Estamos a 61 anos do golpe de 1º de abril de 1964, e a 40 anos do fim da ditadura. Mesmo após a reconstitucionalização, o regime castrense sobreviveu como bedel do país democratizado. Graças a um pacto transacionado nos salões de Brasília, imunes aos sons do povo nas ruas, elegemos Tancredo Neves para dar posse a José Sarney, o último grande líder civil do partido da ditadura. Assim, ingressamos na frustrada “Nova República” e chegamos à Constituinte de 1988, condicionada pela concordata com os militares - acordo que compreendia veto à Constituinte ordinária (que nos permitiria passar o país a limpo), veto à revisão da anistia capenga (que só beneficiava os criminosos), veto ao julgamento dos crimes da caserna e, cereja do bolo, o infame art. 142, ditado pelo general Pires Gonçalves, estafeta designado pela caserna para vigiar os trabalhos dos parlamentares. Foi assim que nasceu a “Constituição Cidadã” do dr. Ulysses, um belo projeto que vem sendo continuadamente desconstituído, dilapidado - seja pelo neoliberalismo voraz, seja pela direita em seu largo espectro.
domingo, 13 de abril de 2025
É preciso sair do imobilismo
Por Roberto Amaral
Estamos a 61 anos do golpe de 1º de abril de 1964, e a 40 anos do fim da ditadura. Mesmo após a reconstitucionalização, o regime castrense sobreviveu como bedel do país democratizado. Graças a um pacto transacionado nos salões de Brasília, imunes aos sons do povo nas ruas, elegemos Tancredo Neves para dar posse a José Sarney, o último grande líder civil do partido da ditadura. Assim, ingressamos na frustrada “Nova República” e chegamos à Constituinte de 1988, condicionada pela concordata com os militares - acordo que compreendia veto à Constituinte ordinária (que nos permitiria passar o país a limpo), veto à revisão da anistia capenga (que só beneficiava os criminosos), veto ao julgamento dos crimes da caserna e, cereja do bolo, o infame art. 142, ditado pelo general Pires Gonçalves, estafeta designado pela caserna para vigiar os trabalhos dos parlamentares. Foi assim que nasceu a “Constituição Cidadã” do dr. Ulysses, um belo projeto que vem sendo continuadamente desconstituído, dilapidado - seja pelo neoliberalismo voraz, seja pela direita em seu largo espectro.
Estamos a 61 anos do golpe de 1º de abril de 1964, e a 40 anos do fim da ditadura. Mesmo após a reconstitucionalização, o regime castrense sobreviveu como bedel do país democratizado. Graças a um pacto transacionado nos salões de Brasília, imunes aos sons do povo nas ruas, elegemos Tancredo Neves para dar posse a José Sarney, o último grande líder civil do partido da ditadura. Assim, ingressamos na frustrada “Nova República” e chegamos à Constituinte de 1988, condicionada pela concordata com os militares - acordo que compreendia veto à Constituinte ordinária (que nos permitiria passar o país a limpo), veto à revisão da anistia capenga (que só beneficiava os criminosos), veto ao julgamento dos crimes da caserna e, cereja do bolo, o infame art. 142, ditado pelo general Pires Gonçalves, estafeta designado pela caserna para vigiar os trabalhos dos parlamentares. Foi assim que nasceu a “Constituição Cidadã” do dr. Ulysses, um belo projeto que vem sendo continuadamente desconstituído, dilapidado - seja pelo neoliberalismo voraz, seja pela direita em seu largo espectro.
O tarifaço de Trump e a maldade imperialista
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| Charge: Ramón Díaz Yanes/Cartoon Movement |
Com a perda de fatias significativas do mercado internacional, bem como do seu supremacismo geopolítico-tecnológico no mundo, principalmente para a China, com a consequente perda da hegemonia da sua poderosa moeda – o dólar -, o Imperialismo Estadunidense reage e utiliza-se do seu histórico arsenal de malweres powers para tentar recuperar-se e manter-se geopoliticamente hegemônico.
O tarifaço de Trump aos mercados nacionais abalou as economias mundiais, fez desabar os índices das bolsas de valores, desestabilizou a ordem econômico-financeira e criou incertezas profundas no cenário internacional. É uma medida tresloucada e insana, eivada do viés escatológico, sórdido e sádico supremacista yankee, que nunca, historicamente, vislumbrou o desenvolvimento das nações parceiras e sempre revestiu-se de um espectro predatório e explorador para usurpar os recursos naturais estratégicos das nações do Sul Global.
sábado, 12 de abril de 2025
sexta-feira, 11 de abril de 2025
76% apoiam taxação dos ricaços, que resistem
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| Charge: Cazo |
O governo Lula acertou em cheio ao propor a isenção de impostos para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos ricaços que ganham acima de R$ 50 mil por mês. Desta forma, o presidente honra o compromisso da campanha eleitoral e dá um passo, ainda que tímido, para garantir maior justiça tributária no país. Mas não será fácil emplacar a medida. A resistência dos bilionários, feita nos bastidores do Congresso Nacional, é violenta. Será necessária intensa pressão da sociedade – nas ruas e nas redes – para aprovar o projeto que conta com forte respaldo popular.
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Mamãe Falei do MBL sofre novo revés na Justiça
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| Charge: Aroeira/247 |
A Justiça de São Paulo rejeitou nessa semana o pedido do ex-deputado estadual Arthur do Val, vulgo Mamãe Falei, para anular a cassação do seu mandato. Um dos principais líderes do grupelho fascistoide Movimento Brasil Livre (MBL), ele foi cassado em maio de 2022 depois do vazamento de áudios com comentários misóginos feitos após viagem à Ucrânia realizada sob o falso pretexto de ajudar refugiados que estavam deixando o país em decorrência da guerra contra a Rússia.
A grande contradição e o dia a dia sindical
Por João Guilherme Vargas Netto
Durante as muitas décadas de sua existência o sindicalismo se equilibra entre o movimento e a instituição, os dois polos contraditórios que lhe dão vida.
Mas, em geral, os estudos, descrições e prognósticos sobre o fenômeno não consideram esta dialética, separando os termos de acordo com a especialidade. Assim, as ciências históricas e sociais privilegiam o movimento, enquanto as disciplinas jurídicas dão peso ao institucional.
Este descasamento compromete a compreensão mais aprofundada do sindicato e das outras entidades prejudicando a análise e as conclusões.
Durante as muitas décadas de sua existência o sindicalismo se equilibra entre o movimento e a instituição, os dois polos contraditórios que lhe dão vida.
Mas, em geral, os estudos, descrições e prognósticos sobre o fenômeno não consideram esta dialética, separando os termos de acordo com a especialidade. Assim, as ciências históricas e sociais privilegiam o movimento, enquanto as disciplinas jurídicas dão peso ao institucional.
Este descasamento compromete a compreensão mais aprofundada do sindicato e das outras entidades prejudicando a análise e as conclusões.
Não à independência do Banco Central!
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| Charge: Kayser |
Em meio às turbulências causadas pela iniciativa de Donal Trump e seu tarifaço global, algumas iniciativas na política local acabaram passado meio desapercebidas dos grandes meios de comunicação. Em especial, causou grande preocupação a manifestação pública do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado Federal, Rogério Carvalho, a favor da PEC 65/23. Trata-se de um documento que foi apresentado ao poder legislativo ainda em novembro de 2023 e que foi protocolado pelo Senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO) em conjunto com uma lista extensa de colegas seus, todos do campo conservador.
Gilvan da Federal: tão imundo quanto seu chefe
Por Bepe Damasco, em seu blog:
A verdade nua e crua: com exceção dos que seguem o ex-presidente Bolsonaro por ignorância, analfabetismo político, alienação ou enganados por falsos profetas da fé, a maioria da malta bolsonarista é formada pela escória da sociedade brasileira.
São pessoas que compartilham dos valores mais nefastos pregados publicamente pelo seu chefe e que compõem o ideário da extrema-direita brasileira e mundial, como o racismo, a misoginia, a homofobia, o repúdio às artes e à ciência, o ódio devotado aos pobres, o apego à violência e o desprezo pelos direitos humanos mais elementares.
Quando o deputado Gilvan da Federal diz que torce pela morte de Lula, ele está apenas ecoando as intenções de assassinar não só Lula, mas também Alckmin e Alexandre de Moraes, manifestadas por militares de alta patente da Operação Punhal Verde e Amarelo, desvendada pela Polícia Federal.
A verdade nua e crua: com exceção dos que seguem o ex-presidente Bolsonaro por ignorância, analfabetismo político, alienação ou enganados por falsos profetas da fé, a maioria da malta bolsonarista é formada pela escória da sociedade brasileira.
São pessoas que compartilham dos valores mais nefastos pregados publicamente pelo seu chefe e que compõem o ideário da extrema-direita brasileira e mundial, como o racismo, a misoginia, a homofobia, o repúdio às artes e à ciência, o ódio devotado aos pobres, o apego à violência e o desprezo pelos direitos humanos mais elementares.
Quando o deputado Gilvan da Federal diz que torce pela morte de Lula, ele está apenas ecoando as intenções de assassinar não só Lula, mas também Alckmin e Alexandre de Moraes, manifestadas por militares de alta patente da Operação Punhal Verde e Amarelo, desvendada pela Polícia Federal.
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