terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Grécia: 15 mil demissões e arrocho

Por Altamiro Borges

Na semana passada, alguns “analistas econômicos”, que mais parecem porta-vozes do capital financeiro, andaram difundindo que o pior da crise já estava passando na Europa. Na GloboNews teve até gente que elogiou a conduta “técnica” do primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, ex-agente do Goldman Sachs, que ocupou o posto sem sequer passar por eleições democráticas. Um golpe dos bancos!
Hoje, porém, os jornais noticiam o novo pacote de austeridade fiscal do governo grego. Ele é violento. Para salvar os banqueiros, ele prevê corte de 20% no salário-mínimo, mais 15 mil demissões de servidores públicos e redução das aposentadorias e pensões. O ajuste é mais uma exigência da famosa troika – União Européia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu (BCE).

Com exceção do Partido Comunista da Grécia, as três principais organizações partidárias do país – o partido “socialista” (Pasok), a Nova Democracia (de direita) e o agrupamento nacionalista Laos – já concordaram com o pacote de austeridade. Alegam que ele é indispensável para o país receber um novo empréstimo de 130 bilhões de euros. A chantagem dos banqueiros é descarada!

2 comentários:

Vangelis54 disse...

Uma nova forma de colonizar, só falta distribuir espelhos e apitos!

Antônio disse...

Agora pela manhã a Urubóloga afirmou que "os trabalhadores Gregos tiveram muitos ganhos com o Euro, e agora precisam devolver uma parcela". Inacreditável.