quarta-feira, 21 de julho de 2021

Cuba e a cobertura desonesta da Globo

Foto: Yusmilis Dubrosky/Cubadebate
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Para início de conversa, não há dúvida de que a ocorrência de protestos em Havana é um fato relevante e de inegável interesse jornalístico, afinal é a primeira vez que a revolução cubana convive com mobilizações oposicionistas em 60 anos. No jargão jornalístico, trata-se de um autêntico caso de “pessoa mordendo o cachorro.”

O problema é quando o noticiário descamba para a manipulação descarada, a sonegação de informações importantes e a falta da contextualização mais primária. No final da noite desta sexta-feira (16) assisti a uma longa reportagem em um telejornal da GloboNews sobre a crise cubana.

Bolsonaro tenta se blindar com o Centrão

As seis décadas do bloqueio a Cuba

Bolsonaro está com medo do Lula?

Mortes por frio e as filas para ossos

Pazuello se reuniu com estelionatários

O que está acontecendo no Haiti?

Imposto de Renda e a reforma tributária

Bolsonaro entrega anéis e dedos ao Centrão

A mão "invisível" dos EUA sobre Cuba

terça-feira, 20 de julho de 2021

Dono da RedeTV! não paga nem o IPTU

Por Altamiro Borges


No início de junho, a prefeitura de São Paulo pediu à Justiça a penhora dos bens do apresentador Marcelo de Carvalho, sócio da RedeTV!, em razão de uma dívida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de R$ 29 mil. O empresário bolsonarista, famoso por sacanear os funcionários e colecionador de inúmeros processos judiciais, já foi penalizado? Ninguém mais fala sobre o assunto!

Segundo o site UOL, a dívida é de “um imóvel no Jardim Guedala, localizado próximo ao parque Alfredo Volpi, na zona sul da cidade. A casa, cujo valor venal é de R$ 4,5 milhões, fica em um terreno de 1.362 metros quadrados. Em 2018, o apresentador do ‘Mega Senha’ deixou de pagar quatro das dez parcelas do IPTU”.

Bolsonaro vetará fundo eleitoral? E o Centrão?

Por Altamiro Borges


Após desobstruir o intestino em um hospital luxuoso de São Paulo, o "capetão" voltou a obrar diante da imprensa. Na TV Brasil – que virou a TV Bolsonaro –, ele disse que sua "tendência" é vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional para o pleito de 2022. O neofascista também voltou a atacar e desrespeitar o parlamento.

O presidente “cagão”, porém, nada falou sobre os votos favoráveis ao fundo dos seus filhotes 01 e 03 – Flávio Rachadinha e Dudu Bananinha – ou dos seus jagunços mais fieis, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Marco Feliciano, Osmar Terra e Hélio Lopes. Ele preferiu agredir o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM).

A "mão dos EUA" na ascensão de Bolsonaro

Noam Chomsky. Foto: EFE
Por Mauro Calove, na Rede Brasil Atual:


O filósofo e linguista Noam Chomsky, em entrevista ao site Truthout, publicada nesta sexta-feira (16), fala do cenário brasileiro, em especial do governo de Jair Bolsonaro.

Chomsky compara o presidente brasileiro ao ex-mandatário estadunidense Donald Trump, embora ressalte que, em muitos aspectos, a imitação é pior do que o original.

Ao abordar as condições que ajudaram a levar Bolsonaro ao poder no Brasil, Chomsky destaca que, com a queda dos preços das commodities alguns anos após a saída de Lula da presidência, “a direita brasileira – com incentivo, senão apoio direto dos EUA – viu a oportunidade de retomar o país em suas mãos e reverter os programas de bem-estar e inclusão que eles desprezaram”.

Lições de uma vitória espetacular no Peru

Pedro Castillo. Foto: Getty Images
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Um mês e 12 dias depois de ganhar as eleições presidenciais nas urnas, o candidato Pedro Castillo teve a vitória reconhecida e caminha para tomar posse como novo presidente do Peru.

A decisão deve ser comemorada, mas é preciso reconhecer um fato grave.

Ainda que magra, por uma diferença na casa dos 40.000 votos, ou 50,2% dos sufrágios, a absurda espera pelo reconhecimento oficial do resultado é uma advertência sobre a sobrevivência de forças golpistas no Peru, em particular, e na América do Sul, em geral.

País que em 1962 deu início a um ciclo de golpes militares da América do Sul, que dois anos depois incluiria o 31 de março de 64 que derrubou João Goulart no Brasil, nas últimas semanas o Peru assistiu a cenas preocupantes do ponto de vista da democracia.

A mamata veste farda?

Por Vinícius Segalla, no jornal Brasil de Fato:

Pelo menos sete filhos, filhas, pai, irmãos e parentes em geral de militares com cargos no primeiro escalão do governo federal foram nomeados a cargos públicos de confiança da administração federal desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019.

No último dia 9, o Brasil de Fato publicou reportagem que mostra dez casos de suspeita de corrupção e crimes envolvendo militares ligados aos Bolsonaro que foram denunciados desde 2019, quando o ex-capitão do Exército assumiu a Presidência da República:

Publica-se, agora, a lista de contratações do governo Bolsonaro que beneficiam ou beneficiaram parentes de militares.

O declínio neoliberal e a reação estatal

Por Marcio Pochmann, no site Carta Maior:

Após a Guerra dos Trinta anos (1618-1648), quando as tensões religiosas (católicos e protestantes) contaminavam intensamente o território europeu, a Paz de Westfália lançou as bases do sistema soberano dos Estados Nacionais (Interestatal) que perdura até os dias de hoje.

Organizados de forma centralizada e detentores de moeda e sistemas nacionais próprios como as forças armadas, os Estados passaram atuar gradualmente sem mais contar com o suporte da Igreja Católica, até então responsável pelo sistema mundial de equilíbrio dos poderes em curso desde o ano de 380, quando o Império Romano assumiu o cristianismo como a religião oficial.

Como evitar a morte dos sindicatos

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:


Recentemente o Escritório Regional do DIEESE em Santa Catarina realizou uma pesquisa, muito simples, com o objetivo de obter insumos para um seminário sobre sindicalização que realizou em fevereiro/20. Indagados sobre “quais as principais dificuldades para desenvolver o trabalho de sindicalização”, os dirigentes e assessores sindicais deram as seguintes respostas:

1. Prevalece na sociedade a hegemonia de ideias como: valorização do individualismo, competição, culto à meritocracia, ambição sem limites;

2. Por outro lado, há uma desqualificação de ideias como: solidariedade, cooperação, união, luta coletiva e inclusão;

Semipresidencialismo e DNA golpista da elite

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Parece piada, mas não é: no forno golpista das oligarquias dominantes está sendo cozinhada a proposta de semipresidencialismo. Com a ausência de opções competitivas para bater eleitoralmente Lula em 2022, as oligarquias se mobilizam em torno deste propósito.

A turma que manda, desmanda e desmancha o país não tem o mínimo pudor e tampouco compromisso honesto com a democracia. Está decidida a novamente virar a mesa para impedir a eleição do ex-presidente Lula. Caso não consigam, planejam convertê-lo num “semi-presidente”.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Os militares que vestiram a carapuça

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


Não fosse trágico, o caso Davati serviria como um excelente roteiro para uma comédia pastelão. Um bando de pilantras bolsonaristas, daquele tipo de malandro especialista em aplicar o conto do vigário em rodoviária de cidade do interior, envolve do mais baixo escalão até o Secretário Executivo do Ministério da Saúde em um golpe revestido de um primarismo absolutamente inacreditável. No centro desta piada de mau gosto estão Cristiano Carvalho, o tipo de malandro que não acerta uma, um cabo da Polícia Militar e um pastor evangélico.

A ‘rachadinha” logística na Saúde

Por Fernando Brito, em seu blog:


A CPI da Covid entrou em recesso até o dia 3 de agosto, mas os escândalos não estão de férias.

Reportagem do UOL publicada esta madrugada dá conta de que está sendo investigado um suposto esquema de corrupção nos contratos entre o Ministério da Saúde e a VTCLog, uma empresa de logística que assumiu a distribuição de medicamentos e outros insumos médico-hospitalares públicos.

No centro da trama estariam Roberto Ferreira Dias e seu padrinho político, Ricardo Barros, líder do governo e dois outros políticos, de nome não revelados, que receberiam, somados, 10% de um contrato que custou, em cinco anos, R$ 592.733.096,15 aos cofres públicos.

Seriam, assim, R$ 988 mil mensais de “comissão” dos quais caberiam R$ 98 mil a Dias e R$ 296 mil a cada um dos três políticos.