![]() |
| Ilustração do site Redacción Mayo |
“Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira como tragédia, a segunda como farsa.” - (Karl Marx, O 18 brumário de Luís Bonaparte).
Qualquer leitura dos tempos atuais falará da ascensão planetária de forças políticas que transitam do autoritarismo puro e simples a engenhos fascistas, relembrando os processos sociopolíticos das primeiras décadas do século passado, animados pelas brutais desigualdades sociais. Após conquistarem a Itália e a Alemanha, essas forças engolfaram o mundo na Segunda Guerra Mundial, catástrofe intermitente que chega aos nossos dias com um novo figurino, novos meios de expressão e novas nomenclaturas, mas sempre aterrorizante e, mais que nunca, apontando para desfechos de atrocidade inimaginável, na medida em que inimaginável é o crescente poder suicida da sociedade humana, mais próxima de Hobbes do que de Rousseau.



