sábado, 11 de julho de 2020
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Exclusão digital, Covid e a proteção social
Por Arnaldo Provasi Lanzara, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:
Antes do surgimento da pandemia de Covid-19, as mudanças provocadas pelo advento das novas tecnologias digitais já eram apontadas como um dos principais fatores, senão o principal, de acirramento das tendências de desigualdade nas e entre as economias políticas. Os efeitos produzidos pela pandemia nos sistemas educacionais, e particularmente no mundo do trabalho, apenas escancararam o abismo existente entre os insiders e os outsiders da economia digital. De um lado, as pessoas aptas a explorar as vantagens proporcionadas pelos novos recursos tecnológicos que dão suporte ao aprendizado virtual e ao trabalho remoto, de outro, as pessoas alijadas das oportunidades, virando-se na improvisação para sobreviver, expostas aos riscos e sem qualquer certeza quanto ao seu futuro.
Antes do surgimento da pandemia de Covid-19, as mudanças provocadas pelo advento das novas tecnologias digitais já eram apontadas como um dos principais fatores, senão o principal, de acirramento das tendências de desigualdade nas e entre as economias políticas. Os efeitos produzidos pela pandemia nos sistemas educacionais, e particularmente no mundo do trabalho, apenas escancararam o abismo existente entre os insiders e os outsiders da economia digital. De um lado, as pessoas aptas a explorar as vantagens proporcionadas pelos novos recursos tecnológicos que dão suporte ao aprendizado virtual e ao trabalho remoto, de outro, as pessoas alijadas das oportunidades, virando-se na improvisação para sobreviver, expostas aos riscos e sem qualquer certeza quanto ao seu futuro.
Folha, as Diretas-Já e os trabalhadores
Por Sebastião Neto, Carolina Freitas e Gabriel Dayoub
"Um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular, que está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social - realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama". Editorial da Folha de 1971 sobre o governo Médici, período mais duro da repressão ditatorial.
A Folha de São Paulo lançou um caderno especial sobre a ditadura civil-militar no domingo, 28 de julho. Para início de conversa, o jornal deveria iniciar seu especial falando sobre sua relação com a ditadura, como destacou Ana Flávia Marx, em vez de um pequeno artigo no final que passa de relance por seu apoio ao regime.
"Um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular, que está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social - realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama". Editorial da Folha de 1971 sobre o governo Médici, período mais duro da repressão ditatorial.
A Folha de São Paulo lançou um caderno especial sobre a ditadura civil-militar no domingo, 28 de julho. Para início de conversa, o jornal deveria iniciar seu especial falando sobre sua relação com a ditadura, como destacou Ana Flávia Marx, em vez de um pequeno artigo no final que passa de relance por seu apoio ao regime.
Antes de voltar às aulas, a lição de casa
Por Carlos Pompe
Dentre seus efeitos devastadores, a pandemia do novo coronavírus abalou o calendário escolar mundial. Escolas públicas e privadas, de todos os níveis, em todas as regiões do planeta, suspenderam aulas e não encontraram, até o momento, resposta eficaz para a volta às aulas e recuperação do ano letivo.
Estados Unidos e Brasil, campeões mundiais de disseminação e morte pelo Covid-19, comungam a experiência de serem comandados por presidentes que negam a dimensão dos riscos a que as vidas estão sendo expostas pela nova doença e recusam a validade das orientações científicas para enfrentá-la. Esse posicionamento governamental afeta também, nos dois países, as gestões na área da educação.
Dentre seus efeitos devastadores, a pandemia do novo coronavírus abalou o calendário escolar mundial. Escolas públicas e privadas, de todos os níveis, em todas as regiões do planeta, suspenderam aulas e não encontraram, até o momento, resposta eficaz para a volta às aulas e recuperação do ano letivo.
Estados Unidos e Brasil, campeões mundiais de disseminação e morte pelo Covid-19, comungam a experiência de serem comandados por presidentes que negam a dimensão dos riscos a que as vidas estão sendo expostas pela nova doença e recusam a validade das orientações científicas para enfrentá-la. Esse posicionamento governamental afeta também, nos dois países, as gestões na área da educação.
O estrago gerado pela ignorância jornalística
Por Lenio Streck, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Bom, tenho certa autoridade para escrever sobre o tema "presunção da inocência". Escrevi mais de 20 artigos sobre o assunto, protagonizei em boa parte a ADC 44 e sustentei no Plenário do STF.
Também já participei de audiência pública com os deputados. Debatendo a PEC 199 que busca dar uma volta na decisão do STF.
O deputado Fábio Trad apresentou parecer, incluindo - corretissimamente - na proposta original todas as áreas do Direito: do cível ao crime, do tributário ao trabalhista, passando por todo o restante das incontáveis áreas. Não concordo com a PEC. É contrária à Constituição. Porém, se é para os processos criminais, deve ser para todos. Todos. Questão de coerência. Ainda acho que está errado, mas o mínimo que se espera em uma democracia digna do nome é que se esteja errado ao menos em coerência interna.
Também já participei de audiência pública com os deputados. Debatendo a PEC 199 que busca dar uma volta na decisão do STF.
O deputado Fábio Trad apresentou parecer, incluindo - corretissimamente - na proposta original todas as áreas do Direito: do cível ao crime, do tributário ao trabalhista, passando por todo o restante das incontáveis áreas. Não concordo com a PEC. É contrária à Constituição. Porém, se é para os processos criminais, deve ser para todos. Todos. Questão de coerência. Ainda acho que está errado, mas o mínimo que se espera em uma democracia digna do nome é que se esteja errado ao menos em coerência interna.
A usina bolsonarista de fake news
Editorial do site Vermelho:
A decisão do Facebook de remover uma rede de contas e páginas ligadas ao bolsonarismo, na rede social e no Instagram, é um fato grave, de grande relevância. São contas envolvidas com a criação de perfis falsos e com “comportamento inautêntico”. Ou seja: uma autêntica rede de mentiras, montada por falsificadores para manipular informações e promover práticas do submundo bolsonarista.
A nova cara de Jair Bolsonaro
Por João Feres Júnior, no site A terra é redonda:
O vídeo patrocinado pelo movimento Ceará Conservador com um clipe musical festejando a suposta reconciliação entre Bolsonaro e os nordestinos é um exemplo gritante do movimento mais significativo da política brasileira desde a eleição de 2018: a mudança de estratégia política do presidente. Ao som de um baião e com uma edição que lembram em tudo os clássicos vídeos de campanha de Lula, essa peça publicitária mostra Bolsonaro como o mais novo pai dos pobres nordestinos, com fartas referências ao Bolsa Família, a Deus e à figura do presidente.
Sindicalismo e a relevância de cada um
Ilustração: ivanovaliubov/iStock |
As tarefas são inúmeras e para serem enfrentadas com êxito é preciso espírito de resistência e capacidade de determinar os variáveis graus de importância e urgência delas.
Assim como não se come frutas, mas mamão, banana ou laranja, a denominação geral de tarefas não elimina as necessidades de suas concretizações.
Numa negociação salarial, por exemplo, ao longo da campanha aparecem com clareza – nas assembleias, nas manifestações, nos panfletos e nas greves – as reivindicações-chaves que determinam os critérios de vitória ou derrota.
O Brasil virou um país “fake”
Por Fernando Brito, em seu blog:
Em poucos lugares do Brasil – diria que só nas comunidades bolsonaristas – não houve gente cética quanto ao fato de que o presidente da República ter contraído o novo coronavírus.
Até no exterior, nos conta Jamil Chade, no UOL, a pergunta “será verdade que ele está contaminado?” corre solta entre os diplomatas acreditados na ONU.
Não sou adepto, claro, deste ceticismo, até porque Jair Bolsonaro fez tudo o que estava ao seu alcance para contrair a doença.
Em poucos lugares do Brasil – diria que só nas comunidades bolsonaristas – não houve gente cética quanto ao fato de que o presidente da República ter contraído o novo coronavírus.
Até no exterior, nos conta Jamil Chade, no UOL, a pergunta “será verdade que ele está contaminado?” corre solta entre os diplomatas acreditados na ONU.
Não sou adepto, claro, deste ceticismo, até porque Jair Bolsonaro fez tudo o que estava ao seu alcance para contrair a doença.
Paulo Guedes é a ‘cara do bolsonarismo’
Da Rede Brasil Atual:
O protagonismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo Bolsonaro é o que está por trás das tentativas da cobertura da imprensa tradicional de dissociar as figuras do ministro e do presidente. “Não adianta a gente falar mal do Bolsonaro, chamá-lo de autoritário, e tentar ao mesmo tempo distanciá-lo de Paulo Guedes. Isso nos distancia do que na verdade a gente deveria analisar”, afirma o professor da Universidade Federal do ABC Fernando Cássio, que ao lado do também pesquisador Marco Antonio Bueno Filho assina artigo sobre a reunião ministerial de 22 de abril, que teve vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O protagonismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo Bolsonaro é o que está por trás das tentativas da cobertura da imprensa tradicional de dissociar as figuras do ministro e do presidente. “Não adianta a gente falar mal do Bolsonaro, chamá-lo de autoritário, e tentar ao mesmo tempo distanciá-lo de Paulo Guedes. Isso nos distancia do que na verdade a gente deveria analisar”, afirma o professor da Universidade Federal do ABC Fernando Cássio, que ao lado do também pesquisador Marco Antonio Bueno Filho assina artigo sobre a reunião ministerial de 22 de abril, que teve vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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