Por Renato Rabelo, em seu blog:
Dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgados pelo PNUD/IPEA, apontam queda substantiva da pobreza e da desigualdade social no Brasil. Nesse aspecto, a classificação do país passou de “Muito Baixo” (0,493) em 1991 para “Alto” (0,727), num salto de 47,8% no período. Este índice de desenvolvimento faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
O quesito renda é onde fica mais clara a evolução de nosso país. O crescimento da renda no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Avanços claros, mas que também servem para ilustrar a ainda disparidade de renda que resiste: apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem renda superior à média nacional. Se compararmos os municípios de maior e menor renda per capta mensal do país, a diferença permanece grande: de R$ 2.043,74 (São Caetano do Sul-SP) para R$ 96,25 (Marajá do Sena-MA).
Distâncias regionais ainda altas, mas com ampla tendência de recuo. Por exemplo, em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio.
No quesito longevidade são onde os avanços são mais evidentes com o aumento da expectativa de vida do brasileiro em nove anos com alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. Resultado contraditório pode ser verificado no item educação. Por um lado, a educação ainda “puxa para baixo” os índices médios ao mesmo tempo em que foi o item onde o avanço deu-se com certa rapidez. IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
O que extrair destes números? Não dá para ter margem para grandes dúvidas acerca do papel dos governos populares nesta ultima década na arrancada social do país. Os avanços na renda, aumentos reais no salário mínimo e aumento do poder de consumo popular, o acesso às escolas e universidades, assim como a ampliação de programas sociais e pesados investimentos públicos pontuais no território nacional, sobretudo no nordeste, deram o tom deste salto qualitativo.
O desafio é a continuidade deste progresso. Daí entra a política e suas leis. Nosso país encontra-se num de seus inúmeros cotovelos históricos, momentos de impasse e aguçamento da luta política. Muita coisa está em jogo, inclusive a continuidade ou não deste avanço.
Dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgados pelo PNUD/IPEA, apontam queda substantiva da pobreza e da desigualdade social no Brasil. Nesse aspecto, a classificação do país passou de “Muito Baixo” (0,493) em 1991 para “Alto” (0,727), num salto de 47,8% no período. Este índice de desenvolvimento faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
O quesito renda é onde fica mais clara a evolução de nosso país. O crescimento da renda no período de 1991 a 2010 foi de 14,2%, o equivalente a cerca de R$ 346 de aumento na renda per capta mensal, com números ajustados para valores de agosto de 2010. Avanços claros, mas que também servem para ilustrar a ainda disparidade de renda que resiste: apenas 11,1% dos municípios avaliados possuem renda superior à média nacional. Se compararmos os municípios de maior e menor renda per capta mensal do país, a diferença permanece grande: de R$ 2.043,74 (São Caetano do Sul-SP) para R$ 96,25 (Marajá do Sena-MA).
Distâncias regionais ainda altas, mas com ampla tendência de recuo. Por exemplo, em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio.
No quesito longevidade são onde os avanços são mais evidentes com o aumento da expectativa de vida do brasileiro em nove anos com alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. Resultado contraditório pode ser verificado no item educação. Por um lado, a educação ainda “puxa para baixo” os índices médios ao mesmo tempo em que foi o item onde o avanço deu-se com certa rapidez. IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
O que extrair destes números? Não dá para ter margem para grandes dúvidas acerca do papel dos governos populares nesta ultima década na arrancada social do país. Os avanços na renda, aumentos reais no salário mínimo e aumento do poder de consumo popular, o acesso às escolas e universidades, assim como a ampliação de programas sociais e pesados investimentos públicos pontuais no território nacional, sobretudo no nordeste, deram o tom deste salto qualitativo.
O desafio é a continuidade deste progresso. Daí entra a política e suas leis. Nosso país encontra-se num de seus inúmeros cotovelos históricos, momentos de impasse e aguçamento da luta política. Muita coisa está em jogo, inclusive a continuidade ou não deste avanço.
1 comentários:
Estes números fazem parte o mapa do futuro em construção.
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