sexta-feira, 24 de abril de 2020
Moro aposta em ser 'herói do impeachment'
Por Fernando Brito, em seu blog:
As declarações de Sergio Moro no anúncio de sua demissão são, de fato, mais que suficientes para a abertura de um processo por crime de responsabilidade.
Não apenas porque disse que Bolsonaro, como todos sabiam, queria trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e que “tinha preocupação com os inquéritos no STF”.
Mas porque Moro revelou que foi forjado um documento oficial, com o “a pedido” falso no pedido de exoneração do diretor da PF e a aposição de sua assinatura no ato de demissão.
Pior: foi explícito na afirmação de que Bolsonaro queria dirigentes da Polícia Federal que lhe passassem, até por telefone, “relatórios de inteligência”.
As declarações de Sergio Moro no anúncio de sua demissão são, de fato, mais que suficientes para a abertura de um processo por crime de responsabilidade.
Não apenas porque disse que Bolsonaro, como todos sabiam, queria trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e que “tinha preocupação com os inquéritos no STF”.
Mas porque Moro revelou que foi forjado um documento oficial, com o “a pedido” falso no pedido de exoneração do diretor da PF e a aposição de sua assinatura no ato de demissão.
Pior: foi explícito na afirmação de que Bolsonaro queria dirigentes da Polícia Federal que lhe passassem, até por telefone, “relatórios de inteligência”.
Comunismo tira o sono do ministro Araújo
O fantasma do comunismo, que parecia amuado e abatido desde a queda do Muro de Berlin, em 1989, complementada pela dissolução da União Soviética em 1991, reapareceu com força em meio a nuvens obscuras que esvoaçam sobre este Brasil desgovernado pelo Clã Bolsonaro. O pavoroso espectro não para de perturbar o sono do enigmático chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo, personagem responsável pelas relações do país com a chamada comunidade internacional, fonte de piadas inacreditáveis e vexaminosas para a sofrida pátria.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
O coveiro e o carniceiro
Cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus Foto: Edmar Barros/AP |
Depois de uma semana de recolhimento desde que assumiu o cargo, o novo ministro da saúde finalmente reapareceu e mostrou a que veio.
Na reaparição, Nelson Teich confirmou que tem todas as credenciais para ser um ministro sob medida para o necro-governo do genocida Bolsonaro [aqui].
Continua difícil, por enquanto, entender quais foram as motivações pessoais e profissionais – ou os interesses negociais – que levaram Nelson Teich a aceitar ficar encaixotado dentro do pacote fechado que Bolsonaro lhe impôs.
Ele ganhou o cargo assumindo de antemão o compromisso de implementar a estratégia genocida previamente definida, e de ser tutelado por um general como seu vice-ministro – ou o general como o ministro real, enquanto ele, como “médico” [ou empresário da saúde privada], empresta um verniz técnico à operação.
Bolsonaro barganha com a velha política
Editorial do site Vermelho:
Diante do perda de apoio crescente do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e na sociedade, ele se movimenta para tentar enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem defendendo as prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo e apoiando a orientação de isolamento social.
Bolsonaro ataca o Congresso, mas pratica ao surrado toma lá dá cá para tentar obter apoio de setores do parlamento. Negocia abertamente com Roberto Jeferson, símbolo da chamada “velha política” que Bolsonaro demagogicamente amaldiçoa.
Diante do perda de apoio crescente do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e na sociedade, ele se movimenta para tentar enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem defendendo as prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo e apoiando a orientação de isolamento social.
Bolsonaro ataca o Congresso, mas pratica ao surrado toma lá dá cá para tentar obter apoio de setores do parlamento. Negocia abertamente com Roberto Jeferson, símbolo da chamada “velha política” que Bolsonaro demagogicamente amaldiçoa.
Uma grande iniciativa para o 1º de Maio
Por João Guilherme Vargas Netto
Quando todas as centrais sindicais resolveram comemorar o 1º de Maio sem ajuntamento físico de pessoas, mas com suporte eletrônico, demonstraram sua capacidade de usar as novas tecnologias em benefício dos trabalhadores e de sua liderança, dando vazão ao sentimento unitário de luta que as anima.
Acresce-se a este procedimento elogiável a dupla correção do conteúdo afirmado das manifestações (Saúde, Emprego, Renda e Democracia) e a ampliação do leque de personalidades políticas convidadas a participarem do evento, além dos artistas que ao longo dos anos abrilhantaram as comemorações.
Quando todas as centrais sindicais resolveram comemorar o 1º de Maio sem ajuntamento físico de pessoas, mas com suporte eletrônico, demonstraram sua capacidade de usar as novas tecnologias em benefício dos trabalhadores e de sua liderança, dando vazão ao sentimento unitário de luta que as anima.
Acresce-se a este procedimento elogiável a dupla correção do conteúdo afirmado das manifestações (Saúde, Emprego, Renda e Democracia) e a ampliação do leque de personalidades políticas convidadas a participarem do evento, além dos artistas que ao longo dos anos abrilhantaram as comemorações.
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