quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Bolsonaro já admite que pode fugir

Isenção do IR desnorteia mercado e mídia

Charge: CrisVector
Por Bepe Damasco, em seu blog:


O enredo já estava programado pelo mercado financeiro e pelos seus porta-vozes na imprensa comercial: o presidente Lula ou seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de joelhos, anunciando cortes nos chamados gastos obrigatórios do governo, que atingiriam apenas o andar de baixo, com tesouradas no BPC, nos abonos salariais, no seguro-desemprego e no salário mínimo.

Em vez de se submeter a esse script desgastante, o ministro Haddad ocupou cadeia de rádio e TV para anunciar de forma altiva o cumprimento de compromisso de campanha do presidente Lula, que é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil reais.

Eles ainda estão aqui

Charge: Quinho
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Bolsonaro só chegou aonde chegou e o Brasil quase mergulhou numa ditadura feroz porque os militares criaram as condições para isso.

Por um triz não houve uma mudança de regime; faltou muito pouco. Se a conspiração tivesse sido exitosa, o Brasil submergiria numa ditadura militar terrível.

A trama golpista foi urdida no Planalto e na caserna, com envolvimento central de generais do Alto Comando do Exército e da alta oficialidade das três Forças. Não por outra razão 25 dos 37 indiciados inicialmente pela Polícia Federal são oficiais militares.

O empreendimento golpista era um meio para o objetivo final – a concretização do projeto de poder militar acalentado pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, sobretudo por aqueles setores do porão do velho regime que nunca aceitaram a transição lenta, gradual e segura, e, tampouco, o fim da ditadura, porque desejavam um “regime eterno”, pois entendem que os paisanos são incompetentes, corruptos e incapazes de conduzir os destinos do país.

Divulgar as lutas e as conquistas

Por João Guilherme Vargas Netto


O pagamento neste fim de ano do 13º salário é uma boa oportunidade para o movimento sindical retraçar a origem e a trajetória de lutas desta conquista.

O 13º salário foi pago em 1945 aos eletricitários de São Paulo como abono de Natal e foi equivalente, na época, à reposição da inflação anual. Logo em seguida outras categorias o conquistaram e esta reivindicação passou a fazer parte das pautas sindicais, de negociações, de congressos e de greves, até que em 1962, depois de uma greve geral e considerado “desastroso” pelo Globo, o 13º salário foi garantido por lei.

Qual regulação de IA queremos?

Bolsonaro confessa crimes em coletiva

PF conclui que Bolsonaro tentou o golpe

Haddad eleva isenção do Imposto de Renda

Forças Armadas e subordinação ao Pentágono

Militares chamam Bolsonaro de covarde

PF encontra o plano de golpe de Bolsonaro

terça-feira, 26 de novembro de 2024

‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista

Divulgação
Por Altamiro Borges


Até a semana passada, o filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, já havia ultrapassado a marca de um milhão de espectadores e arrecadado R$ 23,5 milhões. O longa é ambientado nos anos de chumbo da ditadura militar e narra a saga heroica de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado, torturado e morto a mando dos generais. Além do êxito nas bilheterias, ele venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza e concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025.

A estranha harmonização facial de Nunes

Charge: Bruno Struzani/@desenholadino
Por Altamiro Borges


No início de novembro, o site UOL revelou que Ricardo Nunes, prefeito reeleito de São Paulo, foi presenteado por uma clínica de luxo com um procedimento de “harmonização facial”. A própria empresa postou as fotos em suas redes, mas logo deletou devido à repercussão negativa. O caso é grave, tanto que deixou irritado o oportunista do MDB que se aliou ao “capetão” Jair Bolsonaro no pleito municipal. A denúncia, porém, logo sumiu do noticiário da imprensa chapa-branca.

Golpismo, Bolsonaro e o papel dos militares

Bolsonaro chora e diz que pode ser preso

PF põe Bolsonaro no centro do alvo

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Moraes manda inquérito do golpe para a PGR

Extrema direita vai abandonar Bolsonaro?

Questões correntes sobre a ação golpista

Charge: Quinho
Por Manuel Domingos Neto

Estivemos à beira de mais uma ditadura?

Estaremos sempre, enquanto persistir a síndrome pós-Guerra do Paraguai. Homens armados se veem superiores aos desarmados. Se bem treinados, maior a sensação de superioridade. Se enfileirados, uniformizados e afastados da convivência social, imaginam-se capazes de tudo. Pretendem-se dignos de glória e subjugam os que lhes sustentam. Para o poder político, comandá-los é tarefa obrigatória. Não há meios termos: ou comanda ou é submetido.

Os ânimos nos quais quartéis estão acirrados?

O clima é de apreensão sobre os desdobramentos das investigações. Há profundo mal-estar com a saraivada de denúncias e críticas desabonadoras. Corporações têm instinto de defesa: percebendo-se atacadas, tendem a se unir, não a se fragmentar.

Banditismo militar e recuo republicano

Charge: Latuff/247
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Quando a serpente rompe a casca do ovo e não é, de imediato, esmagada, ela sai espargindo a peçonha até contaminar todo o organismo democrático. As consequências, como é sabido, vêm depois, e não há mais do que reclamar.

Nosso governo, no auge do respaldo popular, pois recém-saído de eleições presidenciais vitoriosas (com dificuldade embora), renunciou ao dever republicano de assumir o comando político do país e ditar-lhe o rumo, quando, em janeiro de 2023, fomos agredidos – o país, seu povo –, por uma tentativa de sublevação institucional. O vácuo ensejou a presença de novos agentes, e um deles é o STF. Ficamos, pelo menos aparentemente, na plateia. Nossos partidos sem iniciativa. Como se tudo tivesse começado e terminado ali.