sábado, 14 de outubro de 2017

DEM desiste de Doria. Acabou a ‘ração”!

Por Altamiro Borges

Metido em mais uma polêmica, a da “ração para os pobres”, o prefeito paulistano João Doria só tem digerido péssimas notícias nos últimos dias. Segundo recente pesquisa do Datafolha, a aprovação do “prefake” turista despencou – de 41% para 32% – e a maioria dos entrevistados rejeitou sua pretensão de abandonar de vez a cidade para se candidatar ao Planalto. Esta ambição também sofreu ataques no próprio PSDB. Alberto Goldman, vice-presidente da legenda e ex-vice-governador de São Paulo, criticou o novato do ninho, que reagiu de forma intempestiva e grosseira, chamando-o de “fracassado” e de “velho que vive de pijamas em sua casa”. A resposta do histórico tucano foi certeira: “Sou velho, mas não sou velhaco”. Para complicar, o Estadão publicou nesta sexta-feira (13) uma notinha que deve ter estragado o botox do ricaço:

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DEM desiste de Doria e foca em Luciano Huck

A última pesquisa Datafolha jogou água na animação do DEM com a candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), ao Planalto. O partido se reuniu várias vezes com o tucano e abriu as suas portas para ele, mas o discurso mudou. Se Doria continuar derretendo, mesmo que ingresse na sigla, demistas dizem que não vão entrar num “projeto camicase” de comprar briga com o PSDB, um aliado histórico, e com Geraldo Alckmin para lançar o prefeito ao Planalto. O foco do DEM se voltou para Luciano Huck, com quem a sigla mantém encontros frequentes. A avaliação de um integrante da cúpula do DEM é que se João Doria iniciar uma tendência de queda irreversível nas pesquisas “nem ele será candidato se tiver juízo”.


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Com a sua postura autoritária, demagógica e marqueteira, “João Dólar” vai se isolando aos poucos. Uma notinha publicada na Folha na segunda-feira passada (9) indica que ele pode ser “abatido em pleno voo” em suas ambições. “O prefeito João Doria (PSDB) vive seu pior momento. A queda da avaliação de sua gestão em São Paulo era esperada, mas ele acreditava que as viagens pelo país compensariam o resultado, ampliando sua pontuação nas pesquisas para o Planalto – o que não ocorreu. Ao mau presságio dos números do Datafolha somou-se a discussão deselegante que teve com o ex-governador Alberto Goldman. O saldo imediato é o crescimento da antipatia e da desconfiança de líderes tradicionais do tucanato sobre o nome dele”.

Ainda segundo o jornal, “as discussões sobre a reação de Doria às críticas de Goldman, velho conhecido do PSDB paulista, extrapolaram o Estado. Deputados federais da sigla de fora de São Paulo viram uma série de erros estratégicos nos termos usados pelo prefeito, que chamou o ex-governador de ‘fracassado’ e ‘medíocre’. Os parlamentares pontuaram que as palavras de Doria poderiam ser interpretadas como ofensas à terceira idade, que representa 17% do eleitorado. Deputados chegaram a comparar o prefeito ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), conhecido pela verborragia. Temem que, como ele, Doria comece a ‘tropeçar na própria língua’. Pessoas próximas a Geraldo Alckmin mandaram mensagens de apoio a Goldman. O governador trava uma batalha com o prefeito pelo título de presidenciável do partido”.

Diante desta artilharia violenta, o “prefake” turista ainda teve a mirabolante ideia de lançar uma “comida de astronauta” para distribuir às pessoas carentes da capital paulista. De imediato, especialistas em nutrição rotularam o produto de “ração para os pobres”. O produto batizado de "Allimento" será produzido pela Plataforma Sinergia. Em seu site, a empresa informa que o granulado – que parece uma gororoba – será feito com alimentos que estão “em datas críticas de seu vencimento ou fora do padrão de comercialização”. Para alavancar o seu sonho presidencial, “abatido em pleno voo”, bem que o ricaço prefeito de São Paulo poderia passar o restante do seu mandato comendo esta tal “comida de astronauta”!

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