domingo, 10 de agosto de 2025

A volta do pato Skaf à presidência da Fiesp

Por Altamiro Borges


Na semana passada, uma figura de triste memória, expressão caricata da cloaca burguesa nativa, voltou à ribalta. O “industrial sem indústria” Paulo Skaf foi eleito em chapa única, sem qualquer oposição, para presidir novamente a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp.

Segundo matéria da Folha, “dos 105 sindicatos da indústria aptos a votar, 100 depositaram votos. Desses, apenas um votou em branco e os demais escolheram a chapa encabeçada por Skaf. Em janeiro de 2026, ele assumirá o quinto mandato no comando da federação e, ao fim dele, terá fechado 20 anos liderando a entidade que reúne os sindicatos industriais do maior estado brasileiro, em um momento de pressão sob o setor com tarifaço para exportação e juros altos”.

Romário vira alvo da fúria bolsonarista

Por Altamiro Borges


O senador Romário (PL-RJ) informou na semana passada ao presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, que não vai assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo interlocutores próximos ao ex-jogador ouvidos pelo blog O Cafezinho, “Romário avalia que o movimento, liderado por aliados de Bolsonaro, tem caráter mais simbólico do que efetivo, e que não há base política suficiente para levar o processo adiante. Por isso, ele julga que não vale a pena comprar um desgaste com o Supremo, especialmente com um ministro com quem mantém relação respeitosa e institucional”.

Jovem Pan é punida por fake news contra Janja

Por Altamiro Borges


O jornalista Rogério Gentile informou no site UOL nesta quinta-feira (7) que “a Justiça paulista aceitou recurso apresentado pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, e determinou que a Jovem Pan e a comentarista Pietra Bertolazzi paguem indenização de R$ 30 mil” por danos morais. A emissora – também apelidada de Jovem Klan, por seu conteúdo de ódio – até tentou se safar, afirmando não ser responsável pelas fake news da sua capanga, mas dançou e foi punida.

Em setembro de 2022, na véspera das eleições presidenciais, Pietra Bertolazzi afirmou que Janja consumia drogas ao compará-la com a “pura” Michelle Bolsonaro, cônjuge do fascista. “Enquanto você tem ali a Janja abraçando o Pablo Vittar e fumando maconha, fazendo sei lá o que, você tem uma mulher impecável representando a direita, os valores, a bondade, a beleza”, obrou na época a “comentarista” da Jovem Pan ao atacar um ato de apoio de artista ao candidato do PT.

Ataque ao Brasil pode ser fator de mobilização

Charge: Sherif Arafa/Cartoon Movement
Por Roberto Amaral

A natureza da agressão dos EUA ao nosso país é claramente intervencionista, política na origem e nos objetivos que persegue. A escandalosa coação ao Judiciário, imiscuindo-se em nossa domesticidade em nível jamais conhecido entre nações soberanas em paz, tanto quanto o “tarifaço”, atingindo em cheio nossa economia e anunciando desemprego, não se encerra em si mesma, pois muito está por vir, e o que nos espera poderá agravar-se se não encontrar a resistência de uma sociedade organizada, apta à mobilização e preparada política e ideologicamente.

Os idos de 2025 olham para 2026.

Trump age como se Brasil fosse uma colônia

Lula sobe o tom contra os traidores da pátria

Dino rebate ameaça da embaixada dos EUA

sábado, 9 de agosto de 2025

Jovem Pan é punida por fake news contra Janja

Extrema-direita sequestra o Congresso

Qual a importância do Brics?

O motim bolsonarista no Congresso Nacional

Guerra comercial: Brics responderá a Trump?

Bolsonaristas devem ser punidos por baderna

Por 11 a 3, Dallagnol sofre nova surra no STJ

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


Em sessão nesta quarta-feira (6), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) impôs mais uma surra ao fascistinha Deltan Dallagnol, ex-procurador da República e deputado federal cassado do partido Novo. Ela decidiu que o Tribunal de Contas de União (TCU) deverá continuar a investigá-lo sobre a suspeita de recebimento indevido de diárias e passagens durante a midiática Operação Lava-Jato. O placar da derrota foi acachapante: 11 votos a 3.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Trump, o imperador do mundo

Charge: Pete Kreiner/Austrália-IranCartoon
Por Frei Betto, na Revista Opera:

A guerra é como Jano, tem várias faces. Além de bélica, ocorre também por via diplomática, econômica, política e cultural. A cultural consiste em impor a versão do dominador sobre os dominados. É o que sempre fizeram as indústrias de entretenimento da Disney e de Hollywood.

Agora Trump declara guerra econômica ao Brasil ao prometer que, a partir de 1º de agosto, imporá tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros importados pelos EUA, caso o processo contra Bolsonaro, que ele considera uma “witch hunt” (perseguição política), não seja imediatamente arquivado.

Essa intromissão imperialista no Judiciário brasileiro (oito juízes do STF estão proibidos de ingressar nos EUA) teve apenas um precedente grave em mais de 200 anos de relações entre os dois países: o golpe de 1964, que derrubou o presidente João Goulart, constitucionalmente eleito, e impôs uma ditadura militar que durou 21 anos.

Fascistas repetem ditadura e fecham Congresso

Charge: Claudio Duarte
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Uma horda de deputados e senadores bolsonaristas repetiu a ditadura e fechou o Congresso Nacional.

A ditadura [1964/1985] fechou o Congresso Nacional em três ocasiões.

A primeira vez, em outubro de 1966, com base no Ato Institucional nº 2 [AI-2] que concedia ao ditador de plantão o poder de decretar "recesso" do parlamento, o general-ditador Castello Branco decretou o fechamento do Congresso por um mês "para conter um agrupamento de elementos contra-revolucionários formado no Legislativo com a finalidade de tumultuar a paz pública".

Depois, em dezembro de 1968, o marechal-ditador Costa e Silva decretou o AI-5 e fechou novamente o Congresso "para combater a subversão e as ideologias contrárias às tradições de nosso povo".

Imprensa dá holofote para delinquentes

Charge: Bira Dantas
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Não faz tanto tempo a imprensa comercial ignorava solenemente deputados e senadores que não tinham nada a dizer, a não ser sandices e declarações marcadas pelo racismo, a misoginia, a homofobia, pela violência e por ataques aos valores democráticos e aos direitos humanos.

Figuras deploráveis e de baixa extração como Bolsonaro, fora um outro discurso de ódio que viravam notícia, ficavam no anonimato durante grande parte de seus mandatos. O que mais se sabia a respeito de Bolsonaro é que se tratava de um fanático caricato que lutava pelos salários dos militares.

O episódio explícito de delinquência que foi o sequestro da Câmara e do Senado por arruaceiros da extrema direita não teria ocorrido não fosse a certeza de que eles agora são as estrela do noticiário, que são levados a sério, que aparecem no Jornal Nacional, marcam presença ao vivo na GloboNews e ocupam manchetes dos jornalões.

Mídia nativa dá show de vassalagem a Trump

Charge: Daryl Cagle
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Começou a valer nesta quarta-feira (6/8) o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a 3.800 produtos brasileiros. Na guerra que desencadeou contra praticamente todos os países, valendo-se de tarifas como pressão econômica, a relativa aos produtos brasileiros é a mais alta e não apresenta qualquer justificativa técnica.

O próprio Trump mentiu na postagem que fez quando, em 9 de julho, anunciou o tarifaço contra o Brasil, pois alegou que o nosso país era superavitário nestas transações. E é exatamente o contrário. Naquele mesmo comunicado, em sua rede social, ele misturou alhos com bugalhos possivelmente para tentar confundir a opinião pública.

Déficit? Economia? É a geopolítica, estúpido!

Reprodução da internet
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:

As tarifas absurdas (50%) impostas à Índia demonstram que o Brasil não está isolado. Como havia observado antes, Trump montou uma grande ofensiva contra os principais membros do Brics.

A questão principal é geopolítica. A questão “Bolsonaro”, embora influa também, é secundária.

Não foi por coincidência que as tarifas de 50% contra o Brasil tivessem sido anunciadas logo após a reunião do Brics, no Rio de Janeiro. Trump ficou furioso com as menções, na declaração, às transações em moedas locais, à construção de sistemas de telecomunicações próprios, à superação do unilateralismo etc.

A ofensiva contra o Brics é ampla e tem caráter estratégico, de longo prazo.

Rússia, China, Brasil e a África do Sul, cujo presidente, Cyril Ramaphosa, foi humilhado publicamente na Casa Branca, já tinham sido objeto das agressões e da ofensiva.

R$ 23 bi gastos com tecnologia estrangeira