Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A Folha, hoje, traz uma entrevista que é franca favorita ao Prêmio Paulinho da Força de “o nosso negócio é derrubar a Dilma” e ao Troféu Carlos Sampaio de negação da realidade.
A longa “aula” com o “homem dos juros” de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraga é tão carregada de ódio e irracionalidade que nem mesmo sua autora deixa de registrar que ele sequer consegue falar o nome de Dilma, ou chama-la de presidente, por conta do pequeno detalhe de ter sido eleita.
Falar que um impeachment – que até os seus rapazes do PSDB já sentiram que saiu do cenário político – destravaria a economia é, sob qualquer ponto de vista, uma sandice.
É evidente que o país entraria numa convulsa disputa de poder: um Michel Temer carente de legitimidade pelo fato de seu partido ser a chave de um eventual golpe sobre Dilma, com porteira do golpismo aberta para ele também, os tucanos ávidos, clamando por seu “direito moral de derrotados”, com o moribundo presidente da Câmara – terceiro na sucessão – tendo seu lugar disputado… Cenariozinho tranquilo para investidores, não é?
Armínio Fraga realmente tem credenciais para opinar: não é qualquer um que quebra um país. E de inflação, conhece: deixou uma de 12% para o governo Lula.
Seu discurso só não é daqueles de ser corrido da feira porque só um grupinho perverso de elite o entende:
O sr. propôs, em artigo, retirar todas as amarras do orçamento.
Sim, desvincular tudo, fazer um Orçamento base zero do governo.
Sabem o que é isso? É assim: como o salário-mínimo (que ele já disse, ano passado, que estava muito alto) é despesa pública, por causa da previdência, o seu reajuste vai ser feito – se for – com “o que sobrar”. Como o Bolsa-Família é despesa pública, vai ser dada no tamanho e quantidade com “o que sobrar”. Idem à subvenção a idosos e deficientes. O mesmo para os investimentos em estradas, hospitais, etc. Base zero: isto é, “com o que sobrar”.
Sobrar de que?
Sobrar do pagamento dos juros, cujo pagamento, serviço e rolagem representam praticamente a metade do Orçamento Público.
Porque aposentados, servidores, idosos, deficientes, famintos, miseráveis tem de se conformar: os investidores são as pessoas mais importantes do país e o deles, sim, é sagrado.
Mas há algo de estranho neste país que o Dr. Armínio despreza, diz que está “no buraco” e não permite a ninguém ter confiança par investir.
É que ele recomprou a banca de investidores que havia vendido para o JP Morgan.
Certamente não comprou por que não haverá investidores, nem porque estes investidores se exporão a riscos inaceitáveis, ou porque vão fugir com o que têm.
Fraga tem uma diferença significativa com os antigos gurus econômicos do PSDB, gente que foi transitando da esquerda para a direita e carrega aquela culpa que massacra moralmente o traidor de si mesmo e o faz ser suave como é sempre a falsidade.
Ele não fez esta trajetória: desde sempre é um predador.
Já disse, há 150 anos, Victor Hugo: “as castas têm as suas ideias, que são os seus dentes.”
Armínio mal e mal esconde os seus, que suas ideias expõem.
A Folha, hoje, traz uma entrevista que é franca favorita ao Prêmio Paulinho da Força de “o nosso negócio é derrubar a Dilma” e ao Troféu Carlos Sampaio de negação da realidade.
A longa “aula” com o “homem dos juros” de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraga é tão carregada de ódio e irracionalidade que nem mesmo sua autora deixa de registrar que ele sequer consegue falar o nome de Dilma, ou chama-la de presidente, por conta do pequeno detalhe de ter sido eleita.
Falar que um impeachment – que até os seus rapazes do PSDB já sentiram que saiu do cenário político – destravaria a economia é, sob qualquer ponto de vista, uma sandice.
É evidente que o país entraria numa convulsa disputa de poder: um Michel Temer carente de legitimidade pelo fato de seu partido ser a chave de um eventual golpe sobre Dilma, com porteira do golpismo aberta para ele também, os tucanos ávidos, clamando por seu “direito moral de derrotados”, com o moribundo presidente da Câmara – terceiro na sucessão – tendo seu lugar disputado… Cenariozinho tranquilo para investidores, não é?
Armínio Fraga realmente tem credenciais para opinar: não é qualquer um que quebra um país. E de inflação, conhece: deixou uma de 12% para o governo Lula.
Seu discurso só não é daqueles de ser corrido da feira porque só um grupinho perverso de elite o entende:
O sr. propôs, em artigo, retirar todas as amarras do orçamento.
Sim, desvincular tudo, fazer um Orçamento base zero do governo.
Sabem o que é isso? É assim: como o salário-mínimo (que ele já disse, ano passado, que estava muito alto) é despesa pública, por causa da previdência, o seu reajuste vai ser feito – se for – com “o que sobrar”. Como o Bolsa-Família é despesa pública, vai ser dada no tamanho e quantidade com “o que sobrar”. Idem à subvenção a idosos e deficientes. O mesmo para os investimentos em estradas, hospitais, etc. Base zero: isto é, “com o que sobrar”.
Sobrar de que?
Sobrar do pagamento dos juros, cujo pagamento, serviço e rolagem representam praticamente a metade do Orçamento Público.
Porque aposentados, servidores, idosos, deficientes, famintos, miseráveis tem de se conformar: os investidores são as pessoas mais importantes do país e o deles, sim, é sagrado.
Mas há algo de estranho neste país que o Dr. Armínio despreza, diz que está “no buraco” e não permite a ninguém ter confiança par investir.
É que ele recomprou a banca de investidores que havia vendido para o JP Morgan.
Certamente não comprou por que não haverá investidores, nem porque estes investidores se exporão a riscos inaceitáveis, ou porque vão fugir com o que têm.
Fraga tem uma diferença significativa com os antigos gurus econômicos do PSDB, gente que foi transitando da esquerda para a direita e carrega aquela culpa que massacra moralmente o traidor de si mesmo e o faz ser suave como é sempre a falsidade.
Ele não fez esta trajetória: desde sempre é um predador.
Já disse, há 150 anos, Victor Hugo: “as castas têm as suas ideias, que são os seus dentes.”
Armínio mal e mal esconde os seus, que suas ideias expõem.
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