sábado, 6 de abril de 2019

Quem paga os robôs do bolsonarismo?

Por Altamiro Borges

Na avalanche de fake news que estimulam o ódio nas redes sociais, o bolsonarismo não conta apenas com milicianos de carne e osso. Como já se suspeitava, boa parte das postagens criminosas é disparada por “robôs”. Isto acaba de ser comprovado por um estudo feito pela Universidade de Indiana (EUA). O que não se sabe ainda é quem banca esse lixo virtual. Uma averiguação mais rigorosa até poderia resultar em processos judiciais e na prisão dos financiadores desses crimes. Mas é bom não nutrir ilusões. Nas eleições do ano passado, empresários picaretas – como os donos da Riachuelo e da Havan – financiaram disparos milionários e ilegais no WhatsApp em favor do presidenciável fascista do PSL. Mas nada foi feito até hoje contra esses jagunços virtuais.

Boçalidade fez do Brasil uma republiqueta

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Acompanhar a política brasileira é tão legal quanto passear num lixão atômico (…) Além do empobrecimento material, a contaminação envenena a cultura. Cinema, música, literatura e artes plásticas andam entorpecidos. Silêncio e renúncia são subprodutos da ruína atômica que Brasília erige” (Mario Sergio Conti, na Folha).

Foi tudo muito rápido.

Num outro sábado, um ano atrás, Lula era carregado pela multidão em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde tudo começou.

No mesmo dia, foi levado pela Polícia Federal para a cadeia de Sergio Moro em Curitiba.

1964 foi golpe, 2016 também

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Ninguém gosta de trazer a palavra “golpista” escrita na testa. É feio, não pega bem. Por isso, as experiências de ruptura políticas sempre têm sua memória disputada. Os que tomaram o poder se dizem “revolucionários”, ou “defensores da lei, da ordem e do interesse público”.

Ninguém aqui vai duvidar que “revolucionário” e “defensor da lei” soam aos ouvidos bem melhor que “golpista”. Já os que foram derrubados produzem outra memória e gritam “golpistas”, com o dedo em riste.

É necessário estabelecer um critério capaz de definir com mais rigor se uma determinada experiência de ruptura política pode mesmo ser definida como um golpe de Estado. É isso que tento fazer neste texto, em um exercício de síntese histórica.

Moro e Guedes, o sem lei e o sem planilhas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As discussões sobre tigres e tchutchucas serviram apenas para Paulo Guedes encontrar o álibi para se retirar da Comissão de Constituição e Justiça.

O ponto central da sabatina é óbvio: Guedes não apresentou em nenhum momento os microdados nos quais se baseou para sua proposta de reforma da Previdência. Em nenhum regime democrático e minimamente racional, toma-se decisão de tal natureza sem abrir os números. É o mínimo que se espera. Guedes continuou chutando estatísticas sem abrir os números.

Trump, Bolsonaro e os perigos da atualidade

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

A vi­sita de Bol­so­naro a Trump ilu­minou com maior ni­tidez seu pro­jeto es­tra­té­gico de trans­formar o Brasil numa se­mi­colônia dos Es­tados Unidos. Não se trata apenas de su­bor­dinar as cor­rentes brasileiras de co­mércio aos in­te­resses norte-ame­ri­canos. Trata-se de abrir to­tal­mente as portas do Brasil à ação pre­da­tória das em­presas ca­pi­ta­listas norte-ame­ri­canas, in­cluindo a cessão de ter­ri­tó­rios e de áreas tec­no­ló­gicas es­tra­té­gicas, a exemplo da base de lan­ça­mento de fo­guetes de Al­cân­tara.

As políticas para gerar inclusão na cultura

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Em cidades de grande e médio porte são consideráveis as atrações artísticas com entrada gratuita. Exposições em museus, rodas de conversa em bibliotecas, sessões de exibição de filme, feiras de artesanato, oficinas, shows musicais, entre outras atividades – promovidas pelo poder público ou por instituições do terceiro setor – representam possibilidade de acesso da população mais pobre a bens culturais.

Chilenos se revoltam contra capitalização

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Em dia 31 de março, os chilenos foram mais uma vez às ruas de diversas cidades protestar contra o sistema de aposentadorias implantado no país pelo ditador Augusto Pinochet e que vem deixando os idosos em situação de penúria.

Por conta do sistema de capitalização imposto a mão de ferro em 1981, cada trabalhador chileno é obrigado a depositar de 10% a 15% de seu salário em uma conta particular que fica sob gestão de um dos cinco fundos privados de previdência (chamados lá de Administradoras de Fondos de Pensiones - AFP).

O infame complexo de vira-lata

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

Como você, leitor(a), acompanho horrorizado o que acontece no nosso país nos meses recentes. (Dou de barato que não há nenhum bolsominion extraviado nesta página.) Não se pode falar em surpresa, claro. O candidato vitorioso nas eleições não escondeu as suas inclinações. Aqui mesmo na CartaCapital, antes do primeiro turno, escrevi que o eleitor brasileiro se defrontaria no segundo turno com a escolha entre civilização e barbárie. Mas uma coisa é proclamar a disjuntiva (sem realmente acreditar que a barbárie venceria), outra completamente diferente é ver a barbárie em ação.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Repercussão da viagem de Bolsonaro a Israel

Lava-Jato é acusada de formação de quadrilha

Da Rede Brasil Atual:

Ao lembrar que no próximo domingo (7) se completa um ano da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e começa a Jornada Lula Livre, a deputada federal Gleisi Hoffmann(PT-PR) fez um duro discurso na tribuna da Câmara no final da manhã de hoje (4). Ela acusou os membros da Operação Lava Jato de incorrer em quatro crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa.

Trump vai mandar em Alcântara

Atos no Brasil e no mundo por Lula Livre

O Evangelho segundo Bolsonaro

Por Clarisse Meireles, no site Carta Maior:

Cinco meses após o segundo turno das eleições presidenciais que garantiram a vitória de Jair Bolsonaro, boa parte do país e muitos observadores estrangeiros permanecem em estado de espanto diante da escolha de 57,7 milhões de brasileiros.

Entre os muitos fatores que explicam a eleição de Bolsonaro, talvez um dos menos explorados ainda seja o papel do eleitor evangélico que, segundo o diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, acabou decidindo as eleições – especialmente as mulheres evangélicas.

STF fechou para balanço

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao retirar o debate sobre o transito em julgado, que se encontrava na pauta de quarta-feira, 10, para data incerta e não sabida, o presidente do STF Dias Toffoli escancarou uma realidade que permanecia escondida. Em vez de assumir a função de zelar pelo cumprimento da Constituição, sua função maior, nossa Suprema corte preferiu esconder-se em vez de assumir suas responsabilidades perante o país.

As explicações para uma decisão tão desastrada aguardam uma investigação que, possivelmente, ficará a cargo dos historiadores. Os rumores envolvem fatos tão graves e inaceitáveis que não é conveniente especular a respeito.

Bolsonaro aprendeu fake news com a mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O jornalismo de guerra da mídia monopolista contra o governo de Dilma Rousseff, que culminou no impeachment sem crime, fez com que a mentira e canalhice se impusessem como instrumentos de ação política prioritários dos conservadores nativos.

Poucos anos antes aparecera a luz no fim do túnel para a burguesia antidemocrática. A farsa do mensalão, a reunir em torno do mesmo projeto imprensa, Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário, mais especificamente o STF, mostrara a saída para interromper a hegemonia petista: a politização das instituições da República e a adoção da tática do ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, segundo a qual mentiras repetidas um milhão de vezes transformam-se em verdades.

Maia e Bancada do Boi endurecem o jogo

Do blog Nocaute:

Enquanto ruralistas perdem a paciência com tuíte de Flávio Bolsonaro, provocando o grupo islâmico Hamas, Rodrigo Maia avisou que o projeto de reforma tributária já está sendo costurado na Casa entre ele, líderes da Câmara, parlamentares da base aliada e com o economista Bernard Appy: “O governo será ouvido, mas o texto a ser discutido é o de Appy e Hauly – e não o de Marcos Cintra”.

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), teve um embate ontem, terça-feira (2), com os líderes do governo no Congresso e na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP) e Vitor Hugo (PSL-GO). Ao passar pelos dois, no cafezinho da Câmara, o deputado expôs sua revolta com uma mensagem nas redes sociais postada por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), em que ele respondia a nota de repúdio do grupo Hamas à abertura de um escritório de negócios pelo governo brasileiro em Jerusalém.

Beija-mão de Bolsonaro não afeta partidos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nas três primeiras das audiências em série dadas por Jair Bolsonaro aos presidentes e líderes partidários estes saíram do mesmo jeito que entraram: sem fechar apoio à reforma da Previdência e sem cargos no governo. Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin mantiveram a oposição às mudanças no Benefício de Prestação Continuada e na aposentadoria rural e o último deixou antever que querem mudanças na regra de transição.

OTAN é uma declaração de guerra total

Por Moara Crivelente, no site Vermelho:

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) faz 70 anos em 4 de abril. Após a catástrofe da Segunda Guerra Mundial, os princípios essenciais à construção da paz consolidaram-se na Carta das Nações Unidas. Entretanto, a OTAN edificou-se como motor da guerra das potências ocidentais contra o Comunismo. Finda a Guerra Fria, o bloco não só sobrevive, mas se expande promovendo a militarização global, ameaças e agressões. Sua presença na América Latina reforça o alerta.

Bolsonaro já é rejeitado pela maioria

Por Eduardo Guimarães, em seu blog:

Confirmou-se mais uma previsão sobre Bolsonaro. Nova pesquisa Atlas informa que a rejeição ao seu governo (ruim e péssimo) ultrapassou a aprovação (bom é ótimo). É a terceira pesquisa consecutiva a mostrar forte queda da aprovação ao governo Bolsonaro, mas a primeira a mostrar rejeição maior que aprovação. Começou o inferno astral do governo fascista.

No mês passado, as pesquisas Ibope e XP/Ipespe já revelavam forte queda de Bolsonaro, de 15 pontos percentuais de janeiro para cá.



Desconstrução do Brasil corre a galope

Charge: André Dahmer - malvados
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Jair Bolsonaro está cumprindo o que prometeu: a desconstrução do Brasil segue em ritmo desembestado.

Parece que o país foi invadido por um exército de extermínio para não deixar pedra sobre pedra.

Num dos seus primeiros gestos de insanidade, o capitão alucinado expulsou do país os médicos cubanos porque eram comunistas (de direita ou de esquerda?).

Manchete da Folha desta quinta-feira conta o que aconteceu depois da invasão dos vândalos em Brasília:

“Em três meses, Mais Médicos tem 1.052 desistências após saída de cubanos”.