Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Pobres alunos, na hora pensei.
Não conhecia o professor Marco Antonio Villa, historiador não sei de que obras. No artigo, depois de ter entrado na mente de Lula, ele contava aos brasileiros que a escolha de Dilma se dera apenas para que em 2014 Lula voltasse ao poder, nos braços da “oligarquia financeira”. Villa, com as asas de suas teorias conspiratórias, voara até 2014 para prestar um serviço à Folha e seus leitores.
Não sei se Villa conhece a história inglesa, mas deveria ler uma frase de Wellington, o general de Waterloo: “Quem acredita nisso, acredita em tudo”.
Minha surpresa não pararia ali. Saberia depois que, graças a seu direitismo estridente e embalado numa prosa com as vírgulas no lugar, Villa virou presença frequente em programas de televisão cujo objetivo era ajudar Serra, notadamente na Globonews sob William Waack.
Mais recentemente, ele tem participado de animadas mesas redondas no site da Veja sobre o Mensalão. Vá ao YouTube e veja quantas pessoas vêem as espetaculares discussões de que Villa participa ao lado de Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo. O recorde de Psy pode ser batido antes do que imaginamos.
Soube também que ele lançou um livro sobre o Mensalão. Abominei sem ler. Zero estrela de um a cinco.
Minha única surpresa em relação a Villa derivou de uma chancela importante de Elio Gaspari, um dos melhores jornalistas que vi em ação como diretor adjunto da Veja nos anos 1980. Ele fez parte da equipe de Elio na elaboração de seu livro “A Ditadura Derrotada”.
Villa, conta Elio, “conferiu cada citação de livro ou documento. Foi um leitor atento e pesquisador obsessivo. Villa tem uma prodigiosa capacidade de lembrar de um fato e de saber onde está o documento que comprova sua afirmação. Ajuda como a dele é motivo de tranqüilidade para quem tem o prazer de recebê-la. Além disso, dá a impressão de saber de memória todos os resultados de jogos de futebol”. Foi o que escreveu Elio.
Uau.
Villa trabalhou com Elio, portanto. Não aprendeu nada?
Não parece. Elio tem uma independência intelectual perante os partidos e os políticos que passa completamente ao largo de Villa e congêneres. Isso lhe dá autoridade para criticar e elogiar situação e oposição, e credibilidade para ser levado a sério.
Villa, em compensação, é fruto de uma circunstância em que se procura desesperadamente dar legitimidade acadêmica a um direitismo malufista. Em outros tempos, Villa – caso acredite mesmo nas coisas que escreve e fala - seria um extravagante, um bizarro, imerso num mundo que é só só seu. Você poderia imaginá-lo jogando dardos num pôster de Lula.
Nestes dias de confronto, é um símbolo de como alguém pode chegar aos holofotes e virar “referência” falando apenas o que interesses poderosos querem ouvir.
Não tenho grandes expectativas em relação à academia brasileira, mas mesmo assim me surpreendi ao ler um artigo sem nexo na Folha, nas eleições de 2010, e ver que o autor era professor da Universidade Federal de São Carlos.
Pobres alunos, na hora pensei.
Não conhecia o professor Marco Antonio Villa, historiador não sei de que obras. No artigo, depois de ter entrado na mente de Lula, ele contava aos brasileiros que a escolha de Dilma se dera apenas para que em 2014 Lula voltasse ao poder, nos braços da “oligarquia financeira”. Villa, com as asas de suas teorias conspiratórias, voara até 2014 para prestar um serviço à Folha e seus leitores.
Não sei se Villa conhece a história inglesa, mas deveria ler uma frase de Wellington, o general de Waterloo: “Quem acredita nisso, acredita em tudo”.
Minha surpresa não pararia ali. Saberia depois que, graças a seu direitismo estridente e embalado numa prosa com as vírgulas no lugar, Villa virou presença frequente em programas de televisão cujo objetivo era ajudar Serra, notadamente na Globonews sob William Waack.
Mais recentemente, ele tem participado de animadas mesas redondas no site da Veja sobre o Mensalão. Vá ao YouTube e veja quantas pessoas vêem as espetaculares discussões de que Villa participa ao lado de Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo. O recorde de Psy pode ser batido antes do que imaginamos.
Soube também que ele lançou um livro sobre o Mensalão. Abominei sem ler. Zero estrela de um a cinco.
Minha única surpresa em relação a Villa derivou de uma chancela importante de Elio Gaspari, um dos melhores jornalistas que vi em ação como diretor adjunto da Veja nos anos 1980. Ele fez parte da equipe de Elio na elaboração de seu livro “A Ditadura Derrotada”.
Villa, conta Elio, “conferiu cada citação de livro ou documento. Foi um leitor atento e pesquisador obsessivo. Villa tem uma prodigiosa capacidade de lembrar de um fato e de saber onde está o documento que comprova sua afirmação. Ajuda como a dele é motivo de tranqüilidade para quem tem o prazer de recebê-la. Além disso, dá a impressão de saber de memória todos os resultados de jogos de futebol”. Foi o que escreveu Elio.
Uau.
Villa trabalhou com Elio, portanto. Não aprendeu nada?
Não parece. Elio tem uma independência intelectual perante os partidos e os políticos que passa completamente ao largo de Villa e congêneres. Isso lhe dá autoridade para criticar e elogiar situação e oposição, e credibilidade para ser levado a sério.
Villa, em compensação, é fruto de uma circunstância em que se procura desesperadamente dar legitimidade acadêmica a um direitismo malufista. Em outros tempos, Villa – caso acredite mesmo nas coisas que escreve e fala - seria um extravagante, um bizarro, imerso num mundo que é só só seu. Você poderia imaginá-lo jogando dardos num pôster de Lula.
Nestes dias de confronto, é um símbolo de como alguém pode chegar aos holofotes e virar “referência” falando apenas o que interesses poderosos querem ouvir.
15 comentários:
Não esse Sr que afirma com todas as letras, que os EUA não tiveram nada a ver com o o golpe no Brasil???
O último parágrafo descreve bem o autor deste artigo: Nestes dias de confronto, é um símbolo de como alguém pode chegar aos holofotes e virar “referência” falando apenas o que interesses poderosos querem ouvir.
Bom resumo da militância petista: Não leu o contrário, mas já não gostou.
Villa uma figura digna de pena..."Pobres alunos".
"Militância petista"? Que tara malsã seria essa de querer conferir obcessivamente aquilo que é logicamente previsível (explicitados os pressupostos)? Ou é retórica viciada ou é um atentado à lógica.
Amigo João da Silva. Alguns livros são mais ou menos como cocô, só pelo cheiro já dá pra saber que é pra puxar a descarga!
Zé dirceu na cadeia já!
Lamentável que a universidade abrigue um oportunista como esse snhor. E pior numa disciplia tão importante.
armando do prado
Vocês da esquerda não atacam os argumentos, só atacam a pessoa. Será por que hein???
Típico Blog de petista semi-analfabeto...não leu, não gostou e já começa ofendendo com uma montagem de foto.
Se isso aqui fosse jornal impresso já teria uma destinação certa.
Podem abominar um livro que não leu, talvez para não pensar e perceber que a realidade é difícil de ser encarada e melhor viver em um mudo de palavras.
É o típico jeito de ser dos petistas e assemelhados, não leu e parte para o assassinato da reputação do autor da obra.
Mais um PETISTA tentando garantir a parte que lhe cabe neste latifúndio.
Não leu e já não gostou do que o ilustre professor diz a respeito da ditadura petista.
O livro "DÉCADA PERDIDA" 10 anos do PT no poder mostra com clareza, objetividade e fundamento o absurdo das entranhas oportunistas de Lula e seus seguidores.
A base da pirâmide bem firme com 50 milhões de beneficiados pela bolsa esmola e a ponta com os beneficiados pelo farto dinheiro do BNDES, populismo e oportunismo, 10 anos perdidos!
Por: Marcos Gomes.
Sei que faz parte da vida termos opiniões e desejos diferentes. Na política, há os que são da chamada "direita" e outros da chamada "esquerda". É salutar que cada um defenda seus pontos de vistas, mas atacar o outro, simplesmente porque não concorda com o pensamento alheio?!
Olha só o que o autor do blog/texto escreve: "Abominei (o livro a que se refere) sem ler". Pode uma coisas dessas? O sujeito se apresenta como intelectual-dono-da-verdade e nem sequer ler o livro dos "adversários" para contestar!!
Brasil! Você já mostrou a sua cara. Agora está sendo comprado!!
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/para-2014-lula-tem-tres-cenarios-em-mente-num-deles-admite-ser-candidato-a-presidencia/
Parece que o vaticínio do Villa tinha fundamento...
Caraca, como tem trouxa nesse mundo...
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