Por Altamiro Borges
Já está marcado, para 20 de junho, o casamento de conveniência entre o PSB e o PPS. O congresso da fusão deverá resultar em um partido ainda mais à direita no espectro político. Nas eleições de 2014, o PSB sofreu vários traumas: o primeiro com a trágica morte de Eduardo Campos; na sequência, com o fiasco de Marina Silva; e, nos estertores, com o apoio descarado ao tucano Aécio Neves – uma afronta aos fundadores da ex-sigla socialista. Como resultado, o partido definhou na disputa nos Estados (caiu de cinco para três governos estaduais) e estagnou na Câmara Federal. Já o PPS, do eterno chefão Roberto Freire, quase sumiu no pleito. A união visa dar alguma musculatura as duas legendas combalidas.
Com a fusão, o PPS finalmente desaparece do mapa político e o PSB passa a reunir 45 deputados federais e sete senadores. A resultante, porém, é um partido mais à direita – com Roberto Freire, um tucano infiltrado, na sua vice-presidência, e Marcio França, vice-governador de São Paulo e fiel seguidor de Geraldo Alckmin, com ainda mais força na sigla. Como apontou Roberto Amaral, fundador e dirigente histórico do PSB, a fusão é “o ponto final da legenda como força de esquerda”. Em nota publicada logo após o anúncio da fusão no jornal “Folha de Pernambuco”, ele pediu mais “honestidade ideológica” aos atuais chefões da sigla e maior respeito aos seus fundadores socialistas.
Para ele, o PSB poderia, “numa homenagem a João Mangabeira, Miguel Arraes e Jamil Haddad, raspar o ‘S’ de socialismo. Poderia ser apenas ‘P40′, um nada e um número, como muitos de seus dirigentes atuais já pleiteiam há tempos”. Na sua avaliação, “a fusão é moralmente inaceitável, é o ponto final do PSB, formal e politicamente, é o sepultamento do socialismo, do nacionalismo e da prática de uma política de esquerda. No entanto, é processo natural no PSB de hoje que nada tem a ver com o PSB de seus fundadores”. Ele lembra que atualmente a legenda reúne “o Pastor Eurico, o deputado Heráclito Fortes e a família Bornhausen. E será logo mais o partido de Roberto Freire”.
“Por tudo isso, a fusão é tristemente lógica, pois dá sequência aos esforços atuais de jogar a história partidária na lata de lixo e de abdicar de seu futuro. É obra dos que mudam para ganhar, e transformam a política em mero jogo estatístico, ou instrumento de mesquinhas realizações pessoais. É a miséria da política que espanta os jovens”, conclui a nota de Roberto Amaral. Outros dirigentes e militantes do PSB identificados com as lutas dos trabalhadores também estão indignados com a guinada direitista da sigla e já estudam alternativas de militância à esquerda. Já os expoentes da direita, principalmente na mídia, estão felizes com o transformismo do PSB e a fusão com o PPS.
Em sua coluna no Estadão, Eliane Cantanhêde, da “massa cheirosa” do PSDB, não escondeu a sua alegria. Em artigo publicado em 3 de maio, ela soltou rojões: “A fusão do PSB com o PPS é mais um torpedo contra o PT e os planos lulistas de eternização no poder... O primeiro ataque frontal será na eleição municipal de 2016, quando PSB e PPS, já recriados sob nova sigla, pretendem lançar a senadora Marta Suplicy contra a reeleição do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo”.
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Já está marcado, para 20 de junho, o casamento de conveniência entre o PSB e o PPS. O congresso da fusão deverá resultar em um partido ainda mais à direita no espectro político. Nas eleições de 2014, o PSB sofreu vários traumas: o primeiro com a trágica morte de Eduardo Campos; na sequência, com o fiasco de Marina Silva; e, nos estertores, com o apoio descarado ao tucano Aécio Neves – uma afronta aos fundadores da ex-sigla socialista. Como resultado, o partido definhou na disputa nos Estados (caiu de cinco para três governos estaduais) e estagnou na Câmara Federal. Já o PPS, do eterno chefão Roberto Freire, quase sumiu no pleito. A união visa dar alguma musculatura as duas legendas combalidas.
Com a fusão, o PPS finalmente desaparece do mapa político e o PSB passa a reunir 45 deputados federais e sete senadores. A resultante, porém, é um partido mais à direita – com Roberto Freire, um tucano infiltrado, na sua vice-presidência, e Marcio França, vice-governador de São Paulo e fiel seguidor de Geraldo Alckmin, com ainda mais força na sigla. Como apontou Roberto Amaral, fundador e dirigente histórico do PSB, a fusão é “o ponto final da legenda como força de esquerda”. Em nota publicada logo após o anúncio da fusão no jornal “Folha de Pernambuco”, ele pediu mais “honestidade ideológica” aos atuais chefões da sigla e maior respeito aos seus fundadores socialistas.
Para ele, o PSB poderia, “numa homenagem a João Mangabeira, Miguel Arraes e Jamil Haddad, raspar o ‘S’ de socialismo. Poderia ser apenas ‘P40′, um nada e um número, como muitos de seus dirigentes atuais já pleiteiam há tempos”. Na sua avaliação, “a fusão é moralmente inaceitável, é o ponto final do PSB, formal e politicamente, é o sepultamento do socialismo, do nacionalismo e da prática de uma política de esquerda. No entanto, é processo natural no PSB de hoje que nada tem a ver com o PSB de seus fundadores”. Ele lembra que atualmente a legenda reúne “o Pastor Eurico, o deputado Heráclito Fortes e a família Bornhausen. E será logo mais o partido de Roberto Freire”.
“Por tudo isso, a fusão é tristemente lógica, pois dá sequência aos esforços atuais de jogar a história partidária na lata de lixo e de abdicar de seu futuro. É obra dos que mudam para ganhar, e transformam a política em mero jogo estatístico, ou instrumento de mesquinhas realizações pessoais. É a miséria da política que espanta os jovens”, conclui a nota de Roberto Amaral. Outros dirigentes e militantes do PSB identificados com as lutas dos trabalhadores também estão indignados com a guinada direitista da sigla e já estudam alternativas de militância à esquerda. Já os expoentes da direita, principalmente na mídia, estão felizes com o transformismo do PSB e a fusão com o PPS.
Em sua coluna no Estadão, Eliane Cantanhêde, da “massa cheirosa” do PSDB, não escondeu a sua alegria. Em artigo publicado em 3 de maio, ela soltou rojões: “A fusão do PSB com o PPS é mais um torpedo contra o PT e os planos lulistas de eternização no poder... O primeiro ataque frontal será na eleição municipal de 2016, quando PSB e PPS, já recriados sob nova sigla, pretendem lançar a senadora Marta Suplicy contra a reeleição do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo”.
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4 comentários:
Será que antes de acabarem com o PSB, eles vão prestar contas do avião que caiu com o neto de doutor Arraes?
Vergonha das vergonhas essa fusão
e Roberto Freire enfim mostra sua
verdadeira cara.Ou será sua cara
de ocasião? Oportunista,despeitado
e agora agressor de mulheres,e é
pai de 4 mulheres,imaginem...
ele esta se preparando pro golpe do impitim da dilma,pra se proteger das militancia que vao ser contra e claro.ou voce ainda nao se deu conta que por de tras das cameras ele e a favor do impitim.por mais que diga que nao vem ao caso o impitim da presidenta e obvio que e esse o desejo dele.e se o pedido de impitim cair na mao dele ele vai dar proceguimento quer apostar
SOBRE O COMENTARIO ACIMA EU ME REFERIA A EDUARDO CUNHO O DITADOR DA CAMARA DOS DEPUTADOS(SOBRE O IMPITIM DA PRESIDENTA
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