Por Altamiro Borges
Com base numa denúncia do Instituto Alana, organização não-governamental que trata do consumo infantil, a Fundação Procon de São Paulo decidiu multar o McDonald’s, a poderosa multinacional estadunidense de fast-food, em R$ 3,192 milhões pela prática irregular, criminosa, da venda casada de alimentos com brinquedos – no conjunto conhecido como McLanche Feliz.
A denúncia da Alana foi feita em 2010. A ONG alegou que a associação entre a venda de alimentos e brinquedos “cria uma lógica de consumo prejudicial e incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde”. Mas o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) desprezou e desqualificou a iniciativa da Alana, agora validada pelo Procon.
Sedução do público infantil
A estratégia de marketing da rede de fast-food para seduzir as crianças é juntar ao lanche um brinde com personagens conhecidos pelo público infantil. Desde a denúncia, em 2010, o Procon registrou mais de 18 campanhas publicitárias da empresa dirigidas ao público infantil. Na fase atual, com amplo espaço midiático, os brindes são personagens do filme “O gato de botas”.
Segundo informa Luana Lourenço, da Agência Brasil, o McDonald’s ainda pode recorrer da multa. “Em nota, a assessoria de imprensa da multinacional informou que a empresa não comenta processos em andamento, mas ‘respeita rigorosamente as diretrizes legais na comunicação com seus públicos’. O grupo alega ainda que segue um ‘rigoroso’ código de autorregulamentação publicitária”.
Marketing e trabalho escravo
A poderosa multinacional é reincidente no crime. Em 2009, uma promotoria já havia recomendado que o McDonald's e outras redes de fast-food deixassem de oferecer brinquedos com os menus infantis para evitar que incitassem uma alimentação pouco saudável. A empresa, aparada na tal “autoregulamentação” e na cumplicidade do Conar, nunca levou a sério as recomendações.
Além das jogadas de marketing para seduzir o público infantil, recentemente a rede de fast-food foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes por explorar jovens funcionários em condições análogas ao trabalho escravo. Eles ficam “presos” nos estabelecimentos, sem receber os salários correspondentes. Como se vê, o McDonald’s faz muita gente infeliz!
Com base numa denúncia do Instituto Alana, organização não-governamental que trata do consumo infantil, a Fundação Procon de São Paulo decidiu multar o McDonald’s, a poderosa multinacional estadunidense de fast-food, em R$ 3,192 milhões pela prática irregular, criminosa, da venda casada de alimentos com brinquedos – no conjunto conhecido como McLanche Feliz.
A denúncia da Alana foi feita em 2010. A ONG alegou que a associação entre a venda de alimentos e brinquedos “cria uma lógica de consumo prejudicial e incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde”. Mas o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) desprezou e desqualificou a iniciativa da Alana, agora validada pelo Procon.
Sedução do público infantil
A estratégia de marketing da rede de fast-food para seduzir as crianças é juntar ao lanche um brinde com personagens conhecidos pelo público infantil. Desde a denúncia, em 2010, o Procon registrou mais de 18 campanhas publicitárias da empresa dirigidas ao público infantil. Na fase atual, com amplo espaço midiático, os brindes são personagens do filme “O gato de botas”.
Segundo informa Luana Lourenço, da Agência Brasil, o McDonald’s ainda pode recorrer da multa. “Em nota, a assessoria de imprensa da multinacional informou que a empresa não comenta processos em andamento, mas ‘respeita rigorosamente as diretrizes legais na comunicação com seus públicos’. O grupo alega ainda que segue um ‘rigoroso’ código de autorregulamentação publicitária”.
Marketing e trabalho escravo
A poderosa multinacional é reincidente no crime. Em 2009, uma promotoria já havia recomendado que o McDonald's e outras redes de fast-food deixassem de oferecer brinquedos com os menus infantis para evitar que incitassem uma alimentação pouco saudável. A empresa, aparada na tal “autoregulamentação” e na cumplicidade do Conar, nunca levou a sério as recomendações.
Além das jogadas de marketing para seduzir o público infantil, recentemente a rede de fast-food foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes por explorar jovens funcionários em condições análogas ao trabalho escravo. Eles ficam “presos” nos estabelecimentos, sem receber os salários correspondentes. Como se vê, o McDonald’s faz muita gente infeliz!
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