sábado, 12 de janeiro de 2019

Golpe da previdência para roubar os pobres

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Como é de domínio público, os banqueiros têm verdadeira obsessão pela reforma da previdência. O motivo mais conhecido é também o mais óbvio: abocanhar o verdadeiro filão que é o mercado da previdência privada, o qual, do ponto de vista do interesse da banca, não deslancha no Brasil devido ao regime geral da previdência social. Destruí-lo, então, é preciso.

Overdose de bolsonarismo em marcha

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Tudo o que podia acontecer de pior já aconteceu, como se podia prever, mas sempre dá para piorar.

Foram só 11 dias até agora, e a rebordosa foi tão grande, que mais parece final do que início de governo.

Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens de gente que não consegue mais dormir com medo do amanhã.

É até difícil catalogar todas as atrocidades e barbaridades já cometidas pelo novo governo, em marcha acelerada de insanidade.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Maduro e as alternativas na Venezuela

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Gleisi Hoffmann fez muito bem em comparecer à posse de Nicolás Maduro, que inicia o segundo mandato de presidente na Venezuela.

Não é preciso, aqui, lembrar as dificuldades de toda natureza - social, econômica, humanitária - que a população daquele país tem enfrentado em anos recentes.

Basta recordar que na origem destes sacrifícios imensos se encontra a guerra sem limites nem intervalos de Washington e aliados contra Hugo Chávez e sua herança desde 2002, quando a população foi às ruas de Caracas para reverter um golpe de Estado encenado pelos magnatas locais - com apoio integral da Casa Branca de George W Bush.

Genro de Léo Pinheiro e a farsa do triplex

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sem Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o processo que levou à condenação e, consequentemente, à prisão do ex-presidente Lula não ficaria de pé.

No processo, o que sustenta a condenação é a declaração de Leo Pinheiro de que haveria um caixa geral da propina na OAS e que, nesse caixa, foi debitado o triplex do Guarujá como propina a Lula.

Não existe nenhuma prova de que Lula fosse o dono do imóvel ou que tivesse usufruído do bem. A família dele não tinha chave e nunca passou uma noite sequer no imóvel.

Não há método na burrice

Por Marcelo Zero

O grande Goethe já nos advertia que “não há nada mais terrível que uma ignorância ativa” (Es ist nichts schreklicher als eine tätige Unwissenheit).

Obviamente, Goethe não teve o prazer de conhecer Bolsonaro e sua preclara equipe de fundamentalistas cristãos e sumidades emergidas das redes sociais.

Se tivesse, teria acrescentado que não há nada mais desastroso que a ignorância ativa que chega ao poder.

Com efeito, mal começou e o governo do capitão exibe a um mundo estarrecido um festival tragicômico de declarações brutais e estapafúrdias e de decisões beócias e cretinas, seguidas invariavelmente por apressados e canhestros desmentidos. Ornamenta esse festival de obtusidades as seguidas desautorizações dos zurros presidenciais.

Qual o modelo de governo de Bolsonaro?

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, em seu site:

É muito cedo para uma interpretação segura do que será o governo Bolsonaro, mas seus primeiros dias no posto, em especial com as questões da redução da idade mínima para a aposentadoria e da extensão das novas privatizações (rejeitadas pela população, segundo o Datafolha), confirmam minhas dúvidas. Que talvez possam ser mais bem entendidas se considerarmos as possíveis formas de governo.

No Brasil as alternativas são ou governos neoliberais, como foram os governos Temer, Cardoso e Collor, ou governos desenvolvimentistas, que defendem uma intervenção moderada do Estado na economia e o nacionalismo econômico, como foram os governos populistas de centro-esquerda do PT.

Maduro e quem faz coro com a direita

Por Gilberto Maringoni

Nicolás Maduro toma posse hoje em seu segundo mandato na presidência da Venezuela. O país vive uma gravíssima crise econômica e humanitária. Dos 32 milhões de habitantes, cerca de 1,9 milhão teriam saído do país desde 2015.

O desemprego atinge quase um terço da população economicamente ativa e a inflação pode alcançar 1 milhão por cento neste ano.

Apesar de indicadores para lá de preocupantes, não há neles motivos para se contestar a legitimidade de Maduro ou para chama-lo de ditador.

Damares Alves, bode expiatório de Bolsonaro

Por Olívia Santana, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A ideologia machista e misógina, que o movimento feminista e o público mais consciente vêm combatendo ao longo da história, foi elevada ao patamar de bandeira na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Seu ministério tem apenas três mulheres. Uma delas, a ministra Damares Alves, tornou-se o bode expiatório do Planalto, a mais achincalhada entre todos da equipe, por suas declarações bizarras no campo dos costumes.

Fake news fazem (muito) mal para a saúde

Da revista CartaCapital:

A especialista em marketing digital francesa Caroline Faillet, autora do livro “Décoder l’info – Comment Décrypter les fake news?” (“Decodificando as informações, como destrinchar as fake news?”, em tradução livre), explica como artigos científicos pouco embasados e algumas vezes publicados em sites renomados, podem representar um risco para a saúde dos pacientes.

Base militar dos EUA e o poder de generais

Por Renato Rovai, em seu blog:

Uma nota publicada hoje na Folha de S. Paulo, assinada pelo jornalista Igor Gielow, traz os bastidores do recuo do presidente Bolsonaro em relação à instalação de uma base americana em território nacional.

Bolsonaro depois de eleito havia oferecido publicamente aos EUA esse privilégio estratégico que transformaria o Brasil definitivamente em colônia Miameira.

Previdência de militares divide governo

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

A reforma da previdência, prometida pela equipe econômica do governo federal, deve ser objeto de disputa por parte de grupos que apoiam o governo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que a reforma não abra exceções. No entanto, a exemplo da discussão sobre previdência durante o governo Temer, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, sinalizou que para os militares deve haver discussão em separado.

A pequena burguesia deu um tiro no pé!

Por Altamiro Borges

Três notinhas publicadas pela mídia corporativa nesta semana deveriam servir de alerta à egoísta e tacanha pequena burguesia, também chamada de classe média, que é composta por microempresários, profissionais liberais, empreendedores e outros resíduos capitalistas. Trajando camisetas amarelas da CBF e carregando os patinhos da Fiesp, ela foi às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff, sendo usada como marionete no golpe dos corruptos que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Na sequência, manipulada pela escandalização midiática da política, ela foi decisiva para a vitória do ultradireitista Jair Bolsonaro. Aos poucos, porém, ela sente que deu um tiro no pé. O golpe e a ascensão fascista não serviram para melhorar sua vida – já que ela nunca esteve de fato preocupada com a corrupção e com o Brasil. E a tendência é da situação piorar!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A primeira baixa no bordel de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Em apenas 10 dias de existência, o governo Jair Bolsonaro já se mostra uma verdadeira bagunça – uma zona. Ele reúne o que há de pior na política: milicos rancorosos, corruptos velhacos, fanáticos religiosos e malucos fascistas. Nesta quarta categoria encontra-se Ernesto Araújo, o novo ministro das Relações Exteriores. Da cota do astrólogo-lunático Olavo de Carvalho, ele só obra besteiras – sempre em nome de Deus. Com suas declarações raivosas, o chanceler isola o Brasil no mundo e prejudica inclusive suas relações comerciais – com suas “guerras santas” à China, ao Mercosul e aos países árabes. Ele também é um incompetente, segundo boatos que circulam no Itamaraty. De concreto, Ernesto Araújo já é o responsável pela primeira baixa no bordel de Jair Bolsonaro.

Filho de Mourão e o irmão de José Alencar

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Cada grupo de interesse pegou um pedaço, uma teta, sempre perguntando o que podia tirar. Nosso grupo tem outra mentalidade” (Paulo Guedes, ministro da Economia, ao dar posse a presidentes de bancos públicos no Palácio do Planalto).

No mesmo dia, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, promoveu e triplicou o salário do funcionário Antônio Hamilton Rossell Mourão, que passou a ganhar R$ 36,3 mil por mês.

Rossell Mourão vem a ser filho do general Hamilton Mourão, que tomou posse na vice-presidência da República oito dias antes.

YouTube virou um celeiro da direita radical

Por Yasodara Córdova, no site The Intercept-Brasil:

Resolvi fazer um experimento. Com um navegador recém instalado, abri o YouTube e cliquei em um vídeo sobre as máquinas de forjamento de martelo mais rápidas e pesadas que existem. Deixei o sistema rodar mais 13 vídeos na sequência, assistindo aos vídeos, sem deixar likes ou fazer login. A ideia era ver quais eram as sugestões que o YouTube recomendava depois do primeiro.

Após passar por vídeos de halterofilismo, corte de árvores e muitos anúncios de ferramentas pesadas, equipamentos e carne para churrasco e outros, o YouTube me recomendou um vídeo sobre como fazer munição para uma arma semi-automática.


A Venezuela e sua batalha por soberania

Por Elaine Tavares, no site Jornalistas Livres:

Nicolás Maduro começa hoje seu segundo mandato na presidência na Venezuela, depois de vencer as eleições gerais em maio do ano passado com 70% dos votos. A mídia brasileira tem dado destaque ao discurso da oposição venezuelana, que alega não ser legítima essa posse. Ora, e por que não é legítima? Porque os Estados Unidos assim decidiram e os seus aliados dentro da Venezuela seguem a receita.

Os jornalistas lacradores de Twitter

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

É curioso esse novo mercado que se desenvolveu com as redes sociais. Criou-se uma nova linguagem, especialmente para os embates pelo Twitter. Consiste em frases curtas, taxativas, geralmente agressivas, utilizando os mitos das redes sociais, sem nenhuma preocupação com a veracidade ou com a interpretação dos fatos. Visa exclusivamente “lacrar” – o termo que a rapaziada dá aos posts que “liquidam” com adversários.

A perseguição às rádios comunitárias

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No apagar das luzes, Michel Temer assinou um decreto extinguindo e suspendendo cerca de 130 rádios comunitárias de diversas partes do Brasil. Entidades que defendem essas rádios julgam o decreto uma arbitrariedade e um retrocesso na democratização da mídia. "Tomar a decisão de publicar uma portaria, no último dia do ano, extinguindo e cassando a concessão de 130 rádios em todo o Brasil, sem nenhum diálogo, demonstra que o tratamento que o Estado dá às rádios comunitárias e às rádios comerciais é totalmente diferente", afirma Renata Mielli, Secretária-Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em entrevista à TVT.

Bolsonaro corre atrás de médicos cubanos

Da Rede Brasil Atual:

Após declarações ofensivas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que levaram o governo de Cuba a chamar de volta mais de 8 mil médicos que atuavam no Brasil pelo programa Mais Médicos, o governo decidiu pedir ajuda aos cubanos. A pediatra Mayra Pinheiro, que atua na pasta da Saúde de Bolsonaro, enviou mensagens amigáveis aos cubanos que ficaram no Brasil orientando que preencham formulários e participem de cursos preparatórios para submetê-los a uma prova, o Revalida. Na mensagem, Mayra – que ficou famosa depois de uma foto sua hostilizando cubanos ganhar as redes e vai coordenar o programa que substituirá o Mais Médicos – chama os cubanos de "colegas" e "irmãos" e afirma que o programa continuará com outro nome: "Mais Saúde".

O time de Bolsonaro está em campo

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Com as energias renovadas, Carta Maior retoma suas atividades neste 2019, um dos mais imprevisíveis anos da nossa história recente. Na tentativa de desvendar o improvável, nada melhor do que analisar a escalação do time do presidente recém empossado, do seu esquema de jogo e objetivos em campo.

De forma geral, o Brasil terá vinte e poucos ministérios, bem além dos 15 prometidos em campanha, em torno de quatro forças principais: a militar, a de Moro, a de Guedes e a dos parlamentares de direita e extrema-direita, incluindo também, os filhos do presidente empossado.