Por Fernando Brito, em seu blog:
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tornou-se a peça chave no destino do país.
E sabe que tem quatro ou cinco meses para usufruir desta importância, porque ela desaparecerá assim que o calendário tornar impossível o que ele, adia neste momento: a abertura de um processo de crime de responsabilidade – o que a gente conhece como impeachment – contra Jair Bolsonaro.
Por que, claro, não dá para pensar em impeachment durante uma campanha eleitoral, quando o voto da população se substitui ao dos parlamentares para decidir pela continuidade ou pelo fim de governo.
Isso, certamente, não escapa a um matreiro representante das oligarquias políticas nordestinas.
Que sabe, também, que Bolsonaro precisa do parlamento para isso e para os “pacotes de bondades” com que pretende recuperar a situação eleitoral desastrosa em que se encontra.
domingo, 27 de junho de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Onde estão os resultados do teto de gastos?
Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Brasil Debate:
O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.
A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.
O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.
A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.
À beira de um ataque de nervos
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Bolsonaro nunca foi equilibrado, mas está perdendo a noção. O chilique recente durante uma entrevista a uma jornalista não chega a espantar: o presidente foi autoritário, machista e grosseiro, como sempre. Mas o que parece ter ficado claro é que, desta vez, o comportamento era defensivo, covarde, amedrontado. Jair acusou o golpe. Anda com medo. E tem motivo para isso.
A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.
Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.
A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.
Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.
"Reforma" administrativa alimenta corrupção
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
O primeiro impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 será o aumento da corrupção na administração pública, aponta nota técnica assinada por Vinícius Amaral, consultor legislativo no Senado. “Esse é um efeito extremamente preocupante, pois a corrupção é um fenômeno persistente e de graves dimensões no Brasil”, afirma. A PEC da “reforma” administrativa está sendo discutida por uma comissão especial na Câmara.
A conspiração para tirar Bolsonaro da eleição
Por Helio Doyle, no site Congresso em Foco:
A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.
O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.
A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.
O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.
Sete potências e um destino
Reprodução do Facebook |
A China permanece sendo uma “civilização”
que finge ser um Estado-nação […]
e que nunca produziu temática religiosa
de espécie alguma, no sentido ocidental.
Os chineses jamais geraram um mito da criação cósmica
e seu universo foi criado pelos próprios chineses.
Henry Kissinger,. Sobre a China
O espetáculo foi montado de forma meticulosa, em cenários magníficos, e com uma coreografia tecnicamente perfeita. Primeiro foi o encontro bilateral entre Joe Biden e Boris Johnson, os líderes das duas grandes potências que estiveram no centro do poder mundial nos últimos 300 anos. A assinatura de uma nova Carta Atlântica foi a forma simbólica de reafirmar a prioridade da aliança anglo-americana frente aos demais membros do G7 e seus quatro convidados, que se reuniram nos dias 11 e 12 de junho numa praia da Cornuália, sul da Inglaterra, como um ritual de retorno dos Estados Unidos à liderança da “comunidade ocidental”, depois dos anos isolacionistas de Donald Trump. Em seguida, os sete governantes voltaram a se encontrar em Bruxelas, na reunião de cúpula da OTAN encarregada de redefinir a estratégia da organização militar euro-americana para as próximas décadas do século XXI. E ali mesmo, na capital da Bélgica, o presidente americano reuniu-se com os 27 membros da União Europeia pela primeira vez desde o Brexit e, portanto, sem a presença da Grã-Bretanha. Por fim, para coroar esse verdadeiro tour de force de Joe Biden em território europeu, o novo presidente dos Estados Unidos teve um encontro cinematográfico com Vladimir Putin num palácio do século XVIII, no meio de um bosque de pinheiros, às margens do Lago Leman, em Genebra, Suíça.
A ocupação das terras da usina Cambahyba
“Ocupamos as terras da Cambahyba para exigir justiça para Cícero Guedes”. Foto: Pablo Vergara |
Há 25 anos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marca sua trajetória no Rio de Janeiro com a ocupação de terras das fazendas da falida usina Capelinha, em Conceição de Macabu. A ocupação se deu em resposta ao latifúndio improdutivo e ao massacre do Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terras foram assassinados pelo governo do estado (PSDB) no Pará em abril de 1996. No ano seguinte o MST - RJ se consolidou com a ocupação da usina São João em Campos dos Goytacazes (RJ) dando origem ao assentamento Zumbi dos Palmares, onde mais de 500 famílias conquistaram sua terra para viver e produzir alimentos.
Dois exemplos a serem seguidos
Por João Guilherme Vargas Netto
Nos tempos anteriores à internet e à pandemia costumava-se dizer que uma imagem valia mais que mil palavras.
Esta métrica pode também ser aplicada hoje, porque um exemplo vale bem mais que muitas pregações.
Refiro-me a exemplos positivos que, embora pequenos em seus efeitos imediatos, têm uma enorme importância ao abrirem caminho para práticas equivalentes com iniciativas a serem reproduzidas.
Há dois exemplos atuais que ilustram bem estas cogitações.
Em São Paulo, o governo do Estado, criou um novo Vale Gás com auxílios emergenciais de 300 reais em três parcelas mensais para as famílias necessitadas poderem enfrentar a carestia dos botijões.
É um paliativo que ajuda os mais pobres a enfrentarem a queda e o coice da inflação de alimentos e o escorchante aumento do combustível para cozinhá-los.
Nos tempos anteriores à internet e à pandemia costumava-se dizer que uma imagem valia mais que mil palavras.
Esta métrica pode também ser aplicada hoje, porque um exemplo vale bem mais que muitas pregações.
Refiro-me a exemplos positivos que, embora pequenos em seus efeitos imediatos, têm uma enorme importância ao abrirem caminho para práticas equivalentes com iniciativas a serem reproduzidas.
Há dois exemplos atuais que ilustram bem estas cogitações.
Em São Paulo, o governo do Estado, criou um novo Vale Gás com auxílios emergenciais de 300 reais em três parcelas mensais para as famílias necessitadas poderem enfrentar a carestia dos botijões.
É um paliativo que ajuda os mais pobres a enfrentarem a queda e o coice da inflação de alimentos e o escorchante aumento do combustível para cozinhá-los.
O erro de Bolsonaro com os irmãos Miranda
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Ricardo Salles caiu, mas agora não queremos saber detalhes da queda de Salles. Não é a prioridade num dia tão cheio.
O que precisamos saber é do caso da Precisa e tentar entender por que Bolsonaro cometeu uma barbeiragem que um assessor de Odorico Paraguaçu não cometeria.
Precisamos saber tudo sobre a empresa envolvida na compra da Covaxin, a vacina de US$ 15, com chip de ouro.
Ricardo Salles será pisoteado pela boiada que ajudou a juntar e a defender, como aconteceu com todos os que se aproximaram de Bolsonaro e caíram em desgraça, ou quase todos.
Salles talvez não tenha a sorte de um Abraham Weintraub, arredado para Washington com salário de mais de R$ 100 mil.
Ricardo Salles caiu, mas agora não queremos saber detalhes da queda de Salles. Não é a prioridade num dia tão cheio.
O que precisamos saber é do caso da Precisa e tentar entender por que Bolsonaro cometeu uma barbeiragem que um assessor de Odorico Paraguaçu não cometeria.
Precisamos saber tudo sobre a empresa envolvida na compra da Covaxin, a vacina de US$ 15, com chip de ouro.
Ricardo Salles será pisoteado pela boiada que ajudou a juntar e a defender, como aconteceu com todos os que se aproximaram de Bolsonaro e caíram em desgraça, ou quase todos.
Salles talvez não tenha a sorte de um Abraham Weintraub, arredado para Washington com salário de mais de R$ 100 mil.
E se Bolsonaro não fosse corrupto?
Por Jair de Souza
Quem nunca se deparou com alguém que, ao ouvir críticas ao governo de Jair Bolsonaro, recorresse à seguinte argumentação: “Tudo bem, mas ele acabou com a corrupção”?
É certo que, a esta altura, não deve haver dúvidas para mais ninguém (nem mesmo para os bolsonaristas) de que o governo Bolsonaro é um dos mais corruptos da história de nossa República.
Os observadores mais atentos já associavam Jair Bolsonaro e seus filhos à corrupção muito antes de ele chegar à presidência: suas rachadinhas extraídas dos funcionários; seus vínculos com as milícias fluminenses; suas inúmeras propriedades imóveis adquiridas sem rendimentos legais que as pudessem justificar; entre outras coisas.
Quem nunca se deparou com alguém que, ao ouvir críticas ao governo de Jair Bolsonaro, recorresse à seguinte argumentação: “Tudo bem, mas ele acabou com a corrupção”?
É certo que, a esta altura, não deve haver dúvidas para mais ninguém (nem mesmo para os bolsonaristas) de que o governo Bolsonaro é um dos mais corruptos da história de nossa República.
Os observadores mais atentos já associavam Jair Bolsonaro e seus filhos à corrupção muito antes de ele chegar à presidência: suas rachadinhas extraídas dos funcionários; seus vínculos com as milícias fluminenses; suas inúmeras propriedades imóveis adquiridas sem rendimentos legais que as pudessem justificar; entre outras coisas.
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