terça-feira, 9 de abril de 2019

Generais pressionam Bolsonaro. Conspiração?

Charge: Jefferson Portela
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro voltou de Israel, onde declarou que “não há dúvida” de que o nazismo era de esquerda, notável exibição mundial de falta de superego, e depois foi seu vice quem saiu, para os Estados Unidos. Hamilton Mourão foi se encontrar, em Washington, com Mike Pence, o vice de Donald Trump, e participar na Universidade Harvard, em Boston, de uma conferência anual sobre o Brasil, organizada por alunos nascidos aqui. Na capital americana fará também uma palestra, nesta terça-feira 9, no Wilson Center, um think tank comandado por um brasileiro, o jornalista Paulo Sotero. “Os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro têm sido marcados pela paralisia política, em larga medida devido às sucessivas crises geradas pelo círculo mais próximo do próprio presidente, se não por ele mesmo”, diz o convite do think tank aos interessados em ouvir o general. “No meio da barulheira política, o vice-presidente Hamilton Mourão tem emergido como uma voz de razão e moderação, capaz de prover direção em assuntos domésticos e de política externa.”

Educação sai da 'anomia' para entrar no 'caos'

Da Rede Brasil Atual:

O perfil do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, na opinião de especialistas consultados pela reportagem de Cosmo Silva, na Rádio Brasil Atual, comprova que o governo Bolsonaro não tem um projeto para atender às demandas educacionais do país. Em pouco mais de três meses de gestão, o MEC coleciona dezenas de exonerações de cargos na administração, além de esta ser a segunda mudança no primeiro escalão do governo.

Bolsonaro manda seus recados

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É muito raro que ocorram, na política, movimentos sem consequência.

Ontem, Jair Bolsonaro fez vários, todos na mesma direção e, certamente, haverá quem os leia com seu efetivo significado.

O primeiro, na substituição do insustentável Ricardo Vélez, em que poderia ter apontado para uma abertura para fora do círculo estreito do bolsonarismo mais radical. Não o fez, manteve a extrema-direita no controle da pasta, sossegou o olavismo e o liberou para continuar fustigando os militares. Ontem, Olavo de Carvalho recebeu Marco Feliciano, que ameaça pedir o impeachment de Hamílton Mourão por “traição” a Bolsonaro.

MEC é um retrato da esbornia fascista

Por Reginaldo Moraes

Faz algum tempo comentei que o que acontece no MEC é mais ou menos o retrato do "projeto" do Bozo para o Brasil. Criar o caos, desmanchar, para entregar ao patrão.
 
Só pode ser. Esses caras (e seus patrocinadores, não esqueçamos) estão criando uma situação de ponto sem retorno. Sem chance de mediação. Um perigo mortal. E não é metáfora. São kamikases da ultradireita.

Quando a popularidade do presidente desaba, a aposta de suas falanges mais extremistas é dobrar a aposta, piorar o quadro para dentro dele sobreviver, como ratos sobrevivem no lixo e nos prédios bombardeados. 

Por que o Brasil está caindo aos pedaços?

Charge: Cartoonist Ralfo
Por Artur Araújo, no site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:

Não só o noticiário mais recente – viadutos e pontes que “se movem”, Brumadinho soterrando multidão, incêndios em prédios abandonados e ocupados – mas o dia a dia das construções e equipamentos no Brasil é um rol de problemas em curso ou por ocorrer.

Escolas com telhados prestes a cair, infiltrações e vazamentos em hospitais e postos de saúde, estradas e ruas esburacadas, semáforos que apagam na chuva como se fossem lamparinas, a relação é infinda e angustiante. E não é só fruto de alguma incúria exclusivamente estatal, porque Mariana e as demais barragens de rejeitos de mineração são bem privadas e boa parte das rodovias está concessionada a empresários, para nos atermos a dois casos mais conhecidos.

O Brasil está descendo a ladeira

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

Todo dia passamos vergonha com os desmandos do governo. O destaque desse desfile de sandices cabe ao presidente e seus três patetas, os três ministros “medievais” – Relações Exteriores, Direitos Humanos e Educação, este último recém demitido e substituído por um executivo do mercado financeiro. O carro chefe do desfile é o projeto neoliberal que tenta se impor tendo como abre alas a reforma da Previdência. Mas a cereja do bolo são as consequências políticas desastrosas das viagens internacionais do presidente.

Doria veta feira do MST

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Mais obscurantismo no Ministério da Educação

Editorial do site Vermelho:

A troca de ministros da Educação pelo presidente Jair Bolsonaro, substituindo Ricardo Vélez Rodríguez por Abraham Weintraub, é mais de forma do que de conteúdo. Na essência, prevalece o discurso do bolsonarismo, a pregação falaciosa de que o “comunismo” e o “marxismo cultural” se apossaram das universidades e das escolas em geral. São dois estilos: sai o obtuso Rodríguez, que com suas diatribes e atitudes tresloucadas paralisou a educação, e entra o trêfego Weintraub.

Bolsonaro balança mas não vai cair

"Cidadão de bem" ameaça repórter da Globo

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

Formado em Direito e Jornalismo, Erik Procópio é um autêntico “cidadão de bem”. Eleitor de Jair Bolsonaro e fã do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, usa as redes sociais para disseminar ódio e ofender políticos adversários, especialmente filiados ao Partido dos Trabalhadores.

No domingo (7), Procópio usou o twitter para ameaçar de morte o repórter da Rede Globo Carlos Delannoy, autor de uma reportagem no programa Fantástico sobre o fuzilamento de um músico no Rio de Janeiro por soldados do Exército. O veículo em que Evaldo dos Santos Rosa estava com a família foi alvejado por cerca de 80 tiros, no bairro de Guadalupe, zona Oeste do Rio.

Golpe da Previdência prejudica municípios

Por Ary Vanazzi

A Associação Brasileira de Municípios (ABM) está preocupada com os impactos negativos da Reforma da Previdência, nos termos que está sendo colocada pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta está tramitando no Congresso Nacional e os gestores municipais precisam estar cientes dos problemas que advirão com esta reforma. A nossa entidade está atenta e já posicionou-se contra. Aliás, a única entidade nacional municipalista que está lutando contra o projeto.

Lula Livre sintetiza a luta pela democracia

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Qualquer abordagem sobre o quadro político nacional hoje estará fora de foco, será incompleta e unilateral se não considerar o significado essencial da luta pela libertação do presidente Lula do encarceramento a que está injustamente condenado.

A bandeira Lula Livre expressa com toda a clareza e contundência o contraste com o regime de extrema-direita, diretamente comandado pelas Forças Armadas, na linha direta de continuidade com o golpe parlamentar e judiciário de 2016.

A rigor, a bandeira de resistência democrática em torno da gigantesca figura de Lula já havia prevalecido no movimento democrático e popular mesmo antes de sua prisão, desde a pré-campanha das eleições presidenciais, em 2017 e 2018 e no período em que, já encarcerado, o ex-presidente foi oficialmente proclamado candidato.

Nazistas brasileiros veneram Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Jair Bolsonaro mais uma vez virou chacota internacional. Após visitar o Memorial do Holocausto em Israel, escreveu no livro de visitas do museu: “aquele que esquece seu passado está condenado a não ter futuro”. Minutos depois, em entrevista aos jornalistas brasileiros, Bolsonaro desrespeitou a memória das vítimas do holocausto ao dizer que o nazismo foi um movimento de esquerda. É uma versão fabricada por doentes que não encontra respaldo de nenhum historiador vivo ou morto, de esquerda ou de direita, mas que virou um hit da internet na Nova Era. Nunca houve dúvidas de que o nazismo abominava os ideais de esquerda, tanto que judeus dividiam os campos de concentração e as câmaras de gás com esquerdistas.

Lula é a voz da resistência

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Carta de Dilma Rousseff a Lula

Querido Lula,

Hoje faz um ano que você foi jogado numa cela e lhe impuseram o sofrimento e a solidão que as tiranias costumam infligir aos seus maiores adversários.

A cada dia que passa cresce o número de brasileiros e brasileiras, de cidadãos e cidadãs em todo o mundo que se revoltam com sua prisão sem crime, e por isso sem provas.

Não houve um único dia nesses 365 dias de isolamento em que não se ouvissem exclamações de indignação, gritos de denúncia e brados de repulsa contra a brutal injustiça da sua condenação apoiada unicamente em manipulações do processo legal e no interesse de lhe afastar povo e impedir sua volta à presidência da República.

Crise política e o fator Hamilton Mourão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a onda da pacificação

É curioso como ocorrem as grandes inflexões na opinião pública. Cria-se uma onda que engole o mundo político, midiático, libera a besta das ruas, promovendo os surfistas que conseguem cavalgá-la e afogando os que são apanhados no contrapé.

Há casos em que a onda é tão forte que se torna irreversível. Foi assim com o fascismo italiano e espanhol, com o nazismo, e com os golpes militares na América Latina. Mas, na maior parte das vezes, dependendo do maior ou menor avanço institucional do país, o clima permanente de ódio cansa e as ondas refluem. Se não tem forças para completar o ciclo, e instaurar uma ditadura fascista, esvazia-se com o tempo.

Os pés e a cabeça do sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto

O modelo sindical adotado no Brasil desde a década dos anos 40 do século passado que se consolidou em duas constituições democráticas e atravessou a própria ditadura militar garantiu a existência de um dos mais fortes movimentos sindicais do mundo.

A ele se deve um rol de conquistas – redução da jornada, 13º salário, férias remuneradas, proteção à gestante, proibição de trabalho infantil, melhoras na situação sanitária dos locais de trabalho e muitos outros, até chegarmos à maior conquista sindical neste século XXI, a lei de valorização do salário mínimo.

Doria acelera o desmonte da cultura

Manifestação pela Cultura. Av. Paulista, 07/4/19
Por Altamiro Borges

Neste domingo (7), artistas e apoiadores de diversas áreas realizaram uma irreverente passeata na Avenida Paulista contra o corte de 23% no orçamento da Secretaria da Cultura de São Paulo. O tucaninho João Doria, alinhado com o truculento Jair Bolsonaro, parece decidido a promover a destruição das atividades artísticas. O cerco fascista à cultura está em plena marcha. Antes de completar 100 dias de gestão, o novo governador promove uma milionária reforma do Palácio dos Bandeirantes e, ao mesmo tempo, anuncia o desmonte de vários equipamentos culturais no Estado mais rico da federação.

domingo, 7 de abril de 2019

Datafolha confirma: Bolsonaro derreteu!

Por Altamiro Borges

Perto de completar 100 dias, da chamada lua de mel de qualquer governante, o laranjal de Jair Bolsonaro – que reúne milicos rancorosos, abutres financeiros, corruptos velhacos, fundamentalistas religiosos e milicianos fascistas, entre outros trastes – já derreteu. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (7), que deixou o “capetão” irritado no Twitter, evidencia que o seu governo é um fiasco. Caso não consiga entregar a fatura – principalmente a “deforma” da Previdência – à cloaca burguesa que financiou a sua chegada ao poder, Jair Bolsonaro poderá ser defenestrado antes mesmo do término legal do seu mandato.

As codornas do jornalismo estão de volta

Por Leandro Fortes

Nos governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, era muito comum um tipo de assédio a parlamentares no Congresso Nacional levado a cabo por uma turma de alegres repórteres – homens e mulheres – que saltitavam em torno de deputados e senadores quando estes circulavam pelos salões Verde e Azul do parlamento.

Tratava-se de uma bajulação grotesca, um tipo de pantomima que incluía afetadas saraivadas de elogios ridículos ("líder, seu discurso foi simplesmente maravilhoso") e falsas observações estéticas ("senador, vem cá para eu arrumar essa gravata"), ao mesmo tempo em que se criava em torno dos bajulados uma ciranda de puxa-sacos ciscando na porta dos plenários.

Lula, muito além da política

Rio de Janeiro, 07/4/19. Foto: Jorge Pereira/Mídia Ninja
Por Lu Sudré, no jornal Brasil de Fato:

Há quase um ano sem contato direto com o que acontece do lado de fora das paredes da Polícia Federal de Curitiba, em um silêncio forçado, Luiz Inácio Lula da Silva causa impacto na vida de muitos brasileiros. Aos 73 anos, o ex-presidente continua a despertar sentimentos e opiniões opostas.

De um lado, aqueles que reconhecem que grande parte da população foi beneficiada por suas políticas públicas. São os que sentiram na própria pele como as condições de vida melhoraram durante seus governos. Do outro, os que reproduzem um discurso de que Lula é um atraso para o país e, a todo custo, tentam manchar sua imagem. Tal dualidade é constante na vida política do ex-presidente, mas, sua importância na história do país é inegável. São diversos os motivos que fazem com que Lula não caia no esquecimento da população e não saia dos holofotes da mídia.