazo de validade do modelo econômico e social que está sendo implementado com a tomada do poder pela organização criminosa liderada por Eduardo Cunha?

Ouso dizer que é curto.

Acompanhe o raciocínio.

Peça 1 - a legitimação de Collor e FHC

Guerra cibernética: novas formas de guerra

Por Leonardo Boff, no site Carta Maior:

Conhecemos as formas clássicas de guerra, primeiro entre exércitos e após Hitler (com a sua “totaler Krieg”= guerra total) de povos contra povos. Inventaram-se bombas nucleares tão potentes que podem destruir toda a vida. Diz-se que eram armas de dissuasão. Não importa. Quem tem, por primeiro a iniciativa, ganha a guerra que duraria poucos minutos. A questão é que ela são tão letais que podem matar a todos, inclusive aqueles primeiros que as lançaram. Viraram armas de espantalho. Mas cuidado, a segurança nunca é total e não é impossível que algumas delas explodam sob a ação de hackers, pondo em risco grande parte da humanidade.

Argentina é uma advertência para o Brasil

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois de duas semanas de encenação, o governo, finalmente assumiu que não tem – até agora – os votos para aprovar a reforma previdenciária.

Dificilmente os terá até o dia 19 de fevereiro, para quando Rodrigo Maia diz ter marcado a votação, data mais que improvável, por ser a do retorno dos deputados a Brasília, após o Carnaval.

Mas as cenas de hoje, na Argentina, quando se tentou fazer o mesmo tipo de arranjo neoliberal, num Congresso cercado de policiais e de manifestantes deve nos lembrar de que, nos anos neoliberais da década de 90, tínhamos a história de que os brasileiros olhavam nossos irmãos portenhos com os olhos que uma propaganda acabou imortalizando: “eu sou você, amanhã”.

Proteger Lula das garras da ditadura

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Antes de qualquer coisa, precisamos colocar os pingos nos is entre nós: não expressa integralmente a verdade dos fatos dizer que Lula foi condenado por Moro a mais de nove anos de prisão sem provas. É bem mais grave: a condenação se deu mesmo com a defesa apresentando fartas provas da inocência de Lula, mostrando documentalmente que o tal triplex jamais lhe pertenceu.

Justiça morosa, justiceiros a jato

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

A justiça brasileira é uma das mais lentas e ineficientes do mundo. A mais recente versão do anuário estatístico Justiça em Números, publicado pelo CNJ, apontou que o País possui 80 milhões de processos sem julgamento. Ainda segundo o órgão, cerca de um terço das pessoas presas estão aguardando julgamento, e não raramente vemos casos de trabalhadores que faleceram sem conseguir seus direitos, que se arrastam por décadas nos tribunais. No entanto, para o julgamento de Lula, líder de todas as pesquisas presidenciais, a justiça bate recorde de celeridade e marca a sentença para janeiro. A justiça continua lenta. A guerra jurídica é que anda rápida.

Bolsonaro e o conservador do Alabama

Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:

Com um discurso muito parecido ao de Jair Bolsonaro – contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os direitos dos gays e anti-imigrantes, especialmente muçulmanos – o juiz conservador Roy Moore conseguiu uma façanha histórica: perder uma eleição para o Senado no estado do Alabama, que está para os republicanos como São Paulo está para os tucanos. Assim como o PSDB governa São Paulo há 24 anos, os republicanos não perdiam uma eleição no Alabama há 25.

Fifa e os quatro fios desencapados da Globo

O que Ronaldinho e Bolsonaro têm em comum?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Notícia esdrúxula do dia: Ronaldinho vai se filiar ao partido de Bolsonaro (atual PEN e futuro Patriota) e concorrerá ao Senado por Minas Gerais.

No meio do teatro do absurdo que virou a política nacional, buscar alguma ordem em meio ao caos é tarefa inglória.

Mas no caso Ronaldinho-Bolsonaro este colunista vai aproveitar seu conhecimento de causa (sou gremista) para apontar o que une a insólita dupla: o oportunismo.

Eleição sem Lula, legitimidade em xeque

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Foi em outubro passado que a oitava turma do TRF-4 começou a pisar no acelerador para garantir celeridade ao julgamento do recurso de Lula contra a condenação de Sergio Moro, exarada em julho. Duas razões impunham a celeridade, comentavam a boca pequena os interessados no impedimento do ex-presidente. Em outubro, pela primeira vez, uma pesquisa do Ibope apontou Lula com cerca de 35% de preferência na disputa presidencial. Era preciso matar a candidatura antes que ele se tornasse francamente favorita, dificultando politicamente a condenação. Depois, era preciso preservar a legitimidade da eleição, que ficaria comprometida por uma condenação muito próxima da data do pleito ou do registro da candidatura. Gilmar Mendes resumiu tudo isso dizendo que o julgamento em janeiro “traz segurança jurídica”. E assim foi marcada a data da degola.

A educação e a reforma trabalhista

Por Luis Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

O ranger das dobradiças quando João Curralo abriu a porta denunciava que há tempos não havia óleo na manutenção dos móveis daquele apartamento castigado.

Boa noite amor!… e dirigiu-se para cumprimentar a esposa com a mesma disposição de um jovem amante – mesmo depois de duas década completadas de relacionamento. E ela, com a mesma reciprocidade adolescente logo depois do carinho correspondeu: Nossa, por que chegou tão tarde?

Tive que esperar um pouco na baldeação, quase peguei o último ônibus porque cheguei tarde no metrô.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Gentili e Bolsonaro, os misóginos punidos

Por Altamiro Borges

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o “humorista” Danilo Gentili têm vários pontos em comum. Foram participantes ativos da cavalgada golpista que depôs Dilma Rousseff e levou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Eles também comungam de várias ideias fascistas, destilando ódio e preconceito em seus respectivos palanques – no parlamento e na mídia. Ambos são racistas, homofóbicos e misóginos – têm aversão às mulheres. Agora, felizmente, eles têm outra coisa em comum. Os dois acabam de ser derrotados pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das principais vítimas destes dois seres patéticos.

Globo demite colunista por criticar a PF

Por Gustavo Aranda, no site Jornalistas Livres:

Depois de fazer duras críticas à Polícia Federal e ao governo de Michel Temer em sua coluna semanal em O Globo, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. ouviu do departamento de RH do jornal que, devido à linha editorial seguida pelo autor, o jornal deixaria de publicar sua coluna. Na publicação ele denunciava outra perseguição do governo Michel Temer, dando nomes aos bois inclusive, que o destituiu de forma traiçoeira do cargo de Vice-Presidente do Banco de Desenvolvimento dos Brics, o qual ajudou a fundar, e depois de servir ao Brasil por mais de 10 anos como representante junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Pressa contra Lula deixa eleição sub judice

Foto: Ricardo Stuckert
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Numa palestra que fiz no final do mês passado sobre cenários para 2018, previ que o pior dos mundos seria termos uma campanha presidencial sub judice, algo que não me lembro de já ter acontecido.

Os fatos dos últimos dias mostram que caminhamos para isso, tal a pressa da Justiça para condenar logo Lula em segunda instância, batendo todos os recordes processuais no Tribunal Federal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre, que já marcou o julgamento para o dia 24 de janeiro.

O juiz federal Leandro Paulsen, que é o revisor do voto do relator João Pedro Gebran Neto, levou apenas seis dias úteis para comunicar que o processo já poderia entrar em pauta.

A luta de classes na era do Uber

Por Marco Antonio Gonsales de Oliveira, Rodrigo Bombonati de Souza Moraes e Rogério de Souza, no site Outras Palavras:

No início do século XX, a Ford inovou as relações de trabalho ao implementar salários melhores e controle ideológico: um modo de produção que combinava a gerência racional e científica aliada a um sistema de remuneração mais agressivo, oferecendo salários acima da média e um conjunto de benefícios até então desconhecidos do mundo industrial.

Uma das expectativas do fundador era que os próprios trabalhadores pudessem comprar os veículos que produziam. Além disso, esses trabalhadores precisavam seguir o perfil desejado pela empresa, o modelo subjetivo proposto por ela. Para tanto, os funcionários da Ford Motor Company deveriam comprovar que seguiam um estilo de vida condizente com a empresa e aprovado por um departamento especializado que examinaria a vida privada dos trabalhadores, impondo valores como fidelidade conjugal, estabilidade familiar e emocional, repulsa ao álcool e à vida boêmia, apego à religião e ao patriotismo.

Lula e a quintessência do regime de exceção

Expocatadores, Brasília, 13/12/17. Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola

A decisão de acelerar o julgamento do ex-presidente Lula em segunda instância é a quintessência do regime de exceção e do terrorismo jurídico instalado no Brasil.

O julgamento do Lula terá um trâmite totalmente excepcional, muito mais rápido que o ritmo normal de julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região [TRF4], que em média consome 14,5 meses para proferir sentenças de segunda instância.

O ex-presidente Lula, todavia, será julgado no tempo recorde de apenas 5 meses. É uma decisão arbitrária que tem motivação exclusivamente política.

EUA ameaçam a liberdade na internet

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

A internet permite, ao menos em tese, que qualquer pessoa possa acessar conteúdos disponíveis na web. A maneira como a rede mundial de computadores é estruturada não permite discriminação com relação aos sites que são acessados ou à linha política que eles adotam.

Esse cenário, no entanto, está ameaçado e pode mudar drasticamente a partir da decisão que a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, FCC na sigla em inglês, vai tomar nesta quinta-feira (14).