Por Leonardo Mendes, no blog Diário do Centro do Mundo:
Uma ex-fã de Danilo Gentili protestou no facebook do “humorista” contra comentários misóginos feitos por ele sobre a violência contra a mulher, tema da redação do Enem esse ano. A resposta de Gentili ultrapassou todos os limites.
Debochou da mulher, a chamou de arrombada (o que seria “arrombada” na mente torta de Gentili? Uma mulher que transa? Isso é ruim?), disse que não quer fãs assim, sendo que a crítica foi feita apenas em tom de lamento, com toda a educação que falta ao apresentador do SBT.
Se Silvio Santos calou Sheherazade após ser ameaçado de perder milionárias verbas publicitárias, permite que Gentili siga em sua louca cavalgada rumo ao título de maior imbecil da televisão brasileira.
Gentili funciona como uma espécie de redenção à boçalidade, e por isso alcançou tantos fãs.
De certa forma ele liberta seu público da busca por serem pessoas melhores, ao enxergarem em Gentili um exemplo de alguém bem sucedido, politizado, divertido…
É como se cada vez que ele fizesse uma piada racista, misógina, homofóbica ou destilasse estupidez em comentários políticos, seus fãs se sentissem legitimados para continuar a serem trogloditas.
Afinal, Gentili está na televisão, apresenta um talk show, que em países com mídias civilizadas são espaços de cultura e seus apresentadores em geral são pessoas cultas.
Mas Gentili tem a cultura de um ruminante, e distribui patadas que acredita “politicamente incorretas”, quando na verdade são apenas fáceis, óbvias, contra alvos historicamente e injustamente perseguidos.
O riso serve – em diversas situações, mas não todas – à dominação e autoglorificação, afirmam há muitos séculos filósofos como Aristóteles e Hobbes. Rimos daqueles que enxergamos como ridículos, moral ou intelectualmente desprezíveis em relação a nós.
Assim afirmamos nossa superioridade e, nesse sentido, Danilo Gentili, representa o que há de mais baixo no humor.
Aproveita-se de que há gente tão vil ou medíocre que a única forma de se sentirem superiores é pisando em mulheres, homossexuais, negros…
Mas as pessoas evoluem, intelectualmente, espiritualmente, e assim se tornam ex-fãs de Gentili.
Já o apresentador até pode também evoluir, mas talvez levasse anos ou décadas para conseguir fazer outro tipo de humor.
A curto prazo ele não precisa, há idiotas de sobra. Mas caso o futuro nos reserve dias melhores, Gentili devia seguir o conselho de Luciana Genro e ir estudar.
Debochou da mulher, a chamou de arrombada (o que seria “arrombada” na mente torta de Gentili? Uma mulher que transa? Isso é ruim?), disse que não quer fãs assim, sendo que a crítica foi feita apenas em tom de lamento, com toda a educação que falta ao apresentador do SBT.
Se Silvio Santos calou Sheherazade após ser ameaçado de perder milionárias verbas publicitárias, permite que Gentili siga em sua louca cavalgada rumo ao título de maior imbecil da televisão brasileira.
Gentili funciona como uma espécie de redenção à boçalidade, e por isso alcançou tantos fãs.
De certa forma ele liberta seu público da busca por serem pessoas melhores, ao enxergarem em Gentili um exemplo de alguém bem sucedido, politizado, divertido…
É como se cada vez que ele fizesse uma piada racista, misógina, homofóbica ou destilasse estupidez em comentários políticos, seus fãs se sentissem legitimados para continuar a serem trogloditas.
Afinal, Gentili está na televisão, apresenta um talk show, que em países com mídias civilizadas são espaços de cultura e seus apresentadores em geral são pessoas cultas.
Mas Gentili tem a cultura de um ruminante, e distribui patadas que acredita “politicamente incorretas”, quando na verdade são apenas fáceis, óbvias, contra alvos historicamente e injustamente perseguidos.
O riso serve – em diversas situações, mas não todas – à dominação e autoglorificação, afirmam há muitos séculos filósofos como Aristóteles e Hobbes. Rimos daqueles que enxergamos como ridículos, moral ou intelectualmente desprezíveis em relação a nós.
Assim afirmamos nossa superioridade e, nesse sentido, Danilo Gentili, representa o que há de mais baixo no humor.
Aproveita-se de que há gente tão vil ou medíocre que a única forma de se sentirem superiores é pisando em mulheres, homossexuais, negros…
Mas as pessoas evoluem, intelectualmente, espiritualmente, e assim se tornam ex-fãs de Gentili.
Já o apresentador até pode também evoluir, mas talvez levasse anos ou décadas para conseguir fazer outro tipo de humor.
A curto prazo ele não precisa, há idiotas de sobra. Mas caso o futuro nos reserve dias melhores, Gentili devia seguir o conselho de Luciana Genro e ir estudar.
1 comentários:
Asneiras obvias com boas chances de repercussão. As 'jaboticabas' da liberdade de expressão. Uma coisa é ser livre para promover discussão aberta, outra é ser útil, cultuar a manada, começar a ola e acreditar que liderou a apresentação. Virou um fiasco procurar identidade em programa ao vivo, mas para alguma coisa ou alguém, serve isso mesmo.
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