quarta-feira, 24 de abril de 2019
Atirou no general e foi brincar de 'cowboy'?
Por Júlia Camargo, no blog Tijolaço:
Revela O Globo que “Carluxo” Bolsonaro, em meio ao turbilhão gerado por seus ataques ao vice Hamilton Mourão “praticava disparos em um clube de tiro em Santa Catarina à medida que se agravava a crise deflagrada pela ordem do presidente, no último domingo, para retirar um vídeo em que o ideólogo de direita Olavo de Carvalho fazia críticas a militares, publicado no canal do YouTube do mandatário.”
Revela O Globo que “Carluxo” Bolsonaro, em meio ao turbilhão gerado por seus ataques ao vice Hamilton Mourão “praticava disparos em um clube de tiro em Santa Catarina à medida que se agravava a crise deflagrada pela ordem do presidente, no último domingo, para retirar um vídeo em que o ideólogo de direita Olavo de Carvalho fazia críticas a militares, publicado no canal do YouTube do mandatário.”
Bolsonaro é um espertalhão ou um burro?
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:
A dúvida atual a respeito de Bolsonaro é simples: trata-se de um espertalhão, que finge ser burro, ou nada mais é do que aquilo que parece? Apesar do esforço que faz, sistematicamente amontoando provas de suas limitações, é expressiva a parcela da opinião pública que não acredita que o capitão seja apenas o que sugere ser. Na esquerda, muitos imaginam que o espetáculo que encena seja um disfarce para iludir o País.
Saída do Brasil da Unasul reduz soberania
Na segunda-feira, 15 de abril, o Itamaraty informou que o Brasil oficializou a sua saída do bloco União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A informação foi reforçada pelo presidente Jair Bolsonaro em seu Twitter. O episódio marca o constante enfraquecimento de um projeto soberano de política externa, bem como uma guinada nas relações entre os países da América do Sul com os Estados Unidos.
Balbúrdia institucional e caos econômico
Por André Luiz Passos Santos, no site Brasil Debate:
O mercado financeiro, assim como analistas independentes, vai ajustando para baixo, a cada semana, suas previsões para o crescimento do PIB em 2019. Começam a surgir as primeiras previsões de crescimento anual abaixo de 1%, e é quase uma unanimidade que houve retração no primeiro trimestre. Naturalmente, é cedo ainda para afirmações, mas os indícios são de que teremos mais um ano de crescimento decepcionante, se não houver mesmo um novo recuo do PIB, como vivenciamos em 2015 e 2016.
Crise se agrava e o povo paga alto preço
Editorial do site Vermelho:
Combate à fome e pobreza, combate ao desemprego, saúde, impostos e taxa de juros são os pontos do governo Bolsonaro com maior desaprovação, revelou a pesquisa CNI-Ibope. É sintomático. No mesmo dia, a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a assustadora cifra de 43 mil empregos formais fechados na economia brasileira em março.
A soma dessas duas informações converge para a agenda econômica do governo. Por mais que seus integrantes tentem tergiversar, não há como fugir da lógica de que esses dados são efeitos de um já longo período de destruição das bases de uma economia minimamente apetrechada para enfrentar o furacão da crise que começou a girar em 2007-2008 na meca do mundo financeiro - Wall Street - e tem derrubado economias com pés de barro pelo mundo afora.
Combate à fome e pobreza, combate ao desemprego, saúde, impostos e taxa de juros são os pontos do governo Bolsonaro com maior desaprovação, revelou a pesquisa CNI-Ibope. É sintomático. No mesmo dia, a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a assustadora cifra de 43 mil empregos formais fechados na economia brasileira em março.
A soma dessas duas informações converge para a agenda econômica do governo. Por mais que seus integrantes tentem tergiversar, não há como fugir da lógica de que esses dados são efeitos de um já longo período de destruição das bases de uma economia minimamente apetrechada para enfrentar o furacão da crise que começou a girar em 2007-2008 na meca do mundo financeiro - Wall Street - e tem derrubado economias com pés de barro pelo mundo afora.
Facebook é cúmplice nas campanhas de ódio
Do jornal Brasil de Fato:
Diante de um auditório repleto de executivos das maiores empresas de tecnologia do mundo, incluindo Google, Twitter e a rede social de Mark Zuckerberg, a jornalista investigativa Carole Cadwalladr causou polêmica na semana passada na Conferência TED ao abordar e responsabilizar nominalmente os bilionários da tecnologia pelos crimes cometidos nas redes sociais durante o referendo do Brexit, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a disseminação do ódio e do medo como estratégias para ascensão do autoritarismo no mundo.
“Facebook, você está do lado errado da história ao se recusar a apresentar as respostas que precisamos. É por isso que estou aqui, para falar diretamente para vocês, ‘reis’ do Vale do Silício.”
Diante de um auditório repleto de executivos das maiores empresas de tecnologia do mundo, incluindo Google, Twitter e a rede social de Mark Zuckerberg, a jornalista investigativa Carole Cadwalladr causou polêmica na semana passada na Conferência TED ao abordar e responsabilizar nominalmente os bilionários da tecnologia pelos crimes cometidos nas redes sociais durante o referendo do Brexit, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a disseminação do ódio e do medo como estratégias para ascensão do autoritarismo no mundo.
Repúdio à decisão do STJ sobre caso Lula
Do Comitê Nacional Lula Livre
A decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, refutando sólidos argumentos dos advogados do ex-presidente Lula, representa flagrante desrespeito às garantias constitucionais e ao devido processo legal.
De maneira claramente combinada, fazendo vistas grossas aos fatos e às provas, negando à defesa o direito de sustentação oral, os quatro ministros votantes decidiram se manter no terreno da perseguição política, em mais uma página de vergonha na história do sistema de justiça.
A decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, refutando sólidos argumentos dos advogados do ex-presidente Lula, representa flagrante desrespeito às garantias constitucionais e ao devido processo legal.
De maneira claramente combinada, fazendo vistas grossas aos fatos e às provas, negando à defesa o direito de sustentação oral, os quatro ministros votantes decidiram se manter no terreno da perseguição política, em mais uma página de vergonha na história do sistema de justiça.
terça-feira, 23 de abril de 2019
Benefício a Lula desmascara Moro e TRF4
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Apesar de STJ não ter tido coragem de acatar os pedidos inegáveis da defesa de Lula, a provável soltura do ex-presidente em setembro devido à redução de sua pena de 12 anos para 8 anos e a redução da multa de R$ 16 milhões para R$ 2,4 milhões DESMASCARAM Moro e o TRF4 e revelam forma que o Judiciário encontrou para melhorar sua imagem no exterior.
É fácil explicar com uma simplicidade gigantesca a falta escandalosa de provas que faz desse processo contra lula motivo de indignação entre os mais importantes juristas do Brasil e do exterior. A página do STJ na internet diz que vai julgar Lula por ter recebido “vantagem indevida” por um contrato da empreiteira OAS com a Petrobras.
É fácil explicar com uma simplicidade gigantesca a falta escandalosa de provas que faz desse processo contra lula motivo de indignação entre os mais importantes juristas do Brasil e do exterior. A página do STJ na internet diz que vai julgar Lula por ter recebido “vantagem indevida” por um contrato da empreiteira OAS com a Petrobras.
Política doméstica e relações internacionais
Por Carlos Eduardo Santos Pinho, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A eleição de Jair Bolsonaro, potencializada pela difusão de fake news por meio de mídias sociais, redefiniu o pacto político da Nova República (1985-1989) e sucumbiu a polarização política entre PT e PSDB, vigente em seis eleições presidenciais. Foi sufragado nas urnas um projeto de poder fortemente conservador nos costumes, radicalmente liberal na economia e submisso, do ponto de vista das relações exteriores, aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA, como mostram as evidências empíricas. Apesar do legado de concentração de renda, hiperinflação, endividamento externo, crise fiscal e exclusão social, no que concerne à economia política, nem a ditadura militar (1964-1985) – a quem o atual mandatário-populista da República devota constante admiração – seguiu rigorosamente as premissas do livre mercado e negou a importância de uma estratégia de desenvolvimento doméstica vinculada a uma inserção internacional assertiva. Esta brevíssima reflexão tem como objetivo apresentar algumas semelhanças e diferenças entre a ditadura militar (1964-1985) e a coalizão de extrema direita populista, do ponto de vista das relações domésticas e internacionais.
O invisível e a cegueira
Por João Guilherme Vargas Netto
Ainda há tempo (mais que uma semana) para nos empenharmos na coleta de assinaturas nos locais de trabalho do abaixo-assinado contra a deforma da Previdência. Centenas de milhares de assinaturas, de trabalhadores e trabalhadoras, serão a grande demonstração do primeiro de 1º de maio unificado que as centrais sindicais vão realizar.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, tem se empenhado pessoalmente nesta tarefa e a entidade organizou um ranking da coleta de assinaturas que servem de estimulo e de quantificação cumulativa.
Ainda há tempo (mais que uma semana) para nos empenharmos na coleta de assinaturas nos locais de trabalho do abaixo-assinado contra a deforma da Previdência. Centenas de milhares de assinaturas, de trabalhadores e trabalhadoras, serão a grande demonstração do primeiro de 1º de maio unificado que as centrais sindicais vão realizar.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, tem se empenhado pessoalmente nesta tarefa e a entidade organizou um ranking da coleta de assinaturas que servem de estimulo e de quantificação cumulativa.
EUA flertam com o direito nazi
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:
O problema da transparência, tal como o da luta contra a corrupção, é a sua intransparente seletividade. Quem talvez viva mais diretamente este problema são os jornalistas de todo o mundo que ainda persistem em fazer jornalismo de investigação. Todos tremeram no passado dia 11 de abril, qualquer que tenha sido o teor dos editoriais dos seus jornais, ante a prisão de Julian Assange, retirado à força da embaixada do Equador em Londres para ser entregue às autoridades norte-americanas que contra ele tinham emitido um pedido de extradição. As acusações que até agora foram feitas contra ele referem-se a ações que apenas visaram garantir o anonimato da whistleblower Chelsea Manning, ou seja, garantir o anonimato da fonte de informação, uma garantia sem a qual o jornalismo de investigação não é possível.
O problema da transparência, tal como o da luta contra a corrupção, é a sua intransparente seletividade. Quem talvez viva mais diretamente este problema são os jornalistas de todo o mundo que ainda persistem em fazer jornalismo de investigação. Todos tremeram no passado dia 11 de abril, qualquer que tenha sido o teor dos editoriais dos seus jornais, ante a prisão de Julian Assange, retirado à força da embaixada do Equador em Londres para ser entregue às autoridades norte-americanas que contra ele tinham emitido um pedido de extradição. As acusações que até agora foram feitas contra ele referem-se a ações que apenas visaram garantir o anonimato da whistleblower Chelsea Manning, ou seja, garantir o anonimato da fonte de informação, uma garantia sem a qual o jornalismo de investigação não é possível.
Lula não comemora nem se surpreende
Da Rede Brasil Atual:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23) que não se surpreendeu com o julgamento de seu recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Quinta Turma da Corte decidiu manter sua condenação, mas reduziu a pena para 8 anos 10 meses e 20 dias.
"Não se trata de reduzir a pena, mas de pena nenhuma", disse ele, por intermédio do deputado federal Emídio de Souza (PT-SP), que acompanhou a sessão ao lado de Lula na detenção da Polícia Federal em Curitiba. "Lula reitera que até agora não teve direito a um julgamento justo. E quer saber quando será julgado com um cidadão, não acima da lei, mas não abaixo dela", descreveu o parlamentar.
"Não se trata de reduzir a pena, mas de pena nenhuma", disse ele, por intermédio do deputado federal Emídio de Souza (PT-SP), que acompanhou a sessão ao lado de Lula na detenção da Polícia Federal em Curitiba. "Lula reitera que até agora não teve direito a um julgamento justo. E quer saber quando será julgado com um cidadão, não acima da lei, mas não abaixo dela", descreveu o parlamentar.
Bolsonaros botam fogo no cabaré do Planalto
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Eles não nos dão sossego nem no feriadão.
Com seus dedos nervosos, sem ter o que fazer, os Bolsonaros pai e o filho Carlucho 02 publicaram em suas páginas nas redes sociais um vídeo do guru Olavo de Carvalho em que ele ataca o vice Mourão e os militares do governo com ofensas e palavrões.
Bolsonaro deletou o vídeo às 18h30 do domingo, mas o estrago já estava feito, e o fogo se alastrou pelo cabaré de vaidades, loucuras e incompetências do Palácio do Planalto.
As razões das investigações do STF
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A Lava Jato Curitiba se tornou a principal alimentadora dos ataques das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os procuradores agem de maneira explícita. Em declarações e artigos em órgãos de imprensa ou pelo Twitter, passaram a alimentar campanhas virtuais contra o STF, impulsionadas por redes digitais bancadas por empresários financiadores do bolsonarismo. E o corporativismo impede que os órgãos de controle do Ministério Público Federal colocassem um freio nos abusos, em defesa da própria corporação.
A Lava Jato Curitiba se tornou a principal alimentadora dos ataques das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os procuradores agem de maneira explícita. Em declarações e artigos em órgãos de imprensa ou pelo Twitter, passaram a alimentar campanhas virtuais contra o STF, impulsionadas por redes digitais bancadas por empresários financiadores do bolsonarismo. E o corporativismo impede que os órgãos de controle do Ministério Público Federal colocassem um freio nos abusos, em defesa da própria corporação.
E a desigualdade, Paulo Guedes?
Por José Pascoal Vaz, no site Carta Maior:
Diz-se que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, possui grandes conhecimentos como economista. Não tenho como duvidar se considerados os manuais tradicionais. Mas cabe perguntar o que consideramos ser o objetivo principal deste profissional. Até há pouco tempo, era bastante dizer que lhe cabia maximizar a utilização dos recursos, sempre escassos em função das necessidades.
Essa definição, sabe-se hoje, é muito incompleta, dada nossa abissal desigualdade social. Esta chamou minha atenção já no segundo ano do Curso de Economia, em 1966, na então FACECS, incorporada depois à UniSantos. Eu questionava o modelo de desenvolvimento que se projetava, de certa forma uma continuidade do de Juscelino, que privilegiava os investimentos que produzissem bens e serviços para as camadas elitizadas. Estávamos no início da ditadura que, ao chegar, encontrou o Brasil com enorme desigualdade social: Índice de Gini em 0,50 (em países de baixa desigualdade esse medidor fica ao redor de 0,25).
Diz-se que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, possui grandes conhecimentos como economista. Não tenho como duvidar se considerados os manuais tradicionais. Mas cabe perguntar o que consideramos ser o objetivo principal deste profissional. Até há pouco tempo, era bastante dizer que lhe cabia maximizar a utilização dos recursos, sempre escassos em função das necessidades.
Essa definição, sabe-se hoje, é muito incompleta, dada nossa abissal desigualdade social. Esta chamou minha atenção já no segundo ano do Curso de Economia, em 1966, na então FACECS, incorporada depois à UniSantos. Eu questionava o modelo de desenvolvimento que se projetava, de certa forma uma continuidade do de Juscelino, que privilegiava os investimentos que produzissem bens e serviços para as camadas elitizadas. Estávamos no início da ditadura que, ao chegar, encontrou o Brasil com enorme desigualdade social: Índice de Gini em 0,50 (em países de baixa desigualdade esse medidor fica ao redor de 0,25).
segunda-feira, 22 de abril de 2019
O problema não é Olavo. Mourão sabe!
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Hamílton Mourão atira onde pode e como pode.
Fazer “graça” com a astrologia de Olavo de Carvalho seria uma saída pela tangente aceitável em outros casos, mas o caso é mais encima, agora, que Jair Bolsonaro mandou endossar nas suas redes sociais o vídeo em que, embora sem ter o nome citado, Mourão é ridicularizado pelo guru do clã presidencial, Olavo e pelo guri Carlos.
Hamílton Mourão atira onde pode e como pode.
Fazer “graça” com a astrologia de Olavo de Carvalho seria uma saída pela tangente aceitável em outros casos, mas o caso é mais encima, agora, que Jair Bolsonaro mandou endossar nas suas redes sociais o vídeo em que, embora sem ter o nome citado, Mourão é ridicularizado pelo guru do clã presidencial, Olavo e pelo guri Carlos.
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