Por Altamiro Borges
Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, surtou de
vez. Em artigo publicado ontem na Folha, ele acusa o governo Dilma de
transformar a Petrobras na “PTbras”. O texto é raivoso, um dos mais agressivos
do senador mineiro. “Nunca antes na história deste país a mais importante
empresa brasileira serviu tanto aos interesses do governo e de um partido. O
petismo praticamente ‘privatizou’ a Petrobras, colocando em segundo plano os
interesses da empresa e do Brasil”, esbraveja o tucano. Cadê o bafômetro?
Aécio Neves lista as dificuldades momentâneas vividas pela
estatal, decorrentes de vários fatores externos e internos, para concluir que o “petismo” está destruindo a estatal – que, segundo ele, não cumpre metas de produção, perde
receitas e acumula prejuízos. “Agora, a presidente da empresa, Graça Foster,
parece estar disposta a enfrentar os malfeitos herdados pelo petismo do próprio
petismo, em uma década de desapreço pela gestão profissional”, afirma o candidato
do PSDB, apostando nas intrigas e futricas.
A desastrosa gestão tucana
Na maior caradura, ele encerra o texto afirmando que “o
maior desafio é acabar com a PTbras e trazer de volta para os brasileiros a
Petrobras”. Ele só não diz que a estatal ganhou novo impulso no governo Lula,
tornando-se uma das principais petrolíferas do planeta, com fortes investimentos
e importantes descobertas – como o pré-sal. O tucano também não faz autocrítica
da desastrosa gestão da Petrobras no triste reinado de FHC, com os seus trágicos acidentes,
quedas recorrentes da produção e precarização do trabalho.
Se não fosse um demagogo em desesperada campanha, o tucano
poderia fazer autocrítica de um dos piores acidentes na história da Petrobras,
o do afundamento da plataforma P-36, com 11 trabalhadores mortos e o derramamento de mais de seis milhões de litros de óleo na Baía de
Guanabara. Aécio poderia lembrar que, de 1995 a 2001, o desmonte tucano causou a morte de 291 petroleiros, dos quais 234 eram terceirizados.
O falso discurso nacionalista
Já seu discurso “nacionalista”, de “trazer de volta para os
brasileiros a Petrobras”, soa como bravata de um mentiroso contumaz. É só
lembrar que o PSDB defendeu abertamente a privatização da estatal. Em dezembro
de 2000, o governo FHC até apresentou a proposta de mudança do nome da empresa –
de Petrobras para Petrobrax. Henri Philippe Reichstul, presidente da companhia,
argumentou que a marca estava “muito associada ao Brasil e à ineficiência
estatal” e prejudicava os seus negócios internacionais.
O estudo para a mudança do nome durou oito meses e custou
cerca de R$ 70 milhões aos cofres públicos – numa transação das mais sinistras. A
alteração da marca, tida como mais um passo para o processo da privatização
tucana da Petrobras, esbarrou na forte resistência do movimento sindical e de alguns
deputados e senadores, que se agruparam numa Frente Parlamentar Nacionalista. O
próprio Tribunal de Contas da União (TCU) foi acionado para investigar a
fortuna gasta com proposta de mudança da marca.
9 comentários:
Caro Altamiro, voce esqueceu de mencionar que na gestão FHC o Estatuto da Petrobrás foi alterado de maneira que o Reichstul ocupasse a presidencia da estatal. O cargo era privativo de brasileiro nato e o Reichstul é frances naturalizado brasileiro!Imagine se fosse no Governo do ex-presidente LULA?
Nossa senhora! O PSDB - com Cerra, alckmin e Aécio no comando - destila um ódio de classe nunca visto nesse país! Aécio não conduz nem a vida dele. O bafômetro é dispensável, pois as evidências são fortíssimas!
Mediram o teor alcolico dele?
Discurso de bêbado deve ser ignorado.
Por que ninguém leva o Aécio para o AA!
Para o Aécio e a Pótrobrás...
É como dizem:
"Discurso de bêbado não tem dono".
Esse Menino do Rio só faz travessuras. Aébrio Neves deveria, primeiro, redirecionar sua vida, para depois querer redirecionar a maior empresa brasileira.
Ele almeja ser um Cerra !
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