quinta-feira, 2 de maio de 2019

Ataque à participação popular é retrocesso

Por Raimundo Bonfim. na Rede Brasil Atual:

Em mais uma medida autoritária, o governo Bolsonaro deu um duro golpe na democracia direta, propondo o fim dos espaços de participação popular. Já durante a campanha eleitoral, o capitão reformado afirmou que iria acabar com o ativismo social, passando a ideia que a participação das pessoas na vida política do país é algo negativo. Quando na verdade é exatamente ao contrário.

No momento em que finalizo esse texto recebo a notícia que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu pedido de liminar impetrado pelo PT questionando a constitucionalidade do decreto. Agora, essa decisão será submetida ao plenário da Corte. Ou seja, a batalha não está ganha.

Trabalhadores se unem contra a catástrofe

Editorial do site Vermelho:

O cenário de calamidades que emergiu com a guinada do Brasil à extrema direita, um processo iniciado com a homogeneidade das forças do golpismo em torno da ideia do impeachment fraudulento da ex-presidenta Dilma Rousseff, impulsionou as entidades sindicais à unidade do 1º de maio, um fenômeno da mais alta relevância. Essa unidade foi além com as articulações para uma greve geral em 14 de junho para enfrentar a “reforma” da Previdência Social e o crescimento vertiginoso do desemprego.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Seria Mourão o maior erro de Bolsonaro?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Talvez o capitão de reserva Jair Bolsonaro tenha cometido o maior erro da sua vida política ao convidar o general de reserva Hamilton Mourão para compor a parceria na eleição presidencial de 2018. Bolsonaro ganhou e levou com ele, naturalmente, o vice-presidente.

Cedo, cedo, a relação entre Bolsonaro e Mourão azedou. O vice desandou a falar e surpreendeu não só o eleitorado. Na viagem a Israel já como presidente, Bolsonaro anunciou que levaria a embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém. Mourão, de Brasília, rebateu: “Eu não faria isto”.

A derrota moral de Guaidó, Bolsonaro e Trump

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É possível que o fiasco inesquecível de Juan Guaidó, 30 de abril, venha a ser lembrado como uma reprise da invasão da Baia dos Porcos, em 1961. 

Não custa lembrar: há 58 anos, a CIA organizou um grupo de adversários de Fidel Castro para invadir Cuba na esperança de produzir um levante popular capaz de derrubar um regime recém-instaurado.

Foram derrotados em 72 horas.

Num comportamento particularmente notável quando se considera o grau de sofrimento imposto aos venezuelanos pelos embargos orientados por Washington, a indiferença da população aos apelos de lideranças que imaginavam que bastaria acender uma faísca no palheiro para incendiar o país mostra um dado essencial.

Bolsonaro viola regra para condecorar Olavo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Jair Bolsonaro assinou decreto concedendo a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco ao astrólogo Olavo de Carvalho.

Embora esperado, já que se trata do patrono da indicação de Ernesto Araújo para o Itamarati, é uma, perdão, esculhambação com a honraria dada a quem se destaca pelos serviços prestados ao país.

O artigo 9°, item B, do regulamento da Ordem diz que só poderão recebê-la, neste grau, “Presidente da República, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministros de Estado, Governadores dos Estados da União e do Distrito Federal, Almirantes, Marechais, Marechais-do-Ar, Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército, Tenentes-Brigadeiros, Embaixadores estrangeiros e outras personalidades de hierarquia equivalente. ”

Bolsonaro pensa que está abafando

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Chegou a hora de o Brasil refletir sobre a sanidade mental do indivíduo que obteve mandato popular para gerir o Estado brasileiro durante este ano e os próximos três. Em nível internacional, Bolsonaro não passa de um Trump sem poder. Ou seja: é um nada que se acha o máximo mesmo sem ter poder para se fazer aturar. Porém, não é assustador ele não enxergar isso?

O nível de desmoralização de Bolsonaro é impressionante. E tanto ele quanto o seu séquito de fanáticos – que vai ficando cada vez menor – não enxergam nada.

Senado oculta salário do primo de Carluxo

Carluxo e seu primo Leo. Foto: reprodução redes sociais
Do blog Socialista Morena:

O Portal de Transparência do Senado, que desde 2012 divulga nominalmente a remuneração dos assessores parlamentares, está ocultando as informações respectivas a Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, primo de Carlos Bolsonaro, o Carluxo (é o próprio Leo quem trata o primo pelo apelido). Quem clica no nome dele na página do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) é encaminhado a uma página de erro: “esta página está fora do ar”. É o único entre os 14 funcionários comissionados do gabinete para quem a remuneração não se encontra disponível.

Por que os militares odeiam tanto o PT?

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Antes do artigo propriamente dito, vale lembrar um trecho da fala do doutor Ulisses Guimarães, na promulgação da Constituinte, em outubro de 1988: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgaram a Constituição, trancaram as portas do parlamento, mandaram os patriotas para o exílio, a cadeia e o cemitério. Hoje, após tantas lutas e sacrifícios, ao promulgarmos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos em sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo!”

Assange, WikiLeaks e o Estado vigilante

Por Santiago O'Donnell, no site Carta Maior:

O panorama diante de Julian Assange não é simples, mas tampouco é o do governo dos Estados Unidos. Há mais de cinco anos, Washington iniciou um juízo contra o fundador de WikiLeaks, através de um Grande Jurado constituído nas entranhas do complexo burocrático-militar estadunidense. Mas quando a embaixada equatoriana expulsou seu hóspede mais ilustre como se fosse um cachorro, o Departamento de Estado voltou a atuar mais fortemente, mas até agora conseguiu apenas a sua detenção em uma prisão britânica e um modesto pedido de extradição baseado somente em uma tentativa falha de decifrar a senha de um computador do Departamento de Defesa.

Bolsonaro refugia golpistas da Venezuela

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

Durante os governos Lula, a embaixada do Brasil na Venezuela, orientada por Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, sediava os exitosos esforços brasileiros pela paz, integração, amizade e desenvolvimento regional.

No governo Bolsonaro, cujo lunático vassalo das Relações Exteriores Ernesto Araújo viaja a Washington para buscar diretamente as instruções a cumprir, a embaixada do Brasil foi convertida em refúgio de golpistas e conspiradores – ou seja, de sicários norte-americanos.

Os acontecimentos na Venezuela, derivados da ofensiva do governo Trump na região, certamente não aconteceriam se Lula não estivesse sequestrado no cativeiro da Lava Jato em consequência da farsa jurídica montada por Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e sua malta de justiceiros.

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Há generais patriotas na Venezuela

General Padrino López. Reprodução: Youtube
Por Manuel Domingos Neto

Emocionante o discurso do general Padrino López, ministro da defesa da Venezuela.

Padrino fez curso de guerra psicológica nos Estados Unidos, mas não se pôs ao lado do Império.

Ladeado por todos os comandantes, falou como líder e chefe.

Rechaçou radicalmente a intervenção estrangeira, pôs na parede os terroristas mobilizados por Trump, denunciou a impiedosa guerra híbrida, responsabilizou os golpistas por qualquer derramamento de sangue que venha a ocorrer em seu país, deu aula sobre os conceitos "soberania popular" e "soberania nacional", concluiu com o brado, seguido por todos: CHÁVEZ VIVE!

A Previdência e a batalha da comunicação

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Reforma da Previdência defendida por Jair Bolsonaro e seu superministro da Economia, Paulo Guedes, com amplo apoio da mídia monopolista, é um prato cheio para o rentismo. Na prática, porém, além de conservar privilégios, representa o desmonte da Seguridade Social e a destruição da aposentadoria para a absoluta maioria da população.

Governo Bolsonaro é movido a vingança e ódio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Foram 120 dias que vão marcar a história do Brasil para sempre: antes e depois de Bolsonaro.

Nenhuma potência estrangeira seria capaz de promover no nosso país tamanha destruição em tão pouco tempo.

É uma verdadeira guerra de extermínio contra inimigos reais ou imaginários, para não deixar pedra sobre pedra da antiga civilização brasileira.

Os alvos principais são as mulheres e os gays, os professores e os aposentados, os sem terra e os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, os artistas e os intelectuais, as universidades e os estudantes, os índios e os negros, os jornalistas livres e todos os que tiveram a ousadia de conquistar a cidadania nos últimos anos.

Lula, paz, amor e sangue nos olhos

Por Gilberto Maringoni

Todo mudo já comentou. Sei que vou chover no molhado, mas é forçoso reafirmar: a entrevista de Lula, concedida a Monica Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Júnior é um documento político solar. 

Lula se apresenta em grande fase - contrariando expectativas de que estaria deprimido ou desinformado - e com inigualável verve.

Faz o que todo quadro político de primeira linha deve fazer: coloca-se sempre na ofensiva.

Há trechos memoráveis e tiradas geniais.

Alinhamento da Folha ao Instituto Millenium

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O impeachment foi o fator de coesão de grupos dos mais diversos, que tinham em comum o antilulismo. Completado o golpe, com a eleição do inacreditável Jair Bolsonaro, há uma perda de rumo total dos diversos grupos de oposição.

O momento seria de fortalecimento de um centro democrático, tendo como bandeira unificadora a volta da democracia. Em vez disso, cada grupo tratar de juntar forças em torno dele próprio, cada qual apostando em um pós-Bolsonaro e sem conseguir curar as feridas das batalhas anteriores.

É por aí que se entende as movimentações da Folha de S.Paulo, agora sob o comando de Luiz Frias.

Venezuela: a extrema-direita perde mais uma

Presidente Nicolás Maduro (30/4/19). Reprodução: Youtube
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Talvez nem fosse preciso, mas as pegadas de Washington, na nova tentativa de golpe de Estado que a Venezuela sofreu hoje, ficaram clara na fala que o Conselheiro Nacional de Segurança, John Bolton, fez esta tarde, nos jardins da Casa Branca. Ela beira o bizarro.

Conhecido por seu papel destacado entre a extrema-direita norte-americana, Bolton nomeou, um a um, os funcionários do governo venezuelano que, segundo ele, teriam participado da conspiração militar para entregar o poder a Juan Guaidó, “presidente” autoproclamado. “Figuras como o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, o chefe da Suprema Corte, Maikel Moreno, o comandante da guarda presidencial, Rafael Hernandez Dala. Todos concordaram que Maduro tinha de ir embora. É muito importante que agora cumpram seus compromissos…”.

O objetivo de Bolsonaro é demolir o Brasil

Por Evilázio Gonzaga, no blog Viomundo:

O anúncio do fim de investimentos em ciências sociais revela que o bolsonarismo pretende transformar as universidades em escolas técnicas, formadoras de mão de obra barata para empresas exportadoras de commodities minerais e do agronegócio.

O objetivo é voltar ao padrão econômico da era colonial.

O anúncio de Bolsonaro sobre os planos de reduzir ou eliminar os investimentos nas faculdades de ciências humanos, além do espanto que provoca, também indica que há um método por trás dos bastidores, orientando as ações do governo.

Viva o 1º de Maio!

Por João Guilherme Vargas Netto

Para quem tem a pretensão de compreender o movimento sindical e de informar sobre ele fica muito difícil falar sobre o futuro, ainda que seja o amanhã e não incorrer no voluntarismo mais chão.

Às vésperas das grandes manifestações unitárias do 1º de Maio o mais prudente é desejar que os esforços das direções sindicais sejam recompensados pelo comparecimento maciço dos trabalhadores e trabalhadoras.

A pauta compacta e consistente de repúdio ao fim das aposentadorias da deforma previdenciária, de defesa da política de valorização do salário mínimo e de exigência da retomada do desenvolvimento com criação de empregos calou fundo nos materiais produzidos e teve eco na disposição de luta das bases sindicais.

Beth Carvalho canta Samba Lula-Livre