Editorial do site Jornalistas Livres:
Ele é mais do que as políticas públicas e projetos sociais de seus governos, hoje internacionalmente cantados em prosa e verso. O Da Silva, que Lula compartilha com milhões de brasileiros, é a assinatura de um, entre milhares de nordestinos que, fugindo da morte e vida severina, cruzaram o país em busca de uma vida digna. Luís Inácio Lula da Silva é mais um desses.
Lula é o cara que passou fome, numa família de 5 irmãos, e que sobreviveu pelo amor generoso de uma mãe forte e protetora. Como milhões de brasileiros, Lula não é só um representante da classe operária. Ele é um herói, o ideal da classe. O cara que, semialfabetizado, afrontou com sua inteligência a pernóstica cultura bacharelesca da nossa elite covarde, preconceituosa e corrupta.
Lula não poderia ser perdoado depois de sua audácia impertinente de ter mostrado que o Brasil é muito melhor do que jamais puderam sonhar os machos brancos e ricos que infelicitam o povo há séculos. Lula foi longe demais. Se ao menos tivesse uma faculdade. Se ao menos falasse inglês. Se ao menos usasse óculos. Se ao menos não se deixasse fotografar sem camisa, carregando geladeiras de isopor nos ombros, como um farofeiro. Se ao menos se vestisse com requinte, puxa! Mas Lula mostra que nada disso importa para viver a vida e, como presidente de nação, fazer a maioria da população viver melhor, saindo, por exemplo, da linha da pobreza.
Se ao menos fosse menos Da Silva e nordestino… ele poderia ser perdoado. Se ao menos não tivesse acabado com a miséria que conheceu tão bem como criança… Mas Lula “errou” por ser de origem tão humilde e ter mudado a vida de tanta gente tao humilde quanto ele. E quem o condena, quem o sentencia, não faz ideia do porquê, afinal de contas, não há provas.
A elite escravocrata do país, bem como seus parceiros do Norte e Nordeste, não toleram a insubordinação. E avançaram sobre Lula para conter os sonhos de milhões de brasileiros que enfim ganhavam o direito de sonhar. Pode ter sido um mau negócio. A condenação desnuda a Justiça injusta que temos. Desnuda a mídia patife. Desnuda as vilezas da grande maioria dos integrantes do Congresso Nacional. E desnuda o prazer tão virulento de uma Direita perversa do país, que reclama dos aeroportos por parecerem grandes rodoviárias.
A gente pode se abater frente a mais uma injustiça cometida pelo Judiciário, que sempre pertenceu à elite brasileira, aos brancos ricos, aos senhores de escravos. Sempre foi assim. A diferença é que agora está estampado na nossa cara que o Judiciário sujou de vez sua história, quando feriu o Estado Democrático de Direito e deixou claro que tem dono e não é o povo, que o Congresso tem dono, e também não é o povo.
Mas podemos e vamos dar razão ao hino e não fugir à luta. Quem sempre carregou o piano, pode resolver parar. Parar porque está claro que o julgamento de Lula é a continuidade de um golpe para tirar direitos dos trabalhadores, para vender o patrimônio do país, para enriquecer ainda mais os já muito ricos.
É preciso parar porque eles vieram para cima de nós. Estávamos ensaiando dias melhores para a maioria de nós. Ainda faltava muita coisa para podermos dizer que o Brasil era justo para com seus filhos. Mas eles resolveram vir para cima e nos fizeram voltar 50 anos em nosso caminho civilizatório. Com poucas canetadas no Congresso e no Judiciário nossa sociedade, sim ela é nossa, regrediu décadas em direitos sociais, em justiça social, em divisão um pouco mais igualitária dos produtos do nosso trabalho.
Não devemos e não podemos aguardar para ver se Lula poderá ser candidato. Não podemos repetir o mesmo tipo de reação da época do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Estávamos sempre colocando nossa esperança em parceiros do golpe. Esperamos que Renan Calheiros bloqueasse o processo de impeachment no Senado. Esperamos que o Supremo Tribunal Federal desnudasse a farsa do golpe perpetrado pelo Congresso. Agora vamos esperar que a Justiça o permita ser candidato? Enquanto esperarmos as ações que queremos de classes adversárias, seremos vencidos e essa derrota significará a aniquilação da Democracia de uma vez por todas. As ações que queremos devemos executá-las por nós mesmos. Não é hora de sonhar com Lula candidato e continuar nossas vidas como se não tivessem passado a mão em nossos direitos.
Mais do que nunca, é hora de lutar pela Democracia, pelo povo, por Lula e pelo Brasil. E em comprovado Estado de Exceção, quando o direito não existe mais, a desobediência civil, com ações mais firmes, significa a nova era de luta para parar o país.
Ele é mais do que as políticas públicas e projetos sociais de seus governos, hoje internacionalmente cantados em prosa e verso. O Da Silva, que Lula compartilha com milhões de brasileiros, é a assinatura de um, entre milhares de nordestinos que, fugindo da morte e vida severina, cruzaram o país em busca de uma vida digna. Luís Inácio Lula da Silva é mais um desses.
Lula é o cara que passou fome, numa família de 5 irmãos, e que sobreviveu pelo amor generoso de uma mãe forte e protetora. Como milhões de brasileiros, Lula não é só um representante da classe operária. Ele é um herói, o ideal da classe. O cara que, semialfabetizado, afrontou com sua inteligência a pernóstica cultura bacharelesca da nossa elite covarde, preconceituosa e corrupta.
Lula não poderia ser perdoado depois de sua audácia impertinente de ter mostrado que o Brasil é muito melhor do que jamais puderam sonhar os machos brancos e ricos que infelicitam o povo há séculos. Lula foi longe demais. Se ao menos tivesse uma faculdade. Se ao menos falasse inglês. Se ao menos usasse óculos. Se ao menos não se deixasse fotografar sem camisa, carregando geladeiras de isopor nos ombros, como um farofeiro. Se ao menos se vestisse com requinte, puxa! Mas Lula mostra que nada disso importa para viver a vida e, como presidente de nação, fazer a maioria da população viver melhor, saindo, por exemplo, da linha da pobreza.
Se ao menos fosse menos Da Silva e nordestino… ele poderia ser perdoado. Se ao menos não tivesse acabado com a miséria que conheceu tão bem como criança… Mas Lula “errou” por ser de origem tão humilde e ter mudado a vida de tanta gente tao humilde quanto ele. E quem o condena, quem o sentencia, não faz ideia do porquê, afinal de contas, não há provas.
A elite escravocrata do país, bem como seus parceiros do Norte e Nordeste, não toleram a insubordinação. E avançaram sobre Lula para conter os sonhos de milhões de brasileiros que enfim ganhavam o direito de sonhar. Pode ter sido um mau negócio. A condenação desnuda a Justiça injusta que temos. Desnuda a mídia patife. Desnuda as vilezas da grande maioria dos integrantes do Congresso Nacional. E desnuda o prazer tão virulento de uma Direita perversa do país, que reclama dos aeroportos por parecerem grandes rodoviárias.
A gente pode se abater frente a mais uma injustiça cometida pelo Judiciário, que sempre pertenceu à elite brasileira, aos brancos ricos, aos senhores de escravos. Sempre foi assim. A diferença é que agora está estampado na nossa cara que o Judiciário sujou de vez sua história, quando feriu o Estado Democrático de Direito e deixou claro que tem dono e não é o povo, que o Congresso tem dono, e também não é o povo.
Mas podemos e vamos dar razão ao hino e não fugir à luta. Quem sempre carregou o piano, pode resolver parar. Parar porque está claro que o julgamento de Lula é a continuidade de um golpe para tirar direitos dos trabalhadores, para vender o patrimônio do país, para enriquecer ainda mais os já muito ricos.
É preciso parar porque eles vieram para cima de nós. Estávamos ensaiando dias melhores para a maioria de nós. Ainda faltava muita coisa para podermos dizer que o Brasil era justo para com seus filhos. Mas eles resolveram vir para cima e nos fizeram voltar 50 anos em nosso caminho civilizatório. Com poucas canetadas no Congresso e no Judiciário nossa sociedade, sim ela é nossa, regrediu décadas em direitos sociais, em justiça social, em divisão um pouco mais igualitária dos produtos do nosso trabalho.
Não devemos e não podemos aguardar para ver se Lula poderá ser candidato. Não podemos repetir o mesmo tipo de reação da época do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Estávamos sempre colocando nossa esperança em parceiros do golpe. Esperamos que Renan Calheiros bloqueasse o processo de impeachment no Senado. Esperamos que o Supremo Tribunal Federal desnudasse a farsa do golpe perpetrado pelo Congresso. Agora vamos esperar que a Justiça o permita ser candidato? Enquanto esperarmos as ações que queremos de classes adversárias, seremos vencidos e essa derrota significará a aniquilação da Democracia de uma vez por todas. As ações que queremos devemos executá-las por nós mesmos. Não é hora de sonhar com Lula candidato e continuar nossas vidas como se não tivessem passado a mão em nossos direitos.
Mais do que nunca, é hora de lutar pela Democracia, pelo povo, por Lula e pelo Brasil. E em comprovado Estado de Exceção, quando o direito não existe mais, a desobediência civil, com ações mais firmes, significa a nova era de luta para parar o país.
1 comentários:
Magnífico. Esperar o que sabemos não vir? Esperar o trem? Já passa da hora. Mas essa calma mais me amedronta que me enraivesse. Esperar a próxima eleição, viciada, como gado marcado?
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