sábado, 2 de março de 2019

No país da mentira e da canalhice

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                                 
Já tinha colocado um ponto final neste texto, quando tomei conhecimento da terrível tragédia que foi a morte do pequeno Arthur, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula. Mais um duro golpe para um homem que só fez o bem em 72 anos de vida. Em meio à comoção e às manifestações de afeto e solidariedade a Lula e à sua família, surgem nas redes sociais pessoas comemorando o falecimento de uma criança de 7 anos e atacando Lula num dia de imensa dor. Nenhuma surpresa, pois o bolsonarismo reúne os seres mais abjetos e repugnantes que se possa imaginar. Nada têm de humanos, são monstros que brotaram da escuridão para destilar ódio por todos os poros. São do nível dos torturadores que eles defendem.

Os militares e o governo Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

De um empresário líder de classe em São Paulo, com bom conhecimento da área militar.

No início havia esperança de que os militantes da reserva, que subiram com Jair Bolsonaro, pudessem enquadrá-lo.

Isso não ocorreu. A grande esperança seria o general Augusto Heleno, tido como de boa formação. Depois, constatou-se que ele é apenas um boa praça, cordato, doce, mas sem disposição de liderar ou dar ordens.

Nathalia Queiroz nunca pisou na Câmara

Por Amanda Audi, no site The Intercept-Brasil:

Um crachá, parece pouco, mas, para entrar na Câmara dos Deputados, o plástico pendurado no pescoço é essencial. Quem não é funcionário nem credenciado (como os jornalistas, por exemplo) não escapa de um burocrático registro que exige entregar um documento e tirar uma fotografia antes de ganhar o acesso como visitante. Nathalia Queiroz, segundo Jair Bolsonaro, era funcionária de seu gabinete de deputado federal, mas nunca teve o crachá. Ela também não tinha vaga de garagem no prédio e nem mesmo consta dos registros de visitantes da Câmara, como mostram documentos obtidos com exclusividade pelo Intercept.

Arthur: um mártir no Brasil dos Bolsonaros

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Lula em velório é larápio posando de coitado”, blasfemou a abominável figura de Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do capitão, eleito deputado federal pelo PSL em São Paulo, com votação recorde.

De larápios, o filho Zero Três deve entender bastante, pois vive cercado deles nos laranjais dos gabinetes bolsonarianos, frequentados também por milicianos cariocas homenageados pela família.

Como se fosse um desses milicianos perigosos, Lula chegou ao velório do neto Arthur, de sete anos, escoltado por policiais federais com armas de grosso calibre.

Uma nova desumanidade contra Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Antropólogos nos descrevem como um povo emotivo, com dificuldade para tomar decisões racionais neste mundo de tantas tragédias e tantas tristezas. Correta ou não, baseada em preconceitos ou em nosso complexo de vira-lata, somos um país de chorões de alma sofrida, que não resistem a um dramalhão. Mas agora chegamos a um limite.

Se Lula for impedido de velar o neto Arthur, partilhar a dor com os pais, irmãos, tios e tias de uma família que convive há tanto com a dor e o sofrimento de tantas pessoas próximas, é bom avisar que esse povo pacífico, amoroso e bem comportado, vai acabar perdendo a cabeça.

O netinho de Lula e o ódio fascista

Por Altamiro Borges

Qualquer ser humano com um mínimo de dignidade ficou triste e abatido com a morte prematura do menino Arthur Araújo, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula. Mas os fascistas, os que cultivam o ódio e a violência, não são seres humanos. Não dá nem para chamá-los de vermes, já que estes têm função na natureza. Cínicos, eles berram “Deus acima de todos”. No fundo, eles veneram o demônio, a morte. Para estes psicopatas deveria servir a lição do Papa Francisco: “Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo”. Em vida, esses milicianos laranjas deveriam pagar por seus crimes. No poder, Hitler e Mussolini festejaram a morte de milhões de pessoas indefesas. Ao final, eles foram devidamente punidos!


sexta-feira, 1 de março de 2019

Lalo Leal lança 'A mídia descontrolada'

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 13 de março de 2019, à partir das 18h30, a unidade da Livraria da Vila situada na Rua Fradique Coutinho (915), em São Paulo, sedia o lançamento do novo livro de Laurindo Leal Filho, o Lalo: "A mídia descontrolada - Episódios da luta contra o pensamento único", lançado pelo selo do Barão de Itararé.

Compareça, adquira a sua cópia e bata um papo com o Lalo. A atividade inaugura o calendário do Barão em 2019 e a entrada é franca.

A guerra nada folclórica de Damares Alves

Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:

O avanço das agendas conservadores e de extrema direita é uma onda global de reação, entre outras motivações, ao crescente protagonismo de discursos e práticas que questionam modelos tradicionais de família. Será que pensávamos que iríamos teorizar e atuar em torno de questões centrais que sustentam a família e não haveria reação globalizada? Quem acreditou que tínhamos acumulado conquistas suficientes e que estávamos em outro patamar das disputas por reconhecimento, talvez faça uma leitura da história numa perspectiva evolucionista.

Venezuela não vive uma calamidade pública

Por Renato Rovai, em seu blog:

Se você comparar a qualidade de vida do cidadão médio na Venezuela com a de um alemão, é como se o primeiro vivesse no inferno. Mas, se por outro lado você vier a compará-la com a de um egípcio, queniano ou indiano, é como se ele vivesse no céu.

A Venezuela vive uma aguda crise econômica e a fake news da vez é que está em calamidade pública e precisa de ajuda humanitária.

Como se sabe, Caracas é a capital do país e, com aproximadamente 5 milhões de habitantes, concentra boa parte da classe alta da nação e também imensos bolsões de pobreza.

Maduro pôs fim a uma farsa na Venezuela

Moro desmente o 'Jairzinho Paz e Amor'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Passando na peneira, vê-se que o episódio de desmoralização de Sérgio Moro – perdoe-se o trocadilho – acontecido ontem com a “desnomeação” de uma suplente de conselheira do Ministério da Justiça tem a mesma substância do que havia sido recém superado, o da ofensa pública ao então ministro Gustavo Bebianno.

Em ambos, não havia prejuízo algum em que Jair Bolsonaro seguisse a velha regra da política de deixar que os problemas amadureçam nas árvores para só depois derrubá-los a vara.

Carnaval como forma de protesto político

Por Alexandre Putti, na revista CartaCapital:

“Eu quero é botar meu bloco na rua. Gingar, pra dar e vender.” Quando Sérgio Sampaio compôs essa música, em 1976, com alto teor político embutido, não imaginou que quarenta e três anos depois o Carnaval se tornaria, ele mesmo, um ato político.

Essa transformação da festa popular não surgiu agora. O Carnaval de rua vem ganhando força – não necessariamente política – nos últimos anos, principalmente nas grandes capitais. Em São Paulo, por exemplo, o aumento foi de mais de 60% em relação ao ano passado. Maior crescimento comparado com outras cidades.

E se Bolsonaro não entregar a Previdência?

Bolsonaro elogia ditador pedófilo

Bolsonaro completa dois meses de ameaças

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Na tarde de uma quinta-feira (14 de fevereiro), o presidente Jair Bolsonaro comandou uma reunião sobre a reforma da Previdência usando uma camisa do Palmeiras falsificada, dessas que se compram até por R$ 10 numa banca à porta do estádio.

Depois, junto com sua equipe, incluindo o "superministro" Paulo Guedes (Economia), posou para uma "foto oficial", desta vez vestindo chinelos, uma calça talvez de náilon e um paletó sobre a mesma camiseta verde-limão, em frente a um quadro do consagrado artista brasileiro (e que foi comunista) Di Cavalcanti.

Como os bilionários se tornam bilionários

Por James Petras, no site Carta Maior:

Neste ensaio, discutiremos as raízes socioeconômicas das desigualdades e a relação entre a concentração da riqueza e a mobilidade descendente das classes trabalhadoras e assalariadas.

Como os bilionários se tornam bilionários

Ao contrário da propaganda promovida pela imprensa de negócios, entre 67% e 72% das corporações tinham zero obrigações tributárias após créditos e isenções … enquanto seus trabalhadores e empregados pagavam entre 25% a 30% em impostos. A taxa para a minoria de corporações, que pagou qualquer imposto, foi de 14%.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sergio Moro e o uso político da justiça

Por Gaspard Estrada e William Bourdon, no site Vermelho:

O juiz que conduziu a operação Lava Jato e é hoje ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, apresentou seu plano de combate ao crime e corrupção ao Congresso Nacional na terça-feira (19). Foi uma coincidência que, no dia anterior, o presidente Bolsonaro demitiu Gustavo Bebianno, seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

O novo governo tomou posse há nove semanas e um alto funcionário já caiu por envolvimento em um escândalo de corrupção. Não indica nada de bom para Bolsonaro, que chegou à presidência com uma campanha contra a corrupção

Previdência: Uma reforma iníqua

Por Ricardo Carneiro, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Talvez fosse uma esperança vã imaginar que operadores do mercado financeiro do quilate dos que hoje comandam a economia brasileira seriam capazes de pensar políticas sociais que, de fato, contribuíssem para a redução da desigualdade, ou pelo menos, para não agravá-la. A reforma da Previdência, necessária por conta da transição demográfica e, por que não dizer, para suprimir alguns privilégios, seria um momento crucial para avançar nesta direção. Todavia, a julgar pela proposta encaminhada ao Congresso pela dupla Guedes-Bolsonaro, o sentido é o inverso. Mesmo que se reconheça que a proposta enfrenta alguns privilégios – os de parcela dos funcionários públicos, exclusive os militares –, é forçoso também concluir que a maior parte da conta será paga pelos setores mais vulneráveis da sociedade: idosos pobres, trabalhadores rurais, trabalhadores urbanos de baixa qualificação e renda e pensionistas de todos os gêneros.

O que esperar do STF no governo Bolsonaro?

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Durante a campanha eleitoral de 2018, o vídeo vazado de um dos filhos de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, comentando a possibilidade de fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) com apenas “um soldado e um cabo”, causou desconforto entre os integrantes da Corte.

O atual presidente da mais alta instância do Judiciário, Dias Toffoli, tem falando em “pacto nacional em defesa das reformas”, como a da Previdência, e a retirada da Corte das discussões “políticas”. Ao mesmo tempo, pautou o julgamento, ainda em curso, sobre a criminalização da homofobia, tema que desagrada um dos pilares de sustentação político-ideológica de Bolsonaro: a bancada do fundamentalismo cristão.

O que os militares querem?

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Não é de hoje que os militares representam uma força relevante no plano político nacional. Na história do Brasil , as Forças Armadas foram protagonistas nos momentos de crise institucional, sempre promovendo uma pacificação conservadora, violenta e autoritária.

Isso não quer dizer que nessas experiências históricas os militares tenham tido completo controle da situação, que não tenham negociado ou dividido poder com os políticos civis. Erram os que acreditam que os militares têm poder absoluto. Erram também aqueles que acham que quando atuam na política as Forças Armadas são simples marionetes manipuladas pelas elites políticas civis. Aqui, como acontece quase sempre, o ideal está no meio termo.