Por Fernando Brito, em seu blog:
Em poucos lugares do Brasil – diria que só nas comunidades bolsonaristas – não houve gente cética quanto ao fato de que o presidente da República ter contraído o novo coronavírus.
Até no exterior, nos conta Jamil Chade, no UOL, a pergunta “será verdade que ele está contaminado?” corre solta entre os diplomatas acreditados na ONU.
Não sou adepto, claro, deste ceticismo, até porque Jair Bolsonaro fez tudo o que estava ao seu alcance para contrair a doença.
É curioso, entretanto, como tudo no Brasil virou duvidoso. Duvida-se dos políticos, dos médicos, dos jornalistas, dos juízes, duvida-se das vacinas, da esfericidade da Terra, da máscara cirúrgica (afinal, ‘coisa de viado’, segundo o Presidente), duvida-se até que haja mortos no desfile de caixões que vemos em algumas cidades.
Não se crê no isolamento social, acha-se que a tal “gripezinha” é uma bobagem, não se acredita nas imagens de satélite que mostram o desmatamento da Amazônia, juram que se distribuía kit gay e “mamadeira de piroca” nas escolas infantis e que Frederick Wassef escondeu Queiroz até de Jair e Flávio Bolsonaro e que Sergio Moro era um juiz imparcial que tirou das eleições o candidato favorito e, logo depois, foi ser seu ministro de Estado.
A lista podia seguir quase indefinidamente, mas basta para entender o quanto isso é tóxico para nossa vida coletiva, seja no comportamento pessoal, seja na política, seja na economia.
O Brasil é um país devastado pela incapacidade de agir com racionalidade que nos vem do primeiro escalão de poder nacional. Tudo o que se faz é negar, confrontar, a partir de um desqualificado que, como regra, adota a desclassificação alheia como argumento.
Bolsonaro e sua forma de nos (des)governar é um empecilho ao reerguimento da vida brasileira. Não haverá frente, pacto, união, acordo, nada que possa fazer com que se reme na mesma direção com a sua presença nos intoxicando.
Em poucos lugares do Brasil – diria que só nas comunidades bolsonaristas – não houve gente cética quanto ao fato de que o presidente da República ter contraído o novo coronavírus.
Até no exterior, nos conta Jamil Chade, no UOL, a pergunta “será verdade que ele está contaminado?” corre solta entre os diplomatas acreditados na ONU.
Não sou adepto, claro, deste ceticismo, até porque Jair Bolsonaro fez tudo o que estava ao seu alcance para contrair a doença.
É curioso, entretanto, como tudo no Brasil virou duvidoso. Duvida-se dos políticos, dos médicos, dos jornalistas, dos juízes, duvida-se das vacinas, da esfericidade da Terra, da máscara cirúrgica (afinal, ‘coisa de viado’, segundo o Presidente), duvida-se até que haja mortos no desfile de caixões que vemos em algumas cidades.
Não se crê no isolamento social, acha-se que a tal “gripezinha” é uma bobagem, não se acredita nas imagens de satélite que mostram o desmatamento da Amazônia, juram que se distribuía kit gay e “mamadeira de piroca” nas escolas infantis e que Frederick Wassef escondeu Queiroz até de Jair e Flávio Bolsonaro e que Sergio Moro era um juiz imparcial que tirou das eleições o candidato favorito e, logo depois, foi ser seu ministro de Estado.
A lista podia seguir quase indefinidamente, mas basta para entender o quanto isso é tóxico para nossa vida coletiva, seja no comportamento pessoal, seja na política, seja na economia.
O Brasil é um país devastado pela incapacidade de agir com racionalidade que nos vem do primeiro escalão de poder nacional. Tudo o que se faz é negar, confrontar, a partir de um desqualificado que, como regra, adota a desclassificação alheia como argumento.
Bolsonaro e sua forma de nos (des)governar é um empecilho ao reerguimento da vida brasileira. Não haverá frente, pacto, união, acordo, nada que possa fazer com que se reme na mesma direção com a sua presença nos intoxicando.
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