Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Eu achei que tinha visto Hugo Chávez escondido sob uma cadeira naquelas imagens divulgadas pelo governo do Paraguai, aquelas imagens que “provavam” que o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, tinha feito uma “arenga” diante dos comandantes militares paraguaios, com o intuito de promover uma rebelião contra a deposição de Fernando Lugo.
Ah, sim, depois o vídeo divulgado pela Ultima Hora/Telesur provou tratar-se de uma reunião à qual estavam presentes outros integrantes da missão da Unasur e gente ligada ao presidente àquela altura ainda em exercício, Fernando Lugo.
Era, afinal, a missão oficial da Unasur fazendo o que se propôs a fazer em Assunção: alertar para as consequências do golpe.
Os próprios militares paraguaios desmentiram o factóide, que teve ampla repercussão mundial.
[Quando se trata de Hugo Chávez, o padrão de manipulação é basicamente o mesmo, desde o golpe que o afastou do poder em 2002. Naquela ocasião, Chávez teria ordenado que militantes chavistas atirassem contra oposicionistas desarmados, causando um banho de sangue em Caracas. A "notícia" correu o mundo, justificativa perfeita para o golpe. Foi desprovada posteriormente pelos documentários A Revolução Não Será Televisionada - que só em nosso canal já teve 78 mil acessos - e Ponte Laguno, as Chaves de um Massacre, que você pode ver aqui com legendas em português graças ao Jair de Souza].
Quanto ao Supertucano “derrubado” pelas FARC na Colômbia, a título de pedir ‘cautela’ aos leitores, aFolha de S. Paulo destacou que a “Venezuela é alvo de suspeitas”.
Isso na mesma página em que abriu espaço para o general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, justificar interferência de seu país na região, em nome do combate ao crime: “O crime traz instabilidade no Caribe e na America Central e pode descer para cá. Como a Colômbia focou nisso, traficantes de lá estão indo para o Peru e a Bolívia. É um problema que nenhum país pode resolver sozinho”.
Mas, voltando às suspeitas sobre a Venezuela:
“Assim, os olhos se virariam para o governo de Hugo Chávez, que apoia as Farc e, incidentalmente, possui grandes estoques de SA-24 Igla-S, o mais moderno modelo russo de míssil portátil”, diz o texto.
Se a Folha lesse jornal, teria descoberto que às 5 da tarde do dia da queda o piloto avisou à torre de controle que enfrentava problemas no motor. Às 5h10 a torre perdeu contato com o piloto.
Ou seja, nem mesmo o respeitável Professor Hariovaldo seria capaz de testar a hipótese de que um míssil russo fornecido por Hugo Chávez derrubou o Supertucano brasileiro antes de saber se o avião de fato foi derrubado.
Depois, cada um testa a hipótese que quiser.
A perícia nos corpos dos dois tripulantes, “incidentalmente”, não descobriu sinais de projéteis ou explosões.
Mas isso tive de ler no diário colombiano El Tiempo. Incidentalmente.
Eu achei que tinha visto Hugo Chávez escondido sob uma cadeira naquelas imagens divulgadas pelo governo do Paraguai, aquelas imagens que “provavam” que o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, tinha feito uma “arenga” diante dos comandantes militares paraguaios, com o intuito de promover uma rebelião contra a deposição de Fernando Lugo.
Ah, sim, depois o vídeo divulgado pela Ultima Hora/Telesur provou tratar-se de uma reunião à qual estavam presentes outros integrantes da missão da Unasur e gente ligada ao presidente àquela altura ainda em exercício, Fernando Lugo.
Era, afinal, a missão oficial da Unasur fazendo o que se propôs a fazer em Assunção: alertar para as consequências do golpe.
Os próprios militares paraguaios desmentiram o factóide, que teve ampla repercussão mundial.
[Quando se trata de Hugo Chávez, o padrão de manipulação é basicamente o mesmo, desde o golpe que o afastou do poder em 2002. Naquela ocasião, Chávez teria ordenado que militantes chavistas atirassem contra oposicionistas desarmados, causando um banho de sangue em Caracas. A "notícia" correu o mundo, justificativa perfeita para o golpe. Foi desprovada posteriormente pelos documentários A Revolução Não Será Televisionada - que só em nosso canal já teve 78 mil acessos - e Ponte Laguno, as Chaves de um Massacre, que você pode ver aqui com legendas em português graças ao Jair de Souza].
Quanto ao Supertucano “derrubado” pelas FARC na Colômbia, a título de pedir ‘cautela’ aos leitores, aFolha de S. Paulo destacou que a “Venezuela é alvo de suspeitas”.
Isso na mesma página em que abriu espaço para o general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, justificar interferência de seu país na região, em nome do combate ao crime: “O crime traz instabilidade no Caribe e na America Central e pode descer para cá. Como a Colômbia focou nisso, traficantes de lá estão indo para o Peru e a Bolívia. É um problema que nenhum país pode resolver sozinho”.
Mas, voltando às suspeitas sobre a Venezuela:
“Assim, os olhos se virariam para o governo de Hugo Chávez, que apoia as Farc e, incidentalmente, possui grandes estoques de SA-24 Igla-S, o mais moderno modelo russo de míssil portátil”, diz o texto.
Se a Folha lesse jornal, teria descoberto que às 5 da tarde do dia da queda o piloto avisou à torre de controle que enfrentava problemas no motor. Às 5h10 a torre perdeu contato com o piloto.
Ou seja, nem mesmo o respeitável Professor Hariovaldo seria capaz de testar a hipótese de que um míssil russo fornecido por Hugo Chávez derrubou o Supertucano brasileiro antes de saber se o avião de fato foi derrubado.
Depois, cada um testa a hipótese que quiser.
A perícia nos corpos dos dois tripulantes, “incidentalmente”, não descobriu sinais de projéteis ou explosões.
Mas isso tive de ler no diário colombiano El Tiempo. Incidentalmente.
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