quinta-feira, 6 de junho de 2013

EUA acessam dados do Facebook e Google

Por Altamiro Borges

O jornal britânico The Guardian publicou nesta quinta-feira que a agência de segurança nacional dos EUA (NSA) tem bisbilhotado os dados do Facebook e Google, entre outros sites. Segundo a grave denúncia, o acesso às informações confidenciais faz parte de um programa batizado de PRISM, no qual os oficiais do governo ianque coletam dados como histórico de navegação, conteúdo de e-mail, transferência de arquivos, histórico de chats e outros documentos virtuais dos usuários desses sites.

O jornal teve acesso a um documento secreto do governo dos EUA com 41 páginas. Ele dá detalhes sobre a operação de espionagem. As empresas de tecnologia citadas no texto garantiram que desconheciam o procedimento criminoso da agência de segurança estadunidense. Ainda segundo o Guardian, o acesso aos dados dos usuários destas páginas foi possível devido a alterações na lei de vigilância do país, introduzidas pelo ex-presidente George W. Bush e ratificadas pelo presidente Barack Obama em dezembro passado.

Segundo a reportagem, a primeira empresa a ter os dados revistados foi a Microsoft, em 2007. Em 2008, o Yahoo passou a ser investigado; em 2009 foi a vez de Google e Facebook; no ano seguinte o YouTube; e em 2011 o Skype e a AOL. Por fim, em 2012, a Apple entrou no programa de vigilância do governo dos EUA. O Guardim garante ainda que o programa de espionagem continua em expansão.

A denúncia é das mais graves porque quebra a privacidade na internet. Ela evidencia que os EUA vivem um estado policial. Na semana passada, o mesmo jornal britânico revelou que o governo ianque, amparado em uma ordem judicial secreta, recolhe diariamente registros de ligações telefônicas de milhões de cidadãos. O Guardian teve acesso a uma cópia dessa disposição judicial emitida em abril passado na qual a NSA exige da operadora Verizon que entregue "diariamente" informações dos seus clientes, tanto internas como para outros países. E ainda tem gente na mídia colonizada que acha que os EUA são a pátria da democracia.

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